Inimigos Até Que o Amor nos Separe escrita por Gabs Black


Capítulo 2
Cartas.


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic Rose/Scorpius.



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Eu estava sozinha, em um lugar escuro, frio e gelado, eu tentava gritar, mas minha voz não saia, eu tentava correr, mas minhas pernas pareciam feitas de chumbo, eu sentia que alguém me observava. De repente um lampejo vermelho, tudo escurece. Eu acordo, suando frio, fitando o céu encantado do meu quarto, o sol está nascendo. Eu sempre tenho pesadelos, isso já se tornou normal para mim, é sempre a mesma coisa, sempre o mesmo sonho. Fecho os olhos tentando dormir novamente, quando ouço algo batendo suavemente contra o vidro da janela, levanto sonolenta e vou com passos hesitantes até lá, me deparo com uma grande coruja das torres cinza, com duas cartas no bico, abro a janela ela larga as cartas sobre a escrivaninha e vai embora. As cartas são feitas de pergaminho, e tem um emblema com uma cobra, um leão, um texugo e uma águia.

─ Hogwarts! ─ exclamei animada.

Peguei a carta que estava endereçada a mim e abri. O que eu vi lá dentro me pegou de surpresa. Uma crachá dourado e vermelho. O crachá de monitor.

─ Eu não acredito! ─ disse ainda surpresa, olhando para o crachá. ─ MÃE, PAI, VOCÊS NÃO VÃO ACREDITAR. ─ Gritei correndo pelo corredor e indo em direção ao quarto onde meus pais dormiam.

─ Pelas barbas de Merlin, Rosinha, que foi que houve? ─ perguntou meu pai sonolento enquanto eu pulava por cima dele.

─ Monitora, eu sou monitora.

─ Chegaram as cartas de Hogwarts? ─ perguntou minha mãe, que já se recostava na cama. ─ Oh filha, parabéns! Estamos orgulhosos de você.

─ Lembra Mi, quando éramos nós? Nós ficamos realmente muito empolgados. ─ disse meu pai, que despertara depressa.

─ Eu me lembro, você andava pra lá e pra cá com o crachá, até que Fred e Jorge o ameaçaram colá-lo com um Feitiço Adesivo Permanente na sua testa, só assim pra você guardar. ─ Disse minha mãe rindo.

─ Me lembro disso, eram uma comédia, aqueles dois.. ─ Disse meu pai, sorrindo. A verdade é que mamãe me contou que foi muito difícil para todos, a morte do tio Fred.

─ Sério, vocês me acordaram, o que está acontecendo hein? ─ Hugo apareceu do nada na porta do quarto dos meus pais.

─ As cartas chegaram, sua irmã é monitora e nós vamos ao Beco Diagonal hoje! Quer alguma coisa especial, Rosinha? ─ Perguntou meu pai.

─ Não sei pai... Posso escolher lá?

─ Sabem, eu não acho isso justo. ─ disse Hugo. Ignorei-o.

─ Então vão se trocar, daqui a pouco nós saímos.

Arrumei-me rapidamente e logo estávamos em frente a lareira, para ir via pó de flu.

Cheguei ao Beco Diagonal muito animada, não sabia ao certo o que iria pedir. Nós compramos os materiais e depois fomos almoçar. Estávamos conversando, quando vi meu pai olhar para o lado e acenar discretamente a cabeça, olhei na mesma direção, e vi um par de cabeças louras, e uma mulher morena. Os Malfoys. Eu já mencionei que eu odeio Scorpius Malfoy? Não, acho que não! Pois bem, eu odeio Scorpius Malfoy, e ele me odeia e ponto.

Eu juro que isso não tem nada a ver com o fato de nossos pais serem inimigos quando mais novos, até por que meu tio já salvou a vida dele, mas é que nós não nos damos bem mesmo. Tudo começou no primeiro ano.

Flashback

─ Olá, eu sou Will, Willl Corner ─ um garoto sorridente, da Corvinal, de cabelos castanhos senta ao meu lado na minha primeira aula de poções.

─ Oi, eu sou Rose, Rose Weasley. ─ respondi.

xx-xx

─ Vamos ver se é tão bom quanto dizem, Corner. ─ ouvi uma voz gritando nos jardins.

─ Vamos ver se você é covarde como a sua família foi, Malfoy. ─ retrucou Will.

─ NUNCA INSULTE A MINHA FAMILIA. ─ Malfoy gritou. ─ Cara-de-lesma.

E de repente, meu amigo, Will, começou a vomitar lesmas.

─ Qual é o seu problema, Malfoy? ─ Gritei me aproximando dele.

─ Ui, cuidado, chegou a Weasley. O que quer rata de biblioteca, cansou dos seus livros? ─ debochou ele.

─ Você se acha melhor do que os outros não é Malfoy? Só que você não passa de um idiota, arrogante e prepotente. E pode deixar que a McGonagall vai saber o que você fez com Will. ─ Disse ajudando Will que ainda vomitava lesmas, a ir em direção a cabana do Hagrid.

─ Agora você realmente me deixou com medo, Weasley. ─ disse ele com um sorriso irônico nos lábios.

Fim do Flashback

Essa briga entre o Will e o Malfoy aconteceu no terceiro ano, e desde então nós não nos damos bem, Will é fofo, atencioso e muito meu amigo, enquanto Malfoy é apenas um filhinho de mamãe, tentando chamar atenção. Eu olhei mais uma vez em direção a ele e nossos olhares se encontraram, eu lhe lancei um olhar de desprezo e ele desviou.

─ Vamos embora, gente? Ainda tenho que escolher meu presente. ─ disse.

─ Todos terminaram? ─ Perguntou minha mãe. ─ Então vamos. ─ Papai deixou quinze galeões na mesa e nos fomos embora.

─ Você ainda tem que escolher seu presente, Rose. ─ disse minha mãe.

─ Estava pensando... Eu vi um colar, numa loja...

─ Aquela gargantilha com um coração prata, filha? ─ perguntou minha mãe.

─ Sim.

Fomos até a loja, papai comprou o colar e colocou no meu pescoço, enquanto Hugo dava com a língua para mim, dizendo que estava enjoado.

Dia primeiro de setembro chegou mais rápido do que eu previra, quando dei por mim, já estava a caminho da estação, no carro trouxa do papai.

─ Hugo, você colocou tudo dentro do malão, filho? ─ perguntava minha mãe, preocupada. Hugo só assentia, sem realmente prestar atenção no que mamãe dizia.

─ Faça um bom trabalho como monitora, Rosinha. Eu e sua mãe estamos orgulhosos. ─ Disse meu pai sorrindo. ─ E continue mantendo distancia daquele Malfoy.─ A verdade é que por mais que papai não fosse mais inimigo do Sr. Malfoy, não podia suportar o fato de que talvez eu pudesse ter uma amizade com Scorpius. Eu respeitava isso. Odiava os Malfoys, assim como meu pai.

─ Rony! ─ Repreendeu minha mãe. ─ Já disse, não tente fazer com que sejam inimigos, a guerra já está acabada a muito tempo.

─ Tudo bem, tudo bem.. Mas a Rose não gosta dele mesmo.. ─ disse meu pai.

─ Tenho para mim que eles ainda vão casar! Do jeito que implicam um com o outro só pode ser amor. ─ Disse Hugo, para me irritar.

─ Cala a boca, Hugo!

Chegamos à estação, eu saltei do carro, entrei na plataforma nove três quartos, e varri com o olhar, a procura de Alvo, Lily ou James.

─ Ali estão eles ─ disse Hugo, passando correndo por mim.

Logo a frente, avistei a cabeleira ruiva da tia Gina, nos aproximamos deles. Logo descobri que Al seria monitor junto comigo, ficamos um tempão discutindo sobre métodos de disciplina. Alvo é meu melhor amigo.

─ Ah, ali está Scorp, vou contar as novidades, até depois, Rose. ─ Outra novidade, meu melhor amigo é melhor amigo do meu arqui-inimigo. Droga.

Bom, já que o traidor Alvo me abandonou para ir atrás da doninha, resolvi procurar Will, na companhia de Lily, que tagarelava sobre as férias.

─ Lily, nós passamos as férias todas juntas, eu já sei de tudo isso. ─ Repetia pela centésima vez, porém ela parecia não ouvir. ─ Ah, ali está ele.

Avistei Will, ele me viu, veio até mim e me abraçou.

─ Novidade ─ disse ele. ─ fui nomeado monitor da Corvinal.

─ Sério? Pois você está falando com a mais nova monitora da Grifinória. ─ Disse entusiasmada.

─ Credo! Parece que todo mundo resolveu virar monitor. ─ exclamou Lily. ─ Onde está a Domi? Ela me entende. ─ e virou as costas, em busca da prima.

Dominique é a filha mais nova do tio Gui e da tia Fleur, é uma das minhas melhores amigas também. Assim ficamos apenas eu e Will, fomos andando em direção a locomotiva vermelha, nos despedimos dos nossos pais, e fomos para a cabine de monitores. Abri a porta da cabine, conversando distraidamente, e nem me deparei com quem estava lá dentro. Os monitores da Grifinoria era eu e Alvo, da Lufa-Lufa era Radolph MacMillan e Mary Peace, da Corvinal, Will Corner e Louise Scamander e da Sonserina era Alice Peterson e..

─ MALFOY! ─ Exclamei visivelmente surpresa, quando meu olhar encontrou a cabeça loira.

─ Ora, Weasley, não é nenhuma surpresa você por aqui, afinal, com pai e mãe que já foram monitores, não é mais do que sua obrigação ser uma também. ─ disse ele, sem me encarar.

─ Cale a boca doninha, se estou aqui é por mérito próprio, diferente de você, não é? Diga-nos, Malfoy, quanto o seu pai pagou para você ganhar a insigna de monitor? ─ Disse me sentando.

─Você nem imagina, ruiva. ─ disse ele sarcasticamente.

─ É Weasley, doninha. ─ exclamei.

─ Como esquecer, não é? ─ ele me encarava, com um olhar voraz.

─ Já chega. ─ A voz da diretora McGonagall fez com que nos calássemos. ─ Vocês estão aqui por que achamos que eram maduros o suficiente, mas provem o contrario e serão substituídos por alunos mais competentes.

Depois disso ela fez um breve discurso, e nos encarregou de patrulhar os corredores do trem em pares, pegou um papel e começou a ler os nomes.

─ Primeira uma hora será do Sr. MacMillan e da Srta. Peterson. Segunda hora será do Sr. Potter e da Srta. Scamander. Terceira hora Sr. Corner e Srta. Peace. Quarta hora, Sr. Malfoy e Srta. Weasley.

Só tenho três palavras: EU NÃO ACREDITO



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