(...)

Ela abaixou a cabeça e o beijou no ombro. Sorridente e sem mais falta de ar voltou ao seu lugar com uma cara de vitoriosa.

– O que? – Disse Malfoy não entendendo muito bem.

– Você disse para beijá-lo, não especificou aonde. – Eu e todos (exceto Malfoy) ríamos.

– E por que no ombro? – Ele perguntou.

– E eu lá iria lhe dar um no rosto? Até na bochecha é nojento. O ombro me parece menos... Menos Malfoy, então pronto. Posso girar agora? – Ela disse enquanto ele se levantava e ela o olhava com um ar de diversão – Vai, encoste só um dedo em mim. Vai ser divertido ver você morrer. – Não sabia que Gina odiava tanto assim Malfoy... Até agora. Ela chegava a algo perto do quanto eu sentia por ele. Isso era extremamente bom. Vendo que ele se sentou ela girou a caneta e bateu em... Rony. Ele ficou vermelho de raiva na hora que se tocou que seria a próxima vitima.

– Consequência – Ele disse emburrado.

– Sua consequência é nos contar com quem e COMO foi o SEU primeiro beijo. Talvez assim você e Hermione fiquem quites.

– Outra... Não pode ser outra coisa? – Ele parecia nervoso... Mas fora com Lilá, não foi? Pelo menos era o que eu pensava.

– Não. Desembucha.

– Foi... – Ele estava olhando para Hermione e para o chão. Hermione e chão. Hermione e chão novamente... Toda hora... A resposta não seria boa – Foi com madame Rosmerta. Não foi bem um beijo... Um dia, no meu segundo ano de Hogwarts ela estava aqui na escola. Eu já a conhecia por que ela já fora a uma festa na qual eu e minha família estava... Então, ela foi me dar um beijo na bochecha quando me reconheceu... Só que errou. – Rony estava prestes a se enforcar e ninguém ouvira o que ele disse depois da “Madame Rosmerta”, pois estávamos gargalhando alto demais. Exceto ele, e claro: Hermione e Lilá.

– Eu pensei que foi comigo. – Lilá disse triste enquanto parávamos de rir.

– Er... Bem... – Disse Rony

– Cale a boca, garota. – Nunca vira Hermione assim, mas ao olha-la parecia que ela podia matar alguém só com o olhar.

– Cale a boca voc... – Disse Lilá olhando para ela com o mesmo olhar.

– Da pra parar? – Rony disse olhando pras duas.

– Você não manda em mim. Mas talvez mande na Madame Rosmerta. Vá lá vê-la, vai. – Ela disse emburrada.

– Talvez, se desse para sair dessa sala. – Ele disse e tenho certeza que se arrependeu no minuto em que terminou a frase.

– Ótimo – Hermione disse saindo de perto dele e ficando o mais longe possível. Rony a olhava confuso. Eu também estava, na verdade. Ele girou a caneta e bateu em Hermione.

– O que você sente por Malfoy e o que sente por mim? – Ele perguntou rouco. Ele e Malfoy olhavam para Hermione com curiosidade. Ela abaixara a cabeça.

– Eu não quero falar. Estou com raiva de você. – Ela disse irritada

– Ui. – Disse Malfoy rindo.

– E de você também – Ela respondeu, o calando.

– Responde logo, Mione – Disse Gina

– Tudo bem... A resposta é que... Eu não sei. Quer dizer, não direito. – Nós a observamos. Ela estava com a respiração ótima. Não estava mentindo. – O que eu sinto por Dra... Malfoy... – Ela estava vermelha agora. – É confuso, mas não é igual ao que eu sinto pelo Ron. Pelo Ron é diferente... É... É... É isso. – Ela agora ficara sem ar – Ok... É amor. Ron é o meu melhor amigo, acima de tudo. – Ela disse enquanto olhava para o chão e todos nós olhávamos para o Malfoy. Malfoy parecia ter levado outro tapa na cara.

– Você... – Disse Ron lentamente – Disse que me ama? – Ele perguntou. Nunca vi cara mais lerdo.

– Sim.

– Eu também amo você. – Ele disse olhando para ela, ambos sorriram e se abraçaram. Era incrível a capacidade deles de brigarem e voltar a ficar tudo bem tão rápido.

– Ai que lindo. – Disse Lilá com ironia. Sua cara estava igual à de Malfoy – Da pra girar a porra da caneta? – Olhamos todos para ela, nunca vira a garota falar palavrão.

Ela girou. Parou em mim.

– Consequência. - Disse.

– Sua consequência é me dizer qual o pior mico que você já passou? – Que ótima pergunta. Pensei um pouco... A questão é que eu me considerava o rei dos micos, mas não me lembrava de nenhum... Bem, lembrei-me de um, de quando tinha sete anos. Fora tudo armação de Duda, mas resolvi que esse eu não iria contar...

– Ham... Uma vez que eu transformei minha tia em um balão... Foi bem ruim, sabe. – Menti. Comecei a sentir uma falta de ar, eu estava sendo enforcado e a única saída era falar a verdade. – Ok, Ok! – Eu disse enquanto a falta de ar parava um pouco – Eu tinha sete anos. Duda, meu primo me maquiou enquanto eu dormia. Era um batom vermelho ridículo, blush, e uma sombra verde horrível que ia até a minha sobrancelha. Naquele dia eu estranhei por que faltavam tantos espelhos pela casa. Logo depois descobri que foi por que ele escondera (até que para o Duda, ele pensou em alguma coisa) e fui para a escola daquele jeito. – Todos riam menos Hermione. Ela era a única que tinha coração. Lembrei-me daquele dia, foi com certeza a maior vergonha da minha vida. Mas eu me vinguei no outro dia de Duda, claro que sem querer, pois ainda não conhecia a magia... Mas digamos que o Hagrid não foi o primeiro a criar um rabo de porco nele. Girei a caneta e ela bateu em Lilá, de novo.

– Consequência – Ela disse

– Qual o momento em que mais sentiu ódio na sua vida? – Perguntei.

– Quando vi Rony sussurrando o nome da Hermione no hospital – Ela disse baixinho. Não ficou enforcada, então... Era verdade.

– O que, quando isso aconteceu? – Esqueci que Rony não sabia disso.

– Bem, depois eu conto – Disse Hermione para ele. Lilá girou a caneta e bateu em Rony. Ela sorriu de forma meio cruel e Rony engoliu em seco.

– Verd... Con... Consequência- Ele disse com medo.

– Finalmente! Terá de me beijar. E dessa vez, não da forma como Malfoy pediu, não quero no ombro. Quero na boca. Ok, Ron Ron?

E.S