Mais um ano na melhor escola do mundo! O ultimo né, infelizmente. Ano que vem só terei as responsabilidades do mundo adulto mas, bem, por enquanto não vou pensar nisso né?

E os N.E.N.S!!! Nem me fale!!! Estudar estudar estudar... Até parece né? Não estudei nos N.ON.S. vou estudar agora? Afinal, sou ou não sou o gênio da Corvinal, segundo maior gênio de Hogwarts, só perdendo para o Diretor Dumbledore?

De qualquer forma, esse é meu ultimo ano e nada, NADA poderá estragar!De qualquer forma é muito bom estar andando novamente pelo maria fumaça mais bonito de Londres. Estava procurando onde minhas amigas da grifinória poderiam estar, quando do nada um objeto não identificado voou na minha direção, sorte que meu reflexo estava bom naquele dia. Porém como ele estava bom demais, eu acabei - por reflexo mesmo - apontando minha varinha para quem havia projetado o objeto...eram alguns alunos pequeninos (pelo visto do primeiro ano).

Eu não pretendia atacá-los, entenda. Mas se você é quase acertada por algo é claro que irá apontar sua varinha para se defender do possível próximo ataque. Porém, antes que eu pudesse abaixar minha mão, escuto uma voz - aquela voz que desde meu primeiro ano me persegue...

– O que pensa que está fazendo, srta. Devon?

Virei e encarei aqueles olhos negros. Ah! Passei tanto tempo com ele - em detenção - durante todos esses anos que acabei gravando cada ruga de expressão, cada canto de seu rosto, sua boca fina e seu cabelo oleoso. Mas seus olhos, eles sempre parecem novos, mais vivos a cada vez que nos encontramos. Não teve um dia, em minhas férias que ele não viesse a minha mente. Eu não entendo - como eu posso ficar pensando no pior professor da escola. Mas aí está - meu coração batendo só de poder vê-lo antes de chegar ao castelo. Até esqueci do que estava fazendo.

– Preciso repetir? Abaixe essa varinha Devon.

– Desculpe professor, não é o que está pensando... - disse abaixando a mão.

– Eu realmente não sei o que tem na cabeça Devon. Cada ano que passa me certifico que está ficando biruta. - ele chegou mais perto - Mas talvez algumas detenções a mais possa consertá-la, não? É claro, não que você não passe muito tempo nelas. - Ele sorriu. Se é que possa chamar aquilo de sorriso. Tá mais para risadinha do mal. - Já sabe que seu primeiro sábado será nas masmorras, entendeu ou quer que eu desenhe?

Olhei-o com fúria. Não tinha feito nada! Desta vez. Ele nem quis me escutar. As vezes acho que ele gosta de me ter em detenção.

– Entendi, professor. - disse cuspindo a ultima palavra. Seboso, era o que eu queria dizer. Ele sorriu novamente e saiu andando. Olhei para aquelas crianças ameaçadoramente e voltei à minha busca.

– Que cara é essa? - perguntou Renata quando me viu.

– Detenção.

– Já?? - perguntaram as duas.

– Sim e adivinhem com quem?

– Seboso? Cara, ele ama você. - disse Mariana.

– Acho que sim. E desta vez, não fiz nada. Mas dá próxima ele vai ver só .

– Parece que você também gosta de ficar de detenção. - riu Renata.

– Claro, passei tanto tempo lá naquela sala que a considero minha segunda casa na escola. - Disse me jogando na poltrona e olhando para a janela, esperando chegar logo ao castelo.

Já estava com fome.