Between Love And Hate escrita por Nancy Watson


Capítulo 3
Jealous & Hate


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo novinho em folha pra vcs!
Boa leitura!



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– Uma jovem como você não devia se estressar tanto, Taylor. E nem usar tanta maquiagem. –A aberração ruiva falou. Bufei.
– Pare de falar como se eu tivesse dez anos de idade, Rose. E o que está fazendo aí?
– O que tem de errado em estar escorado na janela do meu quarto conversando com uma garotinha?
Filho de uma puta. Por que raios esse imbecil tinha que ser meu vizinho?!
– É com esse tipo de provocação que você pretende me levar para a cama? – Dei uma risada, debochando. – Eu esperava mais de um “comedor” como você. Não é tão difícil, sabe. Duff conseguiu com poucas palavras. – Sorri, e o sorriso dele desapareceu, mas ele não deixou nenhum sentimento transparecer.
– Tentando fazer ciúmes. Bem típico de uma garota inexperiente.
– Parece que seu ego está lhe deixando cego e mais ignorante , Rose. – Rebati.
– Não importa, você continua sendo uma garotinha.
– Você realmente acha que eu estou me fodendo para essas ofensas? Poupe-me.
– Calm down, Blonde. Não sou esse estúpido que você acha, apenas acho divertido te irritar.
– Whatever. – Dei de ombros, terminando o cigarro.
– Então, não quer que eu veja seu ensaio?
– Não.
– Qual o problema?
– No meu ponto de vista ensaio é uma coisa muito íntima para qualquer um ficar assistindo.
– Então você pode fazer outra coisa íntima com esse qualquer um. – Ele sorriu daquela forma maliciosa que fazia qualquer mulher – inclusive eu – abrirem as pernas, porém eu era orgulhosa demais para fazer tal ato quando ele achava que eu era apenas mais uma que seria sexualmente submissa á ele.
O ignorei – adorava fazer isso –, o que o deixou impaciente.

– Então, o que houve?
– Como assim? – Perguntei confusa.
– Você não parecia muito bem quando chegou, aliás, continua não parecendo bem.
– O que te leva a acreditar que mesmo que houvesse algo eu te falaria? – Ele deu de ombros, sem parecer ter uma resposta. – Você é inacreditável. Primeiro, acha que eu vou me vender, depois fica jogando charme, me provoca, me irrita, e então fica preocupadinho?  Por favor, Rose, não perca seu tempo.
– Você está sendo preconceituosa. Acredita em tudo de ruim que falam sobre mim, sendo que maioria é mentira. Será que não posso me preocupar com as pessoas, ainda mais com garotas perdidas como você?
– Obrigada, mas eu não estou perdida, e não quero sua preocupação. – Desisti de acender outro cigarro e aturar mais um pouco a presença do panaca, fechei a janela bruscamente, assim como a cortina, e deitei-me novamente, querendo esquecer a conversação que acabara de ocorrer.

Que idiota, achava que conseguiria me atingir emocionalmente.

Mas ainda assim fiquei confusa: tudo o que eu ouvira sobre ele eram coisas negativas, mas poderia ele ser uma boa pessoa apesar disso? Ele realmente parecia interessado em saber o que havia acontecido, mas isso não era bom, e eu não queria mais ninguém se importando ou se metendo na minha vida.

Axl’s POV

Me sentia estranho. Uma grande vontade de desvendar o interior de Taylor brotou, me deixando ansioso.
Continuei escorado na janela, fumando, e encarando a janela na minha frente.
Eu me apaixonava rápido, e não duvidava que aquilo se aplicasse á situação. Taylor era linda demais, envolvente demais, tinha um quê de mistério, perversão. Eu adorava tudo aquilo, e desejava aquela garota intensamente.

Desisti de esperar que ela voltasse, ou apenas abrisse a cortina.

Me sentia um pouco irritado pelo fato de que ela achava que eu era apenas um cara arrogante e metido. Não estou dizendo que não era, mas não era apenas isso.
Resolvi espairecer a cabeça, e desci para a cozinha, á procura de alguma bebida alcoólica.

– E aí, redhead, tudo legal? – Duff perguntou, sentado na cadeira com os pés em cima da mesa bebericando uma lata de cerveja.
O ignorei, eles já estavam acostumados com esse tipo de atitude vinda de mim. Agora todos viviam me perguntando se eu estava bem, e preocupando-se porque pensavam que como eu não tinha mais Erin, pensaria em suicido.
Se bem que eu já havia pensado, mas não creio que a perda dela fosse o suficiente para me dar coragem para tirar minha vida.
Peguei uma garrafa de whiskey no armário, e me juntei á Duff na mesa.

– Como foi a noite com a vizinha? – Perguntei abrindo a garrafa e tomando um grande gole.
– Não foi uma noite, foram as três melhores transas da minha vida. Aquilo é uma máquina de sexo, meu caro.
– Ela fez você gozar três vezes consecutivas? – Perguntei meio surpreso. Ela devia ter experiência.
– Na verdade cinco. O boquete que ela fez foi realmente divino. – Ele deu uma risadinha olhando para o nada, provavelmente se lembrando do acontecimento.
– Vai comer ela de novo?
– Ah, não. Ela é nossa vizinha, imagina só a incomodação! E ela só queria sexo mesmo, combinamos que não irá se repetir. – ótimo. Ótimo pra caralho. – Você está com ciúmes, não está?
What the fuck, Duff? Eu lá tenho cara de ter ciúmes de garotas que eu nem conheço direito?!
– Você não me engana, ruivinha. – Ele riu, e eu novamente fui para o meu quarto, bufando.

Acho que ele estava certo.
Mas eu não queria, e nem iria pensar nisso, muito menos admitir.

Taylor’s POV

Dormi durante umas 4 horas, e levantei. Vesti um short jeans folgado e me desloquei até a sala, onde Ben se encontrava, dedilhando sua guitarra.

– Hey, Blonde.
– Hey. – Me sentei ao lado dele, que me abraçou ternamente.
– Dormiu pouco. – Dei de ombros. – Quer comer alguma coisa? – Neguei com a cabeça. – O que houve?
– Você já sabe. – Suspirei.
– Oh, o de sempre? – Afirmei. – O que posso fazer por você, Little Blonde?
– Primeiro você pode não me chamar assim, e segundo, pode comprar uma casa que fique bem longe da de Axl Rose.
– Ele mexeu com você, nãe é?
What the fuck? – Falei surpresa, desvencilhando-me dos braços do meu amigo. – Pensei que você não usasse drogas, Ben.
– Oh, você ainda está negando para si mesma? Não esquenta, logo você aceita.
– Aceito o quê?!

– Que ele te deixa louca! Eu percebi isso ontem, você mal podia olhar para ele!
– Claro que ele me atrai, mas sem essa de “ele mexeu com você” .– Dei um soco no braço dele, que revidou mostrando a língua. Rimos.
– Precisamos ensaiar, estou com uma melodia na cabeça há dias.
– Pois é, nós tínhamos ensaio hoje, mas a nossa amada vocalista geniosa se recusou a comparecer.
– Como se nós não pudéssemos escolher a hora que vamos ensaiar. – Rolei os olhos. Depois era eu quem complicava.
– Verdade, mas você é muito mimada, temos que ter horário, porque você precisa criar responsabilidade. – Ele falou num tom sério.
– Vou chutar suas bolas se você não calar a boca. – Estreitei os olhos, e recebi em troca uma gargalhada.
– Okay, vamos lá, Little Blonde.
– Motherfucker.

Fomos para o porão, o qual tinha agora paredes de acústicas. Ficamos um tempo de bobeira, e criamos algumas melodias.

– Que horas o empresário chega? – Perguntei me atirando no sofá que ficava encostado na parede, de frente para os instrumentos. Nesse momento, Jamie desceu as escadas de madeira do porão, acompanhado por um homem.

– Hey, olha quem chegou, fuckers.

O homem sorriu, um sorriso sedutor.
Usava um chapéu preto pequeno e estiloso, calça de couro, blazer preto com uma camiseta marinho por baixo e sapatos sociais. Estiloso e elegante. E sexy. Muito sexy.

– Sou Jack, o novo empresário. – Falou ele olhando para mim, já que eu era a única que não o conhecia. – Você deve ser a Taylor.  

– Yeah, a não ser que você esteja vendo outra loira antipática por aqui. – Dei um sorriso torto, o qual ele correspondeu, e estendeu a mão, a qual eu apertei firmemente.

– Bom, já tenho boas notícias. Vocês irão se apresentar no Rainbow nessa sexta-feira.

– Caralho! Que ótimo! – Ben comemorou.

Jack nos passou os detalhes, e logo, Mark adentrou o porão, seguido pelos Guns N’ Roses, com exceção de Izzy .

– What the fuck?!

– Hey, calma aí, Blonde. Eles só vão assistir ao ensaio, não há nada demais nisso.

– Mas que merda, Mark! – Resmunguei. Não estava tão irritada quanto eu imaginei que estaria. Resolvi relevar, não iria fazer um escândalo por isso, muito menos na frente do nosso empresário gostoso.

– Ora, ora, Guns N’ Roses no ensaio da minha banda. – Jack falou, meio arrogante, olhando diretamente para Axl.

Confesso que não gostei nada dessa história de “minha banda”

– Quanto tempo, Jack. Como vai Erin? – Axl perguntou, sorrindo cinicamente.

– Larguei ela faz um tempinho. – O sorriso no rosto de Jack era uma mistura de provocação e arrogância.

– Por que será que eu não estou surpreso?

Não houve resposta.

Ótimo, eles pelo jeito se odiavam, que lindo.

Steven, Duff, Slash e a aberração ruiva se sentaram no sofá, e Jack ficou de pé, parecendo concentrado,

– Okay, vamos começar logo. – Mark falou, cortando o clima tenso que se formara.

– Vocês podem começar com o primeiro EP. – Disse o empresário.

– Alright.

Ben começou com os primeiros acordes de Make Me Wanna Die.

Axl’s POV

Eu me recusava a crer que aquele ordinário do Jack estava em meu caminho novamente.
Fora com aquele salafrário que Erin havia me traído, e em seguida me deixou por ele.

Mas eu não queria mais pensar nisso. Essa situação já era passado, e eu estava mais interessado na loira á minha frente e em sua banda.

A música que começou a ser tocada era muito agradável, e logo Taylor soltou a voz.

Take me, I’m alive
Never was a girl with a wicked mind
But everything looks better when the sun goes down
I had everything, opportunities for eternity
And I could belong to the night

Fiquei impressionado, ela tinha uma voz poderosa, autêntica, e a letra era marcante.

Your eyes, your eyes
I can see in your eyes, your eyes

You make me wanna die
I’ll never be good enough
You make me wanna die
And everything you love
Will burn up in the light
And everytime I look inside your eyes
You make me wanna die

Ela cantava de olhos fechados, mexendo levemente os pés e os quadris, parecia calma. E linda.

Taste me, drink my soul
Show me all the things that I should’ve known
When there’s a new moon on the rise
I had everything, opportunities for eternity
And I could belong to the night

Your eyes, your eyes
I can see in your eyes, your eyes             
Everything in your eyes, your eyes

You make me wanna die
I’ll never be good enough
You make me wanna die
And everything you love
Will burn up in the light
And everytime I look inside your eyes(I’m burning up in the light)
You make me wanna die

I would die for you, my love
My love
I would lie for you, my love
My love (make me wanna die)

Automaticamente pensei nos motivos  que poderiam tê-la levado a escrever tal letra, e por  quem ela morreria.

And I would steal for you, my love
My love (make me wanna die)
I would die for you, my love
My love
Will burn up in  the light
And everytime I look inside your eyes
You make me wanna die

– Muito bom! – Falou o idiota do Jack. – Agora podem tocar Zombie.

What the fuck? – Taylor pareceu estar irritada. – Vai ficar nos dizendo a ordem em que devemos tocar a porra das músicas?!

– Não, foi só uma idéia. – Ele deu de ombros. Ela bufou. Dei uma risadinha, ela ficava bonitinha quando estava brava.

– Está rindo do que, Rose? Falei algo engraçado? – Já virou-se contra mim.

– Não, só estou sentindo que esse seu empresário vai fazer vocês de empregados.

– Empregados é o caralho. E ele que tente. -  Falou ela olhando para o babaca, e em seguida falou baixinho “Far From Never” para Ben .

(…)

O ensaio havia sido realmente bom.

Depois eles tocaram apenas Ugly People, Void & Null e Goin’ Down, a qual estávamos conversando sobre, agora que Taylor estava mais calma, pois se estressara com Jack.

– Mas o quê exatamente inspirou a letra? – Slash perguntou.

– Bom, tinha uma igreja perto da nossa casa em New York. O Padre era bonito, e convenhamos, aquela veste é sexy.  Então eu transei com ele. – Taylor deu de ombros.

– Você é uma maníaca sexual. – Ele respondeu, semicerrando os olhos.

– Concordo. – Duff disse, maliciosamente. Ela riu.

– Alright, quem está a fim de sair para beber? – Ela perguntou indo em direção á saída.

– Eu! – Steven e Duff se prontificaram.

– Eu também! – Jack falou.

Não gostei da idéia dele e Taylor beberem juntos.

– Também vou. – Dei um sorriso cínico para o imbecil, que respondeu da mesma forma.

Taylor deu de ombros e saiu do porão, dizendo que ia se arrumar.


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