Runaways escrita por Runaways


Capítulo 27
Qual é a da barbinha ?


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas a demora pessoal,mas é muita prova e monstros e tals ...



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POV’s
Manu



Olhei
em volta, a sala em que estávamos era provavelmente a sala do trono de Hades. O
piso era de bronze, as paredes de mármore preto. O trono era feito de ossos.
Observei a sala até chegar no deus parado a nossa frente. Sua aparência
era...estranha. Quer dizer, quando você pensa no Deus dos Mortos você pensa em
uma pessoa com uma aparência mais assustadora que aquilo. A única coisa que era
perturbadora era sua roupa feita de espíritos.



- E então, filhinha. Feliz em ver o papitchu? – Hades perguntou e eu segurei o
riso. Hades me fuzilou com os olhos. – O que foi? Perdeu o medo, filha de
Afrodite?



-Não, senhor. É que, sabe, eu esperava que sua aparência fosse mais assustadora,
e não que você fosse...assim, e falando ‘’papitchu’’ não ajuda muito. Qual é a
da barbinha? – falei e senti que todos me encaram querendo me matar.



-Minha aparência lhe incomoda? Quer ver minha outra forma, bonitinha? – Hades me
perguntou com um sorriso maléfico.



-Como é...



-NÃO, ELA NÃO QUER - disseram Ed, Desi e Zain em uníssono. – Ela vai calar a
boca. – Ed completou.



-Ótimo. Minha filha, você tem que pedir pros seus amiguinhos terem mais
respeito. – Hades falou me olhando. – Mas então, não respondeu minha pergunta.



-Você me deixou lá mofando naquele orfanato... – Nina falou com raiva.



-Olha só, minha filha. Eu não queria, mas, você sabe, deuses são obrigados a
deixar seus filhos... – Hades falou.



-Mas você podia ao menos ter me visitado, mandado um sinal, sei lá, qualquer
coisa. – ela respondeu.



-Querida, eu não queria te deixar lá mofando, mas essa é a vida, não é justa. –
Hades falou com certa compaixão. – Desculpa.



-Tudo bem, entendo. – Nina falou como se quisesse acabar com aquela conversa de
uma vez. Eu podia entende-lá, também ficaria assim se conhece minha mãe assim
de repente.



-Que bom, querida.  –Hades falou, pude ver
um olhar de satisfação em seu rosto. – Mas então, como e por que estão aqui?



-Nós...caímos em um buraco, em uma floresta. 

– Zain falou tentando não parecer um idiota.



- É,nós... – Desiree falou irônica.



-Droga, eu sabia que aquele buraco estava aberto. – Hades gritou furioso. – Bom,
eu tenho que ir resolver esse problema, e depois outros problemas.



-Pera aí, e o que nós fazemos agora? – Ed perguntou confuso.



-Ah, certo. Bom, falem com minha esposa. Ela sabe. – Hades falou com se nem se
importasse. – Adeus, crianças. E...adeus, minha filha. – Ele falou e
desapareceu. Por mais duro que parecesse ele gostava da filha.



-Tchau, pai...- Nina sussurrou baixinho. Eu a abracei e falei que estava tudo
bem.



Estávamos
ali parados por alguns segundos quando alguém no canto da sala pigarreou. Não
consegui ver na hora quem era, mas logo ficou óbvio. Uma mulher muito bonita,
com cabelos escuros presos em uma trança, túnica que tinha cor de flores da
primavera. Perséfone, rainha do submundo e deusa da primavera.



-Olá, semideuses. – ela falou com um tom melhor que Hades nos dirigira. – Certo,
serei breve, tenho coisas para fazer então prestem atenção.



- Tudo bem. – assentimos.



-Ótimo. Bem, vocês sabem que não deveriam estar aqui. Agora que entraram, será
difícil sair. Vocês terão uma hora e meia pra saírem daqui, senão, sinto
informar que esse será o lar de vocês. Então, perguntas? – ninguém se pronunciou,
estávamos sem palavras. Uma hora e meia pra sair do inferno? – Ótimo,
entenderam direitinho. – ela falou e se despediu de todos, exceto Nina. Acho
que ela não gostava muito dela...



A deusa desapareceu. Ficamos ali nos encarando. Zain quebrou o silêncio:



-MANUELA BARKER, O QUÊ VOCÊ TEM NA SUA CABEÇA?



-O que foi, meus deuses?- perguntei assustada.



-Nada, você só implicou com o deus dos mortos, só isso. Sabe, ele podia ter
fritado a gente, sua idiota. – ele falou tentando espantar o pensamento.



-Tá, tá. Mas ninguém aqui tá frito. Agora vamos – falei me tocando da burrada
que tinha feito.



Saímos
do palácio e fomos rumo aos Campos Asfódelos. Olhamos de novo para o mapa de
Nina. Tínhamos que seguir reto, na direção oposta ao palácio, os demais Campos.
Estava tudo indo bem, até que...



-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAI! – falei enquanto caia no chão. Torci meu pé.



- O que foi agora? – Desiree perguntou.



-Acho que torci meu pé... – falei chorosa.



-Claro, ninguém mandou você vir com essa salto de 1543432 cm. – Nina falou com
se fosse óbvio.



-Levanta, não foi nada. – Ed disse analisando.



-Não, se eu forçar pode inchar. Não quero ficar com o pé e o tornozelo inchados,
obrigada. – falei e todos me olhavam como se não estivessem acreditando.



-Você quer que te carreguemos? – Desiree falou irônica.



-Se não for incomodo... – respondi sorrindo.



-NÃO! – todos responderam. Eu continuei sentada ali. Droga, eles tocaram no meu
ponto fraco. Eu era teimosa, não sairia dali tão cedo.



-Você tá de brincadeira, né? – Ed perguntou.



-Não.- respondi seca.



-Vem vamos continuar andando,ela vai ter que seguir a gente se não quiser
morrer. – Zain falou rindo.



Eles deram mais alguns passos. Ok, admito, meu pé não estava doendo tanto assim, mas
eu não ia admitir. Sei que estava sendo mimada, mas estou me acostumando a não
ter o que quero...



- Já chega! – Zain falou e se aproximou de mim.



- O que vai fazer? – Nina perguntou.



- Vai ver.



Ele se aproximou e me ajudou a levantar.



- Pronto, está de pé. Agora vem, deu de dar uma de diva e vem andando. Vamos,
amor – ele falou e estendeu a mão.



-Não! – respondi, deu uma dorzinha no coração falar com ele daquele jeito. - Não
vou.



-Não é? – Ele falou com um sorriso no canto da boca. Então ele me beijou, mas
não foi um beijo normal, foi um beijo forte. Parou quando precisou retomar o
ar. – E agora, você vai? – ele perguntou e vi que todos nos encaravam.



-Hã, e-eu... eu vou. – respondi ainda meio tonta.



-
Perfeito. Vem, vamos logo. – ele pegou minha mão e fomos andando.



- O
que foi isso? – Nina perguntou rindo.



- É
o amor, Nina. – Zain falou rindo também.



- E
que amor, hein. – Desiree falou.



-
Agora sabemos como fazer a Senhorita Mimada atender nossos pedidos. – Ed falou
me provocando.



-
Há-há, que engraçado.  –falei sentindo
minhas bochechas corarem.



Continuamos
até chegarmos aos Campos Asfódelos. Era horrível. Não tanto quanto os Campos de
Punição, mas era horrível. Almas vagavam sem rumo por todo o perímetro. Parecia
que estavam falando alguma coisa, mas era impossível entender.



-
Continuem, atrás de mim. – Nina falou enquanto abria caminho entre as almas.



Seguimos
o caminho em silêncio. Eu observava as almas atentamente. Sei que não devia,
mas quem sabe conseguiria encontrá-lo, queria rever meu pai. Observava tão
atentamente e devagar que eu fiquei pra trás. Quando me dei conta Zain me
observava:



-
Procurando alguém?



-
Hã, não... talvez. Mas deixa pra lá. – falei sem esperanças.



-Você
sabe que não devia. Não poderá fazer nada. – Zain falou.



- Eu
sei, mas se eu conseguisse falar com ele, eu queria pelo menos velo, queria
sentir seu abraço novamente, sei lá, só falar com ele... – falei e lágrimas
começaram a cair. Droga, odiava chorar.



-
Hey, não fique assim. Ele está bem. E você sabe que ele sempre estará contigo,
não importa onde esteja. – Zain falou e me abraçou. – assim como eu estarei,
minha pequena. 



-
Obrigada, eu não sei se conseguiria sem você. – falei e ele beijou minha testa.
– Agora vamos.



Corremos
até os outros. Tudo estava muito bom, muito fácil, até demais. Estávamos
caminhando até que aquilo apareceu:



-
Ai, meus deuses! – Ed exclamou.



-
Droga! Vamos morrer... – Nina falou.



-
Não, ninguém vai morrer, ele é como um cachorro, ele só quer um osso e
carinho.  –Desiree falou tentando parecer
firme, mas falhou.



- É,
e nós somos o osso... – falei. Até parece que ia ser fácil assim.



-
Peguem suas armas, amiguinhos. Hora do show. – Zain falou e nos armamos.



Seguimos
em frente. Agora era a hora de aplicar nossas habilidades de domadores.


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