Em um belo dia ensolarado, uma garota de longos cabelos negros e olhos tão azuis como o oceano, passeava por uma praça, não muito cheia, havia uma fonte não muito grande no centro da mesma, em uma pequena cidade. Não havia muito que fazer por lá. Mas especialmente neste dia, estava tendo um grupo musical perto da fonte apresentando sua melodia. Então a garota seguiu até o pequeno grupo e assistiu ao seu humilde show, sentindo a música começou a cantarolar no ritmo, o flautista, um jovem alto, muito belo, nota a garota a assistir sua música, e para de tocar, sendo acompanhado pelos companheiros e a linda voz da jovem se faz ouvir por toda a praça, impressionando muitos, principalmente o lindo flautista.

Ela percebe então que a melodia havia parado e apenas ela cantava. Envergonhada, para de cantar, vira os seus olhos para o chão e segue seu caminho para longe da praça. Quando escuta passos cada vez mais próximos. E uma voz suave chega aos seus ouvidos:

-Hei, espere. – A garota surpresa, se vira em direção à linda voz, ainda envergonhada. Olhando para aquele lindo rapaz em sua frente, sente seu coração disparar e seu rosto queimar. –Como se chama?

-E-eu? – Ela desvia o olhar para o chão. –Me chamo Sam. O que quer? – Ela pergunta tentando não parece mal educada.

-Você tem uma voz incrível. – O flautista elogia.

-Obrigada, você também tem uma linda voz. Mas... Você ainda não respondeu a minha pergunta.

-Bem... Eu estava pensando se não gostaria de participar do nosso grupo, como viu não temos um vocalista, e estamos à procura de alguém com a sua voz.

-Eu cantava quando era criança, mas nunca pensei participar de uma banda. Eu ando muito entediada, acho que preciso mesmo de algo para me distrair, e participar da banda de vocês seria perfeito. – Aceita a proposta sorridente.

-Certo. A propósito meu nome é Derek. Diz com um sorriso torto apaixonante no rosto.

Ela segue então para a sua casa, pois já estava ficando tarde. Pensando no lindo sorriso do flautista.

-Mããe, cheguei! – Diz ao entrar na sua casa. Como de costume deixa as suas coisas no sofá e sobe para seu quarto. Senta-se no sofá perto da sua janela, olha para o lindo e alaranjado céu daquela linda tarde. Encosta sua cabeça no vidro, fecha seus olhos e a primeira coisa que vem em sua mente é aquele lindo sorriso. Recordando toda aquela cena na praça, sonhava. De repente, sua mãe bate em sua porta e num pulo se levantou, se virando para sua mãe que entrava em seu quarto.

-Você não quer comer nada, querida? – Perguntava a mãe de Sam.

-Não, estou com muita fome, obrigada. Aliás, Lola ligou? Eu ia passar na casa dela agora, mas acabei esquecendo. – Lola e Sam eram melhores amigas, se conheciam desde pequenas, pois eram vizinhas há algum tempo atrás. Agora Lola se mudara para um apartamento há cinco quarteirões dali, por conta do divórcio de seus pais. Mas mesmo com uma distância maior nunca deixaram de sair juntas. Estudavam no mesmo colégio e eram como irmãs.

-Não, não ligou. - Se encaminhando para a porta.

-Ah... Obrigada. – Deitando-se na cama, adormecendo e só acordando no dia seguinte.