Sempre escrita por dearcarol


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, essas provas estão me deixando maluca! Vou tentar postar mais cedo essa semana.
Vou dedicar esse capítulo pra linda da LuliMel que recomendou a minha fic e é uma escritora MUITO talentosa, não deixem de ler as fics dela por nada!
Construindo a Paz em Panem: http://fanfiction.com.br/historia/234448/Construindo_A_Paz_Em_Panem
e
O Diário de Aurora Mellark-Segunda Geração: http://fanfiction.com.br/historia/258634/O_Diario_de_Aurora_Mellark-2a.Geracao.



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Pisquei os olhos fortemente, focando minha visão em seus olhos azuis. Não, não era um sonho, era como se a realidade estivesse longe do meu ser e a visão de Peeta e eu na noite passada se tornasse um devaneio real. Sinto meu rosto corar me lembrando do que acontecera, as mãos dele passando por todo o meu corpo deixando um rastro de chamas com seu toque. Era muito difícil manter meus sentidos nítidos, era muito difícil de controlar algo totalmente novo pra mim, o desejo.

Seu sorriso se abre de orelha à orelha, o que me tira de meus pensamentos. Quando vejo, também estou sorrindo e o sorriso se transforma em um riso espontâneo. Ele também ri, sua risada é contagiante e aveludada, meus ouvidos já a consideram música.

Continuamos ali parados por um tempo, fascinados um com o outro, como se fosse a primeira vez que nos víssemos. Seu cabelo dourado era ainda mais bonito levemente bagunçado e seu hálito era doce, me chamando ao beijo. Ele se senta na cama.

"Café da manhã?" Pergunta já se levantando.

Meu estômago ruge audivelmente, respondendo Peeta. Realmente, eu estava com muita fome.

"Já volto." Vai andando pelo quarto a procura de algo para vestir, é quando percebo que está totalmente nu. Passo a mão por meu corpo e percebo que minha condição é a mesma, desvio o olhar de suas costas imediatamente com muito esforço e fico ainda mais corada.

Quando a porta bate me levanto imediatamente, procurando algo para cobrir meu corpo, roubo uma das camisas que eu encontro em uma cômoda de madeira brilhante e vou dedilhando os móveis do seu quarto com curiosidade.

Vários discos e livros empoeirados em uma escrivaninha com alguns papeis em cima. Ignorei.

Me assusto ao passar pelo espelho e perceber no meu cabelo armado e bagunçado, além de algumas marcas vermelhas em minha pele me levando novamente à noite passada.

Eu não tinha experiência nenhuma nisso, será que eu tinha feito tudo certo? Será que Peeta me diria se quisesse algo mais? Será que ele tinha gostado? Uma pontada de insegurança me atingiu na barriga, queria que ele tivesse gostado tanto quanto eu, queria que o desejo que ele sentisse por mim fosse da mesma intensidade que o meu que arrepiava todo o meu corpo e era incontrolável incendiando-me. O que estava acontecendo comigo?

Olho meu reflexo de novo no espelho, arrumo meu cabelo.

Desço até a cozinha e localizo Peeta de costas pra mim preparando algo na bancada de mármore branco. Me apoio no arco da porta, o observo atentamente, me demorando nas marcas de unhas ainda vermelhas deixadas em suas costas e em suas mãos ágeis que cortam algo. Tento planejar em minha mente o próximo passo a tomar. Devo ir até lá e beijá-lo? Voltar pro quarto e espero o meu previsto café-da-manhã na cama? Vejo minha mente vazia só constatando como eu era ruim naquilo, romance não fazia exatamente parte do meu repertório.

“Bom dia.” Ele diz me notando, mas incrivelmente sem ter nem olhado pra trás.

“Como sabia que eu estava aqui?” Não costumo fazer barulho quando quero ser discreta.

“Você...você está cheirando ao meu perfume.”

Eu ri.

“Entendo agora de onde vem esse cheiro horrível.”

Peeta me olha e eu levo minha camisa ao nariz fazendo uma cara feia. Ele finge revirar os olhos, mas depois sorri e se aproxima.

“Katniss, sobre ontem a noite...” Ele parece escolher as palavras com cuidado.

“Muito obrigado.” Hesito e volto a falar cuspindo as palavras o mais rápido que posso. “Talvez eu tenha te desapontado, não tenho muita experiência no assunto e não sei se...se fiz tudo...tudo certo e-

“Katniss.” Ele me interrompe colocando uma mão em cada lado do meu rosto.

“E se...se você quiser que eu faça alguma coisa, me fale e-

“Katniss.” Sua voz se eleva um pouco e eu me calo. “A noite de ontem foi a melhor noite da minha vida.”

Eu devio o olhar um instante com vergonha não conseguindo evitar o sorriso, quando volto meu olhar a ele encontro-o sorrindo.

Peeta toca meus lábios em um beijo suave e apaixonado, flexionando seus lábios lentamente contra os meus, me puxando para mais perto, descendo suas mãos até minha cintura. Quando percebo minhas mãos já se encontram em sua nuca e acariciam seu cabelo dourado. Respiro ofegante e audivelmente, lutando contra o fato de que para respirar preiso interromper o beijo.

E lá está ele. O desejo me consome novamente, me envolvendo e muito difícil de controlar, queima em mim a cada toque, em cada beijo. Peeta afasta sua boca da minha e não consigo enconder a expressão de decepção iminente. Ele leva a boca a minha testa, posso sentir sua respiração também alterada.

“Se você não quiser passar fome não recomendo que apareça na cozinha com nada mais do que uma de minhas camisas.” Seu sorriso de lado aparece em uma forma maliciosa. “É testar o meu auto-controle.”

Apesar de sentir minha face queimar, por dentro sinto um alívio enorme com sua última constatação. Ele também me deseja. Sigo até a mesa feita do mesmo mármore polido da bancada e me sento em uma das cadeiras de metal, ele logo termina as panquecas e se junta a mim, sentando-se em uma cadeira logo à minha frente.

Ataco as panquecas e ele faz o mesmo, aparentando-se também faminto. Ao terminar primeiro, passo meus olhos por toda a cozinha quase industrial, reparando como tudo é tão novo, aparentemente instalado a poucos dias.

“ Por que demorou tantos dias pra voltar pro Distrito 12 depois que eu vim embora? Eles também te obrigaram a voltar?”

Vejo todo seu corpo ficar tenso e seus lábios se comprimirem em uma linha rígida. Ele expira audivelmente como se pensasse com cuidado no que ia dizer.

“Algumas coisas aconteceram depois que você matou a Coin e ficou retida. Coisas que não podiam ser resolvidas sozinhas, eu precisei intervir para que não fizessem alguma besteira, pra que..”A pausa feita por ele deixou todo o meu corpo rígido

“Pra que o que?” Falou minha impaciência.

“Pra que não matassem você.”



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Notas finais do capítulo

Katniss está safadinha eim?! hahaha
Até quinta ou sexta.
Bjs
ps: não esqueçam os reviews!!!!