– Você é maluca de entrar no apartamento de um cara que acabou de conhecer sabia!? – a Becca disse rindo.

– Eu sei, mas se você tivesse visto aqueles olhos, o sorriso, o cabelo.

– Ih apaixonou...

– Tá amarrado em nome de Jesus!

– Vai ser bom pra você, daí você esquece o James.

– Eu já esqueci, mas é que eu acho que eu não estou pronta para outro.

– Você acha, mas eu, tenho certeza de que você está.

– Fuck you bitch!

– Tá bem, vou parar – ela riu um pouco – Ele era gostoso?

Meu celular toca e eu vejo o nome escrito, meu coração bateu mais forte.

– Alô.

– Oi, Natalie?

– Oi, Matthew.

– Tudo bem?

– Tudo, e então por que me ligou?

– Eu queria saber se no sábado você queria sair comigo?

– Claro. Cinema?

– Está ótimo, até sábado.

– Até sábado.

Desliguei com um sorriso no rosto, e a Becca estalou os dedos me tirando do transe.

– Quem era?

– O Matthew.

– O que ele queria?

– Me chamar para sair.

– E você aceitou?

– Sim.

– Para onde vocês vão?

– No cinema, no sábado.

– No mesmo dia do concerto de violino do Bernard! Você não vai a esse encontro de jeito nehum.

– É, mais eu nunca que ia deixar o Bê na mão, vou ao show, vejo a apresentação dele e dou meus parabéns, falo que preciso ir embora e me encontro com o Matthew.

– Aham tá, mas se você não ver o Bê tocar, eu nunca mais falo com você!

– Nossa! Mas eu também nunca faria isso com o Bê.

– Acho bom mesmo.

Depois jantamos, vimos televisão, dormimos e eu passei a sexta-feira inteira pensando no encontro, no que eu iria vestir, em tudo. Mas eu só não posso me esquecer de uma coisa: Não posso me apaixonar! E dormi na sexta com esses pensamentos. Quando eu acordei e me dei conta que era sábado, me arrumei (http://www.polyvore.com/encontro_natalie/set?id=54240667). E fui direto para o teatro, esperei dar 17hrs para eu poder ver o concerto de violino do Bernard.

– Nossa Bê, você foi mesmo incrível – disse o abraçando e entregando as flores que tinha comprado para ele.

– Obrigado Nat, eu pensei que você não viesse.

– Claro que eu viria, não te troco por nada!

– Vai ter que sair que horas?

– Só as 19hrs

– Ainda temos uma hora para festejar!

– Isso, agora animou!

Bebemos um pouco, mas não bebi muito porque queria estar consciente quando estivesse com o Mathew. Assim que faltava cinco minutos para as 19hrs eu sai do teatro que era bem perto do cinema. E ele estava me esperando, assim que me viu abriu um sorriso de orelha a orelha, ele estava realmente lindo, estava com uma calça jeans preta, uma blusa do AC/DC e uma jaqueta de couro preta.

– Você está linda – me abraçou.

– Você também está lindo!

– Obrigado.

– Que filme vamos ver?

– The Amazing Spider Man

– Jura? Eu adoro o Andrew Garfield, mas ainda não vi esse filme.

– Ótimo, agora vamos comprar a pipoca o nosso filme começa daqui a 15 minutos.

– Okay, vamos.

O filme era simplesmente incrível, e em uma parte romântica entre a Emma e Andrew eu fiquei irritada, acho que o Matthew percebeu. Ele fez aquele truque antigo de bocejar e botar as mãos em volta de mim, eu achei isso tão fofo. Eu tirei o descanso de braço que nos separava e me aconcheguei em seu peito e ficamos assim até o filme acabar. Depois que saímos paramos numa barraquinha de cachorro quente e sentamos num banquinho de praça.

– E então me diz uma coisa que você odeia – ele falou enquanto dava uma outra mordida no cachorro quente, arregalei os olhos, é uma coisa meio inusitada de se dizer em encontros, mas levei numa boa.

– Encontros formais – ele me olhou com uma cara de “como assim?” e então eu expliquei – Bem, tipo um cara se vestir com terno e uma mulher com um longo vestido e então eles vão jantar em restaurantes caros. Eu odeio isso. Eu adoro sair para passear, cinema, praias, piqueniques. Nada muito vulgar ou chique.

– Você é a primeira garota que me diz isso!

– Eu sei que sou única! – nós rimos.

– Convencida – e então ele foi se aproximando de mim até que eu, isso mesmo, eu o beijei, eu estava gostando até que lembrei da minha regra de não me apaixonar e então nos afastei – Me desculpe eu não devia ter feito isso.

– Você não fez nada, fui eu. E quem deve se desculpar aqui também sou eu então... Me desculpe.

Desde esse dia marcávamos de nos encontrar toda a semana, nem que fosse para tomar um café, acho melhor começarmos devagar.