A Corrida Às Górgonas escrita por Walber Florencio


Capítulo 17
XV. Netto


Notas iniciais do capítulo

Galera, mil perdões por este hiatus tão demorado. Confesso que eu tinha desistido da fic, mas hj pela manhã eu reli cada um dos reviews de vcs... Emocionou.. E pensei, vcs merecem a continuação. Terminarei esta fic e espero não decepcioná-los ainda mais. Bem, ainda tenho 9 leitores acompanhando a fic, então se todos voltarem a ler eu ficaria imensamente grato! Abraços!



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Os oito semideuses atravessam a porta. O lugar era frio, mas o medo era o grande responsável pela mão de Netto está tremendo. Havia uma luz opaca amarelada no local. Ouvia-se sussurros e um barulho de água corrente. Neto percebeu de onde vinha a luz.

- É o Rio Estige? – Walber pergunta meio que sorrindo e se encolhendo de medo.

- Sim! – diz Kelly – É o rio da morte!

A luz fantasmagórica que emanava do rio de águas escuras acompanhava um cheiro putrefato, que provoca ânsias. O garoto olha para Thiane, nota que a menina perdia a cor. O mesmo acontecia aos outros. O Rio Estige dividia os mundos dos vivos e dos mortos.

É então que um barco velho de madeira comandado por um barqueiro esquelético num manto cinza se aproxima.

- O que fazem aqui? – perguntou o velho barqueiro, com voz rouca.

Thiane, Iara e Dani tremem de medo ao ouvir sua voz. Aparentemente Noah, Kelly e Walber eram os menos assustados com a situação. Pareciam até mesmo curiosos para com o barqueiro.

- Queremos atravessar! – fala Noah. A voz acaba saindo meio trêmula.

- Saiba que a travessia não tem volta para os mortais! Se passarem suas vidas se perderão.

Netto percebeu sob o manto que encobria o velho barqueiro que ele não tinha olhos. No lugar dos olhos havia apenas os buracos negros.

- Leve-nos Caronte! – ordena Kelly – Estamos numa missão...

- Semideuses? – o barqueiro dá uma gargalhada – Vocês filhotes de deuses sempre acham que podem fazer tudo, mas não podem!

Noah aponta uma lança para Caronte. Cibele segue seu exemplo e puxa uma flecha da aljava, preparando o arco. Caronte apenas move a mão. Noah e Cibele são atingidos por uma parede de escuridão e caem.

- Nem ousem nada! – avisa Caronte – Pode não parecer, mas também sou um deus, filho da própria Noite.

Em seguida, Thiane dá um passo a frente.

- Por favor, nos leve até o Reino de Hades. – a voz dela soava doce – Saiba que os deuses vão recompensá-lo ricamente se nos deixar passar.

Caronte pareceu confuso por alguns instantes. Thiane havia sido convincente, mas algo mais havia persuadido o barqueiro. Ela olhou discretamente para os amigos. Seus lábios se moveram como se dissesse “acho que tenho o dom da persuasão”.

- Está bem, vou leva-los! – concorda Caronte, o velho barqueiro sob algum efeito – Mas esperarei uma grande recompensa!

- Obrigado – Thiane agradece com um sorriso meigo.

Caronte espera que todos subam e inicia a navegação pelo rio. Passam por uma densa névoa, de onde vez ou outra era possível ver as sombras dos mortos, vagando sem rumo.

Durante o caminho, Kelly explica que quando as pessoas morrem, elas têm três destinos: Os campos Asfódeles, os campos da punição e os campos elísios.

As pessoas que foram boas em vida vão para os elísios, onde poderiam levar uma existência muito agradável. O lugar onde estavam era os imensos campos de Asfódeles, para onde vai a maioria das almas. E aqueles que foram ruins em vida serão torturados nos campos da punição.

Então, Netto nota que havia uma árvore seca e cinzenta de onde as sombras, penduradas pelo pescoço sofriam em eterna agonia.

- As almas dos suicidas! – diz Caronte, num tom mórbido de guia turístico.

Iara treme. Era notável que estava arrepiada. Walber olhava atentamente para os cenários, curioso. Os outros pareciam tentar fugir do lugar, de olhos fechados ou com o olhar fixo para o chão do barco.

Enfim, Caronte leva o barco à margem.

- Desçam! Este é o máximo para onde eu posso leva-los. Mais alguns metros e o próprio Estige acabaria com vocês!

Noah, Kelly e Walber são os primeiros a desembarcar. Os demais hesitam, mas vão.

- Lembrem-se de que quanto mais tempo ficarem nesse mundo, mais suas vidas serão ceifadas...

E Caronte parte, seguindo o rio...


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Notas finais do capítulo

E então? Espero reviews.. >



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