The Girl Next Door escrita por Fernanda Meinert


Capítulo 7
Thought I’d never see you again


Notas iniciais do capítulo

Olá! Obrigada pelas reviews, sério! Vocês são lindos. E aqui está mais um capítulo. Espero que gostem. Boa leitura. xx



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Rachel fora dispensada mais cedo de seu ensaio hoje, porque bem, ela era maravilhosamente talentosa e já estava mais do que pronta para a estréia. Tinha pena de seus companheiros de elenco. Eles seriam desfocados por causa de seu talento. E ela teria que reconfortá-los. Sempre haverá alguém melhor do que você. E esse alguém sou eu. Mas não se preocupe, papéis secundários também são valorizados. Ela era uma ótima amiga.


Subia as escadas do prédio quando uma tontura a abateu e ela cambaleou até que conseguiu se apoiar na parede para não cair. Deus! Ela tinha labirintite! Só podia ser labirintite! Ela sabia! Seu médico não acreditara nela, mas ela sabia.


Fez com que seus pés se movessem para que ela continuasse subindo as escadas. E agora ela poderia esfregar na cara de seu médico que a tontura que sentia, nada tinha a ver com o fato de que não comia direito pela manhã. Isso era rídiculo. Ela era uma estrela da broadway. Podia ficar o tempo que quisesse sem comer. E não era seu estômago ou uma simples tontura que iria fazê-la pensar ao contrário. Eles não tinham esse direito.


Parou em frente à sua porta e buscou as chaves dentro de sua bolsa. Não sem antes dar uma olhada para a porta de Quinn. Silêncio. A loira provavelmente não estava em casa.


Os dedos tatearam toda a bolsa e nada da chave. Merda. Ela sempre esquecia a chave. E então ela se deu conta que poderia estar tendo um caso raro de Mal de Alzheimer na juventude. Seus olhos se arregalaram. Ela precisava constatar seu médico imediatamente. Rachel acreditava que ele era um inútil. Sempre que ia ao médico com suspeita de alguma doença, ele dizia que no máximo ela era hipocondríaca, porque o resto estava em perfeito estado. Idiota!


Rachel se encostou até a porta e escorregou até tocar o chão. E um único pensamento rondava sua mente: ela não podia ter um caso de mal de alzheimer raro na juventude. Como ela ia lembrar suas falas na grande estréia? Isso era um grande problema. Mas talvez Grey’s Anatomy aceitasse fazer um episódio baseado na vida dela. E ela seria famosa. A fama sempre se encaixava na vida de Rachel Berry. Sempre.


Ela apoiou a cabeça na porta e começou a encarar a porta de Quinn, porque ela simplesmente não tinha nada para fazer, além de esperar por sua chave e bem... observar a porta de Quinn.


E ela não sabe por quanto tempo ficou ali. Mas descobriu que não lembrava do que tinha almoçado. Alzheimer.


E enquanto ela pensava em como contaria isso para a sua família, ouviu o barulho dos pés de alguém batendo contra os degrais. Ela orou para que fosse suas chaves. Mas então ela viu aquela cabeça loira e bufou irritada.


Quinn a olhou confusa. Primeiro porque não sabia o porquê de Rachel estar sentada em frente ao seu apartamento. E segundo porque ela mal tinha entrado no largo corredor e a morena já estava irritada com ela.


“Tudo bem, Rachel?” Quinn perguntou enquanto buscava suas chaves.


“Não. Nem um pouco.” A morena disse seca.


“Por que?” Parou de procurar pelas chaves e cedeu total atenção a Rachel.


“Eu tenho labirintite. E alzheimer. E ainda estou trancada para fora de casa.” Rachel disse com a cabeça ainda encostada a porta e as pernas esticadas. Um bico se formava em seus lábios.


Ao ouvir aquelas palavras, Quinn não sabia o que fazer. Seus olhos cresceram dez vezes de tamanho. Ela começou a suar frio e suas mãos tremiam. Rachel estava doente?


“Ah-ah meu Deus, Rachel!” A loira exclamou desesperada. “Quando saíram os exames! Quer dizer, quando você descobriu? Está fazendo tratamento?” As mãos estavam emaranhadas nos cabelos em sinal de puro desespero.


“Senta aí que eu te conto.” Rachel disse. Ela parecia estar bêbada agora. Ai meu Deus! Será que era sintoma de alguma doença?


Quinn sentou-se assim como Rachel estava. Agora elas estavam frente a frente. E a loira até esquecera que tinha que alimentar seu peixe. Ela provavelmente estaria morta pela manhã.


“Eu venho tendo várias tonturas durante o dia. Quer dizer, é comum você me ver cambaleando por NYC. E com certeza isso é labirintite. E hoje é o quinto dia seguido que eu esqueço as minhas chaves. Quinto, Quinn! E eu também não lembro do que comi no almoço! Isso só pode ser um caso raro de Alzheimer na juventude. E eu provavelmente serei a primeira pessoa a apresentar esse diagnóstico. Então eles vão me usar como material de pesquisas e eu virarei cobaia de algum cientista maluco.” Rachel disse tudo de forma sofrida e dramática. E Quinn não sabia o que pensar porque ela nunca esteve tão confusa.


Passados uns dois minutos. Nos quais Quinn tentou raciocinar tudo que lhe fora dito. E a única coisa que ela conseguiu fazer foi rir. Rir como se não houvesse amanhã porque Deus, essa era Rachel Berry!


“Do que você está rindo, Quinn?” A morena exclamou com a feição indignada e com raiva. Mas a loira não ligava, porque ela não conseguia ouvir nem os próprios pensamentos com a altura de sua risada. Quinn teve que se deitar porque céus, seu estômago estava doendo. E ela provavelmente estava rolando agora.


A morena cruzou os braços de forma bruta e aumentou seu bico enquanto observava Quinn quase morrer de tanto rir. Na verdade, ela estava morrendo mesmo. Ar! Ela precisa de ar!


Quinn respirou fundo e fez o que parecia ser um sinal de meditação para se acalmar. E finalmente a risada cessou e ela pode recuperar todo o oxigênio que lhe havia sido tirado.


“Quinn” A morena disse séria. “Você sabe não entendeu a seriadade da situação?” E Quinn tentou conter a gargalhada, mas ela não conseguiu.


A raiva tomou conta até do último fio de cabelo de Rachel. E ela foi até Quinn que voltava a rolar no chão. Começou a dar tapinhas em Quinn para ver se ela parava de rir e fazia juz ao seu drama. Mas nada acontecia. Então ela aumento as forças dos tapas.


“Rach! Au! Para! Ai!” Quinn tentava se livrar das agressões de Rachel.


“Não ria.” A morena fez bico novamente e Quinn achou adorável.


“Rachel, você está completamente maluca. Tenho certeza que você não tem nada disso.” Quinn disse ainda tento segurar o riso.


“Quinn, eu procurei no google.” A morena retrucou com convicção.


“Google? Se você colocar lá que está com febre e dor de cabeça, ele vai acabar te dizendo que você vai morrer em dez dias por causa de alguma peste que se espalhou pelo continente.”


“Eu sei! Me tranquei em casa durante cinco dias por causa disso. Graças a Deus não fui contaminada.”


“Rachel, você é doida.”


“Pare de me chamar assim, Quinn. Me faz lembrar a cheerio má do ensino médio.” A loira não soube dizer o quanto, mas aquelas palavras realmente mexeram com ela. Rachel ainda guardava lembranças do ensino médio? Será que ela não era capaz de compreender que Quinn havia mudado?


Certo, é óbvio que não. Quinn não podia culpá-la. Rachel provavelmente desconfiava da loira e dessa mudança depois que sumira e nunca mais dera notícias. Ótimo, Quinn. Você é uma idiota.


“Rachel eu...” A loira se deu conta de que a morena se afastara e voltara a se encostar em sua porta.


“Esta tudo bem.” Ela disse com os olhos voltados para o chão.


Rachel se maldizia internamente. Ela tinha que ser indiferente com Quinn. E então a loira teria que reconquistá-la. Mas ser indiferente com Quinn Fabray era algo quase impossível para a morena. Tudo que a loira fazia exercia algum tipo de reação em Rachel, algum tipo de consequência.


E Rachel odiava isso. Porque ela sempre estava presa em Quinn de alguma forma. Quando a loira a deixou, ela tentou esquecê-la. Porque Quinn o fez. Mas resultara impossível.


Rachel tornou a ouvir passos e finalmente se deparou com sua única esperança para entrar em casa.


Quinn também ouviu. Ela virou a cabeça até a direção dos passos e simplesmente fugiram-lhe as palavras. Levantou-se tão rápido que se desequilibrara durante alguns segundos.


“Ora, ora, ora. Se não é Quinn Fabray.” Santana vestia um terninho preto que moldava seu corpo. Os braços estavam cruzados em frente ao peito de forma autoritária e um par de óculos preto ocupava-lhe o rosto. E por fim, os cabelos negros caiam pelos ombros terminando em alguns cachos.


“San-que-mas-ã?” Quinn tentou falar, mas as palavras não se encontravam em sua língua. A loira pode ouvir Rachel tentando suprir a risada.


Santana não dizia nada. Seus olhos estavam num misto de raiva, tristeza, mas princialmente, saudades. A latina, então, avançou na loira que se encolheu. Ela ia apanhar. Ela tinha quase certeza, porém braços quentes e morenos contornaram sua cintura. E ela estava ainda mais confusa. E o dia estava ainda mais estranho.


“Quer saber, Quinn? Você é uma vadia!” Agora Santana se afastara e lágrimas tomavam conta de seus olhos. Céus! Será que seria sempre assim? As pessoas iriam abraçá-la e em seguida jogar tudo na sua cara? “Como você foi capaz de fazer isso comigo?” A latina estava literalmente gritando no meio do corredor. “Nós... nós éramos melhores amigas!” E Quinn pode sentir as lágrimas vindo à tona. Lá vamos nós novamente.


“Santana eu...” Ela iria tentar dar algum tipo de explicação plausível. Mas Santana novamente a envolveu em um abraço. Rachel olhava para as duas, desconcertada.


“Eu te odeio.”Ela disse contra o pescoço de Quinn. A loira apenas retribuiu o abraço.


“Mas eu não.” Disse contra os cabelos negros.


Elas se separam. Portavam pequenos sorrisos no rosto. Diferente de Rachel, que olhava as duas de forma indignada.


“Vem. Entra.” Santana pegou na mão de Quinn e fez questão que ela entrasse no apartamento de Rachel. Certo. Por que Santana estava entrando no apartamento de Rachel?


A latina percebeu o olhar de Rachel. Ela, aparentemente, não queria que a loira entrasse. Mas Santana não podia ignorar Quinn. O que ela havia feito era mal. Porém a latina conhecia sua amiga. Conhecia mais do que qualquer um que julgou-a quando desapareceu. A loira tinha seus motivos. Santana sabia. E depois do ensino médio, ela amadurecera o suficiente para perceber que o melhor para Quinn era uma mudança. Mesmo que essa mudança significasse que ela estaria fora da sua vida.


A loira sentou-se no sofá. Ela estava desconfortável, mas não podia simplesmente ir embora. Santana, diferente de Rachel, não estava tentando manter distância.


A latina retirou os saltos pretos e deixou as chaves de casa na vasilha em cima da mesa de jantar. Rachel sequer olhou para Quinn e seguiu com passos fortes até a cozinha. Ela precisava de leite de soja.


“Eu senti sua falta.” Santana soltou enquando sentavasse em frente à Quinn.


“Eu também San.” A loira respondeu no mesmo tom.


Elas ficaram apenas se encarando. Havia tanta coisa para dizer que mal sabiam por onde começar. Quinn não se sentia no direito de ser a primeira a falar. Então esperou que a latina começasse o assunto. Mas isso não foi possível, porque Rachel chamou Santana para cozinha, enquanto segurava um copo rosa e dourado com extrema força.


“Santana, o que você está fazendo?” Rachel sussurrou. No entando, Quinn era capaz de ouvir.


“Aconteceu algo, Rachel?” A latina estava confusa.


“Como assim aconteceu algo? Você convida Quinn para entrar na nossa casa! Nós tínhamos um clube, lembra?”


“Rachel, não acha que está na hora de esquecer isso?” Santana havia esquecido do clube.


“Não! O clube “Nós odiamos a Quinn” só deve ser esquecido quando ambas as participantes concordaram e eu” Ela fez uma pausa dramática. “não concordo.”


“Vocês criaram um clube contra mim?” Quinn falou da sala.


A latina e a morena olharam na mesma hora para Quinn. Elas não sabiam que a loira estava ouvindo. Era certo que Rachel não odiava Quinn. Mas o nome pareceu-lhe bom o suficiente.


“Sim.” Rachel disse convencida.


“Quinn, esqueça isso.” Santana tentou fazer com que toda a situação não ficasse mais estranha do que já estava.


Rachel bufou ao ouvir aquele comentário e foi para seu quarto. Ela não podia acreditar nisso. Elas tinhas um clube! E ele tinha até um livro de regras! Um livro de regras tornava tudo mais oficial. Santana não podia simplesmente ignorar tudo.


Jogou-se na cama irritada. Quinn tinha arruinado seu clube.



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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo vamos ter uma conversa entre Quinn e Santana. E consequentemente, Rachel. Um sinal de que as coisas possam melhorar entre as duas.



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