Li metade do livro dentro do táxi que eu havia pego para ir para casa. Não era o caminho que era muito longo, era o livro que era muito curto. 

Só 100 páginas. PLEASE BITCH. 

Desisti de ler o conteúdo, porque aquilo já estava me dando uma tonteira. 

-Sr, você poderia ligar o rádio? Por Favor? - Pedi, me limitando apenas a me inclinar no espaço que havia entre o banco dele, e o do carona. 

O mal educado só fez um "hmm" e apertou o botãzinho, ligando então o rádio. Mal me apoiei no banco acolchado e logo uma, na verdade um número de vozes melodiosas invadiram o espaço do táxi, e meus ouvidos.

Baby you light up my world like nobody else. 

The way that you flip your hair gets me overwhelmed.

But when you smile at the ground, it ain't to tell. 

You don't know Oh oh.

YOU DON'T KNOW YOU'RE BE-

-Esses merdas de novo - o taxista interrompeu a música desligando o rádio. 

Tenho que admitir, minha vontade naquele momento era de socar a cara daquele homem. Quem ele achava que era? 

Era muito rude por sinal. Enfim, fui o resto do caminho imaginando os possíveis xingamentos que eu diria se ele desse mais um ataque de falta de educação. 

Assim que ele me deixou em casa fiz questão, meio idiota, eu sei, mas fiz questão de esperar meus 5 cents de troco. Eu sei. Tosco. 

Me arrastei até a porta de minha casa, e me joguei no sofá logo que entrei. 

Minha vontade era de dormir, mas uma coisa, na verdade cinco, não me deixavam. QUEM ERAM AQUELES DO RÁDIO? QUE MÚSICA ERA AQUELA?

Meus pensamentos me levaram a ficar estirada no sofá por aproximadamente 2 horas. Até que alguém apertou a campainha. 

OHH, PREGUIÇA DO CAPETA. 

-NÃO TEM PÃO DURO!!! - Gritei.

Continuavam a aperta-la.

-Merda - me levantei, e  graças a minha preguiça usei minhas meias como pano de chão - JÁ VOU!!!!

Abri a porta e logo dei de cara com 4 carinhas. Que por sinal, não eram de se jogar fora. 

Um tinha pele meio morena/branca, do tipo que você nunca sabe qual é a verdadeira cor de pele (ALOO RITA ORA!HAHAHAH) mas tinha os olhos meio Sheik Árabe.

O outro tinha os cabelos beeem curtos, quase careca, só que não. Um sorriso tímido e desesperado emanava em seu rosto. 

O terceiro era quase um boneco, tamanha a perfeição, o cabelo deixava bem claro que era pintado. O porque? Quase a metade dele estava marrom, quase preto. 

O quarto tinha um sorriso simpático, e vestia umas calças estilosas. Adimito que cheguei a pensar que ele era gay. 

Ah, esqueci de avisar. Tinha um quinto, e ele tava caido no chão do meu jardim. PERA AEW. Por que tem um carinha caído no meu jardim? 

-Posso ajuda-los? - perguntei tentando ser o mais educada o possível.

-Oi, sou Louis, Louis Tomm- Pff, você já deve saber. 

-Saber o que? - Eu hein, que cara convencido. 

Logo que eu perguntei isso eles se encararam, como se dissessem um ao outro: PelamordeDeus, mãe dessa garota, abra as pernas, porque ela tá voltando

-EI, vocês vieram pedir doce? EU NÃO TENHO - peguei a vassoura que se encontrava do lado da minha porta, pronta para bater neles. - E LEVEM O MENDIGO COM VOCÊS.

Apontei pro caído no jardim. 

Quando ameacei fechar a porta, um deles parou, era o Are baba. 

-Por favor, precisamos de sua ajuda. - pediu. 

-Com o que? - apoiei a vassoura na parede. 

-Nosso amigo ali - o tímido apontou para o mendigo - ele bateu a cara em uma dessas placas de vende-se. E a do caso, foi a do seu vizinho. 

-Tragam ele pra dentro - falei sem pensar.

Eu sei, eu sei. Vocês devem estar tipo: Liz, você é algum tipo de retardada que deixa quatro estranhos e um mendigo entrar na sua casa? Sou sim. Me desculpem. 

Quase me arrependi e fechei a porta, mas fiquei com vergonha e dó.

Logo eles apareceram, carregando o mendingo, E QUE MENDINGO. 

Ele tinha cabelos lambidos e ao mesmo tempo cacheados, sua roupa era boa, mas estava meio suja, e ele tinha um pequeno roxo na testa. 

-Deitem ele no sofa. - falei e eles o colocaram lá. 

Fechei a porta. 

-Hmmm - tentei dar uma de esperta - vou pegar uma bolsa de gelo. 

-Ok. Obrigado - o louro falso falou.

Entrei na cozinha, peguei o gelo e o coloquei na pequena "bolsa" e voltei para sala , o depositando na cabeça do príncipe dos mendingos. 

-Vocês querem alguma coisa? Agua, agua gelada, da torneira, e quente. É só escolher. - brinquei. 

Eles sorriram. 

-Prazer, sou Zayn Malik - o Are Baba se apresentou. 

-Sou Niall Horan - disse o oxigenado. 

-Louis Tomlinson, Loui pra ti. - ri. 

-Liam Payne.  - o mais tímido apertou minha mão.

-Bom, vou buscar chá gelado pra vocês. Fiquem á vontade, liguem a TV. Just Chill. 

Quando entrei na cozinha, respirou fundo tentando me controlar. QUE DEUSES ERAM AQUELES. U LA LA, ME INVEJEM POR FAVOR. 

Peguei cinco copos, e os levei pra sala junto com a garrafa pra sala. Podem me chamar de malabarista. Haha. 

Quando entrei na sala, TCHARAAN, o mendingo tava acordado. De pé, e conversando com os garotos. 

-Hmm, oi. Aqui está o chá de vocês. - olhei pro mendingo. - Bem, não fomos apresentados. Prazer, Liz. 

-Sou Harry, Harry Styles - o mendingo sorriu, e mesmo que eu esteja falando sobre sorrisos, o que nos leva a dentes, não posso deixar de falar dos olhos dele. Eram verdes, muito bonitos. 

-Ér, bem, o quinto copo era meu, mas você pode ficar com ele. - sorri e coloquei os copos na mesa de centro. 

Ficamos conversando por um tempo, e tenho que admitir, eles são bem legais, exceto pelo fato de que ficavam meio que se controlando, sempre algum deles se soltava um pouco mais e quando percebia isso, parava de falar imediatamente.

-Bom, temos que ir. - Louis, eu acho, não memorizei os nomes , se levantou junto com os caras.

-Ahh, Ok. - Não posso negar, estava decepcionada. Eu não era de ter muitos amigos, e quando consigo, nem sei onde moram. BAM! - Foi um prazer conhecer vocês. 

-Foi mais que um prazer conhecer você - Zayn sorriu  - temos que trocar contatos. 

-Com certeza - Niall completou.

Trocamos números, e eles logo foram embora. Reparei que havia uma mancha marrom na bunda de harry. OHHH. NÃO. Ele havia desmaiado em cima dos restos do Sr. Almofadinhas (sim, de Harry Potter). 

Pensei em gritar, mas era tarde demais, eles já tinha virado a esquina, e um grupo de garotas retardadas passaram em frente minha casa, correndo atrás de algo que eu desconhecia. Enfim.

Lavei os copos e subi pro meu quarto. Fiz a maldita tarefa de casa e pintei as unhas do pé. Pelo menos pra dar uma disfarçada na feiura. Hahahah.

Eu estava me preparando pra entrar no banho quando ouvi minha mãe gritar lá de baixo:

-ELIZABETH, QUE MANCHA MARROM FEDIDA É ESSA NO MEU SOFÁ???

Dei uma risada baixa comigo mesma e entrei logo no banheiro.