Antes em Heart Of Darkness...

– Damon pare! – gritou Elena e tentou me empurrar, mas a joguei contra a parede. Envie-lhe a pior dor psíquica que consegui, eu jamais havia aderido a esse Poder antes. Elena gritava de dor e Stefan estava jogado no chão, com lágrimas de dor escorrendo por seu rosto. Parei de torturar Elena e ela soltou um suspiro aliviado.

– Adeus Damon. – disse Stefan se levantando, meio recuperado. – Não posso dizer que foi um prazer...

– Me deixe em paz. – fui até a garagem e saí de carro.

Agora…

~ELENA~

Me levantei depois de assistir Damon saindo dramaticamente pela porta. O que diabos havia com ele?

– Você viu o clarão que passou nos olhos dele? Eram como chamas...

– Sim. E também vi aquilo... Era como uma sombra dentro dele, eu não sei.

– Como assim? – perguntou Stefan.

– Você não viu aquilo que tinha dentro dele?

– Não. Não havia nada dentro dele. Só vi a chama nos olhos dele. Era algo... Demoníaco.

– É. – eu não sabia o que responder. Eu estava intrigada... Como Stefan não viu aquilo dentro dele e eu vi? – Eu... Vou subir, deitar um pouco e beber uma ou duas bolsas de sangue. Descansar m pouco depois da dor...

– Como ele fez aquilo?

– Eu não sei. Principalmente eu não sei como ele fez isso comigo, entre todas as pessoas que ele podia fazer sentir essa dor... Ele fez isso comigo! Tem algo muito errado com ele.

– Mas de onde ele tirou tanto Poder Elena? Ele faz a névoa, ele vira corvo e o lobo, mas... Dor psíquica?

– Não quero pensar nisso agora. Aquela dor era excruciante e não quero lembrar-me dela tão cedo.

– Certo. Eu vou tomar um café no Grill, depois que você descansar me encontra lá.

– Claro. – falei cansada.

Desci até o porão e peguei uma bolsa de sangue.

Subi até o quarto de Damon enquanto bebia da bolsa. Quando entrei no quarto a vi virada de costas para mim. Eu tentei sair silenciosamente, mas ela se virou e sorriu.

– O que você quer aqui?

– O mesmo que você, claro. Mas eu sou esperta, não me darei ao trabalho de escolher. Vou ficar com o dois novamente.

– Você é maluca.

– Ah é? Sou? Admita Elena, você queria ter coragem de confessar que eles são perfeitos demais. Cada um complementa uma parte de você. De nós. Mas é claro, tem uma grande diferença entre eu e você.

– Claro que tem. – rosnei. Agora rosnar era muito fácil. Talvez pelo novo formato de meus caninos...

– Elena? Onde você está? – ouvi a voz baixa de Damon vindo do primeiro andar.

– O jogo começou. – Katherine disse e desapareceu, descendo em um jato.

– Não. – falei para o nada. Desci logo atrás dela.

– Olá Damon! – ela cumprimentou.

– Katherine. – ele parecia exausto. Muito diferente da última vez que o vi, vinte minutos atrás. – Maravilha. O que você quer? – ele me viu no topo da escada. – Elena? Espera, o que faziam juntas?

– O jogo começou. – falou Katherine se aproximando.

– Não me importa, apenas resolvam vocês duas. Desde que não se matem...

– Quer participar? – Katherine o cortou. Damon a olhou especulativo e sorriu de canto.

– Sem regras?

– Sem regras. – afirmou. Eu estava parada, sem me pronunciar até então. Mas ela começou a se aproximar de seu rosto... E então não me segurei. A prensei contra a parede, não me importava que ela fosse mais velha e poderia me matar, eu estava ardendo de raiva.

– Demorou a você reagir. – debochou. Segurei seu pescoço com mais força.

– Não chegue perto dele! – gritei. Damon parecia não entender nada.

– Mudou sua escolha? Você é instável, não é?

– Fique longe deles.

– Qual é! Escolheu Stefan...

– Eu não o escolhi, eu amo DAMON!

– Bom, de qualquer jeito uma hora você terá que libertar um deles e quando o fizer... Eu estarei aqui á margem esperando. E sabemos o quanto posso ser persuasiva. – a soltei. Ela foi em direção a Damon.

– Você sabe que ela jamais terá certeza da escolha. – ela sussurrava em seu ouvido. – E você pretende ficar aqui de reserva pra sempre? Por que você sabe o que ela costumava dizer “sempre será Stefan”, e quando ela se enjoar de você, como você fica?

– Pare. Ele sabe que isso jamais irá acontecer...

– Quando ela sair daqui irá direto para os braços dele, você sabe. Foi por isso que ficou tão bravo quando eles fizeram as pazes, por que a qualquer momento ela pode e vai recorrer a ele. – ele me olhava e vi o clarão vermelho passar por seus olhos. – Que irmos para o seu quarto e nos divertirmos um pouco? Hum?

– Sai daqui Katherine. – Damon falou nem um pouco agressivo.

– Aceitarei isso como um “sim”. Te espero lá em cima , ok? – ele apenas assentiu, ainda olhando para mim impassível. Katherine já estava fora de vista, havia subido.

– Vai mesmo se “divertir” com ela? – perguntei chorosa. Minha expressão devia ser tão fraca quanto eu me sentia por dentro.

– O que mais eu poderia fazer?

– Dizer não a ela. – falei cheia de esperança.

– Desculpe. – ele se virou e subiu.

Achei melhor ir embora antes de ouvir os dois.

~DAMON~

[...]

Sai de cima de Katherine e me deitei ao seu lado em silencio.

– Nossa você mudou mesmo nos últimos 145 anos. – disse ofegante enquanto encarava o teto maravilhada.

– Foram 145 anos Katherine, não fique tão surpresa. – falei.

– Que foi? – perguntou. Seu sorriso malicioso desmoronando.

– Nada. – me levantei e vesti-me em uma velocidade sobre humana.

– Aonde vai? – ela sentou na cama enrolada no lençol com a expressão indignada.

– Sair.

– Deixar uma mulher nua, sozinha na sua cama não é nada educado.

– Nunca falei que eu era. – dito isso sai do quarto e fui até o Grill, dirigindo lentamente. Quando entrei a primeira coisa que vi foram Stefan e Elena em uma mesa, lhes dei um tchauzinho irônico e Elena apenas abaixou o olhar. Tomei um drink de uma vez só e sai. Virando depois de sair pela porta do Grill dou de cara com um rapaz moreno, com as pontas do cabelo vermelhas.

– Triangulo amoroso é um saco não é? – falou encostado na parede.

– Com certeza. – respondi. – Você é cara nova aqui, quem é você?

– Tenho vários nomes... Mas pode me chamar de Shinichi.