Between Love And Hate escrita por Nancy Watson


Capítulo 6
Cocaine Girl


Notas iniciais do capítulo

Hola!!!
Foi mal a demora, eu realmente estou enroladas com as duas fanfics, e para ajudar, minha inspiração resolveu tirar férias. Reescrevi uma grande parte desse cap umas três vezes, e espero que ele seja satisfatório. Falo com vcs lá embaixo!
Boa leitura.



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Taylor's POV

Abri meus olhos vagarosamente, me acostumando com a claridade vinda da janela que tinha as cortinas abertas.

Mas quem foi o merda que as abriu?!

Bufei, tentando não me irritar.

Sentei-me e considerei voltar a dormir, mas decidi levantar. Fiz minha higiene, vesti uma maxi-shirt do AC/DC, shorts curtos e calcei meus coturnos detonados.

Desci as escadas devagar e fazendo barulho intencionalmente.

Fiquei surpresa ao ver Jamie na sala, já que era relativamente cedo. Fui direto para a cozinha, e lá encontrei Ben, que cozinhava algo.

— Bom dia, loirinha. – Ele disse animadamente enquanto eu sentava na mesa. Ele pôs ovos mexidos no prato que estava em minha frente, e em seguida Bacon e duas panquecas. Me serviu café e colocou-o ao lado do prato enquanto eu o observava. – Coma tudo, ultimamente sua alimentação se resume á whiskey e ecstasy.

Rolei os olhos, mas sabia que ele estava certo.
Não reparei que estava com tanta fome até começar a comer, e logo devorei tudo.

Ben bagunçou meus cabelos e deixou a cozinha dizendo que ia trabalhar, pois Mark havia arranjado algo para ele onde estava trabalhando.

Fiquei mais um tempo ali, matutando em uma melodia para uma próxima música.

Desci para o porão, e lá fiquei, com a guitarra em meu colo, tentando algumas notas.

Consegui alguns arranjos bons, e deixei a guitarra de lado.

Eu estava ansiosa para o show de sexta-feira, mas também estava com receio. Jack até poderia ser um bom empresário, mas era uma boa pessoa? Era confiável?

Eu realmente não sabia dizer, só esperava que esse show abrisse portas, já que o Rainbow era muito bem frequentado.

Aliás, o que eu iria vestir? Puta merda, eu precisava de algo provocante, simples e muit...

— Oi. – Quase enfartei ao ouvir aquela voz tão de repente.

Axl estava parado no meio do porão, me olhando da mesma forma que me olhara pela janela na noite passada.

Me ajeitei no sofá o qual eu estava atirada.
Então percebi que meu coração estava acelerado. Tá, isso foi por causa do susto, certo? Certo.

— Oi. – Respondi sem conseguir desviar meus olhos dos dele.

Ele se aproximou de onde eu estava, e se sentou ao meu lado.

— Muito bom o som que você estava tocando. – Ele disse do extremo oposto do sofá.

— Oh, você ouviu? – Ele confirmou com a cabeça. – Está há quanto tempo aqui?

— Tempo o suficiente para julgar que você é distraída e triste. – Passei a mão pelos cabelos, meio nervosa e confusa. Odiava quando falavam comigo sobre o que eu estava sentindo.

— Não estou triste. – Disse, sinceramente.

— Não disse que está triste, disse que você é uma pessoa triste. – Virei o rosto, irritada.

— E como chegou á essa conclusão Sr. Psicólogo-lunático? – Perguntei, o encarando de novo.

— Eu vejo isso. Você mostra isso, mesmo não querendo. – Ele me olhava tão intensamente enquanto falava aquelas verdades, que eu fiquei hipnotizada. – E eu me identifico, sabe. Só acho que eu escondo um pouquinho melhor. – Ele deu um sorriso lindo.

Tentei forçar meu cérebro a formular uma resposta irônica e coerente, mas eu não conseguia pensar, só conseguia olhar para ele.

Caralho, Taylor, fala alguma coisa!

— Susan me falou sobre a Angel. – Saí daquela “hipnose” imediatamente ao ouvir aquele nome, e senti aquela conhecida pontada de dor em meu peito. Desviei o olhar dele. – Imagino que tenha sido muito difícil. – Ele disse baixo.

— Não gosto de falar sobre isso. Muito menos com você. – Minha voz saiu amarga, cheia de melancolia.

Axl’s POV

Eu havia entrado naquele porão decidido a ter uma conversa agradável e esclarecedora com Taylor. Mas o jeito no qual ela fugia das coisas, se fechava, realmente me irritava.

Eu estava tentando ajudar, caralho!

Um silencio se instalou no local, enquanto ela olhava para o nada e eu olhava para ela.

Meu Deus, essa garota não deixava de ser sexy!

Tá, Axl, concentração! Para de pensar nas pernas dela em volta do seu quadril, os lábios dela sobre o seu...

CHEGA, eu gritei mentalmente, antes que ficasse animado.

Um longo minuto se passou, e eu sabia que ela não falaria nada se eu não desse um empurrãozinho.

— Jack roubou minha garota. – Ela me olhou surpresa com a quebra do silêncio. – Estávamos noivos... – Suspirei, desviando meus olhos dela pela primeira vez desde que entrei ali. Não era um assunto no qual eu gostava de tocar, mas quem sabe se eu me abrisse ela faria o mesmo. – Foi a primeira vez na minha vida em que eu fiquei emocionalmente estável. Estava tudo bem, até aquele canalha estragar tudo. Claro, não posso culpá-lo inteiramente, já que foi ela quem me traiu, mas... – Suspirei de novo, e olhei para Taylor, que estudava meu rosto. – Eu odeio aquele cara. Vocês deviam tomar cuidado, ele não é o que parece.

Ela franziu o cenho, colocou as pernas junto ao seu corpo e passou os braços em volta delas.

Suspirou pesadamente, e fechando os olhos balançou a cabeça negativamente, como se negasse algo para si mesma.

— Quando conheci Angel ela tinha dezessete anos de idade. – Voltou a me olhar e se ajeitou no sofá, ficando de frente para mim, ato que fez meu cérebro parar de funcionar por alguns instantes. – Éramos inseparáveis, e ela me ajudou muito. Era forte, sempre via o lado bom das coisas, era feliz. Até sua mãe morrer. Seu pai aceitou que ela se prostituísse para manter a casa. Eu não culpo nenhum dos dois, sabe. O cara estava doente, não tinha como trabalhar, e ela, bem...Ela queria ajudar, e esse era o único jeito de fazer isso.

— Susan disse que ele a obrigou a se prostituir. Como você pode não culpá-lo? Que tipo de pai quer que a filha se prostitua?

— O tipo de pai que está desesperado porque perdeu a mulher, o emprego, se tornou auto destrutivo e que pedia perdão chorando para a filha toda noite. E ele não a obrigou. – Ela falou aquilo de modo defensivo.

— Ainda assim. Prostituição é barra pesada. – Argumentei.

— Eu sei bem como é a prostituição. Angel não era nenhuma virgem inocente, Axl. – Ela me olhava profundamente nos olhos enquanto debatíamos. Comecei a sentir uma leve dor no peito, que indicava o quão rápido meu coração batia. Ela suspirou, parecendo tão envolvida quanto eu. Desviou os olhos para o nada novamente e limpou a garganta antes de continuar: - Ela começou a se envolver com gente que não deveria.

— Ela ou vocês?

— Você queria saber sobre a Angel, não estamos falando de mim.

— Mas eu também quero falar sobre você. – Falei meio inseguro, algo que não era normal para mim.

— Ela virou uma viciada em qualquer tipo de coisa que a tirasse da realidade. – Ela continuou, ignorando o que eu havia dito. – Ficou devendo dinheiro para um cara. Eu tentei quitar a dívida de outra forma, mas não foi o suficiente. – Ela falava de uma maneira tão sombria que parecia estar revivendo o momento. – De nada adiantou todas as noites que ela passou chorando, dizendo para si mesma que tudo ia melhorar, não adiantou ter ficado com os joelhos esfolados de tanto rezar, não adiantou ela ter acreditado tanto que algo ou alguém iria salvá-la, porque nada nem ninguém poderia impedir que a maldita bala saísse da arma e perfurasse o cérebro dela. Onde estava seu amado Jesus quando ela precisava? – Juro que pensei que ela fosse chorar, mas ela já não esboçava nenhuma reação. – E foi isso. – Me encarou novamente. Seus olhos extremamente azuis estavam cheio de mágoa. Tive vontade de abraçá-la, mas sabia que se o fizesse provavelmente apanharia. – Satisfeito?

— Não. Como você tentou quitar a dívida? – Eu estava transbordando de curiosidade. Queria saber cada detalhe que a envolvia naquela história.

— Ok, chega, Rose. – Ela se levantou, e começou a caminhar de um lado para o outro com uma mão na cabeça. – Por que está aqui? – Indagou, finalmente parada, bem na minha frente, irritada.

— Você deixou cair sua pulseira ontem no banheiro.

— Ok, então me devolva. – Falou num tom autoritário.

Coloquei a mão no bolso, pronto para entregar-lhe, mas pensei: não era ela quem adorava provocar? Pois bem, vamos ver como ela reage a provocações.

— Por que você não vem aqui pegar? – Dei meu sorriso mais sedutor, e a assisti, com prazer, me olhar perplexa.

— Como é que é?

— Você ouviu. Venha pegar, Momsen. – Ela pareceu pensar por um segundo, e então deu um breve sorriso, e começou a se aproximar lentamente com uma tremenda cara de safada.

Quando nossos joelhos se tocaram, ela apoiou as mãos no sofá, me prendendo, e sem pressa, colocando uma perna de cada lado meu, ela se sentou sobre minhas pernas. O olhar dela me deixou sem reação. Ela estava muito perto, me permitindo olhar com cuidado suas lindas íris azuis, intensas, cheias de luxúria. Sua boca estava entreaberta, seu hálito tinha um aroma de nicotina com menta e invadiu minhas narinas me causando um arrepio. Quase gemi quando ela mordeu o lábio inferior de forma tão sedutora que minhas calças começaram a ficar apertadas demais.

Suas mãos foram para meus ombros, os quais estavam cobertos pela manga da camiseta que ela fez questão de invadir, arranhando. Suas unhas desceram pelos meus braços lentamente até pararem na barra da camiseta, onde novamente ela infiltrou suas mãos frias, fazendo-as passear pelo meu abdômen e peito. Ela desceu arranhando novamente, me fazendo pedir por mais mentalmente. Foi impossível prender um gemido, o qual ela respondeu com um sorriso lindo de satisfação.

Quando suas mãos estavam na barra da minha calça, eu sorri pervertido, ansioso para a melhor parte, mas ela enfiou a mão no meu bolso, tirando de lá sua pulseira prateada, e saiu de cima de mim.

— Hey, o que pensa que está fazendo?! – Perguntei completamente frustrado.

— Pegando minha pulseira e me divertindo ás suas custas. – Ela deu de ombros, com a maior cara de pau.

Ah, não desta vez, minha cara.

— Então vamos ver se você acha isso engraçado. – Me levantei num salto, e rapidamente colei o corpo da garota ao meu, nos derrubando em cima do sofá, e a prendendo com meu peso. Ela tinha um semblante raivoso, e tentou se debater, mas eu segurei seus braços acima de sua cabeça, a tentei a beijar, mas ela virou o rosto. Dei uma risadinha. Ela era teimosa até consigo mesma, pois eu tinha certeza de que ela queria aquilo tanto quanto eu, e ainda assim negava.

Depositei um beijo em sua bochecha, e desci até seu pescoço, dando intervalos para medir sua expressão. Ela tinha os olhos fechado e mordia o lábio com força, quase o cortando.
Sorri de novo ao ver aquilo, e com a minha mão livre comecei a passear pelo corpo dela.

Acariciei sua coxa delicadamente, sentindo a textura daquela pele macia e gelada. Subi até sua nádega, a qual apalpei com volúpia, e subi para sua cintura fina, por baixo da roupa.

Seu cheiro era embriagante, e eu me sentia um alcoólatra com um garrafa de whiskey cheia na mão. Estava pronto para abri-la e entrar em coma alcoólico de tanto bebê-la.

Já descontrolado e sedento por Taylor, eu soltei suas mãos, e tornei as carícias mais íntimas, tocando em seus seios firmes cobertos pelo sutiã. Ouvi um gemido, e saí de mim. Procurei rapidamente por seus lábios, mas ela, ofegante, novamente me negou um beijo.

Tirei minhas mãos dela, e elevei meu corpo para encará-la. Ela continuava com os olhos fechados, e tinhas as bochechas coradas.

— Vá embora, Rose. – Ela disse num fio de voz.

— É isso que você realmente quer? – Perguntei quando ela me olhou.

— Não. – Sussurrou, e voltou a fechar os olhos.

Não pensei duas vezes: colei nossas bocas num beijo intenso e a abracei pela cintura fortemente.

Seus lábios eram mais deliciosos do que eu imaginara. Eram suaves e tinham um gosto doce. Sua língua era ousada, se movia lentamente, de forma gostosa e torturante.

Suas mãos pequenas foram para minha nunca, me puxando ainda mais contra si.

Tentei achar uma explicação para o que estava sentindo, mas não conseguia definir em palavras. Só conseguia comparar aquela sensação á cocaína. Intenso. Prazeroso. Completamente viciante. Ah, viciante. Essa era a palavra. O beijo dela era viciante, seu toque era viciante, seu cheiro era viciante, seu olhar era viciante, seu corpo prensado sob o meu era viciante, seu sarcasmo, ironia, personalidade eram viciantes, Taylor Momsen era completamente viciante.

Suas mãos, que agora estavam em meu rosto, me afastaram, e eu não pude evitar um sorriso de orelha a orelha.

Ela estava linda com os lábios vermelhos e inchados, ofegante. Me olhou de modo estranho, e meu sorriso se dissolveu devagar. Ela não parecia estar feliz com o que acontecera.

— Vá embora. – Ela disse e desviou o seu olhar do meu. – Por favor.

Suspirei. Ela definitivamente não estava feliz com aquilo.

Me levantei calmamente, e a encarei, desejando poder beijá-la mais quinhentas vezes.

Me virei para ir embora, mas não antes de fazer uma observação.

— Faça um favor para si mesma e se permita mais. – E deixei o local já sentindo falta da minha nova droga preferida.

 


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Notas finais do capítulo

Pois é. Esse beijo não era para ter acontecido tão cedo, mas eu tive a ideia enquanto escrevia e não resisti. E acho que até seria impossível a Taylor resistir ainda mais ao nosso gostoso e amado Axl.
E queria agradecer a linda da Thamires Rose pela recomendação! Sério, MUITO obrigada, vcs não tem noção de como isso é gratificante!
Enfim, espero ansiosamente pelos reviews, tchau.