– Nossa que cena linda essa que estou presenciando, achou que eu fosse chegar só a noite, AMOR? – Ela deu um sorriso para mim. – Então, quem vai começar a contar o que está acontecendo aqui? – Elena se sentou no sofá.

– Elena... Isso é tudo um mal entendi, eu...

– Com certeza é um mal entendido Damon! - Ela me interrompeu com olhos grudados em Rebekah que colocava sua blusa.

– Mal entendido o caramba! Se ela não tivesse chegado bem na hora você sabe o que teria acontecido Damon. – Rebekah se jogou no sofá ao meu lado revirando os olhos.

– Elena, por favor, me escuta... – Levantei do sofá e fui em sua direção.

– Estou aqui Damon, sentada esperando que alguém me explique.

– Você sabe que essa mulher é louca, ela me agarrou e não tive como fugir, eu juro.

– Nossa, ela vive te agarrando né?

– Ok Damon, deixe que eu continue, minha versão é mais realista que a sua. – Rebekah se levantou mais uma vez do sofá. – É o que eu disse a pouco querida Eleninha, se você não tivesse chegado apenas estaríamos fazendo agora o que fizemos todos os dias que você esteve fora.

– Na minha casa Damon? – Elena levantou indignada com o que acabara de ouvir. – Como você pode...

– Elena, por favor...

– Por favor, o caramba, quero que os dois saiam daqui agora. – Elena se levantou.

– Claro, vamos continuar isso onde ninguém possa nos atrapalhar Damon. – Rebekah tentou me puxar pelo braço.

– Caralho Rebekah, será que você não se cansa! Já não causou confusão o suficiente? - Elena, acredite em mim, isso tudo que ela está dizendo é mentira! – Um nó se formou em minha garganta.

Rebekah pegou sua bolsa e para provocar me puxou para um beijo e a empurrei.

– Nos vemos por ai, gostoso. – Ela sorriu e retirou um batom da bolsa para retocar sua boca que ainda estava borrada pelas tentativas de me beijar. – Ahh Eleninha, viaje mais e tchau, tchau minha querida.

Elena não respondeu nada e continuou olhando para baixo. Tentei me aproximar, mas ela deu um passo para trás.

– Você tem que acreditar em mim Elena.

– Acreditar como Damon, me diz? – Ela ergueu a cabeça e vi as lágrimas rolarem pelo seu rosto.

– Só você sabe o quanto te amo e que eu nunca seria capaz de fazer isso com você.

– Eu sei Damon, mas depois do que eu vi e ouvi fica difícil de acreditar. – Ela passou a mão pelo rosto limpando as lágrimas que continuavam a correr.

– Mas Elena...

– Mas nada Damon. Preciso ficar sozinha. – Ela passou por mim e foi para o quarto.

Peguei as chaves do carro e do meu apartamento e fui embora, ao dirigir pela rodovia lágrimas insistiam em sair. Havia uma mistura de sentimentos, entre amor, culpa por decepcionar a pessoa que eu mais amava no mundo e raiva de Rebekah por ter causado tudo isso. Passei a noite em claro, a saudade me consumindo cada vez mais, depois de dias longe dela e quando ela volta, acontece isso. No outro dia me levantei bem cedo e fui para o set de gravações na esperança de encontrar ela, mas ela não apareceu.

Ao cair da noite fui para um bar bastante frequentado por amigos e comecei a beber, meu querido e favorito Bourbon, já estava bêbado quando Elena apareceu junto de Caroline, Stefan, Kat e Alaric.

– WOW, o que temos aqui, Leninha de vela para os casais? – Comecei a rir.

– Damon você está completamente bêbado. – Disse Elena pegando em meu rosto.

– Só um pouquinho amor...

– Vem Elena, vamos nos sentar. – Kat a arrastou até a mesa.

– Que vergonha em amigo?! – Stefan deu um leve tapa no meu ombro ao passar por mim, apenas levantei o copo para ele.

Elena estava rindo e se divertindo com pessoal enquanto eu continuava bebendo e observando. Algumas vezes pegava ela olhando para mim, mas logo desviava o olhar, amava o jeito que ela flertava comigo.

Levantei-me e fui até ela e acabei tropeçando e quase caindo na mesa em que eles estavam. Elena se levantou e me segurou a tempo.

– Vem vou te levar para casa, você precisa de um banho bem gelado... – Ela me apoiou em seu ombro até o carro.

– Não preciso de um banho, preciso de você. Eu te amo Elena. – Tagarelava enquanto ela me levava para casa.

Elena me levou até o banheiro, tirou minha roupa e me jogou debaixo do chuveiro.

– Vem aqui, me abraça, me beija Elena. – A puxei para junto de mim.

– Não Damon, por favor, me solta, você está bêbado. – Ela tentou sair, mas a segurei pela cintura e ela começou a rir.

– Diz que me ama que eu solto. – A água caia sob nossos corpos colados um no outro.

– É sério Damon, para...

– Então diz que ainda me ama. – Dei um sorriso torto para ela.

– Ok, você venceu! Eu te amo. Agora da pra me soltar?

– Eu sei que você me ama. Também te amo minha pequena.

Terminei o banho enquanto Elena procurava alguma roupa dela no meio das minhas, tinha deixado ela inteira molhada. Depois ela me colocou na cama e eu já nem estava tão bêbado assim... Ela sentou – se ao meu lado e ficou olhando fixamente para meu rosto.

– O que foi? – Dei um sorriso para ela. Porque está me olhando assim?

– Nada, só estava pensando uma coisa...

– Poderia me dizer que coisa é essa? – Me sentei na cama.

– Você não sobrevive um dia sem mim né?! – Ela deu um leve sorriso.

– Não mesmo! E sabe por quê? Porque eu te amo Elena. – A puxei para um beijo e ela retribuiu. Ficamos por alguns minutos nos beijando até que ela se afastou...

– Damon... Não posso... – Ela abaixou a cabeça.

– Porque não pode Elena? A gente se ama. – Peguei em seu queixo para levantar sua cabeça.

– Eu sei Damon, eu sei que te amo mais que tudo. Mas não consegui esquecer aquilo da Rebekah...

– Já disse que aquilo foi um mal entendido Elena, ela mentiu para você. Eu também já disse o que aconteceu, eu te amo mais que tudo, me perdoa.

– Damon acho melhor a gente ficar assim como estamos por um tempo, se cuida. – Ela se levantou e deu um sorriso triste para mim. – Eu ainda te amo...