Blue, Red And Grey escrita por Madonna Of The Wasps


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo só saiu graças a minha amiga, Mariana. Obrigada por ajudar com o roteiro :)



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2 semanas depois

– Dani, eu já voltei do mercado... - Pete falou alto ao abrir a porta, enquanto tentava passar por essas, com um pouco de dificuldade por segurar as sacolas.
– Haha, não, você que é um amor... - Ela falou do quarto de Pete, que deduziu que esta estava no telefone, já que não ouvia mais nenhuma voz vinda de lá.
Curioso em saber quem era, pegou o telefone da sala e colocou no ouvido, procurando não fazer barulho.
E a voz do outro lado da linha era de um homem, que parecia ter muita intimidade com Dani. E isso deixou Pete irado de ciúmes.
Logo ele escutou sua namorada se despedindo do sujeito e desligando o telefone, e fez o mesmo quando ouviu os passos dela saindo de lá para a sala.
– Oi meu amor, que bom que você voltou... - Ela falou até que notou melhor a expressão facial no rosto de Pete, que não parecia nada feliz. - O que aconteceu?
– Eu ouvi você falando no telefone... - Ele disse com uma voz de desgosto.
– E o que que tem demais? - Ela perguntou, preocupada com o namorado.
– O que que tem demais? - Ele deu um sorriso forçado, altamente irônico. - O que que tem demais, Dani?
– É, pode me explicar?
– Você tá me trocando! Pensa que eu não senti a intimidade que você e aquele cara estavam?
– Para com isso, por favor... - Ah sim, e deixar você me chifrar cada vez mais é? Talvez seja melhor você deixar um cara tão sem graça como eu logo... As vezes dá um ódio de ser tão idiota...
– PETER DENNIS BLANDFORD TOWNSHEND! - Dani gritou, quase chorando. - Qual é o seu problema?
– Qual é o meu problema?! Olha só...
– Cala a boca, cala a boca! Era o meu primo que não vejo a anos no telefone, tá? Encontrei ele ontem e dei o meu número pra poder me ligar.
Pete se calou na hora. Tinha sido um imbecil, mas um grande imbecil.
– Você é muito ciumento! Olha, eu te amo demais, mas nunca vamos conseguir prosseguir com o nosso relacionamento se você continuar assim.
– Dani, eu tenho medo... Medo de ser trocado...
– Trocado? Eu nunca faria isso, a menos que você fizesse uma merda das grandes e me magoasse. Para com isso, não foi pra ser alvo constante de ciúmes que eu aceitei morar com você.
– Mas...
– Nada de mas! E você não tem moral nenhuma pra ficar falando de mim. Pensa que eu não te vi paquerar umas garotas quando saímos juntos?
E Dani estava certa. Pete era o que estava sendo mais infiel no fim das contas.
– Escuta, eu ainda te amo... - Algumas lágrimas começaram a rolar do rosto da garota - Mas você me magoou muito. Muito mesmo.
Dani saiu correndo de lá, se trancando no quarto, abandonando Pete, cheio de remorso e arrependimento pelo o que dissera.
Na mesma hora ele correu para a porta do quarto, batendo nela desesperadamente.
– Dani! Qual é... - Ele se arrastava na porta escorregando para o chão, chorando também. - Abre essa porta, por favor...
Dani ouvia ele clamar cada vez mais, porém não sabia se era uma boa abrir mesmo. Estava magoada demais.

– Por favor... – Pete batia na porta, até cair enquanto se arrastava nela até o chão.

E nesse momento Dani a abriu. Ela estava com o rosto vermelho de tanto chorar, inchado também.

– Ah meu amor... – Pete se levantou na hora, a abraçando apertadamente. – Me perdoa, por favor...

– Tá bem... – Ela disse baixinho, o apertando no abraço. – Mas para com esses ciúmes, por favor...

– Vou tentar... - Ele tocou em seu rosto, enxugando algumas lágrimas. – Prometo.

– É bom mesmo hein...

Pete empurrou o queixo dela pra cima, a beijando apaixonadamente.

– Eu te amo, saiba disso... – Ele sussurrou em seu ouvido.

– Eu também te amo, seu viado... – Os dois riram muito, se abraçando mais ainda.

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Mary entrara no estúdio, caminhando tensa.

Não havia razão de estar lá, afinal ninguém marcara um ensaio nem nada. Mas ela precisava muito vir, muito mesmo. Precisava distrair um pouco sua mente.

Conectou sua guitarra no amplificador e começou a tocar e cantar aleatoriamente. Se divertia muito com isso, fazendo até algum solinho improvisado.

– Oi, quem tá aí? – Uma voz falou do lado de fora, e Mary ouviu seus passos ficando mais altos até que esta entrou no estúdio. Era Belle. – Ah, é você...

– Sim, Belle... – Mary disse com um certo desprezo na voz.

– O que tá fazendo aqui? Não tem ensaio hoje, não tem porque ter vindo.

– Eu vim porque quis... Se importa?

– Sim, me importo. Você não faz parte da banda, é só uma música paga.

– Como se só vocês usassem esse estúdio.

– Bem, mas você vai gravar algo?

– Não...

– Então pra que veio aqui?

– Ah, e por que se importa? Tá toda puta da vida porque eu vou pegar o que me pertence de volta né?

– O Roger? Se ele te pertencesse mesmo não teriam terminado...

– Ah, cala a boca!
Então Mary bateu no rosto de Belle, com ódio.

– Então você quer briga? – Ela gritou para a guitarrista substituta. – Tudo bem!
Ela pegou dois pratos de bateria, atirando na direção de Mary, que se desviou rapidamente.

– Ora sua... – Mary pegou na hora dois cabos, fazendo de chicote e lançando nela.

As duas brigaram muito, destruindo o estúdio inteiro. Evy e Dani não tinham nem ideia do que estava acontecendo com elas agora, mas tenho certeza de que quando soubessem, ficariam iradas.

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Evelyn estava abrindo a porta para sair, quando viu alguém deitado na varanda de sua casa. Era Keith. Este abriu os olhos e se levantou devagar na mesma hora.

– Não acredito, você dormiu aqui? – Ela perguntou não muito preocupada, porém surpresa.

– Pois é... – Ele disse se espreguiçando.

– Nossa, você curte mesmo insistir em ir atrás de mim, né... É o que pareceu nessas últimas semanas.

Ele nada disse, apenas deu uma risada leve, mas Evy pareceu continuar séria.

– Agora dá licença que eu vou à padaria... – Ela disse, se afastando. Mas Keith a seguiu. De novo. – Você é insistente hein...

– E você adora bancar a difícil. – Ele respondeu. – Mas não tem problema... É assim mesmo que é interessante.

Quando os dois chegaram à padaria, Evelyn foi atrás de pães franceses e nem viu o que Keith ficou fazendo. Tinha sumido.

“Aleluia” Ela pensou aliviada. “Achei que ele não ia sumir mais.”

Ele ficara indo atrás dela, praticamente todo o dia naquelas duas semanas. Podia jurar que tinha algum interesse nela. Mas nunca se sabe né? Podia estar querendo usá-la.

– São cinco libras. – O caixa falou,enquanto Evy desdobrava algumas notas de seu bolso.

– Aqui. – Ela botou umas notas encardidas no balcão, enquanto o caixa entregou o saco de pães. – Muito obrigada.

Então ela saiu de lá, e viu que Keith estava lá fora.

– Sabia que tinha algo estranho... – Ela disse ironicamente. – Você não ia sumir tão cedo.

– Eu fui comprar sorvete... – Ele estendeu-os, dando um pra ela.

– Obrigada, eu acho... Como sabe que eu gosto de morango?

– Não sabia, comprei por acaso.

– Ah tá...

Então ela ia andando de volta, irritada com ele seguindo como sempre, lambendo o sorvete.

– Para de olhar eu lambendo! – Ela falou impaciente para Keith, que a fitava com um olhar malicioso.

– Sua língua é bonita, fazer o que? – Ele deu uma mordida no sorvete, rindo levemente.

– E você é um grande pervertido hein...

– Muito obrigado.

Evy mostrou o dedo médio, fazendo uma careta.

– Você consegue ser irritante e engraçado ao mesmo tempo... - Ela disse não deixando de rir um pouco. – Curioso...

– Sou almaldiçoado...

– Pior que deve ser mesmo.

Eles ficavam conversando, discutindo um pouco, até que chegaram à porta da casa de Evelyn.

– Tchau Keith, e não durma na minha varanda de novo! – Ela quase gritou, deixando claro que falava sério.

– Mas antes vou fazer isso... – Então no mesmo minuto puxou a garota e a beijou, o que durou por uns dois segundos e meio, até que ela largou-se dele e deu um soco no rosto.

– Eu hein, você pirou?! – Ela gritou surpresa.

– Sempre... – Ele tocou na área aonde levara o soco. – Mas eu sei que você gosta de mim, eu sinto isso...

– Não mais... Cara, pare de ficar atrás de mim.

– Para de bancar a difícil, Evy... Eu gosto de você.

– Não gosta não. Só está com remorso do que aconteceu.

– Isso vai demorar mais do que eu pensava...

– Você não me convenceu, Keith! Vai ter que fazer mais para conseguir isso.

Então ela fechou a porta na cara dele, com um pouco de ódio. Mas curiosamente começou a imaginar aquela cena de novo.



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