Eu E Severus escrita por Manih


Capítulo 17
Até a próxima meu amor


Notas iniciais do capítulo

Até q não demorei tanto, ou demorei?



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 Severus foi bem rápido e logo sacou a varinha, murmurando Obliviate. Nota 10 para o Comensal da Morte que me agarrava. Quer dizer, me segurava inocentemente. Ok, não colou. Ele me soltou e se aproximou dos meninos.

– Esqueçam tudo o que viram a partir do momento em que olharam para dentro desta sala. - E guardou a varinha. Os meninos piscaram meio abobados. - Então srta. Devon, dá próxima vez que eu vir algo errado eu não pegarei leve com você. - alguém mais percebeu um duplo sentido na frase dele?

– Bonito avental professor. - disseram os gêmeos, juntos.

Ele olhou para baixo e após me lançar um olhar feroz, saiu da sala.

– Você devia despedir essa empregada Lily. - disse Jorge.

– Essa sala está uma bagunça, ela não está fazendo o serviço direito. - completou Fred.

Rimos.

– O que fazem aqui a essa hora da manhã, meninos? - para interromperem meu momento a sós com Sev? Se não gostasse deles ia azará-los, sem brincadeira.

– Viemos lhe mostrar uma coisa. - disse Fred e o sorriso dos dois se iluminou.

– Olhe bem isso. - e Jorge me estendeu um pedaço de pergaminho.

Peguei-o e abri. Estava em branco. Ou no caso, amarelado, pois era bem velhinho.

– O que é isso exatamente? - perguntei. Não podia ser apenas um pedaço de papel que fizera duas crianças levantar cedo...

– Estivemos em detenção ontem na sala do Filch... Achamos uma gaveta do arquivo onde estava escrito Confiscado e Muito Perigoso. - disse Fred, orgulhoso.

– Não resistimos. Passamos a noite toda tentando descobrir o que ele fazia. - completou Jorge.

– Conseguiram?

– Ainda não. Mas tente você. - disse Jorge e pude vê-lo segurar o riso.

– Quem sabe não consegue? - completou Fred e então os dois sorriram abertamente.

Estão tramando algo. Andei até a mesa e coloquei ali o pergaminho, deixando meu caderno em cima da cadeira. Apontei a varinha para o pergaminho e olhei para os gêmeos. Eles haviam se aproximado e então bom, não parece que vá explodir. Resolvi fazer algo bem simples para começar.

Revele-se.

Logo algumas palavras começaram a aparecer e eu me inclinei para ler. Eles fizeram o mesmo.

O Sr. Aluado apresenta seus cumprimentos a Lilith Devon e pede que ela se esforçe mais para conseguir meter seu nariz no que não é de sua conta.

O Sr. Pontas concorda com o Sr. Aluado e gostaria de acrescentar que pelo visto Lilith Devon não é tão inteligente como todos pensam.

O Sr. Almofadinhas gostaria de deixar registrado o seu espanto de que ela um dia pudesse ter se chamado de gênio.

"O Sr. Rabicho deseja a Lilith Devon um bom dia e aconselha que ela use sapatos de salto alto de vez em quando.

– Mas o quê? AHAHAHAHAHAHA! - os gêmeos riram também. - Mas é só isso que o mapa faz?

– Cremos que não. - respondeu fred.

– Acho que isso é apenas parte da magia do pergaminho. - disse Jorge.

– Vamos nos esforçar mais para desvendar o mistério. - disse Fred.

– E vamos te contar imediatamente. - disse Jorge.

– Já falei como é divertido vocês falaram assim? Ótimo, e não quero ver os dois matando aulas novamente para ficar escondidos nos dormitórios alheios... Vocês podiam ser expulsos! - eu aproveitei para ralhar com eles enquanto devolvia o papel.

– Mas queríamos te ajudar! -disse fred fazendo uma carinha triste.

– Temos que pegar quem fez aquilo! - completou Jorge.

Eu passei os braços pelo pescoço de cada um.

– Tudo bem meninos, só não quero que exagerem por minha causa. Vamos comer? Estou com fome.

– Quando não está? - perguntou Fred.

– Pergunta muito difícil para meu nível intelectual. - respondi. Agitei a varinha e logo estava devidamente vestida. Tranquei a porta depois que saímos e logo estávamos caminhando pelos corredores, ainda abraçada a eles. - Então meninos, Fazem dois meses que estão aqui e já são consideramos meus pupilos sabiam? Dizem as más línguas que quando eu sair será o papel de vocês infernizarem a escola.

– Estaremos honrados em cumprir o que as más línguas dizem. - disse Jorge.

– Mas me diga, o que tanto anda fazendo naquela sala? - perguntou Fred e eu expliquei para ele meus planos. Quando terminei já estávamos no Salão Principal e nos separamos. Parei por um momento antes de ir para minha mesa, para olhar para a mesa dos professores. Severus já estava lá , sem o avental – que pena – e falava algo com Prof. Quirrell. Como ele não iria me olhar, continuei meu caminho. Quando cheguei perto das meninas e elas puderem me ver, Rose deu um gritinho e pulou em cima de mim, quase me derrubando.

– Onde estava? Ficamos preocupadas! - ela disse.

– Pensamos que tivesse ocorrido algo. - explicou Angeline.

Tá tudo bem meninas, eu estava por aí... - disse me soltando de Rose e sentando.

Não ande sozinha assim, o D. M. Pode estar por aí só esperando para te atacar!

Olha, talvez ele tenha se arrependido do que fez, já fazem duas semanas e mais nada aconteceu. - eu respondi, enchendo meu prato com bacon, pudim, ovos e torta de chocolate. Eee alguém terá dor de barriga mais tarde.

– Olha as corujas – uma aluninha do primeiro ano exclamou. Ela sempre fazia isso, ainda maravilhada desde o primeiro dia. Pudim logo pousou na minha frente, bicando meus ovos. Sim, eu nomeei minha coruja com nome de comida e sim, ela é abusada e gosta de bicar minha comida.

Perfeita, não?

Tirei dela a carta habitual de minha mãe, mas antes que eu pudesse abrir uma outra coruja pousou na minha frente. Ué?

Também tirei a carta que estava presa a ela e logo ela saiu voando. Decidi abrir essa primeiro, não antes de dar umas garfadas no meu bacon e expulsar Pudim da minha mesa.

Querida Lilith, como vai?

Eu não vou muito bem desde a última vez que nos vimos, e isso é culpa sua. O que será que devo fazer com você? Provavelmente não lembra de mim, mas eu lembro de você. Todos os dias dentro daquele inferno eu me lembrei de você.

Estou com saudades, quando vamos finalmente nos reencontrar?

Ah claro, já aconteceu. Mas você não sabe que sou. Eu posso ser quem eu quiser. A pessoa mais próxima a você quem sabe...Loira, Morena, ruivo...Qualquer um. Será que consegue descobrir?

Até a próxima meu amor,

Seu querido D.M.

Meu coração quase saltou pela boca – literalmente, na minha opinião – e ouvi alguém perguntar o que acontecera. Olhei na direção da pessoa e vi Rose, com seus cabelos dourados emoldurando seu rosto. A palavra loira veio a minha mente. Ele dissera loira, especificando uma garota loira. Qualquer um. Logo Já estava correndo pelos corredores de Hogwarts.

Pov Severus.

Após muito relutar em ouvir as palavras de Dumbledore naquela noite, algo em mim desejava o que eu tanto queria evitar. Minha felicidade. E por algum motivo que eu realmente não consigo descobrir, eu me sinto bem perto daquela...louca. Decidi, como ouvi uma vez, deixar a vida correr como ela tem que correr.

Mas essa garota... Me tira do sério. Eu anseio por ficar perto dela e quando fico acabo me irritando, ela é tão... tão...inconsequente... E perigosa, principalmente com aquelas experiências que faz nas masmorras. Tão perto da minha sala. Como eu me seguro para não ir lá e sequestrá-la.

Ela adora me provocar, porque raios aquelas duas pestes tiveram que aparecer?

Ouvi alguém me chamar a atenção e virei para Quirrell, mas não pude ouvir o que ele falava pois estava disperso. Apenas balancei a cabeça e voltei meu olhar para o salão, procurando por ela. Talvez tenha ficado fissurado em saber onde ela está todo o tempo, em querer mantê-la sobre minha proteção, perto. Encontrei-a entre suas colegas de quarto, como vem acontecendo nessas ultimas semanas.

É sempre engraçado ver a falta de atenção que ela dá para as amigas nesse momento tão solene para a mesma. Sua atenção fica totalmente em seu prato e o máximo que ela faz é balançar a cabeça ou dizer uma ou duas palavras. Raramente ela conversa concretamente. Porém nesse momento estava sendo feita a entrega das corujas, então não estava concentrada em seu prato – não totalmente, presumo. Percebi que recebera duas entregas... Geralmente ela recebe apenas uma.

Ora, Severus Snape, como foi se rebaixar ao ponto de controlar cada detalhe da vida de uma simples adolescente?

Então tudo aconteceu rápido: Ela abriu a ultima carta e leu; logo após levantou e saiu correndo. Logo, eu também estava indo atrás dela. Como ela pode correr mais rápido que um Comensal? Deve ser a altura, não tem tanto atrito.

Raios, apenas consigo visualizar ela virando por outros corredores. E não posso correr, para não chamar atenção dos alunos que passam – mesmo que sejam poucos alunos. Ela parou no terceiro andar. Mais precisamente, no banheiro onde Murta-que-geme fica. Quando entrei no banheiro, pude ouvir Devon expulsando a fantasma do local e logo a vi, Encostada na parede ofegante, com uma expressão séria e segurando nas mãos um papel – provavelmente a carta que recebera. Assim que me viu endireitou-se.

– O que está fazendo aqui? - ela perguntou rispidamente.

– Você saiu correndo do Salão Principal. Deixe-me ver esse papel.

Ela permaneceu em silêncio, me encarando, por um tempo.

– Professor – ela começou, e seu tom era um pouco cauteloso e debochado. - Você passou seis anos me considerando tão perigosa quanto um explosivin. Louca, não é? Então qual o motivo de tudo aquilo... - ela parou para pensar - ...de todos aqueles beijos?

Senti um frio na espinha. Não posso dizer a verdade, nunca!

– Devon, deixe de bobagem. Quero ver esse papel, o que está escondendo? Por que saiu correndo?

– Não se aproxime! - Ela gritou quando eu ameacei a dar um passo a frente. - Não antes de me provar quem é.

Ela me encarava desafiadoramente e percebi que segurava a varinha. Ela estava desconfiando da minha identidade? O que raios havia naquela carta?

– Responda a minha pergunta. Por que neste ano apenas você começou a ter um interesse por mim? Tá tão na seca assim? - ela deu um sorrisinho debochado. Aquilo me irritou. Por que somente ela consegue me tirar tão facilmente do sério?

– Você acredita que tenho algum interesse amoroso com você, menina? Com uma criança? Faça-me o favor. - eu também ri, debochando dela. Ela corou. - Eu apenas decidi me divertir com você.

– E escolheu logo a mim? - ela quis continuar com o tom firme, porém não teve muito sucesso.

– Você é louca o suficiente para aceitar minhas investidas. E cá entre nós, sempre soube que tem uma queda por mim.

Ela lançou um feitiço e eu ricocheteei com outro ao mesmo tempo em que ouvi o nome dela ser chamado. Olhei para o lado e vi outra aluna.

– Srta. Tonks, veja se consegue dar algum juízo para está menina.

Lancei um ultimo olhar para ela – que ainda estava me encarando furiosamente – e me retirei.


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Notas finais do capítulo

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