Breathe escrita por Contadora de histórias


Capítulo 2
Chapter one


Notas iniciais do capítulo

Oláá! dedico esse capítulo ás minhas primeiras duas leitoras [omgs eu tnho das leitoras] enjoy *-*



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Mason

No dicionário consta que bullying é um conjunto de maus-tratos, ameaças, coacções ou outros actos de intimidação física ou psicológica exercido de forma continuada sobre uma pessoa considerada mais fraca ou mais vulnerável. Isso, para mim é falta de sexo, se a pessoa não sabe se defender, não pode culpar os outros por tentarem brincar com ela, certo? Errado, segundo meu diretor. Já é a segunda vez na semana que estou na sala dele por causa da demente da Kathryn. A garota é um pesadelo. Só por que não aguenta algumas brincadeiras vai reclamar com os papais e eles vêm falar com o diretor, e sobra tudo para mim, têm pessoas que já nasceram fracas. Kathryn é uma delas. E não posso fazer nada se ela me dá motivos para perturbá-la, mesmo depois de perder os quilos extras que tinha a garota começou a se cortar, suspeito que eu seja o único que sabe disso. Mas como eu disse kathryn é fraca, se não fosse encararia seus problemas e não descontaria nos seus pulsos idiotas. Mas chega de falar dela , sou Mason Rodriguez, tenho 15 anos e isso é tudo que precisa saber sobre mim.

Hoje estávamos esperando na secretaria, pois os pais de Kathryn e os meus estavam tendo uma conversa com o diretor, e os pais dela pareciam bem exaltados. Percebi o olhar dela passear pela sala até pararem em mim, que retribui com um olhar mortal. Ela logo abaixou a cabeça. Percebe o que estou falando? Ela é uma pessoa sem atitude, parece uma mosca-morta, talvez seja por isso que eu a irrite. Sei lá. Vi, depois que todos saíram da sala, que seus pais me fuzilavam com o olhar e os meus me olhavam irritadiços. E mais uma vez vão ser todos contra Mason.

-Eu quero esse garoto fora da escola! - Gritou Ruby Rowan, apontando o dedo para mim.

-Lamento srª Rowan, mas já disse, não posso expulsá-lo. - O diretor explicou pacientemente.

-Então ele vai ficar maltratando minha filha á todo o custo e o senhor não vai poder fazer nada, é isso o que está me dizendo? - Perguntou exasperada.

-Lamento, mas não posso fazer nada além de indicar algum psicólogo.

-Aí, rolha de poço, não sabia que além de açougueira você também era louca, deve ser por isso que corta nos lugares errados. - Disse soltando uma gargalhada cínica.

-Mason! - Gritou meu pai.

-O quê? - Perguntei levantando as mãos, em sinal de rendição.

-Está vendo, é desse tipo de comportamento que estou falando! Assim que o primeiro período acabar vamos pedir transferência. - Esbravejou a mãe de Kathryn.

-Ou talvez vocês devessem pedir. - Completou o pai dela. Assim, os três saíram do local sem esperar por uma resposta.

-Eu sinto muito senhor Coppola, o incidente não irá se repetir. - Garantiu meu pai. Não sei por que eles mentem tão descaradamente, sendo que sabem que vou fazer tudo de volta no dia seguinte.

-Sei. - Respondeu o diretor duramente. - Estão dispensados.

Já estávamos no carro quando minha mãe começou com o sermão:

-Por que você faz isso? O que a pobre  da garota fez para você? Quantas vezes já conversamos sobre isso meu filho?!

-Relaxa mãe, todo esse stress vai te dar rugas. Já estou até começando a ver algumas.

-Aonde foi que eu errei? - Gritou ela, agarrando os cabelos e olhando para o teto. Me limitei a rolar meus olhos, minha mãe faz uma tempestade num copo d'água de vez em quando. Ao chegarmos em casa me tranquei em meu quarto, como de costume. Menos de cinco minutos depois ouvi batidas sincronizadas na porta.

-Sai daqui Olivia! - Gritei com a porta ainda fechada. Minha irmã Olivia é o orgulho da família, só notas exemplares e cheia de bons modos e frescuras. Completamente o oposto de mim. Por mais que briguemos nos ajudamos quando precisamos um do outro.

-Para de drama e abre logo essa porta garoto! - Bufei, mas abri a porta.

-Olá. - Disse lhe lançando um olhar significativo.

-E então, o que foi que você aprontou desse vez? - Falou entrando no quarto e ligando a TV em um canal qualquer.

-Ãh, quer entrar? - Perguntei sarcástico. Ela me encarou espernado a resposta para a sua pergunta. - O mesmo de sempre.

-Típico.

-Então por que perguntou?

-Só para confirmar. - Ela deu ombros. - Se fosse você tomaria cuidado, jáouvi falar de algumas técnicas de terapia em que eles fazem o ''agressor'' e a ''vítima'' passarem um tempo juntos para ver se a gravidade do problema ameniza.

-Nem se eu quizesse! Os pais dela iriam surtar, se duvidar iriam assinar uma petição para me manter á menos de cinco metros de distância do pudim de banha. - Falei rindo sozinho.

-Por que ainda dá esses apelidos á ela? Ela está magra desde o ano passado.

-Não sei. Costume. - Dei ombros.

-Ãhan. - Ela respondeu se dirigindo á porta. - Tchau.

Ás vezes estranho isso em Olivia, ela simplismente se cansa da conversa e vai embora. Deve ser algum problema de família. O resto do dia passou tranqüilo, meus pais não me encheram o saco e nem minha irmã. De manhã acordei e todos estavam em silêncio. Um clima pesado pairando no ar, mas não dei bola. Meu dia estava bom, sem nenhum empecilho, até a hora da aula de Sociologia.

-Vocês farão um trabalho em dupla sobre a sobrevivência dependente de nossa convivência - A sala toda vibrou. Trabalho em dupla geralmente significa escolher um amigo para passar a semana fingindo fazer o trabalho, e no último dia copiar as pesquisas do wikipedia, mas como a professora escolheria as duplas talvez não fosse assim tão bom. Ela foi anunciando algumas duplas até que disse:

-Mason Rodriguez e Kathryn Rowan.

-O quê? - Perguntamos ao mesmo tempo.

-Não podemos trocar essa dupla? - Perguntei ignorando Kathryn. Nesse momento meia duzia de garotas se ofereceu para trocar de lugar com ela. O que posso fazer?

-Ninguém vai poder trocar de parceiro. O projeto será extenso, então darei até o final do período para a entrega do trabalho. - Falou e continuou a citar as duplas. No final complementou. - Lembrando que este projeto valerá cinquenta por cento da nota final de vocês.

Metade da classe, a que estava insatisfeita com seus parceiros, protestou, mas a professora nos cortou:

-Isso não foi um pedido de opiniões, foi um comunicado. Não haverá troca de duplas, e agora vou passar no quadro as exigências para o trabalho. -  Enquanto ela escrevia eu só observava, sabia que por mais de a rolha de poço fosse lesada não era burra. Ela iria copiar o que estava no quadro.

Depois disso a aula seguiu normalmente e Kathryn parecia inquieta, perturbada com alguma coisa, e os motivos eram óbvios. O sinal bateu e antes que pudésse sair da sala senti uma mão repousada de leve em meu ombro. Me virei e dei de cara com Kathryn me oferecendo um papel. Levantei uma sobrancelha e ela esclareceu em um tom frio mas ainda receoso:

-Vamos ter que fazer o trabalho em algum lugar. Esse é o endereço da minha casa.

-Falou. - Peguei o papel bruscamente e enfiei na mala de qualquer jeito. Era a última aula do dia, então fui para casa. Enquanto caminhava pensei no que Olivia comentou, sobre juntar duas pessoas que brigam muito. A idéia me deu um calafrio, não conseguia me imaginar sendo amigo da pudim de banha nem de longe. O jeito era aturar, uma hora ela não iria mais aguentar minhas provocações e os pais dela iriam pedir a troca de parceiros. Nada mais que o normal.


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Notas finais do capítulo

Tã-dam! Olha eu sei que ficou um cocô, maaaas logo vai melhorar eu juro! Só tá meio parado pq é o começo. deixem reviews não vai cair a mão ;D 2 bjs