Straight Through My Heart escrita por WaalPomps


Capítulo 15
Cap. 14 - Guilty


Notas iniciais do capítulo

Hello amadinhos *----------*
Vocês vão, com certeza, amar esse capítulo. Especialmente as Finchels, porque né... Só tem Finchel UHAUHAHUAHUA
Enfim, nos vemos lá embaixo.



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Rachel P.O.V

Três dias. Já faz três dias que eu estou na casa de Finn. E o que eu tenho a dizer? Que estou surpresa, e num ótimo sentido.

Claro que ele me destrata e as atividades que ele inventa são, no mínimo, bizarras. Nós concertamos o carro dele, cortamos grama, pintamos cerca... Charlie é claro, tem adorado tudo. E meus amigos e noivo, Deus os abençoe, não saíram de nosso lado um único dia.

Mas o que me surpreende é o Finn em si. A maneira como ele trata Charlie, como ele trata a todos que encontra na rua, sejam que forem. Outro dia na pista, no fim da tarde, havia um homem com o carro parado no acostamento.

Qualquer pessoa normal teria vazado, especialmente pelo horário. Mas Finn parou, desceu e ainda deu uma carona para o sujeito desconhecido até a própria, que ficava a mais de 40 minutos de nossa.

_ Hei docinho. – cumprimentou ele descendo pela manhã. Apesar de ainda odiar dormir no sofá, já nem mais reclamo. E até que é legal acordar cedo – Esqueci de avisar Quinn onde iríamos hoje. Se quiser ligar para ela...

_ Na verdade, estava pensando em dar o dia de folga para eles depois de ontem. Acho melhor Charlie descansar um pouco. – Charlie havia tido uma crise fraca de asma, mas mesmo assim preocupante.

_ Concordo. E além do mais, acho que hoje ela não iria gostar muito. – respondeu ele – Nós vamos passar o dia no orfanato. Estou longe há vários dias já, preciso dar uma olhada nas crianças.

Concordei com a cabeça, novamente encantada. Se ele tratasse as crianças com metade do carinho que tratava Charlie, há deveria ser maravilhoso. E eu sabia que ele tratava aquelas crianças com muito mais carinho.

Liguei para Quinn que agradeceu poder passar o dia com Charlie em casa. Perguntei por Noah, ela disse que havia dormido nos pés da cama da minha afilhada, junto com Santana e Sam e que ela achava que um dia de folga cairia bem para eles.

Por volta das 9h, Finn parou o carro na garagem do orfanato, que tinha também um jipe e um microônibus.

_ Como o orfanato banca isso? – perguntei e ele riu.

_ Temos vários doadores influentes. – respondeu ele – E eu também banco um pouco.

_ Você? – perguntei e ele arqueou a sobrancelha – Desculpa, às vezes me esqueço que você é rico.

_ Minha família era rica. Eu apenas uso o dinheiro deles para boas causas. – respondeu ele saindo do carro – Vamos logo docinho, será um longo dia.



Finn P.O.V

As crianças fizeram os alvoroço usual ao me ver. Rachel ficou um pouco perdida, porque a maioria ali só fala alemão, mas logo as ajudantes estavam a ajudando a se enturmar com as crianças, enquanto eu ia para o consultório examiná-las.

Grande parte das crianças chegava até nós com diversas doenças graves. Mas por sorte, os patrocínios que temos cobrem essas despesas e depois de no máximo seis meses, as crianças estão saudáveis.

Hoje, mais uma criança partia. Um casal canadense, amigo de um patrocinador (acho que colaborador é uma palavra melhor) veio e está indo embora com uma menininha de oito anos que chegou aqui um ano atrás.

_ Ich werde dich vermissen. (vou sentir sua falta) – disse ela me abraçando.

_ Me too. (eu também) – assegurei - Achten sie darauf, und gute erlösung Carol. (tome cuidado e boa viagem Carol).

_ Mein name ist Sam. (meu nome é Sam) – corrigiu ela rindo e eu ri também.

_ Sorry, habe verwirrt. – pedi a abraçando novamente - Bye.

Ela entrou no carro alugado pelos novos pais e foram-se embora, acenando alegremente para as outras crianças,que ao invés de tristes pareciam felizes pela amiga, que havia achado um lar.

_ Era a sua irmã? Carol? – ouvi alguém atrás de mim e me virei, dando com Rachel.

_ C-c-como? – perguntei e ela suspirou.

_ O pijama que você me deu tinha bordado na gola, na parte de trás. Caroline Hudson. Era a sua irmã não? – perguntou e eu respondi.

_ Não é da sua conta. – e sai pisando duro, mas ela veio atrás.

_ Finn, dá pra ser honesto uma vez na vida. Você me odeia, ótimo. Mas eu sei que tem algo a ver com sua família. O que eles fizeram de tão ruim a ponto de você me odiar? – gritou ela enquanto íamos para os fundos da casa.

_ Não foram meus pais. – respondi.

_ Ótimo, sua irmã que seja. – ela retrucou e eu me virei para ela, com as lágrimas já escorrendo.

_ Ela foi responsável pela morte deles. – confessei e ela foi pega de surpresa – Ela tinha 17 anos e era extremamente mimada, assim como você. Meus pais davam tudo que ela queria, mas nunca era o bastante. Ela sempre queria mais e tinha que ser na hora que ela queria.

Ela sentou-se ao meu lado no banco, me encarando enquanto eu deixava as lembranças me inundarem.

_ Estava nevando muito naquela noite e Carol inventou que queria ir para Milão. Meus pais, pela primeira vez, negaram o pedido dela. Mamãe era médica e trabalharia no outro dia e meu pai tinha uma grande empresa e precisava tomar conta dela. Carol então me pediu e eu neguei. Ela subiu furiosa para o quarto.

“Passou-se mais de duas horas sem que ouvíssemos minha irmã. Quando deu meia noite, mamãe foi até o quarto dela, lhe dar boa noite. Qual foi sua surpresa quando viu o guarda-roupa aberto, faltando várias peças.”

“Ligamos para a agência do cartão de crédito e descobrimos que ela estava no aeroporto. Meu pai estava muito nervoso, realmente irritado com Carol. Por mais preocupado que eu estivesse, me senti satisfeito. Finalmente colocariam limites nela. Meus pais saíram em direção ao aeroporto e eu fiquei em casa, jogando vídeo-game porque não queria perder a cara de Carol quando chegasse em casa. Mas ela nunca chegou...”

Rachel suspendeu a respiração, enquanto eu dava alguns soluços, tentando continuar.

_ Alguns quilômetros a frente do aeroporto, um caminhão virou. O motorista estava dirigindo a dois dias direto, totalmente drogado. Estava nevando muito, meu pai provavelmente não enxergou. Eles passaram por cima do monte de neve que se formou no caminhão e capotaram diversas vezes. Só o que eu tive para enterrar foram três cadáveres torrados.

_ E-e-eu sinto muito. – sussurrou ela colocando a mão em meu ombro e eu dei uma risada fraca.

_ Eu quem tenho que te pedir desculpas. – continuei – É só que... Você e Carol se parecem tanto. Em tudo. Ela dizia que ia ser atriz também. Não sei se era coisa da idade.

_ Mas como você veio parar aqui? – perguntou ela.

_ Na noite em que enterrei meus familiares, nós nos conhecemos e você já sabe a história. Fiquei em Vegas mais alguns dias, pensando na vida. Voltei quando o advogado dos meus pais ligou sobre a herança. Decidi vender a empresa para o sócio de meu pai e voltar para a faculdade de medicina, que havia trancado após o primeiro ano. E ai ele me entregou as coisas de Carol, que haviam ficado no aeroporto... A mala com as roupas, incluindo aquele pijama, e a passagem.

“A passagem dela não era para Milão como esperado. Era para cá. Conversando com alguns amigos dela, eles me contaram sobre um projeto que o professor da escola propôs, de passarem uma semana aqui, ajudando no orfanato. Nunca saberei por que Carol mentiu... Talvez não quisesse que soubéssemos que ela ia fazer uma boa ação e acreditou que meus pais a deixariam vir sozinha. Eu só posso especular.”

“Então após vender tudo, me matei de estudar na faculdade. Terminei o curso com méritos e vim para cá. Mas eu usei o dinheiro da venda da empresa para começar a financiar as mudanças no orfanato e criar um fundo. Com a ajuda do antigo sócio do meu pai e de alguns médicos amigos de minha mãe, consegui contribuintes para o local. A indenização paga pela empresa do caminhão também ajudou. Eu ainda tenho uma pequena fortuna guardada, mas não quero usá-la...”

Ela estava calada, encarando-me, mas eu não conseguia olhá-la. Nenhum homem quer que o vejam chorando, e eu não era diferente. Para minha surpresa, ela passou os pequenos braços pelos meus ombros, me abraçando.

_ Você é um grande homem Finn... Seus pais e Carol estariam orgulhosos de você. – garantiu ela.

_ Obrigado Rachel... E novamente, me desculpe pela forma como te tratei. – pedi envergonhado – Acho que descontei em você tudo que sentia pela Carol.

_ Não tem problema. – respondeu ela – Agora que tal voltarmos lá e ajudarmos aquelas crianças? 


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Notas finais do capítulo

Bom gente, agora vamos ao momento propaganda HUAHUAUHAUHAHUA
Eu estou com uma fic novinha, baseada na música LINDA que saiu hoje com o mini-dueto Quick, que quase me matou do coração.
Então leiam: http://fanfiction.com.br/historia/295834/Im_Gonna_Make_This_Place_Our_Home/
E também, escrevi uma short Jarley essa semana... Se puderem deem um pulinho ok?
http://fanfiction.com.br/historia/294019/One_Step_Closer/
No mais, nos vemos assim que possível. Comentem e perguntem né.
http://ask.fm/WaalPompeo
UM BEIJO, UM QUEIJO E UM CHEIRO