Já dentro do carro seguindo para o centro da cidade, Derek começa a explicar:

-Bem... Temos que ensaiar, pois fomos convidados para tocar no Baile de Primavera.

-O Baile de Primavera da cidade ou da Escola?

-O da cidade, muitas pessoas irão e quem sabe poderemos ser descobertos lá.

-Descobertos? Como assim? – Perguntava ela sem entender.

-É... Descobertos... Sabe quem sabe poderemos ficar famosos, sei que em uma cidade como essa é um pouco difícil, mas nunca se sabe não é mesmo?

-Famosos? Seria tão emocionante. –agora Sam falava sozinha e seus olhos brilhavam. Enfim chegaram ao local do ensaio, todos já estavam lá, esperando pelos dois.

-Sam, você já almoçou? – Perguntava Derek preocupado.

-Eu comi alguma coisinha, não se preocupe. – Mentia Sam, ansiosa pelo primeiro ensaio.

-Tudo bem, então vamos começar... – Cada um se colocou em suas posições. Derek pegou sua flauta e um microfone para Sam. Tímida, Sam pega o microfone. Anna, uma integrante do grupo entrega à Sam um papel com a letra de uma música.

-Nós começaremos a tocar, veja se você consegue acompanhar. – Dizia Anna ao entregar o papel.

-Oh... Tudo bem! – Respondeu, timidamente, Sam.

O ensaio enfim começa, a música era linda, sua letra foi escrita por Derek. Um fato que Sam não sabia. A música rolava e quando chegou a hora de Sam cantar ela travou. Todos pararam e a olharam.

-Tudo bem Sam? – Anna perguntou.

-Sim, vamos começar novamente, desculpe. – Sam respondeu. Anna voltou para a sua posição.

-Desde o começo gente! – Ordenou Anna.

Então a música começou. E novamente chegou a hora de Sam cantar, mas dessa vez conseguiu cantar. Porém, sua voz estava muito baixa para ser ouvida. Anna parou e foi acompanhada por todos do grupo.

-Sam, poderia cantar um pouquinho mais alto? – Derek pediu educadamente.

-Ok, vou tentar. – Disse Sam, acanhada.

E novamente o grupo começa a tocar outra vez, desta vez Sam cantou com vontade, soltou uma voz lá do fundo, incrivelmente bela. O flautista, encantado, ao mesmo tempo em que tocava admirava a bela Sam cantar, ele ficou surpreso com tamanho talento, ao ouvi-la aquela tarde na praça não tinha se dado conta de que sua voz era tão maravilhosa. Sua voz era tão encantadora quanto sua beleza e podia conquistar qualquer um cantando melodias como essa que ensaiava. Quando a música terminou todos aplaudiram Sam. Ela sem graça agradeceu o carinho e a paciência.

-Obrigada, foi ótimo cantar com vocês. – Dizia Sam, emocionada.

-Você canta muito bem Sam, não foi um erro ter te convidado para participar. – Sorridente Derek indagava.

Sam olhou para o relógio, instintivamente.

-Meu Deus, já é tarde. Preciso ir para casa, minha mãe vai ficar preocupada. – Disse ela saindo às pressas.

-Espere! Eu te levo. – Derek a chamou. – Onde você mora? – Perguntou ele a alcançando. Sam explicou onde morava e assim seguiram até o carro.

-Você canta muito bem! – Exclamou Derek.

-Er... Obrigada, mas você já disse isso.

-Ahm... Já? Mesmo assim é bom te lembrar! – Disse ele consertando. Ela riu baixo, envergonhada.

Enfim os dois chegam à casa de Sam. Ela o beija no rosto e agradece:

-Muito obrigada por me trazer até aqui. Nos vemos amanhã? – Perguntava Sam abrindo a porta do carro.

-Sim, estarei te esperando no portão de seu colégio como hoje. – Sorrindo Derek respondeu.

-Ah tudo bem... Então... Até amanhã. – Se despediu ela já fora do carro. Enquanto Sam abria a porta de sua casa, Derek dava a ré com o carro, ele parou, abriu o vidro e a chamou:

-Sam...

-Sim? – Virando – se para olhá-lo.

-Boa noite! – Se despediu ele sorrindo.

-Boa noite, Derek! – Respondeu Sam entrando em sua casa.