Reencontro escrita por Birdy


Capítulo 14
Capítulo 13 - Dan


Notas iniciais do capítulo

Im back bitchessss!
Oi pessoas que provavelmente querem me matar ~le acena~
Me desculpem mesmo a demora!!
Eu estava sem criatividade e motivação e metade do meu tempo eu ocupava com livros e estudo, okay? Okay.
Eu estou pensando em terminar logo essa fic e escrever outra Amyan também, só que como Universo alternativo, o que vcs acham?
Vou deixar de exigir comentários, porque não funcionou, mas por favor não deixem de comentar!



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Capítulo 13

Dan

Já fazia um bom tempo que Dan e Natalie estavam andando pelo maquinário do aeroporto onde a aeromoça-maluca-provavelmente-vesper os prendeu e não conseguiram encontrar nenhuma saída liberada ou que não estivesse trancada.

Por um momento, Dan cogitou a possibilidade de sair por uma janela, mas havia um pequeno problema:não havia janelas!

A única coisa que iluminava o local era um claraboia que, infelizmente, estava há vários metros do chão. Dan não achou que pudesse haver alguma escada daquele tamanho. De qualquer jeito, Natalie não poderia subir escadas sozinha e seria um pouco difícil para Dan carregá-la.

Ele decidiu procurar um interruptor, porque temia que a bateria da lanterna logo acabasse. Deixou Natalie junto a um amontoado de sacos e saiu tateando as paredes, iluminando o caminho. Quando topou com o tornozelo esquerdo em uma máquina pela vigésima vez, ele desistiu e começou o caminho de volta para onde Natalie estava. Com a lanterna, achou um armário de madeira e o abriu, procurando, talvez, outras lanternas, mas o que encontrou foi ainda melhor do que isso: velas e alguns fósforos. 

-Segure isso. - Ele entregou a lanterna para Natalie, que o olhou com dúvida.

Dan acendeu um fósforo e Natalie gritou, empurrando a mão de Dan para longe, quase apagando a pequena chama. Ele olhou confuso para ela antes de acender uma vela.

-O que foi? Tem medo de fogo? - Dan se lembrou de que a mãe dela, Isabel Kabra, tinha como esporte favorito incendiar casas.

Natalie balançou a cabeça e apontou para um dos sacos onde estava sentada.

-Dan, isso é pólvora. - Ele disse em tom alarmante. Automaticamente, Dan afastou as velas dos sacos de pólvora, antes que botasse fogo ou explodisse o lugar.

-Certo, então vamos fazer uma revisão. - Dan disse. - Pela segunda vez na semana estamos presos e sozinhos. Amy, Ian e Hamilton não fazem a mínima ideia de onde estamos. Vocês deslocou o tornozelo, ou torceu, tanto faz. E estamos sentados em sacos de pólvora sendo que nossa única iluminação são velas e a qualquer momento podemos explodir a nós mesmos. Podia ser pior.

Natalie virou a cabeça bruscamente, lançando-lhe um olhar fulminante, que pareceu ainda mais sinistro com a iluminação precária. Dan se lembrou de que, nos filmes, sempre que alguém dizia: "Não dá para ficar pior", a coisa sempre piorava. Mas eles não estavam em nenhum filme e ele não disse exatamente "não dá pra ficar pior", ele disse apenas que podia ser pior.

-Não venha com gracinhas pro meu lado, Daniel. - Ela retrucou friamente. 

Ele deu de ombros.

-Só estava tentando diminuir a tensão. - Respondeu. - Você parece estar prestes a torcer o pescoço de alguém e, apesar de não duvidar muito de que você realmente faça isso, quero te lembrar que sem mim você provavelmente não sai daqui viva.

A menina suspirou exasperada enquanto se acomodava entre os sacos, que, cá entre nós, não eram nem um pouco confortáveis. Um silêncio sepulcral pairou entre eles, mas Natalie pareceu se lembrar de algo e olhou com os olhos arregalados para Dan. Imediatamente, o garoto se assustou.

-O que foi? Qual o problema? - Natalie não lhe respondeu, mas começou a procurar freneticamente algo entre os sacos de pólvora.

-Você trouxe comida? - Ela perguntou quando achou a mochila que tinha levado pro aeroporto, cavucando e remexendo impiedosamente as coisas ali dentro.

Dan se conteve para não revirar os olhos, todo aquele desespero apenas por comida? Foi então que percebeu o quanto faminto estava e pegou sua mochila também, bagunçando tudo em busca de alimentos.

De repente, Natalie parou de sacudir a bolsa e afundou a mão vagarosamente, seu rosto se iluminou e ela deu um gritinho de felicidade.

-Achei! - Ela tirou rapidamente algo da bolsa, Dan não pôde ver direito o que era, mas se aproximou dela. Na mão dela, havia três pequenas barrinhas, rapidamente, Dan pegou um delas.

-Ei! Devolve! - Ela reclamou, tentando pegar a barrinha de volta. Dan levantou a mão no ar, impedindo-a de alcançar o alimento. Ela suspirou frustrada. Desengonçadamente, Natalie se levantou dos sacos de pólvora e se apoiou em apenas um pé, se equilibrando com dificuldade enquanto tentava tirar a barrinha da mão de Dan, que ria, desviando a mão antes que Natalie pegasse.

Ela bateu com o pé no chão, se esquecendo do machucado, uma dor percorreu sua perna a partir do tornozelo e ela gritou, segurando a perna. Nesse meio tempo, ela se desequilibrou e acabou caindo em cima de Dan, que largou a barrinha, deixando-a rolar até o chão, afastando-se deles.

Os grandes olhos âmbar de Natalie o encaravam e ele se sentiu um pouco intimidado, mas não ligou para a proximidade., que aliás era bem pequena.

As mãos da menina se agarravam a sua blusa com força, como se a qualquer momento ela pudesse cair, se o soltasse. As costas de Dan levavam pontadas por causa da pólvora, mas ele não reparou, apenas continuou olhando bem nos olhos de Natalie. Metade de sua face estava escondida nas sombras, mas ele conseguia ver perfeitamente. 

Natalie abaixou a cabeça e, antes que Dan pudesse, impedi-la, ela o beijou. Quando se afastou, Dan estava com os olhos arregalados e um sorriso brincalhão no rosto. Natalie também sorria e ele percebeu que era a primeira vez que a vira sorrir verdadeiramente.

Natalie se levantou com dificuldade e pegou rapidamente a barrinha que tinha caído no chão, com um sorriso travesso, ela abriu a embalagem e ofereceu à Dan.

-Pode ficar, ninja Cahill. - Dan pegou a barrinha da mão da menina e sorriu também. - Mas só dessa vez.

Dan calculou que eles não sobreviveriam muito apenas com barrinhas de cereal, então começou a planejar um jeito de sair dali. Tentou recapitular tudo o que vira no seu pequenotour, com sua memória fotográfica, e se lembrou de ter visto uma pequena porta perto de uma máquina que parecia um guindaste.

-Natalie, acho que sei como podemos sair daqui. - Ele disse e viu a menina tentar sorrir, com a barrinha ainda na boca. - Mas você vai ter que andar. - A menina deu de ombros e colocou o pé machucado no chão, se contorcendo de dor, mas fez um sinal de "okay" com a mão.

Ele passou a mão em volta dos ombros de Natalie e a ajudou a andar. Quando chegaram à porta, Dan testou a maçaneta, forçando-a a abrir, após umas poucas tentativas ele conseguiu, saindo do maquinário para um longo corredor. Não havia sinal de ninguém no lugar, isso preocupava Dan, apesar de ser melhor que o corredor estivesse vazio, também podia significar que eles estavam em uma armadilha. Natalie também devia ter pressentido isso, porque estremeceu, olhando para todos os lados freneticamente. Dan apertou um pouco o ombro dela, para tentar transmitir segurança e ela sorriu agradecida para ele.

-Vamos ficar de olhos abertos. – Ela sussurrou. Dan assentiu, sem ter certeza do porquê de estarem agindo silenciosamente, mas parecia a melhor opção no momento.

O corredor se estendia à frente e depois virava à esquerda, mas, antes de virarem, Dan espiou o outro corredor, não vendo nada eles seguiram em frente cautelosamente.

Dan percebeu que Natalie respirava com dificuldade a seu lado, por causa do esforço, então ele parou, deixando que ela colocasse todo seu peso sobre ele, para que pudesse descansar a perna boa.

-Não, Dan, temos que continuar e achar a Amy... – Ela começou.

-Natalie, sinceramente, você não está em condições de seguir em frente agora. Descanse um pouco, nós vamos achá-los. – Dan a interrompeu e a colocou sentada no chão, com as costas apoiadas na parede e depois se sentou ao seu lado.

Natalie encostou a cabeça na parede e fechou os olhos, regularizando sua respiração. Quando abriu seus olhos de novo, estava sorrindo, olhando para Dan. De repente, seus olhos se desviaram de Dan para algo atrás dele e ela gritou.

-Dan! Atrás de você! – Ela apontou e começou a se levantar com dificuldade. Dan se virou a tempo de ver um enorme brutamonte vindo em sua direção. Ele deu uma rasteira no homem, que tropeçou, mas não caiu, o homem pegou uma arma em seu cinto, que Dan reconheceu como uma arma de choque, ele apontou para Natalie, que tinha conseguido ficar de pé. Dan viu Natalie ficar do seu lado, se equilibrando na perna boa.

-Natalie, fuja. – Ele disse, sem olhá-la, concentrando-se apenas no brutamonte.

-Não, Dan. Essa luta também é minha. – Ela se aproximou um pouco mais do homem. Dan suspirou exasperado e ficou ao lado de Natalie novamente, pondo-se na frente dela, para protegê-la. Natalie, teimosamente, saiu de trás de Dan e se aproximou ainda mais do brutamonte.

-Para trás! – O agente bradou, sacudindo a arma no ar.

Natalie lançou-lhe um sorriso zombeteiro, diminuindo a distância que os separava, o homem recuou e o sorriso de Natalie se alargou.

-Qual é? Está com medo de uma garotinha com o tornozelo machucado e, ainda por cima, desarmada? – Ela abriu os braços, mostrando que não tinha arma alguma.

Suas palavras surtiram o efeito esperado e o homem avançou, ficando a pouco menos de um metro de Natalie. Ela, por sua vez, se aproximou, com expressão indefesa.

-Eu me rendo. – Ela disse. O homem abaixou a arma, sorrindo vitorioso, e agarrou o braço de Natalie.  Imbecil. Pensou Dan, já entendendo o que a menina planejava.

Natalie aproveitou o apoio do braço do homem e deu um impulso, para logo depois, chutá-lo na barriga,o homem foi pego de surpresa e lançando longe, arfando. Dan pegou a arma que o homem tinha deixado cair, mas percebeu que estava sem munição.

-Ah, fala sério! – Ele começou a recuar enquanto o cara caído se levantou e veio em direção a eles. – Por que nada funciona quando a gente mais precisa?

-Já ouviu falar na lei de Murphy? – Natalie também recuava, com dificuldade. O brutamontes se apoiou na parede, tentando recuperar equilíbrio.

-Aquela que diz que se algo pode dar errado dará, da pior maneira e no pior momento? – Dan perguntou, se afastando ainda mais. Natalie, nervosa, acenou com a cabeça.

-Essa mesma. – Ela se desequilibrou um pouco. O homem agora já cambaleava na direção deles. Dan recuou mais rápido.

-Você tá brincando? Somos seguidores fiéis da lei de Murphy! – Dan respondeu, se virando para correr. Natalie provavelmente estaria pensando algo como “Até num momento como esses você resolve fazer piadinha, Dan?”

Dan agarrou a mão de Natalie e começou a arrastá-la, correndo. O homem também correu atrás deles. Eles estavam quase virando uma curva que Dan acreditava levar ao fim dos corredores quando Natalie foi puxada abruptamente de sua mão, fazendo-o quase cair. A garota gritou e ele se virou, havia um gancho com corda enrolado no tornozelo ruim dela.

O homem, que segurava um arpão de onde saíra o gancho, agora puxava a corda, arrastando Natalie para perto de si. Dan se aproximou para ajudá-la, mas o cara era forte e ela já estava bem longe.

-Dan! Me deixe! Volte para os nossos irmãos e o Hamilton! – Natalie gritou, fazendo uma careta de agonia quando o brutamonte puxou a corda com mais força.

Dan olhou para ela impotente. Não havia nada que ele podia fazer...

-Está bem! – Ele gritou de volta. – Mas eu vou voltar, Natalie, e vou te salvar. Eu prometo.

O menino voltou a correr e, como esperava, saiu do corredor direto no saguão do aeroporto. Este estava completamente bagunçado. Pessoas correndo para todos os lados e gritando, pedaços do teto e das paredes desabados, pequenas centelhas de fogo...

Dan correu pelo meio da confusão e viu figuras familiares correndo para fora do aeroporto: Amy, Ian e Hamilton. Ele os seguiu.

-Amy! – Gritou, pensando que a irmã não ouviria, mas ela parou e se virou na direção dele.

-Dan. – Uma expressão aliviada passou pelo olhos dela. Hamilton e Ian pararam logo atrás. Ian vasculhou a área com o olhar e depois dirigiu-o a Dan.

-Onde está Natalie? – O moreno perguntou, preocupado. Dan balançou a cabeça negativamente.

-O que aconteceu aqui? – Ele se dirigiu para Amy.

-Longa história. – Foi a vez de Hamilton responder. – Acho melhor nos apressarmos. Contamos a você no carro. – Como se para enfatizar a frase, o chão tremeu após um estrondo.

Dan assentiu e eles voltaram a correr. Quando já estavam sem fôlego, chegaram ao fim do enorme aeroporto e entraram em um carro preto que os aguardava.

Ian lançou-lhe um olhar amedrontador.

-Diga-me, Dan, onde está a minha irmã?

Dan sentiu uma pontada de culpa no peito e... algo mais, que ele não conseguiu interpretar no momento. Sua garganta se fechou.

-Ela...Ela foi capturada.


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Notas finais do capítulo

TAN TAN TAAAAAAAAAN
Le suspense ~só que não
Então, o que acharam? Eu devo estar um pouco enferrujada depois de tanto tempo sem escrever essa fic, então provavelmente ficou uma bosta, mas okay.
Olha que legal, hoje eu fiquei presa fora de casa! É até uma história divertida... bem, não para mim.
Beijos pessoas