Nick e Greg estavam trabalhando em um caso complicado. Eles sabiam que o homem tinha estuprado e matado a mulher, porém não tinham como provar. Nick estava sentado na mesa avaliando as evidências novamente, e Greg estava sentado do outro lado da mesa estava relendo os relatórios e revendo as fotos da cena.

- Que porre Nick, não tem bosta nenhum aqui – disse Greg frustrado.

Nick concordou. Ele estava um pouco mais calmo que o amigo, que estava frustrado, chateado de mal-humor.

- Eu não sei mais o que fazer Nick – disse Greg.

- Calma Greg. Vá para casa, descanse, depois você volta – falou Nick – Está aqui a uns três turnos, não?! – questionou o moreno.

- É, mais ou menos. Mas não vou deixar você aqui sozinho.

Nesse instante Grissom entrou na sala e olhou os dois, depois ele disse:

- Resolveram o caso?

- Não chefe – disse Greg.

- Então por que estão batendo papo?!

- Desculpe, não vai mais acontecer – disse Greg de cabeça baixa.

Grissom estava pegando pesado com ele. Ele era novato, mas tinha que trabalhar direito, já faziam uns bons tempos que estavam só nesse caso.

- Chefe eu estava falando para o Greg ir para casa, descansar, pois já faz mais ou menos três turnos que ele está fazendo direto. – disse Nick.

- Greg então vá para casa, descanse, depois você volta.

- Não chefe. Estou bem.  – replicou Greg.

- Não é um pedido. – acrescentou Grissom – E se não for para casa vou te tirar do caso.

Greg assentiu e saiu da sala.

- Nick vá também – disse Grissom – Eu vou dar uma olhada no caso, ok?

- Okay – respondeu Nick saindo da sala.

Eles se encontraram no vestiário, Greg estava pegando suas coisas quando Nick perguntou:

- Quer ir tomar um café comigo?

- Não, obrigado – respondeu Greg.

Greg fechou o armário e foi para o carro. Lá ele entrou no banco do motorista e socou o rosto no volante.

- Que droga! Por que amar é tão difícil?! – perguntou-se.

Ele ligou o carro e foi para casa.

Nick pegou suas coisas e desceu para o estacionamento. Lá ele entrou no carro e bateu em sua bochecha.

- Que droga! Devo ser muito babaca. Ele não é gay, ele não gosta de mim do jeito que eu gosto dele! – falou Nick.

Ele deu partida no carro e foi para casa. Chegando lá ele tirou a roupa e entrou foi tomar banho. No banho ele pensava:

- Como posso estar apaixonado pelo meu melhor amigo? Isso não podia acontecer. Quer dizer, podia ser com qualquer pessoa, menos ele. É tão difícil. Eu amo tanto ele, e ele nem percebe. Quando eu falo com ele me sinto bem, quando o vejo sorrir fico contente, quando ele vem com aquelas piadinhas mais sem graça eu fico feliz, pois sei que ele está feliz... Mesmo quando ele fala que está a fim de alguém, se ele estiver feliz com essa pessoa, eu estou feliz. Eu queria tanto contar a ele o que sinto, queria tanto poder tocá-lo, beijá-lo...

Nick resolveu logo tirar esses pensamentos da cabeça, ou pelo menos tentar, então terminou de tomar banho e foi dormir.

“Estava ali, sentindo o gosto do beijo de Greg. Ele me ama. Que felicidade. Ele me abraçava, me beijava, dizia que me amava... O que seria isso? Um sonho? Devia ser, algo mágico assim só em sonho. De repente avistei alguém pegando meu Greg pelo braço e o puxando para longe de mim. Eu gritava, eu chama por ele, mas nada. Quero acordar!”.

Nick se sentou rapidamente na cama. Aquilo tinha sido um sonho. Ele sentia um aperto enorme no coração, pensou em ligar para Greg, para ver se ele estava bem, mas pensou que o loiro poderia estar dormindo. Então ele se levantou, foi até a cozinha, tomou um copo d’água e voltou para a cama. Mas não conseguiu dormir. Greg não deixava.

XXX

Enquanto isso, não muito longe dali, Greg estava deitado em sua cama pensando num moreno, de olhos cor de chocolate...

- Eu preciso conversar com alguém – pensou Greg.

Ele pensou em ligar para uma das meninas. Mas qual? Sara ou Catherine? Ele não sabia em quem confiar mais. Pensou em Sara, a via como uma irmã mais velha, e depois pensou em Catherine, a via como uma mãe, sempre lhe dando broncas, conselhos, perguntando se ele tava bem...

Ele ligou para Sara, porém ninguém atendeu, então ligou para Catherine.

- Willows – atendeu Catherine.

- Hey Cath. Aqui é o Greg.

- Oi Grego, tudo bom?

- Bom Cath mais ou menos, eu queria desabafar com alguém, e esse alguém é você.

- Ta bom... Já já eu chego aí.

- Ta bom. Beijo.

- Outro.

Depois de uns 15min Catherine chegou à casa de Greg.

- Oi Greg.

- Oi Cath, entre.

Ela entrou e se sentou no sofá dele.

- O que você tem? – perguntou ela apreensiva.

- Eu não sei ao certo como te contar Cath – disse ele meio envergonhado.

- Bom, comece se sentando.

Ele sorriu nervosamente e se sentou no sofá ao lado da loira.

- É que pra começo de conversa, eu sou... Hum... Gay. – disse Greg corado.

Catherine sorriu e o abraçou.

- Você é feliz sendo gay? – perguntou ela no ouvido dele.

- Sim.

- Então está tudo ótimo. Se para você está bom, para mim e para os outros está ótimo.

Ele assentiu. Agora estava mais seguro.

- Não é só isso né? – perguntou ela se afastando do abraço.

- Não, não é.

Ele esperou um minuto e começou a falar:

- Cath eu amo muito um homem, mas ele não tem olhos para mim, quer dizer, ele é heterossexual, e eu sou gay. Mas eu to amando muito ele, muito mesmo. Quando eu o vejo tenho vontade de beijá-lo, de dizer que amo ele, de falar que sem ele não sou nada... Mas tenho medo. Medo de que se eu falar isso para ele, ele pare de falar comigo. Tenho medo de perder a amizade dele... – agora Greg já tinha lágrimas nos olhos.

Catherine viu que ele amava muito o tal homem, e que se contasse os seus sentimentos podia colocar tudo a perder.

- Quem é o homem? – perguntou a loira segurando nas mãos dele.

- Eu não sei se devo contar. Acho que você vai rir de mim.

- Sou sua amiga. Estou aqui, não? Pode me falar, não contarei a ninguém.

- Ér... É o Nick.

- Puta merda, o Nick não é gay, com certeza não, e se for ele esconde muito bem que é... Como vou ajudar Greg?! – pensou Catherine.

- Cath como se faz para parar de amar alguém?

- Não... Não fala isso. Amar é tão bom Greg, amar é sinônimo de viver... Eu vou te ajudar, ta bom?!

Era uma pergunta retórica.

- Ta bom Cath... Mas e se você não conseguir?

- Eu vou conseguir.

Ele a abraçou e deixou algumas lágrimas caírem. Depois de uns minutos Catherine foi embora. Mas agora ela tinha que ajudar Greg.

XXX

No dia seguinte no lab...

Nick e Greg estavam analisando de novo todas as evidências, todas as fotos, relatórios, tudo. Grissom tinha colocado Sara para ajudá-los. Ela estava olhando os vídeos enquanto Nick olhava os relatórios e Greg as fotos.

- Achei algo – disse Sara.

Os dois homens se aproximaram dela e viram o vídeo. O assassino deles entrou na casa da vítima as 22:33 e saiu de lá as 22:57. Tempo o suficiente para matar a mulher.

- Nick que horas que a vítima faleceu? – perguntou Greg.

- Entre as 22:35 e 23:00. – disse Nick.

Eles se olharam e sorriam.

- FINALMENTE – disse Greg super feliz. Tinham pegado o cara.

Greg abraçou Sara a pegou no colo e a rodou, depois soltou-a. Nick também abraçou Sara. Depois disso o celular de Sara tocou e ela teve que sair, deixando os dois homens felizes sozinhos. Eles não agüentaram de felicidade e se beijaram. Foi um selinho, mas foi o suficiente para isso mexer com os dois. Quando se separaram Greg disse:

- Eu... Ér... Me desculpa, eu... Ahn... Tenho que ir – disse saindo da sala rapidamente.

Ele se dirigiu rapidamente para o vestiário, lá ele encontrou Grissom e perguntou:

- Grissom não estou muito bem, posso sair mais cedo?

- Ta bom Greg, mas depois você me entrega o relatório do caso. Mas o que você tem?

- Acho que estou ficando doente, sabe?! To com uma dor no corpo todo e com uma imensa dor de cabeça...

Greg não estava mentindo. Realmente achava que estava ficando doente e também estava com dor de cabeça, então não era uma mentira.

- Ta bom Greg. Pode ir, se cuide.

Greg sorriu, ele pegou suas coisas e foi para o estacionamento. Lá ele encontra Catherine que vê que ele não está muito bem, então pergunta:

- O que você tem Greg?

- Cath eu e o Nick nos beijamos.

Catherine ficou estática por uns segundos.

- Mas isso não é bom?! – questionou.

- Não... Não sei! – exclamou confuso.

O celular de Catherine tocou, ela olhou no visor e disse:

- Greg eu tenho que ir, mas depois a gente se fala, ok?

- Okay.

Greg entrou no carro e foi para casa, lá ele só ficava pensando no beijo. Ele estava contente e triste. Contente por ter sentido o gosto de Nick, mas triste por ter provavelmente acabado com a amizade deles.

Enquanto isso no laboratório Catherine estava procurando Nick, precisava falar “uma palavrinha” com ele.

- Finalmente! – exclamou Catherine ao ver Nick.

- O que? – perguntou ele.

- Finalmente te achei. Podemos conversar?

- Ta...

Ela viu que no rosto dele tinha um semblante de curiosidade, misturado com confusão...

- Preciso ser direta, ok?

- Okay.

- Você é gay ou bi?

A feição de Nick agora era de medo.

- C-c-co-m-m-o assim-m?! – perguntou gaguejando.

- Nicky qual é sua opção sexual?

- Por que você quer saber?

- Só responda.

- Eu sou bi – respondeu.

Ele abaixou o rosto, estava muito vermelho.

- Você está a fim de alguém? – perguntou Catherine.

- Cath! Isso não é pergunta que se faça. – respondeu ele.

- Responde.

- Sim!

- De quem?

- Não vou falar.

- O que você sentiu quando beijou o Greg?

- Por que você quer saber essas coisas? Isso te ajuda em algum caso?

- Somente responda. Nick não contarei a ninguém essas coisas.

- Ta... Eu to a fim de um homem... E o homem é o Greg, e eu me senti bem por um lado, pois estava beijando ele, mas por outro lado fiquei totalmente triste, porque agora ele nunca mais vai querer falar comigo.

- Puta que pariu! Eles se amam e não sabem disso! Eu preciso ajudá-los. – pensou Catherine.

- Cath por que você quer saber disso?

- Nick eu tenho que te contar uma coisa, e você tem que fazer a coisa certa.

- O que? Eu to ficando assustado.

- O Greg te ama! Corre atrás antes que seja tarde! Você não tem ideia do quanto ele te ama – disse Catherine.

- Como você sabe disso?

- Ele me contou.

- Eu tenho que falar com ele. Tchau Cath, te amo loira. – disse Nick dando um beijo na bochecha dela.

- Nick! Se cuida.

- Pode deixar.

XXX

Nick parou o carro em frente a casa do Greg, desceu rapidamente, e tocou a campainha, estava muito ansioso e nervoso.

- O que devo dizer? “Oi Greg eu te amo”? Não não... Esquisito de mais. Talvez “Oi, podemos conversar?” É, acho que assim soa mais ‘normal’. – pensou Nick.

Do outro lado da porta...

Greg tinha visto pelo olho mágico que era Nick. Então resolveu não abrir a porta. Ele ficou quieto esperando que Nick fosse embora. O que não aconteceu. Nick não ia embora. E ele também não ia abrir a porta.

Depois de duas horas esperando Nick resolveu ir embora. Achou que Greg não estava em casa. O mais novo ficou aliviado ao ver que Nick tinha ido embora.

Greg se deitou na cama e deixou umas lágrimas caírem. Ele olhou para o espaço que tinha ao seu lado na cama e imaginou Nick ali, deitado, sorrindo para ele.

Logo ele afastou os pensamentos de sua cabeça e resolveu tentar dormir. O que foi em vão. Agora a dor no corpo era maior. Realmente ia pegar um resfriado ou gripe. Como já estava perto da hora do turno começar ele se levantou e se trocou, escovou os dentes, penteou o cabelo e foi para o lab.

Chegando lá ele foi para a sala de descanso, ele se sentou no sofá e espirrou. Sara e Catherine que estavam na sala olharam para ele e falaram:

- Saúde!

- Amém – respondeu ele sentindo o nariz tapar.

- O que você tem Greg? – perguntou Sara.

- Gripe, resfriado sei lá. – respondeu ele.

Nesse instante Nick entrou na sala de descanso e seu coração acelerou ao ver Greg.

- Sara vamos no vestiário comigo? – perguntou Catherine sentindo um clima entre os dois.

- Vamos, eu tenho que pegar uma coisa lá. – respondeu Sara.

- Esperem eu vou com vocês – disse Greg. – Tenho que pegar minhas coisas

Ele estava fugindo do Nick. Não queria falar com ele e nem olhar na cara dele.

XXX

- Greg vá pra casa, você não está bem – disse Sara ao amigo.

Eles estavam em uma cena de crime analisando a casa e Greg estava quase morrendo. Sara estava com o quarto, Greg com o banheiro e Grissom com a sala.

- Greg você está bem? É a sua asma?!

- Acho que sim. Eu esqueci a bombinha em casa. Droga!

De repente Grissom aparece na porta do banheiro e diz:

- Greg vá para casa, ou passe no hospital. Você não está bem.

- Grissom...

- Vou ligar para o Nick. Ele vem te pegar e te leva para casa.

- Mas ele está numa cena – argumentou Greg.

- Sem problemas, a Cath pode segurar o caso sozinha.

Grissom ligou para Nick e pediu que levasse Greg para o hospital. Nick pegou Greg, que agora estava ofegante por conta da asma.

Nick estava nervoso com a situação. Nunca tinha visto o Greg assim. Ele não sabia o que fazer então segurou na mão dele e continuou a dirigir. Chegando no hospital Greg passou na frente de todos, por conta da situação que estava e foi internado.

Nick estava aflito, então ele ligou para Grissom e contou o que tinha acontecido. Grissom ficou preocupado, pois ele via Greg como um filho. Ele disse que assim que pudesse ele dava uma passada no hospital.

- Doutor como o Greg está? – perguntou Nick ao ver o médico.

- Está em observação. Ele tomou alguns remédios, mas agora ele está dormindo. Não, não pode receber visitas até acordar. Ele vai ficar bem.

- Obrigado doutor. – disse Nick desapontado.

- Olha Sr. Stokes acho que o senhor deve ir para casa, ele só vai acordar amanhã. Descanse, ele precisa de pessoas inteiras!

Nick assentiu. Ele resolveu seguir o conselho do médico. Ele foi para casa e tentou dormir.

XXX

No dia seguinte na hora do almoço Greg tinha acordado e se sentiu triste. Não tinha ninguém no quarto com ele. Não que ele esperasse que alguém fosse ficar com ele, mas...

Quando a enfermeira entrou no quarto para servir o almoço ele perguntou:

- Hey você sabe se tem alguém na sala de espera para me ver?

- Não tem ninguém não Sr. Sanders, eu sinto muito – disse ela com um olhar triste.

- Eu não to com fome – disse ele olhando o prato de sopa.

- Aqui as regras são claras, enquanto você não comer pelo menos metade o prato não sai daqui.

- Okay.

A enfermeira saiu do quarto deixando Greg e o seu prato de sopa. Ele viu que seus pertences estavam dentro do pequeno armário, não tinha vontade de levantar. Ele olhou novamente para o prato de sopa e ficou “tomando” coragem para almoçar.

Depois de eternos minutos olhando a sopa ele viu uma loira de olhos azuis entrar no quarto. Era Catherine.

- Oi Greg! Como você está? – perguntou ela depositando vários beijos pela face dele.

- Bem... – disse ele se sentindo melhor.

- Fiquei preocupada com você! Assim que soube que tinha acordado eu vim.

Ele sorriu.

- Estou atrapalhando seu almoço, né?

- Que nada Cath... Não estou com fome.

- Mas tem que comer. E se for preciso dar na sua boca a sopa...

- Não! Eu não sou um bebê!

- Você sempre será o bebê do lab Greg!

- Haha, uma vez mais novo, sempre mais novo.

Nesse instante Nick entrou no quarto e observou seu amado. Ele queria ir até ele, queria beijá-lo, abraçá-lo, tocá-lo, mas Catherine estava lá.

- Greg eu tenho que levar a Linds no colégio, então se cuida, viu?! – disse Catherine depositando um beijo na testa dele.

Ela saiu do quarto, deixando os dois homens sozinhos. Greg olhou para a sopa e para o Nick então optou pela sopa. Ele começou a almoçar, não tinha pressa de acabar de comer aquela sopa ruim.

- Posso? – perguntou Nick apontando para a cadeira ao lado da cama de Greg.

Greg deu de ombros e voltou sua atenção a sopa. Depois de comer mais da metade do prato e ver que Nick não ia sair dali tão cedo ele desistiu de comer.

- Podemos conversar? – perguntou Nick.

- Fala.

- O que você sente por mim?

- Amizade – mentiu o loiro.

Nick engoliu em seco. Agora ele estava com medo, medo de Catherine ter mentido pra ele, medo de falar para Greg o que sente e perder a amizade, medo de não conseguir beijá-lo, de falar que amava ele...

- O que aquele beijo significou para você?

- Nada Nick – mentiu Greg novamente. Ele sentiu uma enorme dor invadir seu peito, seus olhos começaram a arder.

- Não vou dar esse gostinho a Nick, ele pensa que pode sair perguntando o que bem entender?! Pois está muito enganado! Não pode! Eu não quero ser um brinquedinho pra ele. Se eu contar pra ele o que sinto, serei eternamente zoado por ele! – pensava Greg.

 - Eu preciso te contar uma coisa – disse Nick juntando coragem.

- O que?

- Eu te amo. Sempre amei, amo, e sempre vou amar. Aquele beijo significou muito para mim, eu penso em você o dia inteiro. Meu coração acelera quando eu te vejo, e quando você sorri, ou faz aquelas piadinhas idiotas... Aaah... Quando você fica cantando todas as mulheres do lab eu fico triste, pois sei que se você me cantasse eu não resistiria e iria te beijar. Mas se você estiver feliz, seja com quem for, eu não vou tirar sua felicidade... Ontem quando você passou mal eu senti um enorme aperto no coração, pois a ideia de perder você me dói tanto...

- Nick...

- Shiiii, para, eu preciso terminar de falar. – cortou – Eu sonho com você. Eu fico fantasiando minha vida com sua presença... Mas eu sei que isso nunca vai acontecer, pois você não me ama. E nunca vai amar... – disse Nick já chorando.

Nick limpou as lágrimas, mas elas ainda teimavam em cair, então ele desviou o olhar de Greg e ficou observando as mãos.

- Vou deixar ele sofrer mais um pouquinho. MUAHAHAHAHA – pensou Greg.

- Eu vou embora – disse Nick depois de 15min.

- Okay, já passou o tempo que ele deve sofrer. – pensou Greg.

- Nick – disse Greg chamando-o.

- Não Greg. Não quero ouvir. Eu já sei. Eu ouvi. O beijo não significou nada, e você não sente nada por mim. – disse Nick saindo da sala.

- BURRO BURRO BURRO BURRO E BURRO!!! – pensou Greg – Eu quis me fazer de difícil e agora o Nick não quer me ouvir! Ele me ama. E eu amo ele. O que eu fiz?! – perguntava-se Greg.

Ele começou a chorar e a se culpar. Não acreditava que tinha feito aquilo.

XXX

Nick entrou no carro chorando e foi para casa chorando. Chegando lá ele deitou na cama e começou a chorar. Estava chorando por, primeiro, ter perdido a amizade de Greg, segundo, por ter acreditado nas palavras de Catherine, terceiro, por ter falado seus sentimentos para o Greg. Ele estava aliviado por isso, mas ele precisava chorar.

Nick acabou dormindo enquanto chorava. Ele sonhou novamente com Greg. Dessa vez ele e Greg estavam fazendo amor, estavam juntos, dividindo uma cama, uma casa...

Depois de 4 horas dormindo ele levantou e foi tomar banho. Agora ele estava mais calmo, e se conformando. No banho ele ficou lembrando os bons momentos que teve com Greg e chorou mais um pouco.

XXX

Greg estava muito mal. Ele já tinha chorado bastante, agora ele tinha que falar com Nick. Tinha que concertar a burrada.

Ele se levantou e pegou o celular que estava dentro do armário e discou o número de Nick. Que ignorou a ligação.

Depois de tentar várias vezes ligar pra Nick desistiu. Nick ignorava todas as ligações de Greg. Ele não parava de pensar em Nick. Não conseguia. Ele ficou pensando tudo o que passou com Nick, todas as risadas, todas as vezes que saíram para beber...

Por fim ele dormiu enquanto ficava pensando nisso.

XXX

Uma semana depois Greg foi liberado do hospital. Todos estavam lá. Até Nick. O que surpreendeu o loiro. Ele sabia que não tinha nada de mais, tinha sido só uma crise de asma, e mesmo assim todos estavam lá, perto dele. Nos momentos bons e tristes.

- Nossa gente eu nem sei o que dizer – falou Greg meio abobalhado.

- Diga obrigado – sugeriu Sara sorrindo.

- Haha, obrigado! – disse ele.

Eles deram boas vindas ao Greg de novo e Catherine ficou responsável por ele. Ela o levou para casa, mas no caminho deu umas broncas nele.

- Greg o que você e o Nick conversaram semana passada hein? Ele ta super estranho comigo.

- Cath eu sou um idiota, ele falou que me amava, e tals, ele até chorou. Aí eu pensei ‘vou me fazer de difícil’ aí quando ele falou que ia embora, eu chamei ele, mas ele disse “não! Você já disse que não me ama” ou algo assim.

- Bonito Greg, muito bonito! Agora ele nem olha na minha cara, deve ter achado que eu tava mentindo!

- Por que mentindo?

- Porque eu disse pra ele correr atrás de você, antes que seja tarde. E aí você me fala que não o ama!

- Oh Cath, desculpe... Eu... Não sabia! – disse se sentindo culpado.

- Ta, mas você já falou com ele?

- Não... Ele me ignora. Acho que depois vou na casa dele.

- Ta bom, mas se cuida, viu?

- Okay! Por que vocês falam comigo como se eu fosse uma criança?

- Porque você é a criança.

- Eu tenho 28 anos!

- E eu uns 15 anos a mais... Você é o bebê do lab, viu?!

- Ta... Chegamos! – exclamou ele. – Obrigado Cath! Você é uma amigona!

Ele saiu do carro e entrou em casa. Ele olhou tudo em volta e suspirou.

- Lar doce lar! Agora preciso concertar a cagada que eu fiz...  – pensou Greg.

Ele pegou o telefone e ligou para Nick. O mesmo ignorou Greg. Queria distância dele, o que o Greg tinha falado tinha machucado muito.

Greg sabia que ele estava no laboratório então ele pegou as chaves do carro e foi para o laboratório. Assim que entrou ele viu Nick, o mesmo o viu então começou a andar pelo lab com a esperança de que Greg não o achasse. O que foi em vão, lógico.

Para fugir de Greg Nick entrou numa sala escura, e vazia e ficou imóvel. Greg entrou na sala e começou a tatear a parede tentando achar o interruptor. Mas ele não achou o interruptor, e sim o peito de Nick.

- Nick?

Nick não tinha saída então respondeu.

- Greg.

- A gente precisa conversar. – disse Greg.

Nick engoliu em seco e ficou muito aliviado por lá estar escuro.

- Aquele dia, no hospital. Eu menti pra você, pois achei que você não me amava e tals, achei que você só ia brincar comigo, se eu falasse que o amava. E depois quando você falou que ia embora, eu tinha te chamado, por que eu queria dizer que o amava também. Eu fui um idiota Nick, talvez agora você já tenha seguido em frente, eu não sei, mas quero que saiba que eu te amo e sempre vou te amar. – confessou Greg.

Nick pegou na mão de Greg e o puxou para mais perto.

- Eu não segui em frente. Eu te amo, sempre amei, e sempre vou amar. – disse o mais velho.

Depois disso Nick o beijou, um beijo calmo, cheio de paixão, um beijo onde puderam sentir o outro um beijo que seria o primeiro de muitos... Eles se separam por um segundo e em meio a escuridão Nick viu os belos olhos de Greg e o beijou novamente, mas dessa vez a mão boba dele foi passando por debaixo da blusa de Greg, causando arrepios no mais novo.

Eles fizeram amor ali mesmo, dentro da tal sala escura. Agora eles tinham certeza do que sentiam, não estavam ligando para o que os outros iam pensar, o que importava eram eles.

- Te amo meu pequeno – disse Nick.

- Eu também te amo honey.

- Você aceitar namorar comigo?

- Oh Nick! Que pergunta! Claro que aceito. – respondeu Greg.

Depois disso eles ficaram mais uns minutos na tal sala e saíram. Cada um para seu canto, sem ninguém suspeitar de nada.