Iara era uma universitária de 17 anos. Morena, cabelo escuro e cacheado. Era linda. Fã de bruxos e de magia, sua saga de livros favoritos era sem dúvida a do Harry Potter. Antes de ir para casa depois da faculdade, decidira comer algo numa lanchonete. Mal entrou, sentia que o lugar era perigoso e que não podia demorar ali. Pediu um sanduíche e refrigerante.

Confiava muito no seu senso de perigo. Ele sempre acertava. Então pegou o lanche, pagou e saiu apressada. Mas na entrada da lanchonete viu uma senhora, toda vestida de preto, que caminhava com a ajuda de um cajado. Fora os olhos vermelhos para Iara, não parecia ameaçadora.

De repente, a pele da senhora fica da cor da roupa e asas enormes de morcego saíram de suas costas. Iara gritou apavorada, deixando o lanche cair. As pessoas olham para ela como se fosse uma louca.

A monstruosa velha voa em sua direção, e Iara corre, pedindo por socorro. Sem entender, a garota nota que muitos riam dela como se fugisse de uma barata. Iara vai para a rua, e esconde-se num beco. Pega o celular na intenção de ligar para a polícia, mas seu instinto a avisa que deve ligar para Walber, seu melhor amigo.

Quando ele atende, Iara grita qualquer coisa, antes que o monstro lhe tomasse o celular e o destruísse. Iara estava encurralada. Pega a primeira coisa que vê – um cabo de vassoura quebrado – e joga na velha.

- Aquiete-se! – grita a velha, com uma voz rouca, horrível – Me chamo Alécto, sou uma das fúrias. Minha patrona pediu-me que eu viesse buscar sua filha, e vou fazê-lo.

Iara não fazia ideia do que Alécto estava falando. Abaixou-se e pegou uma pedra, a atirando no monstro com toda a sua força. Acertou, e conseguiu um instante de vantagem, conseguindo passar por ela e voltar para a rua.

Foi então que viu uma menina loira apontando um arco com uma flecha dourada em sua direção. Iara entendeu sua expressão “abaixe-se” e se jogou no chão. Alécto grita de dor.

Iara vê mais três pessoas com a loira, e um deles era... Walber. Levantou-se e correu para abraçá-lo. Notou que Alécto foi atingida por um ônibus em alta velocidade. Pensou que o monstro tinha morrido, mas a viu escalando o ônibus, arrancando a flecha das costas e tornando a voar. Walber abraçou Iara mais forte.

O outro garoto que estava com Walber, um cara forte, correu na direção do monstro, com uma lança em punho. Ele atinge Alécto bem no coração, e a fúria se desfaz num monte de poeira.

- O que está acontecendo? E como chegou aqui tão rápido? – pergunta Iara.

- Eu estava ali no prédio ao lado! – Walber aponta para um prédio velho no outro lado da rua – Vamos lhe explicar tudo. Estes são Tuca, Noah e Cibele.