Saku foi despertada com o lindo sol que fazia lá fora. Levantou-se da cama, fez sua higiêne, trocou-se e foi fazer o café, quando do nada, o telefone toca. Saku atende e recebe uma triste notícia, na verdade, uma bomba para aquelas crianças, afinal, Saku tinha 10 anos e Tsuyo apenas 9: seus pais haviam falecido. Parece que o hotel em que estavam hospedados pegou fogo, e infelizmente, ninguém sobreviveu. Saku ficou aflita, como iria explicar o ocorrido para a pequena Tsuyo?

Saku desligou o telefone e virou-se pra trás. Tsuyo estava atrás da irmã, que a chamou até a sala e lá conversáram:

_ Tsuyo-chan...

_ O que?

_ Bem... ér ... Meu Deus, como explico isso pra ela?

_ ? _ Tusyo estava sem entender nada

_ Aah, não adianta, mais cedo ou mais tarde ela vai ficar sabendo, melhor eu contar-lhe isso logo de uma vez !

_ Não estou entendendo nada... por que está assim Onee-chan?

_ Tsuyo-chan, eu procurei as melhores palavras; o melhor meio de contar-lhe isso, mas não encontrei, então, vou dizer-lhe do jeito que me contaram.

_ ? _ Tsuyo continuou sem antender

_ O hotel em que nossos pais estavam pegou fogo e eles vieram a falecer.

Fez um minuto de silêncio. O silêncio foi interrompido pelo choro de Tsuyo. Ao ver a irmã chorando, Saku não conteve as lágrimas e começou a chorar também. As irmãs passaram pouco mais que duas horas de pranto, tristes pelo tamanho da perda sofrida por elas.

Pela tarde, uma parente distante, prima de 3º grau de Den, pai das meninas, apareceu na mandão para dar os pêsames às crianças pelo falecimento de seus pais, e também, estava de olho na herança que as meninas receberam: a mansão, as propriedades, os prédios da empresa da família Kally, o dinheiro, enfim, todos os bens da família. A tal prima de Den, Dana, chega "esbanjando" alegria:

_ Olá meninas !

_ Quem é ela? _ Sussurrou Tsuyo para irmã

_ É aquela mulher chata e sem sal, prima do papai que mora em Shibuya _ respondeu Saku com cara de desinteressada olhando diretamente  para Dana.

Dana percebeu o olhar de Saku pra si, mas tentou disfarçar a vontade de mandar as pequenas para uma escola interna no exterior.

_ Ora ora ... Como cresceram, irmãs Kally. Sinto-lhes pela perda. Se quiserem, eu posso vir morar aqui com vocês, para que não fiquem sozinhas nessa mansão enorme _ falou Dana tentando esconder o sorriso e a alegria pela morte do primo.

_ Não, obrigada ! _ respondeu Saku friamente _ Vamos Tsuyo-chan, não temos mais nada  para falar com a prima. Vamos tomar posse dos bens que recebemos. James, faça-me o favor de tirar essa mulher estranha daqui !

_ Sim, minha senhora _ respondeu James, o mordomo

Dana, com a "cara no chão" por ter falhado em seu plano de tomar todos os bens da família Kally, foi embora bastante irritada da mansão, jurando que voltaria e conseguiria ter tudo que desejava.