Like Light Made Into Flesh escrita por WannabePrincess


Capítulo 3
Primeiro Encontro


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Mais um capítulo, dessa vez dedicado à Milakarina123 que pediu o encontro do Adrian e da Sydney.. Espero que gostem ;*



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Vermelho e preto. Essas eram as minhas opções.

-O preto é um investimento – dizia Julia -, pretinho básico e sexy. Todo mundo tem que ter.

-Mas o vermelho é mais sexy – Kristin comentou.

-É mesmo – Julia concordou. – Tudo depende do quão longe você quer ir hoje à noite, Sydney.

Perdida. Era assim que me sentia. Eu não conseguia acompanhar nem mesmo um quinto da conversa delas.

Eu chamara Julia e Kristin para me ajudarem a escolher um vestido apropriado para meu “encontro”. Bom, na verdade, eu não diria encontro, mas sim castigo por ser tão burra a ponto de perder uma aposta contra Adrian Ivashkov.
Em minha defesa, ele havia trapaceado. Porém, infelizmente, nós não havíamos combinado que jogaríamos limpo, então eu já deveria esperar por algo do tipo.

-O que você quer dizer com “o quão longe” eu quero ir? – perguntei.

Julia suspirou.

-Ela quer dizer se você quer apenas dar uns amassos ou ir além – Kristin explicou.

-O que?! – arfei pasma.

Como assim “amassos ou ir além”? Tudo o que eu queria era um vestido para ir a um restaurante.

-Porque se você quiser ir além – Julia começou a dizer – o vermelho é a escolha certa.

-Também é possível ir além com o preto – Kristin continuou -, mas o vermelho é certeza.

-Espera – eu disse lentamente. – Só para eu ter certeza, quando vocês dizem ir além, vocês querem dizer se eu quero ter relações íntimas?

-É Sydney - Kristin suspirou.

-Sinceramente – Julia começou a dizer -, é estranho o quanto você é extremamente inteligente na escola, mas quando o assunto é garotos e sexo você não sabe nada, Sydney – ela balançou a cabeça. – Nadinha de nada.

-Não é verdade – eu disse mais na defensiva do que deveria.

-Não? – Kristin levantou a sobrancelha.

-Quero dizer... eu já – disse atropelando as palavras – eu já saí com o Brayden.

Eu preferi deixar de lado o fato de eu também andar beijando certo vampiro no meu tempo livre. Mas isso definitivamente contava como experiência no tema “garotos”.

-Brayden? – Kristin falou em tom de deboche. – Tipo, o cara que te levou em uma usina eólica em um encontro?

-Eei – eu disse ainda na defensiva -, é melhor do que parece.

-Sei – Julia disse, o sarcasmo pingado de sua voz.

De qualquer forma, voltando ao assunto anterior, era verdade que Adrian e eu não tínhamos nada oficialmente. Contudo, também era verdade de que não faltavam propostas da parte dele.

Outra verdade era o fato de eu já ter aceitado muitas de suas propostas.

Porém, a diferença era que dessa vez era oficial. Era um encontro. Mesmo não sendo arranjado da maneira tradicional, ainda assim era um encontro.

É claro, pensar nisso me dava medo. Se os alquimistas descobrissem, eu provavelmente apodreceria em um centro de reeducação. Mas, só o pensamento de ver Adrian vestido com sua roupa social, indo me buscar com o seu Mustang 1966 conversível, fazia minha mente ignorar as consequências.

Então, pela grandiosidade do evento, eu precisava estar vestida de acordo. Só que, para dizer a verdade, eu não achei que seria tão complicado escolher um vestido.

-Mas como vocês podem saber disso tudo só olhando para o vestido? – perguntei.

-É simples – Julia disse. – O preto veste bem e tudo mais, só que o vermelho já é uma cor provocadora. Além disso, o vermelho valoriza as suas curvas. Dá vontade de apertar a sua bunda, Sydney.

-Dá mesmo – Kristin concordou. – E se nós estamos com vontade de apertar a sua bunda, o seu namorado vai querer fazer muito mais.

-Ele não é meu namorado – eu disse tentando não corar. O pensamento de Adrian fazendo muito mais do que apertar a minha bunda mandou arrepios por meu corpo.
Apesar de eu não admitir, eu esperava algumas seções de contato físico com Adrian essa noite; mas será que eu esperava “ir além”?

O vestido preto era lindo. Ele era bem justo no busto e na cintura, mas no quadril ele alargava e descia até um pouco acima do joelho.

Já o vestido vermelho, bom, era difícil não notá-lo. Em primeiro lugar, porque ele era vermelho. Definitivamente não era uma cor com que eu me sentia confortável. Além disso, ele era comprido, tão comprido que se eu não estivesse de salto alto, a barra do vestido estaria se arrastando pelo chão. Não só o vestido vermelho era justo, mas também tinha uma fenda profunda, que começava no alto da coxa.

O melhor era que, mesmo tendo todos esses detalhes provocativos, o vestido vermelho não era vulgar.

Pelo contrário, era um vestido sofisticado e sensual. Digno de uma celebridade.

Mas a verdadeira questão era que eu não era nenhuma celebridade.

-Eu não sei qual escolher – eu disse suspirando. – Acho que talvez eu devesse procurar mais.

-Sydney Melrose! – Julia disse, o tom de voz se elevando. – Quando nós te demos uma alternativa, na verdade estávamos querendo ser legais. – Ela colocou as mãos no quadril. – Você vai levar o vestido vermelho.

-Mas – protestei.

-Não – Julia me interrompeu. – Eu nunca me perdoaria se você não levasse esse vestido.

Olhei mais uma vez para o vestido. Ele era lindo, verdade. Mas, não sei se eu combinava com ele.

-Sydney – Kristin me chamou. – Posso te perguntar algo?

Quando assenti, ela continuou.
-Você o ama?

Meus olhos se arregalaram. Ela estava perguntando se eu amava Adrian.

-Porque se você o ama – Kristin disse suavemente – você precisa usar esse vestido.

Nesse momento eu soube que vestido escolher.

[...]

Eu não era do tipo que se gabava, mas depois de exatas duas horas e seis minutos escovando, secando e passando mousse no meu cabelo, eu conseguira um resultado similar às ondas da Blake Lively – que eu conhecia graças às várias horas de maratona de Gossip Girl que Jill me forçara a assistir.

Eu não estava usando muita maquiagem. Só a base que usava diariamente, rímel, pouco delineador e gloss.
Olhei para o relógio e fiquei assustada quando percebi que só faltavam cinco minutos para Adrian chegar.

Ai meu Deus, pensei. O que eu estava fazendo?

Acho que talvez fosse melhor eu ligar para Adrian e dizer que estava doente. Eu não estava pronta para ter um encontro com ele. Um encontro! Um encontro com um vampiro!

Assim que peguei meu celular e comecei a discar o número de Adrian ouvi três batidas na porta.

Oh não.

Agora não tinha mais volta.

Respirando fundo uma última vez, abri a porta.

O que eu vi fez meu coração saltar.

Não importava quanto tempo eu passava me arrumando. Nem mesmo importava se meu cabelo estava parecido com o de uma estrela de cinema ou se meu vestido custava mais do que o meu salário. Eu nunca chegaria aos pés de Adrian.

Ele estava vestindo um jeans escuro com uma camisa branca por baixo de um blazer. Ele sim parecia um astro de Hollywood.

Já eu... bem, eu parecia uma garotinha fantasiada. Adrian estava com uma roupa muito mais casual do que a minha, mas mesmo assim parecia mais elegante.

Talvez fosse minha imaginação, mas parecia que o seu cabelo bagunçado estava mais arrumado do que de costume.

Em outras palavras, Adrian Ivashkov estava impecável.

-Oi – eu disse assim que percebi que estávamos parados há uns longos segundos sem nem mesmo nos cumprimentarmos.

-Ai meu – Adrian se interrompeu. – Puta que pariu, Sage. – Ele disse me olhando de cima a baixo. – Desculpe, eu não deveria dizer palavras tão vulgares na frente de uma –

-De uma? – Perguntei, tentando não soar tão desesperada pela resposta.

-Deusa grega? – Ele disse, seus olhos sonhadores. – Sereia das profundezas oceânicas?

Adrian parecia perdido em seus próprios pensamentos, então me vi forçada a trazê-lo de volta à realidade.

-Então... – eu disse tentando não deixar o momento mais constrangedor.

-Claro, claro – Adrian reganhou sua compostura. – Vamos, eu estacionei aqui perto.

Descemos as escadas do meu dormitório sem dizer muita coisa. Adrian estava calado, o que era estranho.

Quando eu disfarçadamente olhava para ele, podia vê-lo olhando para mim com uma expressão perplexa.

Ou Kristin e Julia escolheram o melhor vestido do planeta, ou o mais ridículo.

Levantei a sobrancelha quando Adrian abriu a porta do passageiro para mim. Ele nunca havia feito isso. Bom, mas nós também nunca tivemos um “encontro”.

Adrian deu a partida no carro e eu suspirei. Hoje eu deveria me contentar em ficar no banco do passageiro enquanto Adrian dirigia um dos carros mais perfeitos já inventados.

-Aonde nós vamos? – perguntei.

-Em um restaurante novo, Le Grutchekie – Adrian disse olhando para a estrada. – Fica perto da minha casa.

-Ah – disse, sem saber ao certo o que falar.

Para dizer a verdade, tudo o que eu queria era tirar Adrian do volante. O modo como ele estava pisando no acelerador era extremamente irritante.  Se ele continuasse daquele jeito, o motor provavelmente iria se danificar.

Mas eu não iria reclamar sobre nada naquela noite, tudo pelo bom convívio em um encontro. Nosso primeiro encontro.

-A não ser que você queira ir para o reino encantado, Cinderela – Adrian disse olhando longamente para o meu vestido.

Ah, não.

Eu estava certa. Aquele vestido era demais para mim. Eu deveria estar parecendo uma garotinha brincando de princesa.

-Relaxa, Sage – Adrian disse com um sorriso torto. – Você está maravilhosa.

Maravilhosa. Adrian Ivashkov disse que eu estava maravilhosa.

Era errado eu querer descer do carro e começar a pular na calçada? Ok, então talvez eu fosse uma garotinha brincando de princesa.

O que era realmente engraçado era o fato de Adrian conseguir fazer com que minhas emoções e pensamentos, normalmente tão organizados e claros, transformassem-se em uma bagunça.

Perdida em meus pensamentos, senti o carro dar um tranco.

-Você deixou o carro morrer? – Perguntei incrédula para Adrian.

-Eu não fiz nada – ele desligou o carro e quando foi dar a partida o carro não ligou. – O que isso significa?

Eu não acredito. Eu estava certa.

-Sage, o que está acontecendo? – Adrian perguntou novamente.

-O que está acontecendo é que você super esquentou o motor com o seu pé enorme no acelerador – disse, não conseguindo conter a minha raiva.

-Ei, não é minha culpa – ele disse olhando para mim como se eu fosse louca. – Mas o que nós fazemos agora?

Respirei fundo, essa seria uma longa noite.

-Seu apartamento é a apenas duas quadras daqui – eu disse. – Vamos para lá e eu vou tentar consertar o motor. Só tente não explodir ele até chegarmos.

Adrian olhou para mim ainda com uma expressão que implicava a possibilidade de eu ser louca, mas ele disse nada.

Ele deu a partida e, felizmente, dessa vez o carro ligou.

Adrian dirigiu vagarosamente pelas ruas e cada vez que seu pé pressionava o pedal com mais força do que era necessário, eu produzia um som irritante com minha garganta que fazia Adrian morder seu lábio inferior.

Se Adrian não tivesse praticamente arruinado o motor de um Mustang 66, eu talvez estaria gostando da situação mais do que era normal.

Pulei do carro no instante em que Adrian estacionara em sua garagem.

-Sage – Adrian disse abrindo sua porta -, agora vamos para o restaurante e amanhã eu vou levar o carro em uma oficina...

Lancei a ele o que eu esperava que fosse um olhar gélido.

-O que? – Eu disse incrédula. – Eu não acredito que você acabou de dizer isso. Você definitivamente não merece esse carro.

Fui correndo em direção ao capô do carro e quando o abri, ouvi Adrian se engasgar com a fumaça que saiu. O que era irônico, considerando o fato de que ele fumara durante anos de sua vida.

-Sydney – Adrian continuou -, eu estou falando sério. Vamos para o restaurante e quando nós voltarmos eu prometo que o carro ainda vai estar quebrado e você vai poder consertá-lo.

Virei de repente para encará-lo e fiquei surpresa com o quanto nossos rostos estavam perto um do outro.

-Eu não acredito – repeti. – Como você pode dizer isso? – Disse com a expressão séria. – O seu carro quebrou, Adrian! Isso é quase tão sério quanto... quanto se você tivesse um filho e ele ficasse doente!

-O quê? – ele disse e dessa vez sua expressão não indicava a possibilidade de eu ser louca, mas sim a certeza.

-É isso mesmo – eu disse. – Um carro é quase como um filho.

-Você não pode dizer que o meu carro é meu filho – ele disse incrédulo. – Ele é mais velho do que eu.

-Só me deixe trabalhar, ok? – Eu disse colocando minhas mãos sobre o peito de Adrian e empurrando-o para longe.

Assim que voltei minha atenção para o motor, percebi que a situação não estava tão grave quanto pensei que estivesse.

Adrian provavelmente só usara muito o carro hoje, então o motor estava sobrecarregado. Lógico, o modo como ele pisava no acelerador não ajudara em nada.

Porém, só para não restarem mais dúvidas, comecei a olhar peça por peça, só para me certificar de que tudo estava bem.

-Sage – ouvi Adrian dizer atrás de mim -, você pode olhar aquela peça para mim, por favor?
Seguindo a direção que o seu dedo estava apontando, agachei um pouco para observar a peça.

-Parece tudo bem – eu disse.

-Oh – Adrian disse fingindo surpresa – mas e a embaixo dessa?

Agachei um pouco mais para ver se havia algum problema com a outra peça.

-Adrian eu acho que está tudo bem – eu disse me virando para encará-lo -, mas se você acha que há algo errado podemos levar o carro para um mecânico olh –

Assim que meus olhos encontraram Adrian, corei. Adrian estava...

-Adrian! Você está encarando a minha bunda? – perguntei, levantando-me depressa.

Ele sorriu e em questão de segundos acabou com a distância entre nós.

Primeiro seus braços envolveram minha cintura, puxando-me para perto. Depois seus lábios foram em direção ao meu pescoço.

-Você simplesmente não pode... – ele murmurou contra minha pele.

-Não posso o que? – perguntei, não conseguindo evitar apoiar minhas mãos no ombro dele.

Eu podia sentir o aroma da colônia de Adrian e sua respiração contra o meu pescoço. Cada movimento fazia meu coração acelerar.

-Sage, você não pode usar um vestido desses – ele disse passando a ponta de seu nariz por minha pele – e esperar que eu não faça nada a respeito.

-E o que você quer fazer a respeito? – Perguntei com a voz tremula.

Ele sorriu e se afastou o suficiente para poder me encarar nos olhos. Não tenho certeza quem acabara com a distância entre nós, mas em questão de instantes meus lábios estavam nos dele.

Meus braços envolveram o pescoço de Adrian e suas mãos pressionaram minhas costas com mais força.

-Nós deveríamos entrar – Adrian disse sem fôlego assim que nos separamos.

-Deveríamos – eu concordei, tentando controlar minha respiração.

Sem outras palavras, Adrian e eu andamos o mais rápido possível até seu apartamento.

Adrian estava com um braço ao redor da minha cintura e eu tentava o mais agilmente andar com os saltos enormes que estava usando.

Chegando à porta, Adrian se atrapalhou para encontrar a chave em seu bolso. O que sem querer me fez soltar um som impaciente.

Quando ele finalmente abrira a porta e nós entramos, minhas mãos foram em direção ao seu rosto, puxando-o para um beijo urgente.

Adrian fechou a porta com seu pé e eu nem me importei com o fato de ele não tê-la trancado.

-Sydney – ele disse entre beijos enquanto me levava em direção ao sofá.

-Por favor, Ivashkov – eu disse com o tom de voz mais elevado do que era realmente necessário – se nós vamos fazer isso temos que fazer do jeito certo.

Peguei sua mão e andei a passos largos em direção ao quarto de Adrian. Eu podia sentir o corpo dele encostando-se ao meu quase como uma carícia enquanto andávamos.
Segundos depois, eu já estava sentada na cama dele tirando os meus sapatos.

Por um momento Adrian apenas me olhou com os olhos cheios de desejo.

-Adrian – eu o chamei e fiquei surpresa com o quanto minha voz soava suplicante.

Sem precisar de mais incentivos, Adrian caminhou em minha direção.

Minhas mãos encontraram a gola de sua camisa enquanto ele me beijava ternamente.

Adrian se sentou ao meu lado na cama e quase instintivamente pulei para o seu colo. Minhas pernas estavam firmes, cada uma de um lado de Adrian.

Eu já podia sentir sua reação a mim, o que só me excitou mais.

Uma das mãos de Adrian estava pressionada logo acima do meu quadril enquanto a outra estava em minha nuca, desmanchando o penteado que eu demorara horas para fazer.

Minhas mãos percorriam o peito de Adrian, sem um rumo certo a seguir.

Após algum tempo, ele me ajudou a tirar seu blazer e suas mãos voltaram as minhas costas, como se elas pudessem me puxar para mais perto.

A mão direita de Adrian desceu por meu corpo delicadamente, até chegar ao topo da fenda do meu vestido.

No momento em que sua mão entrou em contato com a minha pele, uma onda de eletricidade percorreu meu corpo. Adrian hesitou, percebendo a reação que me causara. Ele me olhou nos olhos quase como se estivesse me desafiando a continuar.

Desabotoei os quatro primeiros botões da camisa de Adrian e enquanto minha boca traçava uma trilha de beijos por seu peito, minhas mãos se agarravam ao seu pescoço.

Pude sentir a mão de Adrian explorar minha pele, por onde a fenda permitia. Ele descera a mão até o alto do meu joelho e começara a subir seu caminho de volta.

Quando ele finalmente voltara para o alto da minha coxa, ele subiu ainda mais sua mão chegando à minha bunda.

O toque me pegou desprevenida. Congelei.

Tudo o que fiz foi encostar minha cabeça em seu peito enquanto ele passava a mão sobre a minha calcinha.

Normalmente, Adrian era extremamente delicado comigo, como se eu pudesse quebrar a qualquer segundo. Mas hoje ele estava diferente.

Adrian me deitou na cama e jogou seu corpo em cima de mim.

Era como se cada centímetro que nos separava fosse um abismo. Eu precisava dele mais do que gostava de admitir.

Ele levantou meu vestido até o alto da minha coxa, facilitando o acesso da sua mão às minhas partes íntimas. Seus lábios nunca deixavam meu pescoço.

Uma de minhas mãos estava cravando as unhas nas costas de Adrian enquanto a outra segurava firmemente o lençol, como se para me estabilizar.

Adrian se afastou um pouco e começou a esfregar seu rosto contra meus seios e meu abdome, ainda cobertos pelo vestido.

Sem dizer nada ele se levantou um pouco, foi em direção às minhas pernas e tirou minha calcinha.

Fechei meus olhos enquanto Adrian voltava a ficar em cima de mim. Eu pude sentir seus lábios voltarem para meu pescoço e caminharem lentamente até a minha orelha.

Mordi meu lábio inferior quando senti a mão de Adrian voltar para a minha intimidade, desta vez desprotegida sem a calcinha.

Um de seus dedos ameaçava entrar em mim a qualquer momento, o que fez minhas mãos se apoiarem fortemente nas costas dele.

Arfei quando Adrian finalmente entrara em mim e sem pensar, abri ainda mais minhas pernas.

Adrian riu com o som que fiz, e começou a massagear-me.

Eu não conseguia respirar. Eu não conseguia pensar. Cedo demais, sua mão deixara meu corpo.

-Adrian – eu disse em uma mistura de suspiro e gemido. Minhas mãos foram em direção ao zíper da calça dele.

-Calma, Sage. – Adrian disse com um sorriso torto, capturando minhas mãos. – Nós vamos chegar lá.

Ele entrelaçou nossos dedos e voltou a me beijar. Meus lábios respondiam aos dele em sincronia.

-Sydney – Adrian disse se afastando novamente –, você está deslumbrante com esse vestido, mas –

Sem outras palavras ele me levantou um pouco e eu obedientemente o ajudei a tirar meu vestido.

Assim que nos vimos livre do tecido, os lábios de Adrian foram de encontro aos meus mais uma vez.

Lentamente, suas mãos percorreram meu corpo nu, causando arrepios por onde passavam.

-Adrian – eu disse com a voz fraca.

-Sim, Sage? – ele disse com a voz abafada enquanto mordiscava levemente meu seio esquerdo.

O que eu estava tentando dizer era que eu achava extremamente frustrante eu já estar completamente sem roupa quando Adrian ainda estava inteiramente vestido.

Fiz minhas mãos desabotoarem os últimos botões da camisa de Adrian. Ele levantou uma sobrancelha quando eu tirei sua camisa com mais força do necessário, mas não disse nada.

Dessa vez quando rapidamente fui em direção a sua calça ele não me impediu. Na verdade, ele até me ajudou a tirar sua calça e sua cueca de uma vez só.

-Sydney Katherine Sage – ele sussurrou meu nome assim que o senti em minha entrada.

Eu olhei uma última vez em seus olhos verdes, que olhavam para mim como se eu fosse algo radiante, antes dele finalmente penetrar em mim.

Fechei meus olhos e permiti que nós atingíssemos a sincronia que sempre tínhamos quando estávamos juntos.

Nossos quadris se moviam em completa harmonia, cada membro de meu corpo chorava por Adrian.

Quando abri meus olhos encontrei os mesmos olhos verdes olhando para mim com a mesma intensidade de antes; talvez até maior.

Adrian me beijou, dessa vez mais suavemente. Ele aumentou o nosso passo, causando-me uma onda de prazer tão grande que sem perceber mordi o ombro dele com força.

Nós dois começamos a gemer e dizer coisas incompreensíveis quando chegamos ao nosso ápice. Porém, mesmo não entendendo exatamente as palavras, nós dizíamos a mesma coisa: nós necessitávamos um do outro.

-Eu te amo – ele disse respirando com dificuldade assim que nos separamos.

-Eu também te amo – disse depois de um tempo, enterrando meu rosto no peito dele -, mas eu estou brava com você.

-Por quê? – Adrian perguntou assustado.

-Você tem alguma ideia de quanto tempo eu demorei me arrumando? E você simplesmente acabou com tudo em menos de duas horas.

Adrian riu, fazendo seu peito tremer.

-Sage, você está sempre maravilhosa – ele disse. – Você é linda.

Olhei para seu rosto, esperando ver algum traço de brincadeira.

-Eu estou falando sério, Sydney – Adrian disse olhando para mim.

-Eu sei – eu disse mais para mim mesma do que para ele. Essa era a parte difícil de acreditar, ele realmente estava falando sério.

-E de qualquer modo – Adrian continuou -, eu fiz um favor para você.

Quando levantei minha sobrancelha, ele continuou.

-Eu me esqueci de fazer a reserva no restaurante – ele disse-, nós provavelmente esperaríamos um bom tempo na fila de espera.

Balancei minha cabeça incredulamente, mas não pude evitar sorrir e beijar levemente peito de Adrian.

Afinal, esse realmente fora o melhor primeiro encontro da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Então... eu sei que, bem, isso não foi exatamente um encontro, mas o Adrian e a Sydney não são um casal típico também.
Estou com medo de perguntar: o que acharam?
Beijos ;*