A Fúria dos Etruscos (Percy Jackson Universe) escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 8
Capítulo 8




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Hunter, Paul, Neko, Rina, Dippie e Robbie chegaram ao casarão. Um homem de meia-idade, barbudo, usando um paletó verde, uma camiseta marrom e calça cáqui, estava sentado em uma cadeira de rodas, em frente a uma mesa na varanda. Parecia estar esperando por eles.

— Mestre Quíron, chegamos – anunciou Hunter ao homem.

Ele se voltou para os meninos, como que para avaliá-los.

— Sim. Bem-vindos ao Acampamento Meio-Sangue – saudou o homem chamado Quíron. – E Matt, sem esse “mestre” da próxima vez.

— Como quiser, senhor – Hunter se curvou perante o homem, com um ar de riso.

— Espere. – Paul tomou a frente e andou até ficar cara a cara com Quíron. – VOCÊ é Quíron?? O Quíron dos mitos? O treinador de heróis?

O velho sorriu.

— Ele mesmo.

— Nossa! – exclamou Paul. – Mas então... você é um centauro. O que está fazendo numa cadeira de rodas?

Quíron sorriu mais uma vez, como se fosse a deixa que estivesse esperando.

Ele se levantou aos poucos de sua cadeira de rodas – mas não como um homem normal teria feito. As pernas que apareciam sobre sua cadeira revelaram-se postiças – seu tronco se elevou e suas pernas verdadeiras se revelaram: um par de pernas dianteiras robustas de cavalo. Em seguida, o torso de cavalo saiu de dentro de seu compartimento na cadeira, acompanhado das pernas traseiras de equino. O compartimento da cadeira de rodas se fechou, guardando as pernas postiças.

— Assim está melhor? – perguntou Quíron, olhando para Paul e seus amigos.

O menino estava boquiaberto. Seus amigos também estavam bastante surpresos, enquanto Hunter ria levemente.

— Permaneço parte do tempo na cadeira de rodas, principalmente quando vou ao mundo dos mortais, para não chamar atenção – declarou o instrutor de heróis. – Imagino que Hunter esteja prestes a apresentá-los ao acampamento... Logo, logo, devem ser reconhecidos, agora que chegaram ao acampamento. É estranho que tenham demorado tanto para ser reconhecidos ou encontrados por monstros. Você me disse que eles têm 16 anos, não é, Matt?

— Sim, senhor. Exceto o Robbie, que é um ano mais novo.

— Com licença, mas como um de nós é reconhecido? – quis saber Neko.

— Ah, bom, geralmente... – começou Quíron, mas se interrompeu abruptamente, olhando para Dippie.

Todos olharam para a menina. Um feixe de luz brilhava acima da cabeça dela. Nele, surgiu um símbolo: uma lira cujas cordas pareciam raios de sol.

— Geralmente assim— disse Quíron, recuperando a voz e encarando Dippie. – Um de vós acaba de ser reconhecido.

Dippie olhou espantada para o símbolo, que rapidamente se apagou.

— Eu...?

— Sim – disse Quíron. – Dippie Montblanc, filha de Apolo, patrono da poesia, da música, da medicina, da profecia e senhor do sol.

Quíron se curvou ante a garota, e foi imitado por Matt, que orientou os novos meio-sangues a fazer o mesmo.

— Uau – exclamou Dippie, depois que todos se levantaram. – Meu pai é Apolo... Como ele é? Quando posso conhecê-lo?

A expressão de Quíron assumiu um semblante sombrio.

— Essa é a parte complicada. Geralmente, mesmo nos tempos de paz, os deuses dificilmente se mostram para seus filhos. Agora, quando estamos em meio a uma guerra contra os Gigantes, e os deuses estão sofrendo transtornos de bipolaridade com suas contrapartes romanas. Felizmente, Apolo não é muito diferente de seu lado romano, Febo, e isso faz com que ele seja um dos deuses menos afetados por esse mal que tomou conta dos olimpianos. Os romanos, na maioria dos casos, chegam a chamá-lo de Apolo mesmo. Eles também possuem um acampamento para semideuses, embora não seja um local muito receptivo e amigável como o nosso acampamento. Então, receio que seja muito difícil que Dippie, ou qualquer um de vocês, possa ter contato com seus pais divinos em breve.

Os garotos ficaram tristes.

— Isso é injusto – disse Neko. – Nós crescemos achando que tínhamos perdido um de nossos pais. Aí descobrimos que eles estão vivos e são deuses do Olimpo, mas que não podemos conhecê-los por que eles sofrem de transtorno bipolar porque não sabem se são gregos ou romanos....

Um trovão soou acima deles.

— Neko – disse Hunter. – Eu falaria com mais cuidado dos olimpianos, se fosse você.

— Hunter está certo – concordou Quíron. – Mais respeito ao falar dos olimpianos, mocinha, mesmo na condição em que eles se encontram. Se servir de consolo a vocês, posso lhes dizer que conto nos dedos o número de semideuses que atualmente residem no acampamento que já tiveram algum contato com seus pais divinos. A maioria vive em missões, sobretudo àqueles que estão lá fora enfrentando os gigantes.

Matt pigarreou, como se quisesse alertar Quíron de alguma coisa no que ele havia acabado de dizer. O centauro olhou rapidamente para o sátiro, e assentiu como se entendesse a mensagem. Nenhum dos garotos compreendeu o que os dois queriam dizer com isso.

— Seja como for – prosseguiu Quíron -, não é comum os deuses entrarem em contato com seus filhos humanos. E logo o restante de vocês vai ser reconhecido, e hoje mesmo serão integrados ao acampamento. Hunter, leve Dippie ao chalé de Apolo, e fique orientando os outros jovens enquanto esperamos eles serem reconhecidos. No mais tardar, até a hora da fogueira, todos eles terão sido reconhecidos.

Hunter fez uma leve saudação, curvando-se para Quíron, e disse para os garotos se encaminharem para fora da Casa Grande. Antes de eles partirem, Quíron segurou o sátiro pelo braço.

— Lembre-se, Matt – disse o centauro em voz baixa, para que só o guardião o ouvisse. – Eles podem ter muita serventia para o acampamento. Há uma profecia sobre eles, também. Não perca-os de vista.

O sátiro deu uma leve piscadela para Quíron, e foi conduzir os novos meio-sangues pelo acampamento.


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