Straight Through My Heart escrita por WaalPomps


Capítulo 19
Cap. 16 – Checkmate


Notas iniciais do capítulo

OOOOOI COISAS LINDAS!!
Gente, 30 leitores? E mais de 100 reviews? Que liiindo *---*
Bom, como tivemos vários comentários nos capítulos anteriores, aqui vai mais um para vocês.
E sim, eu também não estou feliz com esse negócio de não poder mais escrever com os atores...



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Finn P.O.V

O sol queimou minhas costas nuas, rompendo pelas diversas janelas do celeiro. Eu tateei ao meu lado, mas não conseguia achar o corpo pequeno que havia dormido aninhado a mim. Quando me sentei, pronto para chamá-la, pude ouvir sua voz no celular.

_ ...Já estou perto de conseguir o divórcio sim papai.- eu a ouvia falando – Eu já expliquei que ele é complicado. Finn é uma pessoa difícil de lidar, mas já estou o domando, fique tranquilo. Em poucos dias estarei em casa está bem?

Eu ouvia, mas não queria acreditar.  Todos os toques, as palavras, as conversas... Mas ela era atriz não era? Se continuassem assim iria longe.

Ouvi-a se despedir e deitei-me novamente, fingindo dormir. Senti seu peso no colchão e ela beijou minhas costas, vindo se aninhar a mim. Deixei que meus braços a recebessem e esperei sua respiração desacelerar. Quando vi que ela dormia, me levantei em silêncio e apanhei minhas roupas.


Quinn P.O.V

Quando acordei, tive medo de abrir os olhos. Não por pensar que talvez fosse tudo um sonho, mas por temer encarar a realidade.

_ Eu sei que você está acordada. – sussurrou ele, beijando minha testa.

_ O que faremos? – perguntei ainda de olhos fechados, me abraçando mais a ele.

_ Honestamente eu não sei. – ele admitiu com um suspiro e eu abri os olhos, encarando-o – Não quero magoar a Rachel, e nem bagunçar a cabeça da Charlie. Mas nosso tempo está acabando e o casamento está chegando.

_ E seus pais? – perguntei temerosa e ele deu de ombros.

_ Eu me acerto com o sr. Puckerman. – garantiu Noah – O importante agora é me acertar com a Charlie e fazê-la entender que nenhum de nós tem culpa do que aconteceu.

_ Não me preocuparia tanto com ela... Charlie é louca para te conhecer, o máximo que ela vai estranhar é porque você é noivo da Rachel. E isso sim, teremos que arranjar uma boa explicação. – suspirei e ele concordou.

_ Primeiro vamos até a casa do Finn, para eu conversar com a Rachel... Depois pensamos no que faremos, está bem? – perguntou ele e eu assenti, enquanto me sentava – Onde você pensa que vai loira gostosa?

_ Hora de aprender uma coisa Wayne... – brinquei e ele riu – Nós temos uma filha de sete anos para cuidar.

_ Adoro quando você fala assim. – disse ele, caindo de costas na cama e eu ri.

_ Bom, eu preciso de um banho. – anunciei ficando de pé e vendo-o me seguir com os olhos – Quer me fazer companhia?

Perguntar pra criança se quer doce...

Sam P.O.V

Eu havia acordado já havia mais de uma hora, mas ela ainda ressonava tranquilamente em meu peito, como uma criança preguiçosa que não quer ir pra escola.

_ Tira uma foto que dura mais. – ela murmurou e eu ri, enquanto ela erguia a cabeça com dificuldade, piscando diante da claridade – Bom dia engomadinho.

_ Temos mesmo que continuar com os apelidos? – protestei com um bico e ela riu.

_ É o nosso charme. – disse ela e eu ri – Mas se quiser, podemos mudar... Que tal morequinho? Ou bebê? Já ouvi gente se chamando de ursinhos. – propôs ela e eu ri mais ainda.

_ Acho que engomadinho e traste estão bons... – concordei e ela riu, se levantando inteiramente nua e caminhando pelo quarto – Que isso mulher?

_ Quero tomar banho, não posso? – perguntou ela com um sorriso sacana no rosto e eu revirei os olhos.

_ Poder até pode... Mas é sacanagem ficar se exibindo para mim e depois me deixar sozinho. – reclamei e ela deu seu sorriso mais safado.

_ E quem disse que é para você ficar sozinho? – perguntou, entrando no banheiro e ligando o chuveiro – A água está fria...

_ Então espera que eu vou te esquentar. – gritei de volta, pulando da cama e correndo para o banheiro.

Noah P.O.V

Meus planos para a manhã incluíam ficar namorando com Quinn até que Charlie desse o ar de sua graça, acordar Santana e Sam e irmos até a casa de Finn. Mas tudo isso foi interrompido por uma ligação desesperada de Rachel.

_ Tem certeza que é aqui? – perguntei enquanto nos aproximávamos da casa rústica com um celeiro do lado.

_ Do endereço que a Rachel passou, é aqui mesmo. – confirmou Sam, checando o GPS. E realmente ali estava Rachel, parada em frente ao celeiro, com uma roupa elegante.

_ O que aconteceu? – perguntei saindo do carro, mas ela estava brava demais.

_ Entra no carro e dirige Noah, apenas isso. – rosnou ela – Muito obrigado sr. Weeton, Deus lhe abençoe pela hospitalidade.

_ Não há de que minha filha. – retrucou o homem, com um forte sotaque alemão.

Rachel apenas mandou que eu dirigisse para a casa de Finn e eu obedeci. Não sou nem louco de contrariar. Sam e Santana iam no porta malas, enquanto Quinn e Charlie se mantinham em silêncio no banco do meio, eu e a loira trocando olhares as vezes pelo retrovisor.

Assim que parei em frente à casa de Finn, Rachel saltou do veículo, caminhando a passos duros até a porta, com nós em seus calcanhares.

_ COOOOOOOOOOOOORRRRRRYYYYYYYYYYYYYYY! – gritou ela possessa, mas nem sinal de vida – FINN ALLAN HUDSON, ABRA ESSA MERDA DE PORTA AGORA.

_ Er, Rachel... – chamou Santana, apontando um vaso alguns metros ao lado. Escorado no vaso estava a bolsa de Rachel, com todos os seus pertences.

Enquanto a baixinha estrilava, Sam foi até a vizinha, que lhe informou que Finn havia chegado com o guincho e deixado o carro, antes de sair com uma moto para o orfanato.

_ Pois então trate de pisar nessa merda de acelerador Noah, porque tenho contas a acertar com esse babaca. – rosnou Rachel, voltando para o carro. Charlie encarava todos nós preocupada e nós retribuíamos sua preocupação. Algo de muito errado havia acontecido.


Santana P.O.V

Rachel está com cara de sexo, cheiro de sexo, jeito de sexo. Puta que pariu, Rachel FEZ SEXO. Ok, ela já transou com o Finn uns 7 anos atrás, mas agora é diferente. Porque é diferente? PORQUE AGORA EU SEEEEEI. Ok Santana, se controle e preste atenção ao barraco.

Chegando ao orfanato, a senhora do primeiro dia veio sorridente abrir, cumprimentando Rachel. Minha amiga retribuiu o cumprimento e sinalizou por Finn. A mulher apontou a casa e a tampinha começou a rumar para lá, com todos nós em seus calcanhares.

_ Será uma boa levar a Charlie? – Noah perguntou e eu concordei.

_ Melhor ficar com ela por perto. – aconselhei e ele assentiu, enquanto subíamos os degraus da escada. Chegando ao andar de cima, Rachel nem sequer bateu e já escancarou a porta.

_ QUAL É A MERDA DO SEU PROBLEMA?


Rachel P.O.V

Após aquela noite maravilhosa, fui acordada pelo meu celular tocando. Era meu pai, irritado com nossa demora e ainda querendo vir até aqui para conversar com Finn. Como eu poderia lhe explicar tudo que havia acontecido, as decisões que me martelavam. Eu amo Finn e é com ele que quero ficar.

Mas por hora, não há como explicar isso a meu pai, então o melhor a fazer é mentir, fingindo que tudo está nos conformes. Quando desliguei, Finn ainda ressonava tranquilo, então me encaixei em seus braços e voltei a dormir.

_ Moça... Moça? – alguém chamou com um sotaque acentuado e quando abri os olhos, vi o senhor que havia nos abrigado – Perdoe lhe acordar, mas é que o rapaz foi-se embora e...

_ Finn o que? – perguntei me sentando, mantendo a manta agarrada a mim para esconder minha semi-nudez.

_ Ele acabou de sair daqui com um guincho. – explicou o senhor que mais tarde descobri se chamar Rarley Weeton. Olhei em volta e constatei que tudo que era dele havia sumido. Indignada apanhei o celular, discando seu numero. Nada. Decidi então esperar, quem sabe não fora providenciar carona.

Duas horas depois, me resignei da verdade e liguei para Noah, ainda me sentindo possessa. Ele demorou cerca de 15 minutos e logo, estávamos fazendo nosso longo caminho em busca de meu marido, indo parar novamente no orfanato.

Atravessei o lugar como um furacão, com meus amigos, noivo e sobrinha, atrás de mim, parecendo preocupados, mas eu não tinha tempo para isso. Escancarei a porta do consultório, já gritando.

_ QUAL É A MERDA DO SEU PROBLEMA?

Finn sequer ergueu os olhos da criança que examinava, continuando tranquilo.

_ Eu to falando com você Hudson. – rosnei, sentindo meus amigos atrás de mim.

_ E eu estou trabalhando Berry. – retrucou ele – E isso é mais importante que um chilique seu.

Esperei pacientemente ele terminar de atender a criança, que logo saiu alegremente, enquanto ele se virava para me encarar.

_ O que a traz aqui? – perguntou na maior naturalidade, como se nada houvesse acontecido.

_ O que me traz aqui? – perguntei rindo – Sei lá, que tal o fato de você ter me largado sozinho nas terras de Deus me livre e ido embora sem dizer uma palavra?

_ Ora, mas você sempre teria seu noivo. – respondeu ele com um sorriso cínico – A propósito, tenho algo para você.

Abriu a gaveta e tirou de lá a pastinha de documentos que eu havia lhe entregado na primeira vez que estivera ali. Ele conferiu e a empurrou para mim, me encarando sem emoção.

_ Parabéns docinho, não estamos mais casados.

Eu não podia acreditar no que ouvia e tive que ler e reler os documentos para acreditar que ele havia assinado todos e nós dois éramos oficialmente divorciados. Sei que a reação correta seria comemorar, mas minha vontade era chorar.

_ Qual é o seu problema? – perguntei com a garganta fechada e ele riu.

_ Meu problema? Eu não tenho problema nenhum. – respondeu se levantando e caminhando para a porta.

_ Não, eu é que tenho. – retruquei o encarando – Por acreditar em você, acreditar que você era alguém decente. Mas não, só estava fazendo seu joguinho não é? O papel de bom moço com o coração ferido para me levar pra cama.

_ DOBRE A LÍNGUA ANTES DE ME ACUSAR DE QUALQUER COISA. – gritou ele apontando o dedo para mim, ameaçadoramente perto – Acha que não ouvi sua conversinha com o papai essa manhã? Que estava me domando?  - ele perguntou rindo e balançou a cabeça – Não Rachel, se tem alguém aqui que devia ser acusado, é você.

_ Por quê? – perguntei nervosa e ele riu novamente, cada vez mais descrente.

_ Porque você vem aqui, na maior cara de pau, me pedir para assinar os documentos do divórcio para se casar com um cara que é pai da sua afilhada. – ele disse e eu o encarei gargalhando.

_ Para de ser ridículo Finn, pelo amor de Deus. – eu disse, mas não ouvi ninguém mais se manifestar. Quando me virei na direção dos meus, muito calados, amigos, vi o que não queria. Quinn tinha grossas lágrimas escorrendo pelo seu rosto, enquanto Noah não conseguia tirar os olhos do chão, e Santana e Sam pareciam muito interessados em encarar o batente da porta – Pelo amor de Deus, alguém me diz que ele está brincando.

_ Rachel... – Noah tentou dizer e foi tudo como um flash. Todas as atitudes dele desde que havia encontrado Quinn, seu interesse em Charlie, a espantosa semelhança entre eles. Noah Wayne Puckerman. Wayne, pai da Charlie.

_ AH NÃO! – gritei e Finn riu com desdenho.

_ É tão fácil viver presa no seu mundinho egoísta docinho, que nem consegue enxergar o mal que está fazendo. – disse ele com tom de desdém e eu encarei Quinn furiosa.

_ PORQUE VOCÊ NÃO ME CONTOU? – gritei a ela, que parecia cada vez mais abalada – QUE MERDA QUINN, CUSTAVA TIRAR 10 MINUTOS E FALAR “HEY, SEU NOIVO É O PAI DA MINHA FILHA?”

_ Ele é o que? – perguntou Charlie , parecendo ter se ligado do fato. Quinn e Noah pareceram apavorados, enquanto Santana tentava acalmar a situação.

_ Gente vamos nos acalmar e... – pedia ela, mas eu não parei.

_ VOCÊ ME ESCONDEU ISSO TODOS ESSES ANOS QUINN? – eu ainda gritava – VOCÊ... VOCÊ... VOCÊ É UMA VADIA.

_ Rachel, dobra essa língua... – começou a protestar Noah, mas Quinn não precisou.

_ EU RACHEL? EU? VOCÊ ESCONDEU POR SETE ANOS QUE ERA CASADA. EU NÃO SABIA QUEM ERA O PAI DA CHARLIE ATÉ ALGUNS DIAS ATRÁS, QUANDO FUI PARA O SEU CASAMENTO. E SÓ NÃO FIZ NADA, PORQUE ACREDITEI QUE VOCÊ ESTAVA APAIXONADA POR ELE. PORQUE ERA O QUE VOCÊ ME FAZIA ACREDITAR.

_ Mãe...

_ MAS SABE O QUE EU DESCUBRO? QUE VOCÊ ESTÁ CASANDO COM ELE SIMPLESMENTE PORQUE SEU PAPAI QUER. E VOCÊ COMO MENININHA MIMADA QUE É, VAI OBEDECER SÓ PRA NÃO PERDER O CARTÃO DE CRÉDITO.

_ Gente...

_ E ISSO ERA MOTIVO DE NÃO ME CONTAR QUINN? – gritei de volta – O FATO DE EU CASAR COM O NOAH NÃO QUER DIZER QUE ELE NÃO PODERIA SER PAI DA CHARLIE.

_ MAS O FATO DE EU TER AMADO E AINDA AMAR O PAI DA CHARLIE SIM. – gritou Quinn de volta, me pegando de surpresa.

_ GENTE!  - dessa vez o grito de Santana foi mais alto e nos viramos, vendo que ela segurava Charlie nos braços. Minha afilhada respirava com tremenda dificuldade e quando encarei Quinn, vi meu pânico refletido nos olhos dela – Charlie está tendo um ataque de asma... E não está com cara de ser fraco. 


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Notas finais do capítulo

E ai? NÃO ME ODEIEM, POOOOOOOOOOOR FAVOR!
Beijinhos ;@