The Game escrita por eduarda, DramioneFanClub


Capítulo 14
(14) You and I


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo está a coisa mais fofa do mundo. Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/266234/chapter/14

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Não me pergunte como, mas, quando eu já estava quase caindo no chão ele me segurou e me deitou no chão com cuidado, ficando a cima de mim. A luz da lua permitia que eu visse o seu rosto por completo e admirasse a sua beleza. Sempre o achei lindo, mas por que nunca admitia isso? Por que sempre tivemos que brigar por coisas banais? Por um momento esqueci-me de Ronald. Para ser sincera, esqueci-me de tudo, de todo o mundo. Só existia eu e ele naquele momento, juntos como um só. Malfoy parecia estar pensando a mesma coisa. Ele apoiava uma mão na grama ao meu lado e com a outra tocou a minha bochecha. Fechei os olhos com o seu toque. Sua boca estava a cada segundo mais próxima da minha e, naquele momento, a coisa que eu mais queria era que elas se tocassem.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

- Desculpe – Malfoy sussurrou no mesmo segundo em que estávamos prestes a nos beijar – Me desculpe, Granger. Por tudo. – Ele sussurrou.

Malfoy pedia o meu perdão por tudo que ele já fez por mim ao mesmo tempo em que sua boca estava quase colada na minha, ao mesmo tempo em que o seu corpo estava à cima do meu e ao mesmo momento em que ele estava sem camisa. Que pessoa em sã consciência não aceitaria o seu perdão tão fácil assim? Hermione Granger.

- Sobre o que, exatamente? – Perguntei me fazendo de difícil.

Ele se levantou de cima de mim com cuidado e se deitou do meu lado na grama. Olhei para ele, ele olhava para as estrelas e parecia pensar e estar em um lugar distante. Fiz o mesmo.

- Sabe, por tudo. Sou uma pessoa digamos que um pouco ruim, você sabe. Não quero que você pense que eu estou procurando motivos para justificar o porquê de eu ser assim, mas, você e nem ninguém viu a forma como eu cresci e com quais pessoas eu sempre fui obrigado a conviver. Eu posso contar a você, se você quiser ouvir. – Ele disse parando de olhar para o céu e me olhando com ternura.

- Conte-me então. – Eu disse e ele voltou a olhar para as estrelas.

- Certo, já te falei que nasci com sete meses e não nove? Claro que não, mas enfim. Minha mãe estava discutindo com o meu pai, uma briga horrível e, bem, até onde eu sei, ele jogou um feitiço na minha mãe que fez com que o lustre caísse em cima dela, mais especificamente nas pernas e na barriga. Foi um milagre eu ter nascido, mesmo que sendo de cesárea. Eu tive diversos tipos de problemas, minha mãe nunca me disse quais foram, mas eu fiquei internado no hospital em uma espécie de coma até os quatro anos. Minha mãe e meu pai achavam que tinham me perdido para sempre e então ela tentou engravidar inúmeras vezes durante o tempo que fiquei internado. Não me lembro deles me visitando, mas eles afirmam que iam. Quando tive alta era tudo muito estranho, eles eram estranhos. De certa forma, ter crescido no meio de todos aqueles médicos e equipamentos fez com que aquele fosse o meu lugar, mas já era hora de eu ter uma família. Mas eu nunca consegui ter uma família. Durante o resto de tempo eu só ficava com o meu pai nos dias de sábado. Ele me mostrava feitiços de magia negra e falava que eu faria aquilo melhor do que ele quando eu crescesse. Minha mãe o apoiava. Dias de domingo era o dia do “Jantar Malfoy” –ele parou e deu um sorriso com a lembrança- era quase como o dia “primeiro de abril”, porém ele existia toda semana. Todos os amigos ricos e de sucesso dos meus pais se reuniam em casa, eu usava um smoking e todos sorriam o tempo inteiro. Fiz algumas amizades com pessoas que, como meus pais, acreditavam que a fama e a riqueza estavam à cima de tudo. Logo passei a pensar assim também. Ou a achar que pensava. Vim para Hogwarts, onde reencontrei todas essas pessoas. Você ficaria surpresa de saber que muitos estão na Grifinória e não na Sonserina. Porém, naquele dia, conheci Potter. Ele me irritou profundamente, demorei anos para entender o motivo, mas agora entendo.

- Qual o motivo? – minha voz saiu como um sussurro

- Ele teve tudo para dar errado, ele teve uma vida solitária. De certa forma, ele teve uma vida igual a minha em diversos aspectos, mas ele sempre procurou ajudar as pessoas. Ele sempre foi exatamente o oposto pelo motivo no qual eu fui criado. Um dia antes de eu vir para Hogwarts meu pai fez com que eu fizesse uma promessa, uma promessa de que eu iria honrar o nome dele nessa escola. E foi isso que eu sempre tentei ser. Uma versão mais nova dele. Não me leve a mal, mas ele era o meu pai e tudo o que ele fazia era o certo, pelo menos na minha cabeça.Potter nem um pai teve, mas, mesmo assim, procurou sempre fazer o bem aos outros. Uma parte de mim queria ser como ele, mas, outra parte me lembrava o tempo inteiro que se eu quebrasse o juramento do meu pai eu estaria totalmente sozinho. Minha família e meus amigos se virariam contra mim. Mas, o que eu nunca pensei foi que eu fui sozinho a minha vida inteira, e continuo sendo. Sozinho e perdido. Mas as duas coisas desaparecem quando eu estou com uma pessoa.

- Quem? – Sussurrei.

- Você– Ele sorriu e me olhou – Quem mais poderia ser?

Corei.

- Qualquer menina, afinal, você já teve casos com a maioria. – Eu disse, provocando-o e fingido que não liguei para a sua resposta.

- E se eu disse-se que eu só quero ter um caso com uma?

Corei mais um pouco, mas fingi não ligar para a sua resposta novamente.

- Eu te desculpo. – Sussurrei – Porém...

- Lá vem...

- Você também vai se desculpar com Ronald e Harry?

- É claro que não – Ele disse rindo. Sempre Malfoy.

- Mas Malfoy! Quer dizer que você vai continuar sendo assim com eles mesmo depois de ter me contado tudo isso?

- É claro.

Eu soltei uma risada e ele pareceu sorrir ao ouvi-la.  

- Eu sinto muito – Eu disse – De verdade.

Ele deu um sorriso e continuamos a olhar as estrelas.

- Quando isso começou? – Perguntei o olhando.

- Como assim?

- Você, paquerando a nerd de Hogwarts.

Ele pareceu pensar.

- Definitivamente depois daquele murro que você me deu quando éramos menores. – Ele disse e tocou a bochecha direita – Ainda dói – ele disse fazendo drama.

- Foi na esquerda.

- Orás, então você lembra? – Ele disse rindo e me olhando com curiosidade.

- Tenho uma memória boa. Mas... Como assim você se apaixonou por mim depois de um murro?

- Eu jurava que você iria me beijar, com toda aquela sua fúria. Você me deixou louco, Granger. – Ele disse e eu ri.

- É claro que eu não iria fazer isso.

- Mas faria agora? – Ele perguntou arqueando uma sobrancelha.

- Não.

- Então é melhor correr.

- Como assim? – Eu perguntei e logo vi que ele vinha para cima de mim. Tentei me levantar e corri. Logo mais percebi que não iria conseguir ir tão longe graças a minha perna e –para completar- Malfoy ficou com a lanterna. Estava tudo escuro agora. –Malfoy? – gritei em vão.

- Bu – ouvi alguém falar enquanto me abraçava pelas costas – Te assustei? – Ele perguntou e eu ri – Escute, você não pode ficar em pé. – Ele disse enquanto me pegava no colo.

- Não, me coloque no chão! – Eu gritava enquanto ria e, com cuidado, ele me colocou.

Malfoy ficou por cima de mim, assim como tinha feito antes. Tocou a minha bochecha e dessa vez não interrompeu. Seus lábios tocaram os meus com tamanha suavidade que eu poderia jurar que não estava mais nesse mundo. Senti meu corpo inteiro se arrepiar e o puxei para mais perto de mim. Sua mão acariciava a minha nuca com delicadeza e ternura. O beijo só acabou quando faltou ar para nós dois.

- Como nos velhos tempos... – Ele sussurrou.

Acabamos dormindo ali mesmo, abraçados e juntos como um só.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se eu fosse vocês eu deixaria uma recomendação pra essa Zombie, pq sério, que capitulo hein!!!