A day before tomorrow escrita por Gabrielle Reis


Capítulo 16
A Casa do Lago


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo é dedicado a Biscoita K e a Lay, obrigado pelo incentivo meus amores... O próximo será dedicado as minhas maravilhosas leitoras.
Trilha sonora do capítulo 16: Wherever you will go - The Calling.
http://www.youtube.com/watch?v=ZIATtk-w-hw



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Não sei se deveria. Não podia negar que queria e queria muito. Tudo era tão irreal, que já começava a duvidar da realidade, não sabia o que fazer, estava confusa e de repente, escolher não me parecia uma boa ideia. Me acostumara com Ben, com seu perfume e sua delicadeza, certamente um cavalheiro. E Tom... Estar com ele, fazia-me esquecer da dor, era como se, o mundo parasse e houvesse apenas nós dois. Em alguns momentos tentava decifrar o enigma da vida, milhões de garotas sonham todos os dias para que esse momento aconteça em suas vidas, então, por que eu? Não sou merecedora de nada... Mas este era o momento, e se tudo realmente fosse um sonho? Bem, teria que aproveitá-lo o máximo, certo?!

O som da campainha assustou-me, girei a maçaneta quase perdendo o fôlego com seu sorriso. Tom tinha em suas mãos um buquê de catléias, o perfume embriagante fez-me sentir nauseada, sua mão tocou a minha suavemente, conduzindo-me até seu carro. Meu coração batia rapidamente, tão alto, que temia que escutasse, minha respiração estava irregular, seus olhos me analisavam a cada instante procurando por qualquer esboço de reação. O silêncio se permaneceu até chegarmos ao lugar predestinado.

- Estou prestes lhe fazer uma surpresa. No entanto, não sei se irá agradá-la. - Suas mãos apertaram o volante, algumas gotículas pequeninas de suor brotavam em sua testa, e ainda assim, continuara atraente para mim. - Você é a primeira garota que trago aqui, e não sei ainda ao certo o porquê. Apenas sinto que deveria. - Digeria aquelas palavras com cautela, meu estômago se revirava cruelmente, sempre que estava ao seu lado, parecia voltar ao tempo. Era como se, o buraco que desolava meu coração estivesse quase tampado. Meus olhos exploravam cada centímetro de seu corpo, concluindo uma profunda pesquisa.

O carro parou em uma espécie de lago, nunca havia percebido, o céu guardava estrelas ilimitadamente, havia uma mesa de jantar que surpreendentemente era iluminada com velas, envolta três homens se posicionavam prontamente com violinos em sua mãos. Não muito longe, havia uma casa, não parecia ser grande, contudo aconchegante. Mordi o lábio inferior, sentindo meus olhos lentamente lacrimejarem. - É lindo não é? - O som musical dos instrumentos era angelical. - É meu lugar preferido, mas quando você trás alguém aqui, deixa de ser seu e passa a ser nosso. - Conforme andávamos, sua mão se entrelaçou a minha, porém desvencilhei-me sorrateiramente.

- Um pouco difícil de acreditar vindo de um galanteador. - Ele parou e se prontificou à minha frente, suas mãos frias seguravam meu rosto e seus olhos me observavam profundamente.

- Sei o que está pensando, as pessoas mudam Marie. E, nunca fui tão sincero quanto agora, pode parecer entranho, mas... Acho que gosto de você. - O jeito que ele dizia meu nome, fazia-me suspirar, prendi a respiração enquanto se aproximava, minha pele esquentava a medida em que a distância entre nós diminuía.

- Tom... - Disse, não demoraria muito para ceder, seu olhar me hipnotizara. Seu dedo indicador tocou meus lábios impedindo que fala-se algo mais, parecia enxergar além de mim, parecia enxergar minha alma. Ele estava tão imóvel que parecia não respirar, minhas pernas vacilaram e seus braços rapidamente estavam envoltos de mim, segurando-me firmemente.

- Fale. - Disse ele, sussurrando. Seu nariz roçava em minha clavícula, distribuindo leves beijos em minha jugular, até alcançar meus lábios que ainda estavam intactos. O que ia falar mesmo?!? Depois de minha quase queda por esquecer de respirar, era impossível raciocinar, eu tinha que agir, não podia transparecer minha indefesa, meu nervosismo, minha submissão. - Tom, eu... - As palavras saíam com dificuldade embaralhadamente, não conseguia, por mais que tentasse não conseguiria, delicadamente seus lábios pressionaram os meus. Não pensara em nada, tudo o que importava estava aqui, ao meu lado, perdi a conta de quantas vezes sonhara com este momento, mas agora parecia tão real, seus lábios macios se encaixavam perfeitamente nos meus, enquanto sua língua massageava a minha de uma forma prazerosa. Poderia ficar assim para sempre. Nos beijamos por um longo tempo, quando finalmente nos encaramos.

- Venha, a noite mal começara. - Andávamos em direção a toda protuberância magnífica, que nos aguardava. Calava qualquer voz em minha mente que ouse-se mandar-me parar. Depois de tanto tempo, sentia-me feliz.  






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Notas finais do capítulo

Casa do Lago ->http://www.google.com.br/imgres?q=fotos+de+paisagens+de+casas+perto+de+lago&start=142&hl=pt-BR&sa=X&sout=0&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=TPQInpThjTdcvM:&imgrefurl=http://www.papeldeparede.flog.br/casa-do-lago/&docid=Ll59aIkJcTOqDM&imgurl=http://www.papeldeparede.flog.br/wp-content/uploads/2012/09/paisagens11.jpg&w=1024&h=768&ei=nhlrUNTRC8iU0QHU6oC4Bw&zoom=1&iact=hc&vpx=836&vpy=88&dur=1920&hovh=194&hovw=258&tx=196&ty=118&sig=118289871137263526401&page=12&tbnh=154&tbnw=175&ndsp=13&ved=1t:429,r:8,s:142,i:194&biw=1137&bih=527