Cap 16 – Presentes, surpresas e soluços.

Rose PDV:

- Rose. – Senti alguém me cutucar. – Rose.

- Hum?

- Acorda.

Abri os olhos e liguei o abajur ao meu lado.

- Hum? Ted. – Estranhei ao vê-lo me olhar, seus cabelos estavam laranja. – Oi?

- Desculpe. – Ele corou. – É que... Eu queria ser o primeiro a te dizer isso... Feliz aniversário.

Sorri meio boba.

- Obrigada.

- Eu trouxe um presente.  – Seus cabelos ficaram vermelhos e segurei um sorriso.

Ele me entregou a caixinha e me sentei na cama, fazendo-o sorrir.

- Seu cabelo.

- O que é que tem? – Arrumei com a mão.

- Gosto dele.

Ri e abri o presente. Era uma corrente com um “R”.

- R de Rose. – Explicou (o que eu já sabia, diga-se de passagem).

- Obrigada, Ted. – O abracei e seus cabelos ficaram ainda mais vermelhos, enquanto ele devolvia o abraço. Beijei sua bochecha e seu rosto adquiriu a cor de seus cabelos.

- Posso colocar? – Ele se ofereceu.

Virei de costas e afastei o cabelo, então ele colocou.

Olhei o objeto de cima pra baixo.

- Obrigada de novo, Ted.

Ele sorriu e se levantou.

- Eu vou voltar antes que o Scorpius acorde.

Confirmei com a cabeça.

- Parabéns outra vez.

Sorri e ele se foi.

Hermione PDV:

Devia ser umas 8h quando eu e os outros nos reunimos na cozinha.

 - Todos preparados? – Os olhei e eles confirmaram

Ginny, Harry, Ronald, Draco e eu nos levantamos carregando o bolo. Parei na porta dos meninos e abri levemente. Ted estava acordado, então o chamei com o dedo e fiz sinal de silêncio, que ele confirmou com a cabeça.

Sinalizei o “um, dois, três” com o dedo e, no três, começamos.

- Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida.

Scorpius deu um pulo da cama e riu ao perceber a situação.

Meu filho se sentou e assoprou a vela azul do bolo.

- Tá ficando velho, garotão. – Baguncei seu cabelo.

- Mãaaeee. – Resmungou e todos rimos. – Cadê a Rose?

- você nasceu primeiro, não se lembra?

Ele confirmou com a cabeça.

- Vamos. – Draco se levantou. – Temos uma menininha para acordar. Nem tão menininha assim, mas tudo bem.

Beijei a testa de Scorpius e ele se levantou.

- Mãe, você avisou para eles não assustarem a Rose.

Levantei e  segui apressada para o quarto ao lado.

- pelo amor de Merlin, não assustem a Rose ou ela vai focar com... – Entrei rápido.

- Hic.

- soluços. – Terminei, vendo minha filha pular na cama periodicamente.

- Desculpe. – Draco falou. – eu não sabia.

- Tudo bem. – Dei ombros. – Daqui a pouco passa.

(...)horas depois.

- Tem certeza que ela está bem? – Draco perguntou. – É hora do almoço, ela está soluçando desde que acordou.

- há quantas horas? – Lhe olhei.

- 4h.

Suspirei.

- Pode me ajudar?

- tudo bem. – Dei ombros.

Seguimos para o lugar onde Rose estava e conjurei um copo do água.

- aqui. – Dei para minha filha.

- Já bebi água. Na verdade, bebi uns 10 copos. – Explicou.

- Não é pra beber. – Expliquei. – É pra gargarejar.

Ela deu ombros e fez o orientado. Soluçando novamente em seguida.

- Draco, você tem açúcar?

Ele foi até a cozinha e voltou com açúcar.

- Estique a língua, filha. – Pedi e ela o fez, então pus o açúcar no fundo de sua língua.

- Não engula, ok?

Ela confirmou e colocou a língua para dentro, soluçando logo em seguida.

Suspirei.

- Certo, tem um saco de papel? – Pedi para Draco e ele me deu. – Respire aqui e só aqui. Encha e puxe o ar.

Ela foz por algum tempo e distanciou o saco da boca.

- e... – Dei tempo.

Ela soluçou de novo e mordi a língua.

- Coloque os dedos nos ouvidos. – Draco falou.

- Hum? – Levantei uma sobrancelha.

- Funciona comigo. Às vezes eu fico com soluços quando me assusyo.

De quem será que a Rose puxou isso? Minha consciência brincou.

Rose obedeceu. Nada.

- Desisto, deve ter alguma coisa em algum livro. – levantei e fui para a biblioteca, mas parei no meio do caminho ao ouvir um grito de Rose. Quando voltei ela tinha a mão no coração, assustadíssima.

E sem soluços.

- quem foi? – Perguntei e Draco apontou Ted. – Obrigada, Ted. Mesmo que isso tenha acordado o resto da casa.

Ele sorriu com os cabelos azuis e Draco gargalhou ao ver Rose vermelha como um pimentão.

Os dois saíram e o loiro me olhou.

- aí tem coisa. – Comentou e ri.

- Você acha? Eu tenho certeza.

Continua...