PVT Louis

  Acordei sem a menor vontade de levantar então fiquei encarando o teto sem saber exatamente o que estava com vontade de fazer, olhei o relógio e ainda eram 09:00am Harry deve estar dormindo ainda, então como era costume olhei meu celular pra ver se tinha algo, fiquei surpreso de ter uma mensagem a essa hora, fui ver de quem era e fiquei ainda mais surpreso. Era da Andrea e dizia “Assim que acordar venha a minha casa, estarei a sua espera. Beijo te amo, até daqui a pouco Lou.” Fiquei um pouco preocupado então me levantei imediatamente e me arrumei o mais rápido que pude, assim que terminei fui até a casa dela, assim que cheguei a vi no telhado, ela disse para eu esperar e logo a porta se abriu.

  – Aconteceu algo Deia? – Ela estava sorrindo.

  – Não... Vem, entra. – Ela me puxou pelo braço e fechou a porta, nos sentamos no sofá e ela ficou me olhando. – Ta bonito.

  – Valeu. – Sorri pra ela, e ela sorriu pra mim.

  – Lou tu sabe que meu aniversário ta chegando né?

  – Sei... Ele é um dia depois do meu.

  – E por essa razão eu quero passar um dia inteiro contigo, pra comemorar o nosso aniversário.

  – Como assim?

  – Só nós dois um dia inteiro pra comemorar nosso aniversário. Pode ser no dia 24 ou no dia 26, ou até no dia 25 tanto faz, mas eu quero isso. Vai ser seu presente de aniversário pra mim ta bom?

  – Ta bom, mas e o Harry e a Malu?

  – Não sei... Mas se não quiser tudo bem ta?

  – Não... É claro que eu quero, é só que e se eles quiserem ficar com a gente no nosso aniversário?

  – Por isso mesmo que eu disse pra gente decidir uma data... Pode ser no dia 25, assim nós poderemos passar o dia do nosso aniversário com o resto do pessoal.

  – Então ta... Nós passaremos o dia 25 juntos, e você pretende fazer o que?

  – Não sei... Pera... Lou é natal dia 25, você não vai querer passar com a sua família?

  – Nós provavelmente iremos fazer um jantar, então que tal nós irmos para        passarmos a tarde juntos e então nós vamos jantar na casa dos meus pais e depois voltamos embora?

  – Legal, e assim que chegarmos eu saio com as meninas pra comemorar o natal.

  – Combinado então. – Ela me deu um abraço e eu fiquei ali só curtindo o momento. – Ta ansiosa pra festa?

  – Com certeza eu e a Bruna planejamos essa festa quase a vida toda, vai ser muito emocionante. Mas e aí, vai fantasiado de que?

  – Surpresa. – Ela fez cara de incredulidade.

  – Sério mesmo que não vai me contar?

  – Aham.

  – Chato.

  – E você vai do que?

  – Não vou te contar. – Ela cruzou os braços, e eu comecei a rir.

  – Boba. – Estava um pouco frio aquela manhã e como Deia estava de pijama ela subiu e pegou uma coberta. Eu estava sentado no canto do sofá e Deia levantou meu braço e se aconchegou embaixo dele. – Tu é folgada hein?!

  – Tu me ama que eu sei. – Eu ri e a abracei.

  Ficamos vendo filme até que Gaby’s desceu as escadas segurando o telefone de Deia que estava tocando.

PVT Deia

  Eu estava quase dormindo quando Gaby’s desceu as escadas com meu telefone que estava tocando, ela me entregou ele e se sentou no sofá se cobrindo.

Ligação On*

  – Te acordei?

  – Não, já estou acordada faz tempo, mas e aí acordou agora?

  – Acordei sim... Fui até o quarto de Louis, mas ele não está lá, e eu estou ligando no celular dele, mas ninguém atende. – Perguntei ao Louis onde estava seu celular e ele disse que tinha deixado no carro.

  – Ele disse que ta no carro Harry.

  – O que ele está fazendo aí? – Sua voz soou diferente, talvez um pouco brava.

  – Eu o chamei por quê?

  – Nada. Então ta bom, tchau.

  – Como assim tchau? Não vai vir aqui nem nada?

  – Não. – Ele estava sendo muito grosso e isso me irritou.

  – Vai ficar fazendo graça só porque eu chamei Louis pra vir aqui?

  – Não to fazendo graça por causa de nada.

  – Então fica aí ta Harry? Quando parar de idiotice você volta a falar comigo.

  – Você ta brava comigo só porque eu disse que não vou aí?

  – To brava com você por causa da sua atitude. Ta me tratando super seco só porque Louis está aqui em casa. Ele é meu amigo também, e eu chamo o amigo que eu quiser pra vir aqui. Ah quer saber Harry? Tchau pra você ta? Fica aí com sua criancice sozinho.

Ligação Off*

  – Que foi? –Louis estava com os olhos arregalados.

  – Seu amigo é muito criança viu! – Me levantei e subi as escadas, eu estava muito brava. Me arrumei e saí sem dar tchau pra ninguém, Louis ficou sentado no sofá me olhando passar pelo corredor. Fui até o parque, eu precisava esfriar a cabeça, Harry tinha me deixado brava de verdade.

  Sentei-me em um banco de frente pro lago, não tinha prestado muita atenção nas pessoas, até que alguém me chamou.

  – Andrea! – Procurei quem era e encontrei Gabi sentada em um banco com uma garota que eu nunca tinha visto, um garoto muito bonito parou a frente das duas segurando um skate na mão.

  – Oi Gabi. – Dei um abraço nela.

  – Oi... Então essa é a Camila Lima, e esse é o Brandon Malik.

  – Malik? Sério? – Sorri.

  – Sério... Ele é primo do Zayn.

  – Oi Camila, oi Brandon. – Eles retribuíram o oi.

  – Mas e aí Deia como está?

  – Muito irritada.

  – Por quê?

  – Adivinha? – Ela fingiu pensar. – Harry ta fazendo gracinha só porque eu chamei Louis pra ir lá em casa.

  – Sério? Mas como assim fazendo gracinha?

  – Me tratando com grosseria sabe... Aff odeio isso. – Gabi arregalou os olhos, no começo não entendi o porquê, mas logo descobri.

  – Posso falar com você? – Vi Camila abrir a boca e Brandon dar um tapa nela, olhei pra trás e vi Harry olhando pra mim com cara de bravo.

  – Não, não pode.

  – Oi gente. – Ele cumprimentou o pessoal, e voltou a olhar pra mim. – Depois eu que sou criança né?

  – É... É criança sim, e eu não vou discutir isso com você aqui na frente das pessoas.

  – Então vem falar comigo.

  – Não Styles eu não vou falar com você.

  – Sim Andrea, você vai.

  – E quem vai me obrigar?

  – Eu te conheço muito bem, e tenho certeza de que você vai me puxar pra conversar daqui a pouco? – Dei uma risada sarcástica. – Você acha mesmo que é criancice minha ficar com ciúmes de você? Louis é meu melhor amigo, mas também é homem, e ultimamente você anda muito atrás dele, foi isso lá na casa dos meus pais quando você...

  – Já disse que não vou discutir isso com você na frente dos outros.

  – Eu não ligo, pode aparecer até a rainha que eu vou continuar falando. – Puxei ele pelo braço pra um lugar onde não tinha ninguém.

  – Respondendo a sua pergunta sim eu acho.

  – Você ligou pro Louis quando nós estávamos em Holmes Chapel, manda mensagem de bom dia e de boa noite todos os dias pra ele, acha que eu não to percebendo o que ta acontecendo?

  – Se estiver acontecendo algo que de motivo pra você me tratar assim eu não to sabendo?

  – Ah me poupe Andrea... Acha mesmo que isso é normal?

  – Primeiro de tudo Styles eu não sou sua namorada, então não tem motivo pra você agir dessa maneira. – Me arrependi de ter dito isso no mesmo minuto em que disse, parecia que Harry tinha morrido naquele momento. Sua raiva sumiu, seus olhos murcharam, sua expressão era de dor. – Harry... Não foi isso que eu quis dizer.

  – Mas foi o que disse. – Harry simplesmente se virou e saiu andando, fui atrás dele e segurei seu braço, mas ele me soltou e olhou pra mim, seu olhar era de muita dor.

  – Pera Harry.

  – Nunca pensei que ouviria isso de você, tchau Andrea depois a gente se fala. – E ele se foi, minhas pernas não tinham mais força pra me segurar em pé, eu simplesmente me deixei desabar no chão e comecei a chorar, pude ver Harry olhar pra trás, ele parou deu um passo em minha direção parou de novo ficou me olhando por mais um tempo e assim que ouvi Gabi atrás de mim ele foi embora.

  – O que foi? – Eu estava soluçando de tanto chorar, não conseguia falar. Eu parecia e me sentia como uma criança que caiu e machucou o joelho, mas o que estava machucado não era meu joelho e sim meu coração. Gabi me levantou do chão e foi me levando pra casa, assim que chegamos à saída do parque, pude ver o carro de Harry parado, o vidro escuro tornava impossível dizer se tinha alguém dentro do carro, mas eu podia sentir ele me olhar através do vidro escuro, e eu também podia sentir a dor que continha em seu olhar, assim como também sabia que eles estavam embaçados pelas lagrimas. Eu estava apoiada na Gabi e no Brandon enquanto Camila carregava nossas coisas, eu queria me matar, queria pular no carro dele e pedir perdão, eu tentei ir até ele, mas Gabi não deixou.

   – Por favor, Gabi, eu preciso falar com ele. – Consegui dizer em meio aos soluços, tenho certeza de que ele ouviu, pois minha voz estava alta por conta do choro e nós estávamos bem perto do carro.

  – Não Andrea você não vai... Não vai fazer bem pra você.

  – Ta, então me solta eu já to bem. – Assim que eles me soltaram eu saí correndo e bati no vidro do carro. – Harry, por favor, abre, eu preciso falar com você. – Gabi me agarrou pelo braço e saiu me arrastando, vi Harry abrir um pouco a janela e olhar pra mim, seus olhos estavam vermelhos e ele estava chorando tanto quanto eu.

  – Vem, vamos embora. – Gabi continuou me arrastando e então ele foi embora.

  Cheguei em casa e saí correndo até meu quarto, tranquei a porta e fui até o telhado me sentar. Louis já tinha ido embora e eu pude ver Gabi virar a esquina junto com Camila e Brandon, vi o carro de Harry passar na rua, dali 5 minutos passou de novo, na terceira vez ele parou o carro no quarteirão de baixo e desceu do carro, ficou encostado no carro olhando pra mim, enquanto eu o olhava. Eu ainda estava chorando muito, e tinha certeza de que ele também chorava. Ele ainda estava me olhando quando eu desviei o olhar, fiquei ali olhando o chão parecia alto, não o suficiente pra matar alguém, mas já era suficiente pra causar um coma, por puro impulso eu me levantei e fui até a ponta do telhado, olhei pra baixo e depois pra Harry, ele tinha se afastado do carro e estava no meio da rua com as mãos na cabeça.

  – Adeus Harry. – Fechei os olhos e me deixei cair.

PVT Harry

  Nunca tinha me sentido tão destruído como naquele momento, ouvir ela dizer que não éramos namorados por isso não tinha motivo pra eu estar com ciúmes era o mesmo que ouvir ela dizer que não éramos nada, simplesmente a deixei ali, olhei pra trás e a vi caída no chão chorando, as lagrimas escorreram por meu rosto, eu quis até lá abraça-la e fingir que nada tinha acontecido, mas não consegui ao invés fiquei ali olhando pra ela e então Gabi foi até lá e eu fui embora, entrei no carro e as lagrimas caíram, todas de uma vez, eu me sentia destruído, me sentia morto, eu queria morrer, não consegui dirigir, não conseguia decidir se ia pra casa ou se voltava pra conversar com ela, e então ela apareceu sendo carregada por Gabi e pelo garoto que estava com elas, ela chorava como uma criança e isso acabava comigo, não tanto como a dor que senti ao ouvir o que ela tinha dito. Ela tentava vir até mim, mas Gabi não deixava, eu queria que ela viesse, eu queria que ela pedisse pra eu abrir o vidro, eu queria que ela pedisse desculpas, eu a desculparia, eu a abraçaria, e então eles a soltaram e ela veio correndo até mim, ela bateu no vidro, suas mãos tremiam, ela pediu pra eu abrir, eu me atrapalhei um pouco e então Gabi a tirou dali, ela já tinha atravessado a rua quando eu abri o vidro, ela me viu, e logo em seguida desviou o olhar e voltou a soluçar, eu esperei um pouco e então dei partido no carro, que queria saber se Louis ainda estava lá, então passei bem rápido, tão rápido que não tive certeza se a tinha visto sentada no telhado, dei mais uma voltinha e passei lá mais dessa vez um pouco mais devagar, sim era ela que estava sentada lá, dei mais uma volta e passei novamente parei em sua rua, mas no quarteirão da frente e desci do carro me encostei-me à porta, as lagrimas não paravam de escorrer por meus olhos e eu sentia que ela também chorava. Lá estava ela, sentada de salto alto ainda, olhando na minha direção, ficamos nos encarando por algum tempo e então ela olhou pra frente, e então ela se levantou foi até a ponta do telhado olhou pra baixo, eu sai correndo pro meio da rua e coloquei as mãos na cabeça, eu não sabia o que fazer, e se ela se jogasse dali de cima? O que seria de mim? Ela olhou pra mim, fechou os olhos, e eu senti uma dor no coração, como se ela tivesse dito adeus, e então ela se deixou cair, senti meu coração parar de bater por um segundo, eu fechei os olhos, e não consegui abri-los, eu me deixei cair no chão, fiquei ali ajoelhado no meio do cruzamento esperando que algum carro passasse muito rápido e eu tivesse a sorte de morrer, com as mãos ainda na cabeça eu segurei firme meu cabelos e esperei pela morte, até que ouvi alguém gritar, eu abri os olhos, e um carro passou desviando de mim, ele não estava rápido, ouvi a pessoa gritar novamente e eu olhei pra cima, era Niall ele a abraçava e fazia sinal para que eu fosse até lá.

  – ELA TA BEM, VEM CÁ. – Ele pedia pra eu que fosse até lá, e acariciava as costas dela, eu podia vê-la tremendo em seu abraço como se estivesse chorando desesperadamente. Eu queria muito ir até lá, mas entrei no carro e fui pra casa.

  Cheguei em casa e me joguei na cama, eu não sabia o que fazer, eu queria morrer, queria simplesmente morrer, a campainha tocou e eu esperei Louis atender, a campainha tocou mais três vezes e eu percebi que estava sozinho em casa, desci as escadas e assim que cheguei à porta eu sequei as lagrimas e a abri, imediatamente cai nos braços de Paul voltei a chorar. Paul seria o novo segurança de Andrea, e ele era amigo da minha família há muito tempo, ele sempre foi como um pai pra mim, ele cuidava de mim e eu sempre podia contar com ele. Ele me abraçou e deu tapinhas nas minhas costas, nós nos sentamos no sofá e eu contei o que havia acontecido.

  – Se acalma. Se ela estava desesperada daquela forma, ela realmente não queria ter dito aquilo, foi algo por impulso, sem que ela pudesse se repreender, eu sei que ouvir isso machuca, mas vocês devem conversar, e resolver a situação, espere até amanhã, então você vai até lá, me apresenta pra ela, e se ela pedir pra conversar com você, você conversa. Vai ficar tudo bem Harry, pode ter certeza.

  – Tomara, tomara. – Eu o abracei, e voltei a chorar.

  Nós estávamos vendo o jogo quando eu me lembrei da festa, contei a ele sobre a festa, ele disse que iria para o caso de algo acontecer já que teriam muitas pessoas desconhecidas, e então eu tive uma ideia, contei a Paul e ele me disse que era uma ideia perfeita.