Diário De Uma Vampira escrita por Katherine Pierce


Capítulo 1
Mais Um Dia


Notas iniciais do capítulo

AEEEE! Finalmente escrevi de novo o capítulo e postei rçrç ainda tem mais, vou tentar postar tudo direto, calma aê



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Acordei com o sol batendo no meu rosto. Abri meus olhos e vi a janela aberta, pra minha infelicidade me esqueci de fechá-la e agora estava lá de mau humor por ter sido acordada. E como eu detesto o sol...

A propósito não me apresentei, sou Mikaylla Safhira Absol, mas me chamam simplesmente de Kaylla. Tenho 15 anos, meu perfil se resume em pele clara, muito clara mesmo, dizem que quando estou à luz da lua parece que minha pele brilha. Meus cabelos são castanhos, compridos e lisos e meus olhos são de azuis escuros brilhantes, daí meu nome do meio “Safhira”.

Mudei-me pouco tempo para a Europa por causa do trabalho do meu pai, ele é dono de uma grande empresa que mais destroem do que constroem e isso era o tipo de coisa que me dava razões para querer ficar longe dele. Veja nunca tive relações boas com meu pai, James. Ele me odiou desde o momento que nasci, até antes disso, ele nunca quis um bebê. E tenho certeza que se não tivesse descoberto a gravidez no hospital e a notícia não tivesse se espalhado rapidamente entre os amigos dele, ele teria obrigado minha mãe a um aborto, e a reputação da família estava acima de qualquer coisa.

Nunca gostei dele e nunca nos víamos com freqüência, ele sempre estava fora a negócios e esta sempre viajando e arrastando eu e minha mãe com ele, esta sempre questionando o que eu fazia quando estávamos sozinhos, vivemos brigando, mas claro, nunca na frente das pessoas que poderiam tornar isso uma polêmica. Como já disse ele valorizava a mentira da família perfeita que ele fingia que tinha, mas nunca o dedurei porque no fundo tenho medo dele, medo do que ele pode fazer, não só comigo, mas com as pessoas ao meu redor.

Qualquer mentira que ele dissesse para a empresa seria verdade aos ouvidos de outros, porque ele sabe ser bem convincente quando quer e todos são cegos demais pra perceber isso.

Já a minha mãe, Melanie, ela nunca demonstrou desprezo comigo, às vezes eu a ouvia gritar com os empregados e com meu pai, mas na maior parte que a vi ela é dócil. Porém o que mais me irritava é que ela apóia meu pai demais. Meu pai vive controlando ela e sinceramente não sei o que ela viu nele.

Mas chega de falar da minha família, isso deve estar te chateando. Vamos voltar à realidade da história, acordei, me vesti... Apesar do que muitas garotas dizem, eu nunca tive nenhum problema com roupas porque mesmo com meu pai sempre tive do bom e do melhor, mesmo se eu quisesse seria quase impossível levar minha família à falência.

Desci as escadas e claro vi meus pais tomando café e antes que pudesse me virar para voltar às escadas, minha mãe me viu.

– Mikaylla, finalmente acordou, venha se sentar.

Suspirei mas infelizmente não podia voltar. Meu pai nem se incomodou com a minha presença, o que não me fazia diferença alguma. Ele lia um jornal e minha mãe tomava café, e eu sabia que pelo menos acabaria logo porque os dois sairiam para trabalhar.

Infelizmente, apenas metade a minha hipótese estava certa. Apenas minha mãe foi trabalhar. Acho que não contei, minha mãe trabalhava numa loja de artefatos recém formada graças a meu pai e já fazia muito sucesso, já fui lá uma vez, era cheio de coisas antigas, e às vezes, ela me trazia algumas coisas de lá. Nada muito valioso, mas sempre gostava do que ela me trazia.

Assim que ela saiu, já ia ir para o meu quarto, mas...

– Já vai tão cedo garota?

Fechei meus olhos tentando manter a calma. Ele com certeza nunca perderia a chance de me provocar.

– Te fiz uma pergunta, que eu saiba garotinhas tem educação pelos seus pais.

– Sim, já vou indo – eu disse, dando um suspiro e apertando fortemente as unhas contra minhas palmas, fazendo com que a dor não me fizesse perder completamente a pouca calma que me restava.

– Não me surpreende, se eu tivesse um rosto como o seu também iria querer me esconder.

Explodi, eu tenho fama de ter pavio curto, e ele sempre sabia como ninguém, me fazer perder o controle.

– E não me admira que o senhor, – dei ênfase nessa última palavra – queira perder seu tempo precioso com uma garota que nunca te fez nada.

– Você nunca me fez nada, ah, por favor! Sua ladainha não me convence.

– Mas o que foi que eu te fiz? Diga-me uma razão para que eu acredite em você.

Ele me fuzilou com os olhos escuros e vazios, e o encarei sem piscar. Tentei parecer calma, mas na verdade por dentro eu estava fervendo de raiva, queria pegar o que estivesse na minha frente e atirá-la na cabeça dele.

Mas meu pai sabia disso. Suas intenções eram essas, me ver perder o controle e dizer a todos que tinha uma filha problemática. Provavelmente ele iria me internar em alguma clínica, mas eu não daria esse gostinho pra ele.

– Que foi? Sumiu a língua? – não pude evitar sorrir maldosamente ao ver que ele não me respondeu.

– O único problema que você me fez foi ter nascido, garota desnaturada! Não estava indo pro seu quarto? Vá para lá e suma da minha frente! AGORA!

– Mas que droga! Você nem ao menos pode me dar uma resposta concreta e eu sinceramente não sei do porque tanto ódio!

Eu sei, devia ter subido e ficado quieta. Mas eu odeio quando me mandam fazer algo gritando, não que eu seja desobediente, mas não acho necessário gritar.

Ele levantou a mão e desceu no meu rosto, fazendo minha bochecha latejar. Levantei minha mão até onde me acertou, sentindo meu rosto arder.

– O que está acontecendo, meu senhor?

Uma das empregadas acabara de aparecer. Meu pai a encarou e disse para ela sair, confirmando que não aconteceu nada, apenas um acidente, e ela obedeceu imediatamente, não sei dizer se ela acreditou.

– Vá para seu quarto agora! – ele disse com mais calma, mas com a voz visivelmente carregada pelo ódio.

– Com prazer.

Virei e subi as escadas sem correr. Não ia demonstrar que estava com medo. Não ia chorar e demonstrar fraqueza.

Entrei no meu quarto, tentando desesperadamente tirar aquelas cenas da minha mente. Não era a primeira vez que ele me batia, na verdade, isso era raro.

Mas eu não conseguia entender do porque ele me odiava tanto. Eu tenho razões para odiá-lo, mas nunca em momento algum, fiz algo para ele me odiar. Não compreendia.

Fui até o espelho verificar minha face. A cor vermelha se destacava na minha pele clara e ainda doía um pouco.

Fechei os olhos e me deitei na cama. Tantas vezes que imaginava como seria se tivesse uma boa relação com meu pai, se ele não fosse tão falso... Nunca na minha vida fui feliz. Sempre tinha brigas e brigas. Nunca amor. Nunca tive amigos. Meu pai cuidava para isso acontecer, me deixasse sozinha, fazia de tudo para me deixar infeliz.

Passaram-se horas em que estive trancada no quarto quando ouvi a porta bater. Preguiçosamente me levantei e fui abri-la, dei de cara com a minha mãe. Ela analisou e tocou meu rosto, talvez ainda estivesse vermelho porque ela disse:

– O que houve?

Novamente fecho meus olhos para não mostrar minha tristeza. Na verdade sempre vivia com os olhos fechados, para que ninguém visse a angústia que havia neles.

Ela suspirou e me abraçou. Não retribuí o gesto, apenas deixei-me ser tocada por ela.

Quando ela se afastou levantou meu rosto para que eu a olhasse nos olhos. Seus olhos cor de mel eram dóceis, pareciam sentir certa pena. Senti raiva disso. Odeio compaixão.

Ao invés de me dizer algo de consolo como achei que faria, ela apenas estendeu as mãos para mim e me revelou algo nela: uma delicada corrente de prata com um pingente meio azul.

– Peguei isto da loja pra você. Espero que goste, é uma peça única!

Peguei o colar assombrada, era lindo. Corrente prata fina, o pingente era azul, da cor de meus olhos e neles tinham desenhos feitos em ônix negra. Pelo o que pude perceber, era um símbolo do infinito atravessado por uma espada, e mais acima, havia algo parecido com uma gota, mas em rubi.

– Obrigada – foi tudo o que pude dizer diante de toda beleza daquele objeto.

Ela sorriu quando me viu satisfeita e eu sorri de volta. Mesmo que não demonstrasse, eu sabia que ela me amava. Talvez, não como eu quero... Mas mesmo assim.

– Fico feliz que tenha gostado. Não mostre a seu pai que te dei isso. É importante.

– Claro.

E ela saiu, me deixando sozinha. Estranhei que ela quisesse que eu escondesse do meu pai, mas aceitei de bom grado.

Fui até o espelho e coloquei o colar. Ficava lindo em contraste com minha pele clara e meus olhos cor de safira da mesma cor que a pedra. Os desenhos intensificavam mais ainda esse contraste, combinava comigo...

Deitei na cama, adormeci rapidamente. Com um leve sorriso, mas com o peito cheio de mágoas. Como sempre.


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Notas finais do capítulo

Melhor do que o anterior, só acho, porém ainda fico no "sei lá"



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