POV – Percy

            Quando terminei de me preparar fiquei ainda por alguns segundos dentro do quarto tentando processar toda essa informação. Após alguns segundos sai pela porta, vendo a minha frente uma bela varanda, que dava a volta no “quarto” casa e que tinha uma vista privilegiada de todo o acampamento.

            Enquanto andava pela varanda, pude perceber a beleza do local, com uma bela plantação de morangos, do outro lado tinha uma grande formações de chalés que formavam um U, e a frente tinha uma grande vista ao mar, eu podia sentir seu cheiro de água salgada tomar conta de mim, o que me fez sentir imensamente bem.

            - Apreciando a vista ? – disse uma voz, com um certo tom de divertimento.

            Quando me virei na direção da voz, vi um homem em uma cadeira de rodas e que tinha uma pano sobre suas pernas, ele aparentava ter uns 40 anos, com uma barba grande e grisalha e com o cabelo encaracolado meio castanho e grisalho, e com olhos castanhos e bondosos, e que vestia um smoking marrom velho.

            Ao seu lado estava Annabeth, sentada em uma das cadeiras que tinha envolta de uma mesa que a deixava do lado do homem, e ela estava me olhando atentamente, como se anotasse cada expressão que fazia em sua memória.

            - Seja oficialmente bem vindo ao acampamento meio sangue – disse o homem – e que como sabe, esperávamos ansiosamente pela sua chegada.

            - Quem é você ? – eu perguntei desconfiado o avaliando

            - Eu sou Quíron, o diretor de atividades do acampamento – disse sorrindo – não precisa ter medo de mim meu jovem, eu sou inofensivo.  

            - O que você quer de mim ?

            - Apenas conversar, para que possamos nos conhecer melhor e que talvez possamos entender o que está acontecendo para darmos um jeito –disse olhando em meus olhos – mais primeiro, queria sentar-se, temos muito o que conversar – então ele apontou para umas das cadeiras que tinha envolta de uma mesa.

            Eu me sentei na cadeira ao lado de Quíron, e Annabeth ficou na minha frete.

            - Então meu jovem, conte-me tudo até os mínimos detalhes.

            ...

            Quando terminei de contar toda a história a Quíron ele pediu para que Annabeth me mostra-se o acampamento, provavelmente para que possa ter tempo de refletir.

            Enquanto andávamos, Annabeth ia apontando os lugares do acampamento, como por exemplo arena, a quadra de vôlei, os banheiros, a praia e por último os chalés.

            Existiam 12 chalés, cada um bem diferente do outro, mais que se harmonizavam em conjunto.

            - Porque esse diferencia na aparência dos chalés – perguntei – sabe eu já vi chalés em filmes e percebi que eram muitos parecidos, pelo menos por fora.

            - Cada chalé tem as características que corresponde a um deus específico, por exemplo o chalé 6 – disse apontando para um chalé de cor cinza e com uma coruja gigante na frente do chalé – aquele é o chalé de Athena, e como pode ver tem muito de suas características, como o seu animal sagrado, a coruja – então ela apontou para a grande coruja.

            - Eu vou dormi aqui ? – perguntei.

            - Você não pode.

            - Porque? – perguntei de cenho franzido.

            - Só os filho e filhas de Athena podem utilizar o seu chalé, e isso vale para todos os demais.

Eu olhei ao meu redor e percebi pela minha contagem que existiam apenas 12 chalés ao total, e pelo que sei existem mais do que 12 deuses olimpianos.

- Porque só tem 12 chalés ?, pelo  que sei são muito mais que isso de deuses.

- Porque apenas  os deuses mais importantes tem o chalé aqui. Há alguns anos atrás, só tinha 11 chalés, sabe Hades não era muito bem vindo, mais ai Nico e sua irmã Bianca apareceram, então Hades exigiu que fosse feito um chalé para seus filhos, então ficamos com 12 no total.

- Hum..., pera ai, Nico e Bianca são filhos de Hades ? – perguntei assustado – tipo o deus dos mortos.

- É, mais eles não deveriam existir – virei para ele confuso – não que não gostemos deles – corrigiu-se rapidamente – mais é que os três principais, Zeus, Poseidon e Hades, fizeram a promessa de não ter mais filhos semideuses, por serem mais fortes que os outros. O grande susto veio com Thalia, filha de Zeus, ninguém esperava que Zeus, o rei do olimpo, quebrasse a promessa, e depois apareceu Nico e Bianca, filhos de Hades, isso gerou uma grande confusão e susto, pois Poseidon era conhecido e ainda é, por ser o mais mulherengo deus do olimpo – um som de trovão foi ouvido ao longe – não fique com raiva, você sabe que é verdade – disse Annabeth olhando pro céu, e vindo mais um som de trovão – aiai – disse ela voltando a me olhar – bom, depois de um tempo não se teve mais filhos deles e o susto já havia sumido quase que todo, até quando Grover veio me visitar e encontrou com você – ela apontou pra mim – e Grover sendo um sátiro...

- Pera aí, um sátiro ?

- Deixa eu terminar de falar, depois você pergunta – assenti – sendo um sátiro, ele pode sentir o cheiro de um semideus e descobrir de que ele é filho, então  quando ele te viu, descobriu que você era filho de Poseidon, e você sabe como notícias desse tipo espalha rápido, logo todo o olimpo já estava sabendo voltando a esquentar o clima lá em cima – ele fez uma pausa tomando ar – e respondendo sua pergunta, Grover é um sátiro e pode sentir o cheiro de monstros deuses e semideuses e ponto final, agora vamos que ainda tenho que mostrar o seu chalé.

Ela seguiu caminho em direção aos chalés do final, onde tinha 4 grandes construções, duas em tons bancos, um pouco simples mas elegante ao mesmo tempo, do lado esquerdo tinha outro chalé, só que esse fez os pelos da minha nuca se levantarem, ele eram todo preto com caveiras e tochas, resumindo, a casa do drácula, a esquerda do chalé branco tinha uma chalé um pouco escuro, mais não tanto quanto o outro, ele brilhava como se tivessem usado pérolas na sua construção.

Eu percebi Annabeth indo em direção ao chalé da direita, para o chalé que eu havia observado por último e parando bem na frente da porta.

- Bem esse é o chalé de Poseidon, seja bem vindo ao seu chalé – disse ela se virando para mim e apontando para a porta – sinta–se em casa.

            Eu parei de frente para a porta a olhando com atenção, eu dirigindo minha mão em direção a maçaneta, parando quando minha mão já estava nela e parando por alguns segundos tomando coragem para girar a maçaneta. Depois de alguns segundos eu tomei a coragem e a girei brindo a porta...   

Continua...