The Girl Next Door escrita por Fernanda Meinert


Capítulo 18
New Year, diferent everything


Notas iniciais do capítulo

OI PESSOAL SDDS DE TODOS VOCÊS. Então, eu não sei nem como começar. Eu sei que já tinha fama de atrasar os capítulo, mas dessa fez foi demais. Fernanda, você devia se envergonhar.

Eu sei.

Enfim, muita coisa aconteceu. Sério. Eu tive que me dedicar totalmente aos estudos. Foi uma coisa louca. E toda aquela coisa de estudar, estudar, objetividade e etc, levaram embora toda a minha inspiração. Muito triste. Eu tentava escrever, mas as coisas não saiam como eu queria. Frustrante. Inclusive, esse capítulo fugiu do meio jeito de escrever. Perdi a prática. Odiei.

Além do estudo, outras coisas aconteceram como: passei poucas e boas suprindo uma paixonite, que se tornou paixão, e depois partiu meu coração em pedacinhos. E tudo o que eu tentava escrever ficava triste e melancólico.

Mas agora as coisas estão indo bem. Afinal hoje eu acordei suuuper inspirada e resolvi terminar esse capítulo que estou tentando escrever há meses.

Ok, terminei. Espero que alguém ainda leia essa história. E também espero que gostem do capítulo, comentem e não me odeiem.



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12/29/2017 4:30pm

Quinn! Acabei de chegar e estou te esperando no aeroporto! – Monica Jackson

12/29/2017 7:45pm

Eu sei que o trânsito de NY é horrível, mas já faz 3 horas! Cadê você? – Monica Jackson

12/29/2017 8:00pm

Eu sei que você está ai, Quinn! – Monica Jackson

12/29/2017 8:29pm

Está frio, eu estou com medo e nenhum táxi para nessa merda. – Monica Jackson

12/29/2017 8:37pm

Quer saber, Quinn? Você é gorda. – Monica Jackson

12/29/2017 9:02pm

Gorda e vadia. – Monica Jackson

Monica jogou o celular dentro da bolsa e sentou-se em um dos bancos ali presente. Ela não conseguia expressar em palavras – ou mensagens de texto – o quão irritada estava com Quinn agora.

E a única coisa que lhe restara era observar a noite e as pessoas que tinham a sorte para conseguir taxis. Parecia tão fácil. Ela não conseguia entender. Quer dizer, ela passou três dias seguidos assistindo filmes sobre Nova York. Ela devia saber de tudo. Suspirou alto e cruzou os braços tentando evitar o frio. Aquela seria uma longa noite.

xxxxx

“Quinn, é sua vez!” Santana gritou.

“Santana, eu estou do seu lado!” Replicou enquanto chacoalhava os dados do banco imobiliário entre suas mãos.

“Não interessa. Joga logo que eu quero vencer.” Kurt revirou os olhos ao ouvir as palavras da latina.

Ele já havia perdido na quarta vez em que tocou nos dados. Aparentemente sua vontade compulsiva de comprar não era um bom artifício para o jogo. Em seguida, levou seus olhos à pequena Rachel. Para ela restaram duas propriedades que rendiam baixíssimo aluguel. Ele podia ver a vontade nos olhos castanhos de roubar um pouco das notas de cem de Quinn. Mas Rachel era honesta demais para isso. Assim, ela sempre recuava a mão.

Santana era quem comandava o jogo. Ela possuía cinco hotéis no tabuleiro. E bem, Quinn lutava para não cair em nenhum deles.

“ISSO!” Santana gritou quando Quinn parou em seu hotel mais caro.

“Não valeu! O dado caiu torto!” Tentou argumentar.

“Nem vem, Fabray! Vamos! Me pague.” A latina arqueou a sobrancelha e estendeu a mão na direção da amiga.

“Me obrigue.” Propôs desafiante. E antes mesmo que Quinn pudesse se preparar, Santana pegou seu bolo de notas de cem. “HEY! VOCÊ ESTÁ ROUBANDO!”

“ESTOU APENAS PEGANDO O QUE VOCÊ ME DEVE!” Quinn, para impedir e amiga, saltou sobre suas costas e espremeu a latina contra o chão.

“EU VOU TE MATAR, QUINN!” Santana esbravejou.

“Ok, já chega!” Kurt interviu. “Quinn, sai de cima da Santana. Agora.”

“Não.”

Quinn...”

“Ela está com meu dinheiro.”

“Eu vou contar até três. Um, dois...”

“Ok.” A loira suspirou e se empurrou para o lado. No entanto, a latina aproveitou a deixa para se jogar sobre Quinn, que gritou quando percebeu o movimento.

“SANTANA!” Kurt agarrou a amiga pelos braços e levou-a para longe. “Céus! Vocês são piores que crianças.”

“Foi ela quem começou!” Santana apontou para Quinn.

“Eu? Eu nã-“

“Chega.” Dessa vez foi Rachel quem falou. “Quinn, eu ouvi seu celular apitar.”

A loira andou até o aparelho e arregalou os olhos ao olhar para a tela.

“Merda, merda, merda, merda, merda.” Continuou repetindo a palavra enquanto buscava sua bolsa e casaco no balcão. “...merda, merda, merda, merda, merda, merda...”

“O que aconteceu?” Rachel perguntou.

“Monica. Aeroporto. Atrasada. Tchau.” Quinn fechou a porta atrás de si e correu para pegar um táxi.

(...)

Quinn buscava Monica entre as diversas pessoas que entravam e saiam do local, até que ela finalmente encontrou a amiga de cabelos castanhos e olhos verdes.

“MONICA!” A loira gritou e acenou para a amiga. Tentou plantar um sorriso em seu rosto.

“Sua. Vadia.” A morena empurrou Quinn. “Eu odeio você. Odeio. Odeio. Odeio.”

“Mon, me desculpa!” A loira suplicou.

“Nós tínhamos combinado! Eu não acredito que você esqueceu!”

“Mon... Eu estava com a Rachel e acabei esquecen-“

“Rachel?” Monica cortou a amiga rapidamente. “Quem é Rachel?”

“Minha amiga...” A morena ainda não conseguia lembrar. “A baixinha... baixinha que canta.”

“A REGINA!” Gritou de repente.

“É Rachel.” Quinn revirou os olhos. “Vem.” Puxou a amiga pelo braço.

“Ok, mas saiba que eu ainda estou brava com você.”

“Claro.” Quinn sorriu e empurrou a amiga para dentro do táxi.

Enquanto as garotas seguiam o caminho de volta para o apartamento, Quinn tentava se desculpar de todas as formas possíveis. Mas aparentemente Monica nem a ouvia. Os olhos verdes estavam visivelmente ocupados com as diversas luzes da cidade que nunca dorme.

“Você vai adorar o apartamento.” Quinn comentou enquanto abria a porta do prédio.

“Espero que sim, porque você realmente precisa me compensar.” Monica passou pela loira levando suas duas malas. “Onde está o elevador?”

“Bem... não tem elevador.” Quinn sorriu amarelamente. “Mas eu posso levar uma se você quiser.”

“Fabray... Eu estou por aqui com você.” Fez um gesto sobre a cabeça para, em seguida, descer o óculos de sol, que repousava em seus cabelos, até os olhos. “Vamos lá...” Sussurrou.

(...)

“Você não tem ideia do quanto eu quero te matar.” Monica comentou após subir o último degrau. “Céus, eu estou morrendo.” Disse em meio às fundas respirações e com a mão repousada no peito.

“Acostuma.” Quinn sorriu e a morena retribuiu com uma careta.

E antes que a loira pudesse inserir a chave na fechadura, a porta da frente foi aberta. Rachel saiu inocentemente com dois sacos pretos de lixo na mão.

“Rach?” Quinn chamou a morena mais baixa, que parecia imergida em seus próprios pensamentos.

“Oh, oi Quinn! E você é...” Ela parou em Monica.

“SOU MONICA E VOCÊ DEVE SER A REGINA! OH MEU DEUS! FINALMENTE.” Rachel se viu surpreendia por aquela mulher desconhecida que a abraçou incrivelmente forte. Tão forte que a morena foi obrigada a largar os dois sacos no chão para manter-se estável.

“Regina?” Rachel sussurrou sobre o ombro da estranha para Quinn, que deu de ombros sorrindo.

“Monica, eu acho que ela precisa respirar.” A loira comentou risonha.

“Oh, certo.” A morena mais alta se afastou sem jeito. “Regina, eu ouvi falar muito sobre você. Posso te chamar de Reg? Ou Gina?”

“Mon... É Rachel.” Quinn esfregou a testa.

“Oh, verdade.” Monica examinou o rosto de Rachel. “Mas você parece uma Regina.” Sorriu.

“Ahn... obrigada?” A morena sorriu confusa e alcançou os dois sacos de lixo. “Eu tenho que descer com isso, então... até mais Monica, foi um prazer te conhecer. Te vejo depois, Quinn.” Rachel lançou um sorriso tímido em direção a loira antes de descer as escadas.

Quinn continuou olhando para a escada a qual a morena já havia descido. E quando finalmente desviou o olhar, deparou-se com Monica e um sorriso maliciosamente assustador.

“Rachel, hãn?” Comentou insinuosa. “Ora, ora, ora, depois de todos aqueles anos de puro tesão reprimido você está finalmente enxergando seus sentimentos.”

A expressão de Quinn se transformou em um misto de vergonha, medo e confusão. “Você é louca!” Acusou enquanto abria a porta do apartamento.

“Não sou louca, Quinn. Nem louca, nem cega.” Disse enquanto adentrava o local. “Uau. U-A-U. ISSO AQUI É DEMAIS.” Monica correu até as grandes janelas e espremeu seu rosto contra elas. “Incrível.” Sussurrou com a voz abafada pelo vidro, enquanto observava com os olhos arregalados o movimento. “JESUS, ME SALVA!” Gritou de repente assustando Quinn.

Oliver havia colocado as duas patas em suas costas. Visto que ele já estava grande o suficiente para alcançá-las.

“E esse é o Oliver.” A loira disse sorrindo.

“Oh meu Deus. Você comprou um cachorro? Um cachorro enorme e babão e... babão.” Comentou enquanto fazia uma careta para a gosma transparente em sua mão que acariciava a cabeça do animal.

Quinn riu e se agachou para acariciar Oliver também. E só então percebeu o quanto sentia falta da amiga. Era certo que ela era completamente louca, mas ainda assim a loira a amava. E sempre agradecia mentalmente por tê-la conhecido em Yale. Isso tornou aqueles quatro anos mais fáceis do que certamente iriam ser.

Depois de quase uma hora se divertindo com Oliver, as garotas se sentaram no sofá e conversaram como não faziam há meses. Logo um bom vinho se fez presente e as risadas aumentaram.

“Você fez mesmo isso, Quinn? CÉUS!” Monica ria.

“Não é engraçado!” Rebateu. “Eu estava nervosa e confusa.”

“Essa parte eu entendo. Mas Q, naquele outro dia ela estava entre suas pernas, tudo o que você tinha que fazer era beijá-la.” Comentou como se fosse óbvio.

“Eu sei! É-é verdade.” Quinn disse mais para si mesma. “Eu deveria beijá-la. Eu realmente deveria.” Levantou-se e estufou o peito. “Eu vou até lá e dizer a Rachel Berry que eu quero beijá-la, e tocar naquelas pernas, e naquele abdômen e... e... e...-“

“Quinn.” Monica chamou sua atenção. “Vai com calma.”

“Calma. Certo.” Respirou fundo. “Você vem comigo?”

“Eu não perderia isso por nada!”

As duas andaram entre tropeços até o apartamento da frente. Bateram na porta com mais força do que era necessário, até que uma Rachel Berry de pijama abriu-a.

“Quinn? Monica?”

“Oi, Rach.” A loira sorriu acenou.

“Quinn, quer te dizer uma coisa.” Monica adiantou.

“Isso, quero te dizer uma coisa.” Repetiu.

“Ahn... ok, querem entrar?” Rachel ofereceu confusa.

“Claro.” Monica sorriu e adentrou o local, seguida por Quinn.

Santana observava toda a cena do sofá, com uma xícara de chocolate quente em mãos. Então seus olhos pararam na morena de olhos verdes.

“Olá.” Ela disse para a garota que parecia um tanto perdida.

“Oi! Você deve ser Santana!” Monica, devido à falta de equilíbrio, quase se jogou sobre a morena.

“Sou eu...” O tom de flerte se fazia presente na voz da latina. “E você é...?”

“Monica, amiga da Quinn. Prazer!”

“Muito prazer... Você nunca veio aqui, certo? Que tal eu te mostrar o apartamento?” Santana ofereceu.

“Isso seria maravilhoso! Adoro conhecer apartamentos! A cozinha, a sala, os banhei-“

“Certo.” Cortou. “Que tal começar pelo meu quarto?” Perguntou sugestiva.

“Isso seria ótimo!” Monica alegou completamente inocente.

(...)

“Então Quinn, o que você queria me dizer?” Certo tom de expectativa ocupava a voz de Rachel.

“Eu... eu...” Não é como se ela não conseguisse falar, mas algo – o álcool – havia apagado essa informação de sua memória.

“Ah! Antes de você dizer, eu queria fazer um convite para você e sua amiga. Bem, um dos patrocinadores do meu espetáculo convidou o elenco para passar o ano novo na cobertura dele. O lugar é maravilhoso. Tem vista para a Times Square. E ele disse que poderíamos chamar quem quiséssemos então eu estou convidando vocês.” Quinn passou trinta segundos apenas observando o rosto de Rachel.

Ele era tão bonito. Bronzeado e com traços fortes. E olhá-lo certamente fazia doer menos a sua cabeça do que todas aquelas palavras que Rachel disse. O que ela disse mesmo? Oh, certo. O convite.

“Então...” A morena insistiu.

“Claro! Nós aceitamos!”

“Ótimo!” Sorriu satisfeita. O silêncio se estabeleceu entre as duas.

Rachel esfregava suas mãos uma na outra. Ela estava nervosa. Sua mente não parava de viajar pelos mil motivos que Quinn teria vindo até seu apartamento a essa hora da noite. Mas tudo o que a loira fazia era observá-la. E o olhar era tão intenso que Rachel mal conseguia retribuir.

“Então... o que você queria me dizer?” A morena forçou.

“O que?” Quinn pareceu sair de seu transe.

“Você disse que queria me falar algo.”

“Eu disse?” Rachel sorriu e balançou a cabeça negativamente.

“É melhor você ir, Q.” A loira entortou o cenho, mas acenou. “Onde está Monica?”

Rachel olhou ao redor e percebeu que tanto Monica, quanto Santana haviam sumido. Céus, ela devia ter mantido os olhos na latina.

“Aqui!” Monica gritou, aparecendo rapidamente na sala.

“Vamos?” Quinn perguntou para a amiga.

“Tchau, Rach! Tchau, San!” Elas se despediram e voltaram ao apartamento da loira.

(...)

“O que você estava fazendo com a Santana no quarto?” Quinn perguntou depois que as duas já haviam se aconchegado na cama.

“Conversando! Ela disse que minhas pernas são lindas e são mesmo, quer dizer, olha pra elas!” A loira riu.

“Nós vamos a uma festa amanhã à noite.” Soltou.

“Onde?”

“Na cobertura de um dos patrocinadores do espetáculo da Rachel.” Nesse momento as duas amigas tinham o olhar preso no teto.

“E você pretende beijá-la a meia noite?” Monica perguntou. Mas ao contrário do que ela esperava, Quinn apenas respirou fundo e virou-se de costas para ela.

“Boa noite, Mon.”

xxxxx

Quinn piscou várias vezes antes de realmente abrir os olhos. Tateou o outro lado da cama em busca de Monica, para então perceber que essa não se encontrava mais lá. Levantou-se lutando contra a preguiça e moveu os pés, aconchegados nas pantufas, até a sala.

“Monica?” Chamou com a voz rouca.

“Bom dia, Q!” Então Quinn viu a amiga em sua cozinha.

“O que você está fazendo?” Perguntou enquanto se sentava em uma das banquetas do balcão.

“Panquecas. Você ainda gosta, não é?” Questionou enquanto girava a massa na frigideira.

“Claro que sim.” Quinn comentou sorridente. “Mas não tinha nada aqui. Você saiu pra comprar?”

“Mhmm.”

“E foi tudo bem?”

“Na verdade não, eu me perdi, quase fui atropelada por um táxi e um velho tarado me cantou duas vezes. Mas eu estou bem agora.” Monica falou aquilo tudo tão rápido que Quinn decidiu que não valia a pena fazer mais perguntas.

O resto do café seguiu em silêncio. Quinn não conseguia parar de pensar sobre essa noite. Sobre ela e Rachel.

Durante a tarde as amigas saíram em busca de roupas e acessórios. E a loira tinha que admitir que ela havia se divertido. Há tempo que não tinha esses momentos femininos. Só ela e a melhor amiga. Em que ela podia confiar e falar besteira como antes.

“Quinn?” Monica chamou enquanto colocava um vestido preto em frente ao corpo e examinava-se no espelho.

“Fala.” A loira apareceu no provador, trajada em um vestido prateado.

“Eu gostei desse.” Monica comentou sobre a vestimenta da amiga.

“Eu também. Acho que vou levar.”

“Amei. Mas... Eu me esqueci de te perguntar. Como andam as coisas aqui? Quer dizer, na nossa última sessão de skype você comentou que ainda não tinha emprego.” Quinn suspirou.

“Ainda não tenho. Continuo pintando meus quadros, mas ainda não achei ninguém interessado.” Esse era um assunto que certamente estava começando a incomodar a loira.

Os meses iam passando e seu dinheiro acabando. Ela não esperava passar tanto tempo sem um emprego.

“Você vai achar alguma coisa, Q. Não se preocupe.” Monica sorriu olhando para Quinn pelo espelho. “E sabe que se precisar, pode contar comigo e com minha família para qualquer coisa. Inclusive com ajuda financeira.” A loira abraçou a morena com força.

“Você devia levar esse vestido.” Comento com a voz abafada pelos cabeços castanhos. “E eu te amo.”

xxxxx

“Você acha que está bom assim?” Monica se olhava no espelho do banheiro de Quinn.

“Eu já disse que sim.” A loira bufou depois de ouvir aquela mesma pergunta cinco vezes.

Quinn alisou o vestido e pegou sua bolsa jogada em cima da cama.

“Vamos?” A loira perguntou apressada. Rachel havia ligado para ela avisando que o táxi já estava lá embaixo.

“Você tem certeza que está bom assim?” No momento que a morena perguntou, a loira lançou a ela um olhar nada amigável. “Ok, vamos.” Respondeu rapidamente.

(...)

“Oi meninas!” Rachel cumprimentou enquanto deslizava no banco de trás do táxi para dar espaço as amigas.

O caminho foi rápido e silencioso. Um silêncio cheio de surpresas e expectativas.

“Isso aqui é demais.” Monica comentou ao olhar para o prédio incrivelmente alto a sua frente. E Quinn tinha que admitir que era mesmo.

Enquanto o elevador subia, Santana e Monica engajaram em uma conversa um tanto estranha sobre o quanto ela queria eliminar Oliver. E mais uma vez Quinn decidiu que o melhor para o cachorro era nunca mais ver a latina na vida.

Rachel estava distante. De vez em quando ela ria das frases absurdas da latina, mas a verdade é que ela não para de pensar na loira. Ela sempre pensava na loira. Era absurdo. Era insano. Mas era real.

Quando a porta do elevador se abriu as garotas e Kurt saíram impressionados com a beleza e modernidade do apartamento. Ele era imenso e suas paredes eram completamente cobertas com janelas, o que possibilitava total visão da bola na Times Square, além de, mais tarde, os fogos.

O local já estava repleto de pessoas segurando seus champanhes, a maioria vestida de preto. Eles conversavam ao som da musica baixa que tocava. E o grupo certamente se sentia inferiorizado. Os convidados exalavam uma áurea de superioridade que eles não conseguiam alcançar.

No entanto, essa situação durou até o momento em que Rachel encontrou seus colegas de elenco. Estavam todos alegres e falando alto. Pulavam e riam como se todas aquelas pessoal mal estivessem ali.

E é claro que Quinn não pode evitar o sorriso no rosto quando viu o da morena. Aquelas pessoas completavam quem a morena era.

“Vamos, Quinn.” Santana a chamou, pegando em sua mão. “Depois ela se encontra com a gente.” Comentou em relação a Rachel.

Eles se dirigiram ao bar, conversaram e beberam. A diversão era tanta que quase não perceberam o quanto o lugar havia enchido e que faltava apenas meia hora para a meia-noite.

Quinn decidiu procurar por Rachel e com sorte, encontrou-a rapidamente perto de uma das grandes janelas.

Sorriu enquanto observava a expressão pensativa da morena. De fato estava tão distraída que tropeçou em diversas coisas e, possivelmente, pessoas durante o caminho.

“Hey, Rach!” Sussurrou animada no ouvido da morena.

“Oi, Q.” Sorriu.

“Por que você está aqui sozinha?” Olhou para os lados de forma desengonçada, buscando por alguém que pudesse estar fazendo companhia à morena.

“Porque eu estava esperando você me encontrar.” Seu tom de voz foi baixo e seus olhos fixados no próprio reflexo do vidro.

Quinn levou alguns segundos para processar o que Rachel havia dito. Ela sabia que estava bêbada, mas também tinha plena certeza de que ouvira corretamente o que a morena disse. No entanto, ela optou pela falta de palavras.

Já Rachel, que tinha a necessidade de preencher o silêncio, suspirou:

“Nova York é simplesmente maravilhosa.” Quinn concordou. Ela também achava.

“UM MINUTO PARA MEIA-NOITE!” Alguém gritou.

A bola estava descendo.

DEZ.

Os segundos foram passando.

NOVE.

As pessoas se reuniam perto das janelas.

OITO.

Poucos foram para onde elas estavam.

SETE.

Quinn ouvia a respiração alta de Rachel.

SEIS.

Rachel ouvia a respiração alta de Quinn.

CINCO.

Ambas sabiam das respirações altas dos outros.

QUATRO.

No entanto, não as ouviam.

TRÊS.

DOIS.

UM.

O barulho ensurdecedor dos fogos.

As cores no céu.

Os “Feliz Ano Novo” perdidos no ar. Voando. Correndo. Seguindo.

Quinn.

Rachel.

Aquele momento era tão surreal. Tão silencioso. Tão barulhento. Mas a loira ainda sentia a morena perto dela. E uma tentação enlouquecedora de apenas observar o resto bronzeado naquele momento, fez com que Quinn se virasse.

Fez com que Rachel se virasse.

Fez com que as duas olhassem olho no olho.

Fez com que a morena se aproximasse tão sutilmente. Encostasse os lábios tão docemente nos da outra.

E as duas se uniram naquela energia nova e louca.

E Quinn sentiu a chama dentro de si.

Rachel também a sentiu.

E os lábios se movimentavam. Doce. Devagar. Diferente. Bom.

Mas as línguas eram tímidas de mais para algum contato.

Elas se separaram. Elas abriram os olhos e se viram depois daquele movimento, da chama, da energia.

“Eu só achei que não seria justo você passar seu primeiro Ano Novo em Nova York sem um beijo a meia-noite.”


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Notas finais do capítulo

Oi gente, como eu não estava neste site quando o Cory morreu. Gostaria de dizer que fiquei super triste. E mesmo que não shippava de jeito nehum finchel e monchele, o adorava e sinto muita falta. Sdds Cory.

Também queria dizer que este site está difícil de mexer. Demorei séculos pra achar onde se adicionava um novo capítulo. E sem querem postei esse capitulo em Roommate.