Straight Through My Heart escrita por WaalPomps


Capítulo 14
Cap. 13 - New Dream


Notas iniciais do capítulo

HELLO LITTLE MONKYS *---*
23 leitores, sério isso produção? Quero os 23 dando oi para mim *----------*
Bom, esse capítulo eu decidi mostrar um pouquinho do Sam, para entendermos mais sobre o personagem e seu jeito de ser. Espero que tenham gostado.
E nos próximos capítulos, fãs de Finchel e Quick ficaram felizes *---*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/267152/chapter/14

Noah P.O.V

A falta de Rachel aqui foi boa do ponto em que eu podia dormir largado na cama. Então já se imagina a surpresa quando senti um par de mãozinhas sobre meu peito.

_ Bom dia tio Noah. – ouvi assim que abri os olhos.

_ AAAAAHHHHHHH. – pulei, derrubando Charlie no colchão e espalmando a mão no peito – Como entrou aqui pequena?

_ Hans me deu a chave. Só falta você acordar para irmos para a casa do tio Finn. Então acelere hein? – disse ela ficando de joelhos e colocando as mãozinhas na cintura.

_ Sim senhora sargenta. Mais alguma coisa? – perguntei e ela fez cara de pensativa – Já sei... Ataque de cosquinhas.

_ AAAAI NÃO TIO NOAH, PARA. – ela gargalhava enquanto eu lhe fazia cócegas na barriga.

_ Muito bonito hein dona Charlie? – ouvimos alguém da porta e viramos vendo Quinn – Eu não posso fazer cócegas em você, mas ele pode?

_ Não se reprima Q, sinta-se a vontade. – eu disse e a loira riu, vindo até a cama onde juntos atacamos nossa filha.

_ HEI, HEI, HEI. – gritou Charlie se levantando – Assim não vale, só eu que sou atacada?

_ Tem razão... Hora de atacar o Noah. – propôs Quinn e a pequena riu, pulando em cima de mim, que deixei-a me derrubar e começar a me fazer cócegas, acompanhada pela mãe.

_ Cheeeeeega. – implorei rindo e elas pararam – Agora é a mamãe ai que vai sofreeeeer.

_ Ah, mas podem parar. – gritou Quinn, mas já estávamos ambos sobre ela, que se debatia – Para Noah.

No meio da confusão, acabamos caindo da cama. Eu de costas no chão e Quinn sobre mim. Charlie permanecia pendurada no colchão, gargalhando olhando nós dois no chão.

_ Ai minhas costas. – choraminguei ainda rindo e Quinn gargalhou novamente, se apoiando nos cotovelos e ficando com o rosto sobre o meu. Ficamos os dois parados nos encarando, sentindo a distância entre nossos rostos diminuir cada vez mais, até que alguém pigarreou.

_ Atrapalhamos? – perguntou Sam mal humorado, acompanhado de Santana que ria.

_ Nós estávamos fazendo guerra de cosquinhas, mas os dois ai caíram no chão. – explicou Charlie quicando no colchão.

_ Pera, rolou guerra e não me chamaram? – gritou Santana – Agora estou ofendida.

_ Menos traste, bem menos. – pediu Sam e Santana revirou os olhos.

_ Sabe quem precisa de um pouco de cócegas? Você. – e empurrou o coitado na minha cama, pulando sobre ele e começando a fazê-lo gargalhar, com a ajuda da sempre prestativa Charlie é claro.

Nesse meio tempo, Quinn já havia rolado para o lado e sentado, arrumando as roupas e o cabelo enquanto eu me levantava e ia para o banheiro.

_ Só não quebrem nada. – pedi enquanto fechava a porta.



Finn P.O.V

_ Bom dia docinho. ­­– cantarolei entrando na sala, enquanto Rachel se remexia sob as cobertas – Quinn ligou que daqui a pouco estarão aqui. Melhor se levantar ou Charlie o fará.

Ela levantou coçando os olhos e eu ri vendo-a toda desgrenhada. Logo depois, caiu novamente em meio as cobertas, deitando de lado e abraçando o cobertor, da maneira que havia feito comigo anos antes. Me repreendi por pensar nisso e fui até a cozinha, preparar o café.

Ouvi a porta abrindo e gritos e ri, indo em direção a sala para ver Charlie quicando nas costas da madrinha, enquanto os adultos entravam trazendo a mala com as roupas de Rachel.

_ Charlie acordou com a pilha toda. – comentou Sam, enquanto Rachel subia com as amigas – Fez guerra de cócegas com Noah, Quinn, eu, Santana...

_ Pelo menos a noite quando voltarmos depois de um dia todo trabalhando, ela vai cair na cama cedo e me deixar fazer o mesmo. – retrucou Quinn descendo com Santana.

_ Ela não ia dormir aqui? – perguntei e a loira deu um tapa na testa.

_ Esqueci o pijama dela. – murmurou ela frustrada e eu ri.

_ Fique tranquila. Algumas das roupas que eu compro pro orfanato chegaram ontem e estão novinhas. Charlie usa uma hoje, não acho que as crianças ligaram muito. – respondi e ela sorriu agradecida.

_ Não acredito que estou de calça jeans e camiseta. – reclamou Rachel descendo as escadas com Charlie – Onde estão meus vestidos, casacos de veludo?

_ Desculpa Rachel, mas foram as instruções: nada chique. – lembrou Santana e a baixinha bufou – Vamos logo antes que eu me arrependa por ter acordado tão cedo.



Sam P.O.V

Adoro a terra. Definitivamente é bom voltar as minhas raízes. Eu cresci numa área extremamente rural no Texas e me mudei para Chicago com 17 anos, 1000 dólares no bolso e grandes sonhos.

Comecei de garoto dos recados em um escritório grande no centro da cidade e logo o dono, Anton Martin, se afeiçoou a mim. Tal como ele, ele chegara à cidade quase duro, mas sofreu grande preconceito por ter vindo do Chile em uma época em que ainda havia muito preconceito. Ele se formou advogado trabalhando em um açougue e estudando muito, mas eu não tive que passar por tantas provações.

Anton financiou meus estudos, me colocando como aprendiz da empresa. Logo após me formar, eu já tinha participação importante em alguns casos e quando passei na Ordem dos Advogados, fui colocado como sócio. Tudo isso aconteceu apenas dois anos atrás.

Nesse meio tempo, quase não tive contato com meus pais ou meus irmãos. Nunca voltava para casa no Natal ou outras festividades, me limitando a um cartão ou às vezes um telefonema.

Qual não foi minha surpresa quando, pouco depois de conhecer Quinn, recebi uma ligação de minha irmã mais nova, Jane. A área da fazenda de meus pais havia passado por uma grande seca e certa noite, alguns jovens alcoolizados que dirigiam pela região acharam legal atear fogo no mato ali perto. Meus pais já não eram mais tão jovens e o duro trabalho no campo havia cansado-os mais rapidamente.

Quando cheguei a Stephenville, onde morava Louis meu irmão mais velho, me senti um estranho em minha própria família. Carlie, a primogênita de meus pais, já tinha três filhos, sendo que quando parti, ela acabara de engravidar do primeiro. Louis e Caroline haviam se casado e minha irmã carregava seu primogênito, um menino fofo de apenas seis meses. E Jane estava estudando medicina em Fort Worth, noiva de um advogado da cidade.

Apenas eu não tinha mais ninguém. Enquanto baixavam os caixões de meus pais, minhas três irmãs buscaram conforto em Louis e eu não sabia como me aproximar ou se deveria. Passei um mês na cidade, cuidando no inventário de meus pais. Carlie e Carol foram as mais próximas a mim na infância, pois Jane era muito pequena e Louis costumava ficar grudado com meu pai enquanto trabalhava. Eu fiquei na casa de Carlie, aproveitando a companhia de meus sobrinhos.

Em meu último dia na cidade, Jane e Carol vieram até a casa de Carlie e fomos de carro até a antiga fazenda de nossos pais. Louis estava ali, sozinho, revirando as cinzas e retirando os destroços.

_ Desista Louis, é uma terra morte. – aconselhei e ele me olhou irritado.

_ Para você talvez sr. Advogado de Chicago. Para mim foi onde cresci. – rosnou ele.

_ Para todos nós é Louis. – lembrou Carlie e ele a encarou com raiva.

_ Nenhum de vocês nunca gostou daqui. Queriam ir todos para a cidade. Apenas eu acompanhei o papai com prazer ao longo dos anos. Apenas eu sei o que a terra tem e... – começou ele, mas eu não o esperei terminar. Tirei meu terno, a gravata, arregacei as mangas e peguei a enxada, começando a batê-la na terra como fiz minha vida toda.

Meu irmão não disse nada, tampouco minhas irmãs. Elas apenas arregaçaram as mangas, começando a retirar entulhos e ajudar a limpar a terra. Quando o sol se punha, soltei a enxada sentindo as mãos doloridas, mas melhor do que me senti em anos.

_ Eu amo esse lugar, amo o que nossos pais faziam e amo poder fazê-lo novamente. Mas eu tenho sonhos, e eles são maiores do esse lugar. Se você não tem os seus, paciência. Mas jamais me acuse de algo que você não sabe. – mandei a ele, entrando no carro acompanhado de minhas irmãs.

Chegando a cidade, assinei os documentos abrindo mão da herança de meus pais, a exceção do velho carro que eu e meu pai reformamos juntos quando eu tinha 13 anos. Ele me foi dado quando eu tinha 16, mas não havia documentos provando isso. Foi a palavra de minhas irmãs que ajudou.

_ A transportadora entregará o carro em uma semana. – explicou Carol enquanto me deixava no aeroporto – E, por favor, não demore tanto para voltar.

_ Tentarei voltar assim que possível. – prometi a abraçando – E me desculpe se algo que disso hoje na discussão com Louis as tiver ofendido.

_ Não... Você estava certo. – concordou ela – Carlie sempre quis ser dona de casa, cuidar dos filhos, ter família grande. Eu queria ser professora e Jane médica, e as duas foram atrás disso. Apenas Louis que nunca soube quem queria ser, achando que tinha que ser o papai.

_ Talvez agora cuidar da fazenda sozinho o ajude. – disse e ela concordou – Todos nós precisamos de um sonho para perseguir.

_ E agora que você alcançou o seu de advogar, qual será o próximo? – perguntou ela.

Eu pensei muito nisso no vôo de volta e nas semanas seguintes. Eu tinha independência financeira, um emprego estável, uma casa linda... O que faltava era alguém para dividir. Não muito após o acontecido, o caso de Quinn se encerrou e eu pude chamá-la para sair. Começamos a namorar e ela me apresentou Charlie e tudo que eu podia pensar era que eu queria passar o resto de minha vida ao lado delas.

_ Hei engomadinho, acorda. – gritou Santana no meu ouvido, me tirando de meu transe. Eu a encarei abismado, enquanto ela gargalhava – Tava ai encarando o nada e arando o mesmo pedaço de terra há meia hora.

_ E você? – perguntei provocando – Me observando a meia hora?

_ Claro, para ver se você caia de cara na terra. – retrucou ela se afastando.

_ E se eu caísse? Ia me espionar trocar de roupa. – perguntei me aproximando e vendo-a topar com a parede – Com medo traste?

_ De você engomadinho? – riu ela – Poupe-me.

_ Prefiro fazer outra coisa. – respondi segurando na cintura dela – Só tem que prometer não me bater depois.

_ Cala a boca e me beija logo seu idiota. – sussurrou ela.

_ Com prazer.



Rachel P.O.V

Eu ODEIO terra. E passar o dia mexendo com ela foi horrível. Mas foi até que legal ver Finn ensinando Charlie a colher os vegetais e depois a colocar as sementes nos buraquinhos certos. Quinn não parou de tirar fotos e Noah também se divertiu ajudando minha afilhada a carregar o carrinho de mão. Fico feliz por eles estarem se dando bem.

Santana e Sam ficaram pouco tempo conosco, tendo passado a maior parte do tempo na outra parte da estufa, arando a terra onde seriam plantadas as novas sementes. Deve ser um trabalho bem pesado, já que quando chegamos lá, ambos estavam suados e ofegantes.

No fim da tarde, nos despedimos lá mesmo, com Finn levando eu e Charlie para sua casa e meus amigos indo para o hotel maravilhoso e delicioso. Charlie chegou quase dormindo e logo estava tomando banho.

_ Ela vai dormir comigo na sala? – perguntei e Finn negou.

_ Ela vai dormir no quarto de hóspedes. – explicou ele, preparando o jantar.

_ Quarto de hóspedes? – perguntei – E porque eu durmo na sala?

_ Merecimento docinho. – retrucou ele sorrindo de canto – Agora se me der licença, vou tomar banho também, porque foi um dia cansativo e não quero que acabe a água quente com você lá dentro.

E subiu, me deixando plantada na sala, com a boca aberta.

_ EU TE ODEIO, EU TE ODEIO, EU TE ODEEEEEEIO.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado *---------*
Ah, minha parceria com a Miss Lopez Puckerman afinal está no ar. O nome da fic é "In the hands of time" e vocês podem vê-la aqui http://fanfiction.com.br/historia/290873/In_The_Hands_Of_Time
Espero que gostem, garanto que é escrita com tanto amor e carinho quanto essa daqui *--*
Bom, acho que é só... Comentem e perguntem
Beeijos ;@
http://ask.fm/WaalPompeo