Metamorphosis escrita por Lúcia Hill


Capítulo 5
Capítulo - Mysterious Knowlegde




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Podia-se ouvir o cantarolar dos passarinhos de longe, Cassandra rolou sobre a macia cama antes de despertar, as leves brisas de veraneio adentravam ao quarto sem nem uma permissão. Assim que abriu os enormes olhos castanhos sobressaltou de seu conforto, o pequeno relógio de cabeceira marcava dez e meia.

-Merda. - praguejou enquanto procurava suas roupas.

A jovem Cass sentiu um calafrio percorrer-lhe a espinha por inteira, parou de imediato o que estava fazendo e virou-se na direção da janela, franziu o cenho um pouco confusa ao se deparar com os vidros de sua janela abertos, caminhou lentamente na direção da janela para certificar-se não tinha ninguém observando-a.

Era uma vista privilegiada que apenas ela desfrutava naquela região, balançou a cabeça desfazendo seus pensamentos e logo fechou os vidrais, naquela época de verão a velha montanha recebia caçadores de toda a Europa, pois a caça e pesca eram liberadas em Cárpatos, ainda tinha que começar a refazer sua pequena horta que fora totalmente destruída dias atrás.

Despejara o café dentro da pequena xícara de porcelana, antes de solver esfregou ambos os olhos e bocejou, sentia seu corpo pesado e dolorido como se ao invés de repousar tivesse ido a um ringue de luta livre, virou a pequena xícara e engoliu o liquido negro de uma vez só e caiu rumo a casinha onde depositava as ferramentas para o cultivo de suas hortaliças.

Por um minuto havia se esquecido do jovem forasteiro que abrigara em seu casebre, caminhava com passos lentos enquanto seus lábios assobiavam uma antiga musica de minar. Pegou o pequeno rastelo e subiu degrau por degrau rumo ao campo que ficava alguns centímetros acima do antigo casebre.

Assim que seus olhos se depararam com o jovem Matt sem camisa e com o velho short jeans, parou bruscamente e ficou observando-o enquanto ele retirava as hortaliças mortas com uma enxada.

Pôde reparar em seus atributos físicos, seus antebraços eram solidamente musculosos, a pele cor de oliva escurecida por seus pelos. Ela sentiu ser preenchida por uma mistura de desejo e ardor fez seu coração saltar no peito e contraiu os músculos do estômago. O que estava acontecendo com ela? Como o simples fato de olhar para um desconhecido podia provocar aquilo? Fazer com que imaginasse ele deitando-a sobre a maciez de uma cama coberta pelos lençóis com o peso daquele braço contra seu corpo nu?

Balançou a cabeça ao ouvi-lo chamando a, rapidamente disfarçou seu olhar nada discreto e sentiu seu rosto ferver.

- Espero que não se importe por estar retirando essas hortaliças velhas. - disse Matt com um olhar fixo na jovem.

Cass forçou um sorriso desajeitado e aproximou-se.

-F-Fico grata por sua ajuda novamente. - praguejou  por ter gaguejado naquele momento.

Ela sentiu um latejar profundo dentro de si se intensificar com a aproximação. Droga! Ele contém um sorriso radiante e penetrante, quase impossível de ficar admirando.

- Estou quase terminando, assim ficará bem mais fácil para você replantar. - disse.

Não conseguia descrever as sensações que seu corpo estava experimentando naquele momento, era como se tivesse pulado do topo de uma cachoeira sem os equipamentos de segurança. De certa forma aquele forasteiro estava povoando seus pensamentos, mas íntimos.

- Muito obrigada. - disse.

Matt era de fato bem diferente de seus antigos namorados, ele continha um magnetismo imenso como se já fossem íntimos.

- Tenho um antigo dever com seus antepassados, posso cumprir com muito gosto. - disse de forma enigmática.

Um dever? Mas do que ele estaria falando, Cass mostrou um sorriso ameno e sentou-se na pedra para observá-lo e quem sabe tentar descobrir de qual dever ele estava se referindo.

- Afinal de onde conhece minha família e por que esse dever? – questionou.

Matt parou o que estava fazendo e a encarou de forma profunda e enigmática enquanto Cassandra aguardou ansiosa pela resposta.

- Conheci sua avó em uma ocasião delicada. – disse.

A jovem sobressaltou ao ouvir aquelas palavras, como aquele estranho tinha conhecido sua avó? Era impossível, pois ela nem se quer conviveu com Jordânia por um curto período, ficando órfã com apenas sete anos.

            - Como pode falar isso, minha avó faleceu quanto eu ainda era criança. – disse.

            Algo dentro dela parecia alertá-la de algum tipo de perigo que estava por vim, ela balançou a cabeça tentando reorganizar seus pensamentos nebulosos. Estava começando acreditar na tal maldição dos Velkans, pois em poucos dias tinha encontrado o caído próximo a pedra lisa, a morte misteriosa de Laszlo. Não acreditava em azar, mas estava se mostrando real.

            - A certas coisas que devemos deixar no anonimato. – sugeriu.

            Ele torceu a boca num sorrisinho divertido, fazendo-a imaginar como seriam aqueles lábios beijando os seus. Seriam suaves e sensíveis, ou duros e arrebatadores? Era o tipo de homem que parecia recém-saído de um livro, balançou a cabeça e levantou se cruzando os braços sobre o peito.

            - Não sei quem é você, e não me importa, apenas pare de falar que me deve algum favor. Deus! Nem te conheço, e isso é assustador. – vociferou.

            Ele deu de ombros, deixando à furiosa.

            - Apenas o tempo fará entender meus motivos de estar cumprindo meu dever, vai além do que possa imaginar se é que não imaginas. – disse encarando-a.

            Ela ficou muda um instante, afinal do que ele estava falando. Apenas observou-o aproximar com se fosse um predador pronto para dar seu bote final sobre a pressa indefesa. Todos seus músculos pareciam receber uma onda de energia estranha com a proximidade de Matt, seus olhos permaneciam fixados nele.

            -Quem é você? – questionou como em uma suplica.

            Ele estava tão próximo que podia sentir seu respirar quente e pesado em seu delicado pescoço, a mão de Matt levantou uma mecha de cabelo e direcionou sua boca até o pé da orelha dela, fazendo todos os seus pelos se arrepiar.

            - Em breve saberá quem sou. – disse se afastando – Agora tenho que terminar meu serviço.

            Ela permaneceu inerte como se estivesse sobre algum feitiço, abriu os olhos lentamente e afastou se na direção do casebre.




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