Uma vez que estavam sozinhos na casa antiga, Cassandra sentou-se no sofá levando as mãos ao próprio rosto.

- Foi assustador, tenho certeza de que havia alguém, ainda bem que o encontrei, não sei o que poderia ter acontecido. - disse.

- É natural que esteja assustada, mas não se preocupe, posso ficar essa noite se preferir, está segura comigo. - as mãos de Matt seguraram as da jovem entre as suas.

De repente ela ergueu os olhos pra fitá-lo e o medo que estivera sentindo passou, pois começou a se concentrar na beleza daquele rosto másculo. Matt agia como um perfeito cavalheiro se oferecendo para ficar ali e protegê-la, mas seu estilo era selvagem de um jeito que a atraía perigosamente.

- Não quero incomodá-lo. - ela disse, mas a verdade era que desejava que ele ficasse naquela noite.

De repente ouviu o barulho de uma trovoada e uma chuva começou a cair.

- Parece que não tenho mesmo muita escolha. - sorriu brincalhão tentando aliviar o clima.

Diante daquelas circunstâncias, Cassy levantou-se decidindo ao menos tornar aquela noite mais agradável para seu hóspede.

- Que tal uma bebida? Um pouco de rum talvez possa ajudar a aliviar o frio, posso acender a velha lareira. - ofereceu, ela mesma sentia que precisava de uma bebida para aliviar a tensão daquela noite.

- Uma ótima idéia, mas pode deixar que eu mesmo acendo enquanto você serve. - disse Matt enquanto se aproximou do local que não era usado a muito tempo.

Não foi muito difícil acender, a casa podia ser antiga, mas ao menos a lareira havia sido modernizada, a herdeira dos Velkan a havia trocado para uma lareira elétrica dois anos atrás para se aquecer melhor nas noites frias da colina.

Colocou dois copos de rum na mesinha e serviu, Matt elevou um dos copos.

- De onde venho não costumamos beber sem brindar, dizem que dá má sorte. - disse Matt divertido.

Cassandra conhecia bem aquela lenda, Alder sempre dizia isso quando abria uma garrafa " Beber sem brindar, sete anos sem transar".

Sentiu as faces esquentarem ao lembrar-se disso e Matt percebeu, rindo.

- Não acredito muito nessas coisas. São apenas lendas. - falou a Velkan.

- Bem, não custa nada prevenir, nunca se sabe, afinal algumas lendas também podem ser verdade. - o tom de voz do jovem tornara-se misterioso, quase como se ele se referisse a outras lendas.

- Que seja, a que quer brindar? - perguntou decidida a fazer a vontade de Matt, afinal não custava nada agradá-lo com um simples brinde já que ele estava lhe fazendo um favor de não deixá-la sozinha naquela noite.

- Aos seus antepassados, os Velkan, já que falamos sobre lendas, Cassy. - ele estendeu o copo na direção do dela até tocá-lo fazendo um pequeno barulho.

Cassandra estranhou, mas não fez objeção, invés disso virou o pequeno copo sentindo o líquido queimando por sua garganta seguido de uma tontura agradável, pois não havia comido nada na ONG naquele dia e por causa disso o álcool fez efeito rápido. Ela não foi à única que sentiu a temperatura aquecer, apesar da chuva lá fora, o interior daquela casa havia se tornado quente de repente e Matt reagiu tirando a própria blusa.

- Ficou quente de repente aqui dentro, não é? - falou enquanto a encarava com seu sorriso branco.

Cassy não conseguia desviar os olhos de Matt, seu corpo tão bem definido era como um ímã para seus olhos. Sentia vontade de tocá-lo, se jogar nos braços dele, mas apesar do rum, não tinha coragem pra isso.

- É, talvez tenhamos exagerado em acender a lareira. - ela disse.

- Não acho que seja apenas a lareira. - de repente seus olhos começaram a brilhar com desejo, pela maneira como ele a despia com o olhar, Cassandra teve a certeza de que a atração era recíproca.

Lembrou-se de Alder e do que ela diria em um momento como aqueles, não precisava de esforço pra saber que conselho ela daria: "Precisa se jogar mais, Cassy, aproveite o momento". Quase podia ouvir a voz da ruiva em sua mente.

Aproximou-se de Matt até ficar bem perto dele encarando-o e sorrindo de maneira sugestiva, ele não precisou de palavras pra entender que ela o queria.

Rapidamente puxou-a pela cintura de forma que seu corpo ficasse junto ao seu e a beijou, um beijo forte e cheio de desejo, Cassy podia sentir o ritmo dos batimentos cardíacos de Matt acelerados, sua pele era quente como nunca havia imaginado que poderia ser e ele invadia sua boca com a língua.

Ela pressionou o corpo mais ainda contra o dele chegando a sentir sua ereção coberta pelo tecido da calça jeans que ele estava usando, abraçou-o pelas costas enquanto passava as unhas de leve por aqueles músculos.

Matt ergueu-a do chão com facilidade e a levou para o sofá, sentando ali com ela em seu colo, acomodada com uma perna de cada lado do corpo de Matt, Cassy beijou seu pescoço com ousadia, agora não havia mais inibição, estava entregue aos seus desejos, lambeu-lhe a pele de forma animalesca subindo até chegar à boca do jovem onde mordiscou.

O calor subia pelo seu sangue e sentiu alívio quando ele retirou sua blusa deixando-a apenas com o sutiã de renda que ela estava usando, vermelho. 

As mãos de Matt percorriam sua cintura enquanto aprofundava o beijo, logo elas encontraram o caminho para seus seios e ele percebeu que cabiam exatamente em sua palma como imaginara, deitou-a no sofá abaixando a peça de renda começando a provar os seios de Cassy com a boca, sugando os mamilos de maneira forte, mas causando um imenso prazer para a morena que se contorcia em espasmos.

Já sentia a calcinha molhada por dentro da calça e sem perceber arranhava as costas de Matt enquanto ele descia a língua por sua barriga lisa.

Dedos hábeis desabotoavam-lhe a calça jeans e e seguida Matt a puxou, deixando a calcinha exposta. Engatinhou até Cassy novamente e levando os dentes até o cós da peça íntima começou a tirá-la com a boca até que ela estava completamente nua deitada naquele sofá, mas não pretendia ser a única despida por muito tempo.

Levantou-se e avançou para Matt empurrando-o de forma que ele caiu sentado no sofá e logo em seguida ela desabotoava a calça do jovem abaixando-o junto com a boxer que ele estava usando e conforme já havia percebido antes pelo volume, seu membro não deixou a desejar, era grande e estava duro como pedra, ela mal podia esperá-lo para tê-lo dentro de si, então se sentou sobre seu colo de forma que ele a penetrava.

As mãos firmes de Matt seguravam-lhe a cintura enquanto ela subia e descia sobre aquele membro duro que a preenchia completamente, ele era bem melhor do que Lazlo e a satisfazia, ela nem sequer lembrou-se de usar um preservativo, atitude irresponsável já que não conhecia Matt o suficiente pra saber se ele possuía alguma doença contagiosa embora ele parecesse forte e em perfeita saúde. Uma gravidez não seria um problema já que alguns meses antes tomara um injeção anticoncepcional quando ainda saía com Lazlo e ainda estava dentro do prazo da validade embora não tivesse se deitado com ninguém desde o rompimento, ao menos esse risco não corria.

Arranhava as costas de Matt enquanto aumentava o ritmo, seus quadris indo de encontro ao dele, arqueou o corpo pra trás e sentiu que as unhas dele também cravavam contra sua pele, mas como foi que não havia notado que ele as tinha tão grandes? A dor não era de todo ruim, tornava apenas as coisas mais prazerosas e selvagens, o que combinava com ele.

O orgasmo se aproximou de forma violenta causando espasmos por todo seu corpo ao mesmo tempo em que ele se derramava dentro de si soltando o que lhe pareceu um uivo de prazer. 

Os corpos suados se deixaram cair em cima um do outro naquele sofá macio e ambos se entreolharam e sorriram de forma cúmplice, mas o cansaço durou pouco tempo, pois logo os braços fortes a erguiam de novo enquanto os passos firmes caminhavam na direção do quarto da Velkan.