-Ora vamos, Cas confie em mim isso vai ser engraçado.

Castiel poderia ouvir na voz de seu irmão que mais uma de suas brincadeiras iria ser feita. Ele realmente não estava muito a vontade de dizer não a Gabriel,nao depois de todo o ano que eles passaram, o pobre quase parou de fazer piadas e brincadeiras sempre ficando serio para resolver o caso com a mulher odiosa.

Ele realmente não poderia dizer não. Ele suspirou:

-Tudo bem, mais se algum deles ficar ofendido a culpa é plenamente sua.

Ele poderia ver o sorriso no rosto de seu irmão sem que a imagem chegasse asua mente. Ele sabia. Gabriel estava muito a vontade para fazer aquilo em particular.

E lá estavam eles. Dean poderia ver seu amado em qualquer lugar, do outro lado da rua Castiel e Gabriel caminhavam a seu encontro como duas pessoas que não tinham nada melhor do que fazerem em um dia de domingo. A cidade estava linda, todo o caos tinha finalmente acabado e ele estava levando seu namorado para um passeio romântico.

Os três se encontraram perto de um restaurante, o mesmo onde a então namorada de Gabriel trabalhava e Dean não via a hora de abraçar e beijar longamente seu mamado. Ele poderia se contentar com a vista de Castiel, seu Castiel caminhando com seus óculos escuros e sua bengala longa pela calçada. Ele poderia ver que o amor despertava ali e o sorriso nos lábios dele indicava que ele estava exatamente no humor perfeito para todo o tipo de nonsesnse, o que era raro, pois o historiador era um homem muito pratico e Dean mais ainda.

O engenheiro estava feliz por sua mudança de hábitos.

Cas finalmente chegou em uma altura onde ele pudesse alcança-lo e Dean não perdeu tempo. Em um único instante ele se aproximou do homem e-sem nenhuma vergonha de fazer o que ia fazer em publico- beijou-o longamente.

Ele sentiu-se estranho ao ver com o canto do olho se infame cunhado abrir o que parecia ser um sorriso, mas ele estava muito colpado enfiando a língua na boca que ele conhecia há muito tempo.

Seus olhos se abriram quando ele percebeu que Cas tinha se afastado de seu beijo e ele pode perceber, de uma maneira confusa, que o outro tinha lagrimas nos olhos. Ele quase perdeu seu ar:

-Cas? Eu te ofendi? Ele não sabia o que dizer no momento, sua voz parecia um misto entre o medo e a decepção.

Castiel tinha se afastado dele com nada a dizer e o engenheiro poderia ver os movimentos confusos do outro homem. Será que era isso mesmo? Ele estava vendo Cas colocar um dedo na boca? O polegar para ser especifico?

Sua sobrancelha subiu quando ele finalmente conseguiu juntar dois e dois.

-Jimmy! Ele não queria gritar com seu cunhado, mas a sua voz não conseguiu sair em um tom mais ameno. Ele olhou com o olhar sombrio para o Capitão de policia.

Gabriel estava rindo ao despeito de seu irmão que debulhava-se em lagrimas.

O homem realmente poderia ser mais maduro. Dean poderia ver que de dentro do restaurante mais duas pessoas saiam em sua direção.

-Dean, você precisava ver a sua cara. Ele não precisou reconhecer a voz de Sam para mostrar-lhe o dedo do meio.- Gabriel sempre disse que um dia isso aconteceria.

O engenheiro poderia se lembrar de ele realmente ter dito isso em um momento posterior de sua vida, mas agora tudo o que ele via foi vermelho. Ele praticamente agarrou o pescoço de Sam e fez o outro homem ficar com o rosto todo vermelho e implorar por sua vida. Não que o advogado realmente ia fazer aquilo por muito tempo, pois, logo que estava livre das mãos de Dean ele voltou a tagarelar sobre o que tinha visto. Ele estava praticamente se mijando nas calças com toda a diversão.

O loiro resolveu ignorar por alguns instantes o moreno de olhos castanhos e encarou seu namorado com as mãos nos quadris. Isso teria feito uma grande impressão em Cas se ele pudesse ve-lo, mas a voz de Dean cortante como ele tinha utilizado era o suficiente para fazer o moreno colocar o rabo entre as pernas.

-E você Castiel? Que desculpa tem?

Por um momento Gabriel chegou a pensar que seu irmão mais novo ia entrar em uma crise existencial e começara a dizer como tinha sido tentado pelo diabo. Para a surpresa de todos o historiador simplesmente virou seus olhos azuis leitosos para seu namorado quase alinhando os globos oculares com os dele e disse em um tom decepcionado:

-Qual é a sua desculpa Dean Winchester- agora era a vez dele de colocar as mãos em seus quadris- para confundir o meu beijo com o de Jimmy? Você andou fazendo outras trocas em outros momentos foi?

Todos perderam o ar, nenhum dos presentes esperava essa reação por parte do irmão mais caloroso. Dean não sabia o que dizer e abaixou a cabeça, Gabriel tirou o pirulito- que estava o tempo todo em sua boca- e olhou para a cena com um ar solene pensando que talvez, apenas talvez, tinha feito algo mais serio do que imaginava fazer.

Sam estava quase usando sua labia de advogado para contornar a situação quando de repente, no meio de todo o caos, eles ouviram a risada gostosa vindo dos lábios de James Novak.

Todos ficaram petrificados. Fazia quatro meses que Jimmy não ria. Quatro meses marcados pela derrota da mulher de cabelos loiros.

-Isso não é possível. Disse ele ainda sorrindo. Seus erros gramaticais não foram percebidos por ninguém, uma vez que eles já estavam por demais acostumados com o jeito de falar de Jimmy.

Cas não queria admitir, mas toda a sua raiva tinha se esgotado em um único segundo.

Esperto como era ele não queria fazer a voz de seu pintor, nem o seu sorriso, voltar para dentro de seu ser, ele queria escultar mais e mais aquela risada que há quatro meses não tinha o prazer de ouvir.

Sendo assim ele disse:

-Por que Jim? Sua voz era suave como o canto da noite e ele queria mais que tudo ver os olhares das pessoas a sua volta.

Jimmy retirou o dedo da boca e sorriu largamente:

-Beijo apaixonado.

Ele apontou para Dean para dar enfase ao que estava dizendo. Para ele era bastante claro que uma pessoa que beijava tao apaixonadamente outra mesmo sem saber que era o seu verdadeiro amado merecia o beneficio da duvida.

-E...- completou ele em um tom misterioso- eu amo Jo.

Era oficial. Gabriel poderia comprar uma garrafa do champanhe mais caro do mundo e comemorar. A voz de Jimmy era como musica em seus ouvidos e saber que ele estava realmente disposto a contar a todos eles que estava mais do que interessado em sua subordinada favorita era uma coisa brilhante.

Dean era o único que não tinha se deixado iludir por essa resposta. Ainda havia uma pergunta para ele fazer:

-Se meu beijo foi apaixonado- ele disse em um tom lento, perguntas compostas não eram o forte de seu cunhado- por que você estava chorando?

Todos pararam e olharam para isso. Eles sabiam que Jimmy não tinha preconceitos contra beijos de nenhum tipo de sexo e a pergunta parecia ser algo interessante digno da ocasião. Apenas Gabriel ainda mantinha o sorriso nos lábios.

O rosto do pintor ficou vermelho como o sangue em uma de suas pinturas. Ele voltou a colocar o polegar em sua boca.

Passaram-se cerca de meio segundo antes que Jimmy respondesse com o olhar voltado para o chão:

-Você mordeu meu lábio!

Era oficial. Gabriel estava indo abir uma garrafa de champanhe. Nunca em sua vida ele pensou que poderia rir tanto. Ao lado dele Sam quase mijava em suas calças.

Era a vez de Dean para ficar com vergonha. Ele sempre se vangloriou pelo seu jito especial de beijar mordiscando o lábio inferior de seu amado.

Castiel puxou seu gemeo para um abraço e todos eles ficaram ali,na frente de um restaurante rindo da cara uns dus outros. No futuro Sam iria rir de Dean eternamente, pos não reconhecer a pessoa que um dia pretendia se casar e por morder o lábio de um sujeito inocente como Jimmy em uma paixão feroz.

Pelo momento eles eram contentes em ser felizes.

Mais tarde Dean perguntaria secretamente a Jimmy se o pintor tinha gostado do beijo. Ao qual respondeu uma resposta inesperada:

-Jo beija melhor.

Os olhos verdes do engenheiro mecanismo jamais esqueceriam a chama alegre nos olhos azuis quando respondeu sua pergunta eele sabia que não poderia ficar envergonhado de perder no quassite melhor beijo para uma mulher.

Ele passou o resto do dia beijando seu amado. O verdadeiro dessa vez\.

Nenhum deles tinha percebido o flash da maquina fotográfica de uma mulher loira chamada Jessica que estava por acaso passando pela rua a procura de um restaurante para ir com seu grupo de teatro. A foto do capitão de policia se mijando nas calças ficou muito conhecida em tempos posteriores e sempre era usada por seus subordinados quando eles queriam que seu chefe descanasse mais. Se lembrar daquele dia era o suficiente para lembrar a Gabriel que nem sempre é necessário ter pressa para fazer as coisas e que as vezes uma piada pode se mostrar muito mais interessante do que muitas outras coisas.

Todos eram felizes por ver Jimmy sorrindo de novo.