Prólogo:

– Então, você ganhou ou roubou estas passagens? – Uma garota loira com olhos azuis perguntou. Ela segurava em suas mãos passagens de avião.

– Eu ganhei em um concurso, sua idiota. – Outra revirou os olhos. Ela tinha cabelos negros e olhos castanhos.

– Mas eles são de verdade? – Outra pegou as passagens. Ela era ruiva e seus olhos eram verdes. – Só de segurá-las já me imagino comprando todas as roupas do mundo em Londres!

– Se eu ganhei em um concurso claro que é. – A segunda pegou as passagens e as guardou na bolsa. – Nunca seria enganada tão facilmente.

– Mas Isabelle, você poderia muito bem ter sido enganada. – Outra apareceu. Ela tinha cabelos loiros, mas escuros e com mechas azuis. Seus olhos aparentam ser roxos, graças às lentes que usava. – Do jeito que você é.

– Obrigada pela bela confiança, Elizabeth. – Isabelle revirou os olhos.

– Devem ser de verdade. – A primeira riu.

– Mas, mesmo assim, eu concordo com a Elizabeth. – A ruiva falou. – Acho que do jeito que a Belle é, ninguém nem pensaria duas vezes em enganá-la.

– Nossa. É incrível como vocês me amam! – Disse Isabelle com ironia. – Acho que vocês não gostaram, não é? Então vou rasgá-las ou devolver... – Antes de terminar de falar, foi interrompida pelas meninas.

– NÃO FAÇA ISSO!! – Responderam juntas, no mesmo segundo.

– Ah, então quer dizer que agora vocês querem as passagens?! Agora precisam de mim?! Hahaha. – Respondeu Belle. – Então, Carol (loira de olhos azuis), Liz (loira com mechas azuis), Denise (ruiva)... Qual de vocês vai ser a primeira à arrumar as malas? O embarque é amanhã! – Ela disse, quando uma menina de cabelos e olhos castanhos chegou dizendo:

– Meninas, me desculpem pela demora! Eu peguei minha bike, mas, depois de sair de casa, e meu pai me ligou dizendo que meu irmão tinha a usado há uma semana, e tinha quebrado o freio. Ele avisou meio tarde demais... E eu dei de cara com um arbusto. – Disse a garota com as calças rasgadas, o cabelo bagunçado, e com algumas folhas. Havia ganhado também alguns arranhões nos braços e no rosto.

– Tudo bem, sem problemas, Cat! Mas... Você está bem? Parece que se machucou bastante, porém não tão gravemente. – Perguntou Belle.

– Não se preocupem. Eu estou bem sim, foram só alguns arranhões, mas nem está doendo tanto. – Respondeu Catharina, calma, porém respirando com dificuldade, pois correu muito.

– Espera, meninas! E a escola? Vamos largar tudo? (até que seria legal, mas não é certo). – Perguntou Carol.

– Não, boba! Vamos pedir transferência! Amanhã falamos com a diretora, explicamos que vamos para Londres e que vamos estudar lá. – Respondeu Isabelle, parece que ela tinha planejado tudo mesmo.

– Andou bem ocupada, hein, Belle? Hahahaha. – Liz debochou. Todas riram.

– Ok, meninas, nos vemos amanhã! Arrumem suas malas! – Disse Cat – Ahn... Sabe, meninas, minha bicicleta está meio defeituosa e eu não quero andar até minha casa, é meio longe... Então eu pensei que talvez alguma de vocês pudesse, quem sabe... Me dar uma carona até em casa. – Ela corou, achava meio constrangedor ser a única que ainda não dirigia. Mas ela era mais nova, tinha 17 anos, então, não tinha culpa de nada.

– Não se preocupe, eu te levo Cat! – Lisa respondeu, animada.

P.O.V. Belle:

Elas foram para casa, já era tarde, e estavam ansiosas para viajar amanhã.

No outro dia...

Já havia amanhecido, eram 6 horas da manhã, horário que cada uma acorda para ir para a escola, faltava 14 horas para elas pegarem o avião e irem para Londres, Inglaterra!

Estávamos nos despedirmos das pessoas da escola, e dos professores, nossa como eu vou sentir falta desses pirralhos! Queria poder levar todos que sáo importantes para mim na mala. Pena que não posso. Vou ter até que deixar a Kimmy, minha cachorrinha aqui. Deixei com minha prima.

– Então, Belle, já cuidou da nossa transferência? – Elizabeth perguntou

– Calma, já falei com a diretora, depois preciso falar com ela, para ver se deu certo. – A diretora apareceu na porta e chamou a Isabelle, será que a Lisa fez macumba? Foi só falar na tiazinha e ela apareceu.

~ Pensamentos ON ~

Será que é bronca? O que eu fiz dessa vez? Se eu levar mais uma advertência vou ser expulsa da escola, mas a única coisa que eu fiz foi pedir para ela fazer as transferências das meninas e a minha.

Sei que minhas notas não são lá essas coisas, mas eu não estou de recuperação.

~Pensamentos OFF ~

– Senhorita Isabelle, sente-se, por favor. – Ela disse, olhando seriamente para mim com aqueles olhos intimidadores, óculos na ponta do nariz, e com seus cabelos cinza, quase brancos presos em um coque.

Me sentei. – O que eu fiz, diretora? – Perguntei e ela continuou me encarando. Abriu uma gaveta em sua mesa, e puxou uns papéis presos por um clipe. Pelo que consegui ver eram nossas inscrições.

– Até onde eu sei, nada, senhorita. A menos que queira me contar algo. – Ela me encarou, acho que esperava uma resposta, fiz que não com a cabeça e ela continuou: - Já liguei para os seus responsáveis e de suas amigas, e todos me confirmaram a “viagem” de vocês, e aqui estão as referências, caso percam ou estraguem, ligue para a Simone (secretária).

– Ok, obrigada, diretora. – Assim que fui dispensada da sala da diretora, saí correndo pela escola, procurando aquelas malucas que eu amo, para contar as novidades. Olhei o relógio, era meio-dia. A aula acabaria em 10 minutos. Eu tinha que encontrar aquelas pestes (as chamava assim).

Saí correndo de repente esbarrei em alguém com muita força. Quando me levantei, percebi que era Freddie, garoto da minha sala. – Hey, Freddie, você viu a Carol, a Elizabeth, a Catharina e a Denise por aí? Estou precisando falar com elas. – Ele era adorável, apesar de namorar uma menina que me odeia. Tinha cabelos pretos, curtos e repicados, que combinavam com seu jeito de ser. Era meio tímido na hora de falar diante de muita gente, suas bochechas realmente ficavam vermelhas, e não tinha muitos amigos, acho que era por não se abrir muito com as pessoas.

– Não, não vi. Mas... Na verdade, assim que você saiu da sala para falar com a diretora, elas se levantaram, falaram alguma coisa com a professora, e foram liberadas.

– Ok, então. Obrigada.

Depois de andar quase pela escola inteira (sim, minhas amigas agiram como ninjas) as encontrei.

*SINAL TOCA*

– Acabou a aula finalmenteeeeeeeeee! – Denise disse

– E agora... Temos um encontro especial com um avião e 12 horas depois com o Big Ben! Hehehehe – Todas riram. Elizabeth falou, estralando os dedos logo depois como se tivesse tido uma ideia: - Gentee acorda para a vida! O que mais Londres lembra vocês? – Ela perguntou, fazendo as meninas e eu pensar um pouco.

– Harry Potter? – Carol perguntou insegura. – A roda gigante? A rainha? Ônibus vermelhos de dois andares?

– Não, Carol! One Direction! Harry, Liam, Zayn, Louis e Niall! Imaginem só se a gente encontrar eles, galera! Seria um sonhooo! – Liz respondeu, falando de um jeito que todas prestassem atenção.

– Concordo, Liz! Mas... Será que a gente conseguiria conhece-los? É o país deles, eu sei (menos do Niall), mas eles são famosos, no mínimo deve haver uns quatro seguranças armários em volta deles. – Respondi

Conversamos até que Denise olhou no relógio e disse que se não fossemos para casa e pegássemos nossas malas logo, ficaríamos atrasadas, e poderíamos perder o voo. Cada uma foi para sua casa, menos Cat, que por ser a mais nova teve que ir comigo, dessa vez tinha combinado de leva-la até sua casa.

Me despedi de minha mãe e do Willi, meu irmão menor. Ele era pequeno, e fofo, tinha dez anos, mas me atormentava às vezes. Prometi a ele que quando desse, viria busca-lo. Meus pais estavam se separando e em casa vivia com um clima de guerra, ficava com pena de o meu irmão ter que ouvir, e muitas vezes ser metido nas brigas contra sua vontade, mas não tinha jeito. O concurso deu apenas cinco passagens. E eu não tinha dinheiro suficiente para comprar mais uma passagem para ele, embora eu quisesse. Fomos para o aeroporto e as pestes estavam lá. Fizemos o Check-in e ouvimos a aeromoça gritando:

– Embarque para o voo 2647 em 5 minutos, passageiros se apressem. O avião já estava na pista de decolagem.

Entramos no avião. Agora não tinha mais volta. Estávamos indo para Londres... Agora é só esperar para ver o que encontraremos lá.