Walber, Noah e Cibele tinham procurado por Iara durante toda a noite. Infelizmente não a encontraram e teriam que partir na manhã seguinte para a missão. Então a deusa Ártemis e suas caçadoras aparecem e Zoë é colocada na missão.

Zoë conseguia ser ainda mais linda do que Ártemis, talvez pela aparência mais de garota do que de menina. Walber achava uma pena a promessa de Zoë de nunca se envolver com garoto nenhum. Nem tentava nada, pois a caçadora tinha capacidade, e principalmente coragem, para matá-lo se quisesse.

Enfim, para a missão, Walber construiu com a ajuda de Tuca uma moto típica para um filho de Hefesto. Era grande e pesada, mas devido a potencia do motor e de sua incrível aerodinâmica era bastante veloz. Walber acoplou na moto uma metralhadora, um GPS e mais algumas parafernálias. E claro, projetou para que não emitisse CO2, apesar da aparência industrial.

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Thiane subiu na garupa. Walber deu um sorriso de despedida para Tuca e ligou a moto. Partiu à velocidade de 120 km/h. Teve que parar várias vezes para que os amigos nos carros os acompanhassem.

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Porém, em certo momento do percurso, Walber nota uma interferência nos circuitos da moto. De repente, todos os circuitos do veículo param de funcionar abruptamente. Walber e Thiane, carregados pela inércia, caem no chão.

Walber sente várias partes de seu corpo sofrendo cortes enquanto arrastava na pista. Olhou para Thiane e ficou preocupado. Ela não se mexia e sua cabeça sangrava.

Olhou para o outro lado. O carro aonde ia Noah, Cibele e Netto sofria ataque de um ciclope enorme. Mais atrás, o carro de Ian, Dani e Zoë era atacado por outro ciclope, com uma aparência de mais velho.

Foi então que Walber viu um rapaz se aproximando. Parecia ter no máximo vinte anos. Vestia uma longa jaqueta de couro preta, calça jeans desbotada, um pano na cabeça, e óculos escuros. Tinha na mão um tablet. Aproximava-se de Walber com um sorriso no rosto.

- Quem é você? – pergunta Walber, tentando levantar. Sua calça tinha um rasgo grande e seu joelho ensanguentado parecia ter saído do lugar.

- Não se espante maninho... – Diz o outro – Não agora! Sou Ramón Vulcan. Assim como você, sou um filho de Hefesto e não quero concorrência.

Walber não fazia ideia do que Ramón tinha em mente, mas entendeu que fora de seu tablet que saiu o sinal que paralisou os circuitos da moto. Ramón continua:

- Não sei se você conhece a Grande Profecia, mas um filho de Hefesto é citado nela. “O fogo” é um de nós... Ainda não desenvolvi o dom de criar e manipular o fogo, mas estou perto disso. Você e aquela tal Tuca, que será meu próximo alvo, são potenciais candidatos a serem protagonistas da Grande Profecia, mas eu não vou deixar. Essa vaga é minha!

Walber notou que o garoto era um louco. Ramón tira um revólver do bolso e ameaça atirar em Walber. É quando Zoë e Cibele disparam flechas em Ramón. Porém, as flechas apenas ricochetearam na jaqueta como se esta fosse feita de ferro. O garoto ri.

- Sou bem equipado! – e dispara.

Os seis semideuses que estavam a alguns metros dali gritam. Mas a bala para no ar, a dois centímetros do rosto de Walber. O outro filho de Hefesto fica espantado.

- Como pode?

Walber desvia do caminho da bala e dá um chute em Ramón. Pego de surpresa, o garoto deixa a arma cair. É quando Ian faz soprar um vento gélido em Ramón e este se encolhe de frio. Noah pula em cima dele, o surpreendendo com socos no rosto. Noah pergunta.

- Porque fez isso? Você que mandou estes ciclopes idiotas que destruíram nossos carros? Hein?

- Seu desgraçado! – diz Ramón, revidando e se livrando dos braços de Noah. Então apanha o tablet, dá alguns comandos rápidos. E um dragão de bronze voa sobre suas cabeças, pousando perto deles – Surpresos?

Óbvio que sim. Era um robô imenso. Só a cabeça tinha o tamanho de uma geladeira. Media pelo menos quinze metros da cabeça à ponta do rabo, e talvez vinte de envergadura. Soltava fumaça tanto pela boca, quanto pelas narinas.

Ramón Vulcan sobe rapidamente no dragão. Este levanta voo. Em poucos segundos desaparece do campo de visão, deixando todos atônitos.