Heart Of Darkness escrita por Carolyn Fer


Capítulo 37
Inusitado


Notas iniciais do capítulo

Enjoy...



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Antes em Heart Of Darkness...

– Triangulo amoroso é um saco não é? – falou encostado na parede.

– Com certeza. – respondi. – Você é cara nova aqui, quem é você?

– Tenho vários nomes... Mas pode me chamar de Shinichi.

Agora…

~DAMON~

-       Bancando o cara misterioso...  – parei e prestei atenção no estranho do cabelo colorido. Exalava dele um Poder como o que vi no espelho da menina... Ah tal da Heather. – Você não é humano. – afirmei.

-       Não, não sou.

-       Mas não é vampiro.  – cheguei mais perto e o olhei desconfiado.

-       Você é esperto. Sou um kitsune...

-       Um espirito raposa. Já ouvi histórias sobre isso anos atrás em um bar.

-       Bom, não eram apenas historias.

-       De qualquer jeito, não tenho tempo para papo furado. Adeus.

-       Ou até logo. Sinto que vamos ser ótimos amigos Damon. – como diabos ele sabia meu nome? Ele me lançou um olhar esquisito e foi embora.

 ~ELENA~

-       Stefan... Eu acho que vou embora... – comecei e deixei a frase no se exaurir no ar.

-       Ah, ok. Precisa de carona? Dai eu pago aqui e te...

-       Não, eu quero ir a pé. Vai me dar tempo para pensar. – sai do Grill e dei de cara com Damon. O ignorei e segui em frente, mas o senti me segurar pelo braço.

-       Elena... – sua expressão era indecifrável.

-       O que? Quer me dar os detalhes do que aconteceu depois que eu sai da mansão?

-       Não. Eu... Você quer dar uma volta? Sei lá, tomar um sorvete e eu queria te levar para um lugar... – ele levou a mão a seu cabelo e o bagunçou.  – Vamos?

-       Damon olha eu estou cansada. Depois do que você fez mais cedo... Quero descansar.

-       Você não vai se cansar, prometo. – implorou e me olhou com os olhos suplicantes.

-       Ok, vamos. – embora eu tenha aceitado eu estava desconfiada de certa maneira. Ele havia me machucado muito e agora agia como se não se lembrasse.

Seguimos até a sorveteria e Damon estava sendo... Divertido. Um perfeito cavalheiro romântico.

-       E então, onde é esse lugar que você tanto queria me levar? – perguntei me virando para ele e limpando com o guardanapo os sinais do sorvete que ele havia passado no meu rosto. Ele sorriu de orelha a orelha.

-       Bom, vamos ir lá. Mas antes vou passar em um lugarzinho para pegar algo.

-       Vai pegar o que? – perguntei confusa. Ele havia dito que eu não ia me cansar, mas eu já estava me cansando.  Mas eu não me importaria de ficar cansada, se isso me permitisse ficar mais tempo com esse inusitado Damon romântico.

Fomos até um lugar estranho, que me deu medo. Me agarrei ao braço de Damon e ele me lançou um sorriso doce. Ele falou com a mulher esquisita em um idioma que não detectei e depois ela lhe entregou uma garrafa de vinho. Depois ele me puxou para fora de lá. Parecia triunfante com aquela garrafa, ri e ele me olhou sorrindo também.

-       Me fez vir até aqui para pegar vinho?

-        

-       Claro que não. Isso não é um vinho normal, é Black Magic! É muito raro conseguir isso.

-       E qual a diferença disso ai para um vinho normal? – virei-me de costas e fui andando para trás, ficando assim de frente para ele.

-       Esse vinho é para vampiros.

-       Hmmm... E o que acontece se eu tomar?

-       Em pouca quantia, não faz diferença. Se tomar dois copos, estará mais bêbada do que se tivesse tomado quatro garrafas de Bourbon.

-       Interessante.

-       É. Vem, sobe nas minhas costas e segura essa garrafa. – mandou.

-       Por quê?

-       Vamos à antiga propriedade da minha família. – disse sorrindo

-       Por que...?

-       Vamos logo Elena. – disse rindo. Fiz o que ele pediu e fomos para ás ruinas de sua antiga casa.

Sentamos em algo que podia ser considerado um banco, Damon apenas me deixou sentar depois de certificar-se de que o “banco” não cairia. Ele abriu a garrafa e começou a beber do bico.

-       Hey! Eu também quero! – ele me olhou e arqueou a sobrancelha, depois com um meio sorriso no rosto ele me estendeu a garrafa. Peguei-a e dei o primeiro gole. A seguir o assunto me veio do nada.

-       Você fez faculdade. Mas nunca falou do que.

-       Há? – ele pareceu surpreso com a mudança repentina e radical de assunto.

-       Nunca me disse que faculdades cursou. – ele tomou a garrafa da minha mão e falou franzindo a testa:

-       Não. Isso não vai acontecer, não vou falar mesmo!

-       Oh! Por que não? – perguntei frustrada. - Imagino agora você se formando, com toda aquela roupa e chapéu de formatura. – deu uma gargalhada e ele me olhava sério. – Não consigo formar uma imagem sua assim.

-       Você é hilária garota.

-       Eu sei. – falei me aproximando e me apoiando em seu peito. A garrafa estava cheia ainda.

-       E é por isso... – ele afagou meu rosto. – E por milhares de outras razões que eu te amo.

-       Eu também te amo. Tanto. Você não faz ideia. – segurei seu rosto em meio a minhas mãos e colei nossas testas.

-       Ah, eu faço ideia sim, porque acho que me sinto exatamente do mesmo jeito. – ouvir aquelas palavras saírem de sua boca me fez sentir completa novamente. Ele pôs fim no espaço entre nós e me beijou com uma lenta paixão.  Paixão, essa era a palavra. Nós estávamos amando apaixonadamente. Nossas línguas se moviam com perfeita sincronia. Ele nos afastou e olhou nos meus olhos, nos colocou em pé em um átimo e foi me puxando delicadamente pela mão.

-       Vamos, quero lhe contar de meus planos para esse lugar. – caminhamos de mãos dadas pela enorme propriedade, Damon fez questão de me mostrar cada canto.

-       Mas e então? – perguntei quanto o tour acabou. – Quais seus planos para essa propriedade. Alias esse lugar tem escritura?

-       Não, não tem. Mas com uma ajudinha a escritura sai rapidinho.

-       Que tipo de ajudinha? – perguntei com os olhos entreabertos.

-       Compelir quem quer que seja que faço esse tipo de coisa. – disse dando de ombros. Ignorei e o perguntei:

-       Enfim, quais são os planos?

-       Vou construir uma casa aqui. Não exagerada e com todo aquele estilo kitsch da Pensão.  Quero... Acho que quero ter uma vida normal, mesmo sendo um vampiro.


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Notas finais do capítulo

Comentem, certo? Próximo capítulo AMANHÃ
XOXO, Carolyn u.u