Guerra Fria escrita por Joan Missing


Capítulo 17
Capítulo 17-" Ela dormiu no calor dos meus braços"


Notas iniciais do capítulo

Oieee preciosas!
Eu preciso partilhar, teve um show do barão vermelho na minha cidade no fim de semana e foi muito perfeeeeito, sério, um dos melhores shows da minha vida! Foi tudo lindo eles deram as musicas uma tomada mais hardcore e ficou incrível! O Frejat tava um chaarme. hahahaha Vocês gostam de Barão Vermelho??
Eu espero que gostem do capitulo, a patricinha e o guerrilheiro tão começando a se entender. Boa leitura!
AAh, eu colequei umas musicas brasileiras mesmo eles morando em NY, ai finjam que é do mesmo idioma deles!



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POV VALENTINA

Minha cabeça está estourando, meus pés latejando e tem alguma coisa fazendo muito barulho nesse quarto, puta que pariu, eu já disse milhões de vezes pra Lennon não entrar na porra do meu quarto enquanto eu to dormindo. Meus olhos abriram relutantes, minha visão estava irritada por causa dos raios fortes do sol, mas aos poucos foram se adaptando. Espera, não é meu quarto! Olhei em volta tentando lembrar alguma coisa, mas nada veio em mente, até que eu vi uma jaqueta de couro em cima da televisão, Miguel. Levantei o lençol e eu estava vestida, obrigada Senhor.

Levantei da cama topando na minha sandália divônica, é claro, e fui direto ao banheiro. Eu estava detestável, lavei meu rosto, escovei meus dentes com uma escova do resort que eu havia encontrado e prendi meu cabelo em um coque no meio da cabeça. Sai de lá e peguei a minha bolsa, sandália e casaco e indo em direção a porta. Trancada. Como é que é???? Que porra é essa? É só o que me faltava mesmo!

– GUERRILHEEEEEEIRO, abra agora essa porra de porta! – Berrei e a minha cabeça doeu mais. Ele apareceu sem camisa, segurando um violão e com um ar despreocupado -

– Estava melhor enquanto você estava dormindo monstrinha. – Ele disse revirando os olhos –Nem olhe para mim assim, a ultima coisa que eu queria era ficar o dia inteiro com você, a culpada disso é a Lennon. – Ele virou para voltar à varanda, mas olhou para mim – Ah, ela deixou uns comprimidos cor de rosa e café da manha na sala. – Ele riu e saiu –

Era só o que me faltava mesmo, eu aqui cheia de problemas e ela ainda me apronta essa. Ela já pode se considerar uma bruxa morta! Minha cabeça latejou e eu fui até a sala, onde encontrei um carrinho com algumas frutas, suco, cereal, bacon, torradas e outras coisas e um bilhete.

Aproveitem! Lennon.”

Amassei o pequeno papel, tomei um dos comprimidos e comi torradas com bacon e um pouco de suco de laranja. Depois fui ao banheiro tomei um banho, vesti meus shorts, peguei uma preta do guerrilheiro que cabe umas duas Valentinas, já que a minha estava pura a álcool, sequei meus cabelos e os prendi em um rabo de cavalo alto.

Não tinha nada para fazer, mexi um pouco nas coisas do pangaré, passei os canais da televisão e folheei um livro sobre a segunda guerra mundial, mas nada me interessou. Então eu acho que eu vou ver o pangaré revolucionário. Ele estava na varanda com o maldito violão cantando barão vermelho, eu ri, o cazuza devia tá remexendo no caixão.

Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades, o tempo não para...(O tempo não para – Barão Vermelho)

– É, parece que além de não saber dançar, você também não sabe cantar! – Disse debochando e ele revirou os olhos e um sorriso brotou em seus lábios –

– A vontade de ficar perto de mim é tanta assim pra você pegar uma blusa minha? – Bufei –

– Te cala pangaré! – Disse sentando ao seu lado e olhei para o mar – Ficou melhor em mim do que em você! – Eu sorri –

– Isso é verdade! – Ele sussurrou e eu sorri –

– E você, tocando Barão vermelho? O cazuza deve tá puto dentro do caixão! – Ele revirou os olhos –

– Para de se enganar patricinha, você não vai tirar minha voz da sua cabeça! – Ele gargalhou –

– Ah tá, sonha guerrilheiro! – Ele gargalhou e começou a tocar o violão –

Ela dormiu no calor dos meus braços, e eu acordei sem saber se era um sonho – Ele cantou e eu gargalhei ainda fitando o oceano – Há um tempo atrás pensei em te dizer, que eu nunca cai nas suas armadilhas de amor, naquele amor
a sua maneira, perdendo o meu tempo a noite inteira, não mandarei cinzas de rosas, nem penso em contar os nossos segredos... ( A sua maneira – capital inicial) – Ele terminou e eu senti seus olhos em mim e minhas bochechas queimaram – Você fparece até inofensiva quando fica vermelhinha! Então quer dizer que você gosta de barão vermelho? Cada vez mais me surpreendendo! – Eu revirei os olhos –

– E você nunca me surpreendendo! Gosto e não entendo essa coisa de surpreendendo, porque eu não podia gostar ein? Deixa de ser preconceituoso! – Ele bufou –

– Tú eres chica imposible! Cuál es su problema? Dime lo que hice! – Ele falou irritado –

– O que? – Perguntei confusa –

– Vê se me erra, chica! – Ele falou irritado e começou a tocar –

Ele começou a tocar umas musicas que eu não conhecia, pelo ritmo parecia ser da Espanha.

– Porque você veio morar em NY, logo você, que nunca teve um lugar fixo, morou em quase todo o mundo. – Ele arqueou a sobrancelha – O que? Eu fiz a minha lição de casa?

– Lição de casa é? – Ele gargalhou e colocou o violão de lado e virou para mim – Eu decidi ficar em NY porque minha mãe está se recuperando de um câncer e o médico que cuida dela mora em NY, então eu resolvi ficar, passar um tempo com ela, com meu pai.

– Eu... – Ele me interrompeu –

–E você porque foi embora desse paraíso? – Ele sorriu –

– Eu...é, é uma longa história! – Levantei – Eu preciso sair daqui! – Disse andando de um lado para o outro –

– Porque está fugindo patricinha? – Ele perguntou levantando –

– Eu não estou fugindo querido, eu nunca fujo! – Disse revirando os olhos e indo em direção ao quarto – Ah... – Me virei e dei de cara com o Che do Paraguai –

– Não foge é? – Ele disse sorrindo e se aproximando e eu fui andando para trás – Eu não tenho tanta certeza disso. – Eu bati na porta e ele colocou uma mão de cada lado me prendendo e eu me mexi –

Ele sorriu e eu senti minha respiração vacilar, meu coração acelerou e minhas pernas ficaram bambas. Ele encostou nossos lábios delicadamente como se esperasse que eu fosse me afastar ou coisa do tipo, eu queria e eu não me afastei, a boca do guerrilheiro se encaixava na minha de uma forma perfeita, o beijo era gentil, carinhoso, mas ao mesmo tempo malicioso. Eu coloquei minhas mãos os seus cabelos instantaneamente, eu queria mais proximidade, um de seus braços me apertava forte a cintura o que fez com que as borboletas que viviam no meu estomago que há muito tempo haviam morrido darem sinal de vida e sua outra mão afagava o meu cabelo de forma carinhosa.

Quando me separei do Miguel seus olhos estavam escuros de desejo, ele sorria e afagava a minha bochecha. Sorri. Eu não ia fugir, pelo menos não hoje, não agora. Seus lábios tomaram os meus novamente e dessa vez de forma mais intensa, desesperada e urgente. Nossas línguas travavam uma batalha cruel. Eu me senti em casa nos seus braços, protegida e tranquila, puxei forte os seus cabelos o que o fez soltar um gemido baixo. Ele nos separou e encostou sua testa na minha e eu fechei meus olhos.

– Nós temos que dar um jeito de sair daqui pra eu matar aquela anã de jardim! – Falei atropelando as palavras –

– Só hoje patricinha, fica quieta! – Ele disse tocando com seu polegar os meus lábios –

– Olha aqui, eu poderia ficar quieta se você parasse de me provocar toda hora cara! – Disse revirando os olhos e ele riu. Um barulho estrondoso veio de dentro do quarto e nós nos separamos –

Corremos para dentro e Robert estava caído no chão, Luna o olhava com raiva e Ian e Lennon segurava o riso.

– Deixa de ser lesado Rob, não podemos chamar atenção! – Luna sussurrou e deu um tapinha na sua cabeça –

– É, mas já chamaram hermana. – O guerrilheiro disse sério –

– O que vocês pretendiam com essa ideia ridícula?! Porra vocês tem que parar com essa ideia ridícula de... – Falei um pouco alta e senti alguém tapar minha boca e assim que eu fui reclamar vi Jullian nos observando da porta do quarto e o guerrilheiro o olhando. –

– O que tu queres aqui? – Ele perguntou frio –

– Eu? – Jullian sorriu e senti Lennon e Rob virem para perto de mim. Se eu continuasse assim esse desgraçado vai pensar que eu, linda e maravilhosa, tenho medo dele. Mas Valentina Cooper não tem medo de nada. – Eu vim falar com a minha amiga, não é princesa Valente?

– Por mais que eu ache esse apelido muito adequado a minha pessoa, para você é Valentina, Jullian. – Disse dando passos em sua direção, mas parei quando o Che falsificado me puxou – O que quer comigo?

– Só quero conversar, relembrar o passado. – Ele sorriu sínico e se aproximou de mim – Você gostava lembra? Nós...

– Vá embora. – Ouvi o guerrilheiro falar –

– Hoje a noite, você sabe onde me encontrar. – Ele sussurrou no meu ouvido - Acho melhor você ir ou coisas ruins vão acontecer Valentina. – Eu fiquei estática, segurava a todo custo as lagrimas que teimavam em encher meus olhos. –

Jullian saiu do quarto e senti braços me envolvendo, olhei para o lado e ele ainda olhava para onde Jullian estava.

– Quem é? – Ele perguntou –

– Só um ex-namorado maluco! – Disse tentando me recuperar – Agora já podem sair e me deixar em paz! – Todos começaram a sair e eu bati a porta –

Era só o que me faltava mesmo, quem ele pensa que é? Arg.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, BANDIDO! – Gritei só e alguém bateu na porta, abri e vi um guerrilheiro com uma expressão confusa –

– Esse é o meu quarto, patricinha!

– Eu to sem a chave do meu, então eu fico com esse! – Disse revirando os olhos –

– Tudo bem, eu faço esse sacrifício, divido o quarto com você. – Ele é idiota ou que? Ele se jogou na cama e ligou a TV –

– O que foi? – Ele perguntou me olhando – Vai ficar parada ai? Pode continuar o ataque de histeria. – Ele sorriu –

– AAAH!- Gritei – Qual é o seu problema?

– Quer saber? É você! – Ele levantou – Eu tentei, mas você é mimada de mais, chata de mais, fresca de mais, bipolar de mais e teimosa de mais! Eu juro que eu tentei, mas você não da abertura! Você conseguiu o que queria, aproveite a solidão!

Eu fiquei paralisada, eu não queria ficar só, mas também não estava preparada emocionalmente pra me envolver com alguém que tem tanto poder sobre mim. Chata? Mimada? Fresca? Ai eu não posso negar, talvez eu seja mesmo.

– Espera. – Disse baixo – Fica, pode ficar.

–Você vai se controlar? – Como é que é? –

– Olha aqui... – Eu comecei e ele arqueou a sobrancelha – Vou.

– Otimo. – Ele disse se levantando e me puxando até a cama – Agora fica quietinha.

– Tá pensando que eu sou o que? Uma cadela adestrada? – Ele apenas revirou os olhos e voltou a assistir um jogo de volei –

Eu tentei assistir com ele, mas o sono não deixou.


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Notas finais do capítulo

Reviews??