A Dama De Fogo escrita por Rebeca Emy


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

EU AMO VESTIDOS MEDIEVAIS DE VELUDO!!!!!!



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Chegamos um pouco mais tarde que pretendíamos – dois dias – por causa do desvio que a neve nos fez fazer, mas a jornada foi confortavelmente fria como se era de esperar, eu estava exausta, mas manti a postura quando entramos, porém quando entramos, para minha surpresa, estava acontecendo uma complicada festa noivado da minha suposta vizinha de quarto a quem eu amo tanto quanto jiló, a linda, alta, magra e azeda Evangeline, filha do senhor de Aspienne e a quem eu me referi como cabeça de vento anteriormente.

Entrei no castelo preocupada, já que no momento eu estava ignorante dos fatos que estavam ocorrendo e também porque fizeram uma princesa entrar pelas portas da cozinha em total descaso do senhor da casa, mas quem se importa? eu estava congelada até os ossos e então entrar na cozinha perto de tantos fogões foi para mim uma benção dos deuses, digamos que sou um caco na minha aula de etiqueta, me importo muito pouco com formalidades.

Homer logo foi de volta para casa para cuidar do feudo, ele não pode perder nem um minuto me deixando confortável aqui enquanto vândalos nortenhos estão destruindo o nosso feudo tão desprotegido e pequeno, como o nosso feudo é o mais próximo de Norgate acontecem sucessivas invasões que as grandes muralhas de Macindaw não conseguiram conter, mas especialmente eles estão procurando por algo mais especial para tantas invasões na mesma época, mas eu não faço ideia do que é.

Fui levada por duas servas do castelo para o meu quarto, era fim da tarde e a festa havia acabado de começar, e provavelmente, terminaria a noite, mas não importava para mim, joguei minha capa de lã encima de uma poltrona e desmoronei na cama de forrada com linho de algodão rosado, macio e grosso, um pêssego para meu corpo dolorido de dois dias de viagem cansativa e fria. Fecho meus olhos e depois percebo alguém me balançando delicadamente para acordar.

– Ân?... – disse meio grogue.

– minha senhora, o senhor de Aspienne te espera daqui a duas horas.

– por quanto tempo eu dormi? – falei para a serva que era nada mais que uma menina magricela de 14 anos.

– provavelmente 5 horas, minha senhora – disse a menina

– obrigada – falei em algum tom rouco e enfiei a cabeça no travesseiro. Tinha que me parecer apresentável, chamei a menina novamente.

– pode preparar um banho para mim?

– claro, minha senhora – curvou-se para mim a menina

Fui procurar uma roupa descente para vestir no armário onde as roupas já estavam todas arrumadas, peguei meu vestido favorito, um verde escuro de veludo bordado com fitas de ouro, talvez desse sorte no encontro, então fui para o banho.

...

Estava já pronta, só esperando a ordem para descer, mas estava impaciente, será que ele havia esquecido que eu estivesse aqui? Fui para a cabeceira onde havia um espelho e comecei a pentear meu cabelo até que ficasse tão liso a ponto de nenhuma presilha se segurar e então fiquei admirando a mobília do quarto.

Este lugar é familiar para mim, parece um dejavú, sinto a impressão que já estive aqui, a mobília é muito rica, todos os móveis eram feitos de mogno negro com um verniz que os fazia brilhar muito, com entalhes de águias nas portas dos armários e nas madeiras da cama, as paredes eram as únicas coisas que me desanimavam, eram pedras frias e duras que eram mescladas com cinza e uma cor verde de uma esmeralda bruta, e o verde brilhava em contraste com o cinza, talvez fossem realmente esmeraldas brutas e rochas, mas não deixavam de ter um efeito depressivo no quarto.

Alguém bateu na porta, saí das minhas memórias e percebi que a observação me distraiu um pouco, porque havia se passado meia hora e finalmente alguém me chamou.

– o sir Keith a espera, minha senhora – falou um homem que tinha o tamanho do meu armário, arrepiaram todos os pelos da minha nuca quando o vi.

Caminhei até a porta com o coração batendo forte com medo que o homem pisasse em mim, já que sou um tanto baixa, deveria ser o secretário do castelo, mas com todo aquele tamanho eu esperava que fosse o melhor cavaleiro do castelo também.

Entrei no salão principal onde sir Keith se encontrava, era grande e tinha uma série de estandartes de águias verdes vivos como esmeraldas, e sir Keith estava numa mesa no fundo da sala em uma cadeira alta de mogno assim como todos os móveis do castelo, ele dirigiu um sorriso para mim.

– como você cresceu hein? Mas esses olhos azuis ainda me assustam – ele sorriu torto

– me desculpe, mas eu não lembro de ter conhecido o senhor – realmente não tenho uma memória tão boa, mas seu eu houvesse o conhecido antes teria me lembrado.

– ah, você era tão pequena, mas olhe agora! Está virando uma mulher – disse com um brilho estranho nos olhos, como se uma tristeza borbulhava no fundo daquele sorriso confiante.



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