A Corrida Às Górgonas escrita por Walber Florencio


Capítulo 1
Prólogo - Noah


Notas iniciais do capítulo

Oie, esse é o primeiro capítulo de uma aventura com personegens da vida real.. os fãs de Percy Jackson vão adorar, mas quem não é tb vai entender direitinho.. Bem, espero q gostem.. ansioso por seus reviews.. Boa leitura! :D



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Noah estava cansado.

É um rapaz alto e forte. Apesar dos poucos quinze anos de vida, já viu e fez coisas incríveis. Mas não podia contra seus irmãos imortais Phobos e Deimos.

Aos sete anos, Noah descobrira que o mundo não é o que parece: Os deuses gregos ainda vivem e continuam a governar o mundo. E claro, eventualmente tinham filhos com mortais. Noah era filho de Ares, o deus da guerra, e dele herdou o porte físico avantajado e o gosto pela luta.

Entretanto Phobos e Deimos, também filhos de Ares, tinham mais de três mil anos e eram imortais. Phobos, o deus do medo. Deimos, o deus do pânico. Estavam o perseguindo há quatro dias, e mesmo com sua força sobre-humana e com sua espada de bronze celestial não era páreo para eles.

Noah estava vestido com uma jaqueta de couro suja, calça jeans rasgada no joelho devido um ferimento, tênis velhos e um pano manchado de sangue na cabeça. Escondera-se num bar. O fedor de bebida, suor e urina era nauseante, mas julgou que os irmãos não o importunariam ali, afinal os deuses guerreiros, devido aos sentidos aguçados, não toleravam odores fortes.

Não é fácil ser filho do deus da Guerra. Noah só vira o pai uma vez, oito meses atrás, mas Ares sempre enviava monstros para testá-lo. Talvez Phobos e Deimos fossem só mais uma provação. Estava se saindo bem, afinal sobrevivera por quatro dias.

A mãe de Noah fora uma roqueira viciada e morreu quando ele tinha nove anos. A partir daí, o pequeno Noah foi viver nas ruas, onde aprendeu a matar monstros. Aos doze anos encontrou outros semideuses, que agora, moram num prédio abandonado.

Após algum tempo no bar, recuperando o fôlego, Noah decide sair e acabar de vez por todas com a perseguição.

Mal sai vê um monstro enorme correndo no meio da rua em sua direção. Era um leão, embora com o tamanho de um tanque de guerra, montado em seu pescoço, um homem forte usando armadura grega preta. O rosto coberto por horrendas cicatrizes. Segurava uma lança.

- Deimos! – diz Noah.

As pessoas da rua pareciam surpresas, mas não assustadas. Era a névoa encobrindo a verdade. Deveriam estar vendo, no máximo, um caminhão desgovernado. Notou, porém, que um garoto olhava para Deimos em pânico, como se visse o leão gigante.

Era um rapaz magro e alto, talvez uns 18 anos. Usava óculos, blusão, calças frouxas e tênis all star velhos. Trazia nas costas uma mochila jeans provavelmente com grossos livros de física e matemática.

Noah volta a olhar para o leão, que já estava a dez metros dele. Puxa a espada e salta. Num golpe rápido consegue cortar a garganta do monstro. Este desmancha num monte de areia. Deimos o surpreende com sua espada dourada. Noah se defende e por um instante os dois ficam disputando força, mas a proximidade de uma moto distrai Noah e ele acaba ferido no ombro.

A moto era pesada e barulhenta. Assento de couro e o tanque de gasolina decorado com chamas. O garoto de óculos no outro lado da rua olha para a moto como se fosse a coisa mais linda do mundo. Quem conduzia a moto era um homem com jeito de roqueiro, pesadas correntes com caveiras, camiseta vermelho-sangue com a estampa de um javali, calça jeans rasgada. Era Phobos.

Noah já devia ter se acostumado, mas ainda não. A simples presença dos dois o deixava apavorado. Achava-se um péssimo filho de Ares por isso.

Do outro lado da rua, o garoto magro começou a mexer em sua mochila. Tirou engrenagens, fios condutores, parafusos, e montava algo com rapidez e precisão.

Enquanto Noah se defende dos golpes de Deimos, com o ombro sangrando e doendo muito, Phobos desce da moto e caminha na direção do outro garoto. Mais um golpe certeiro faz um corte no rosto de Noah. Não aguenta mais. A vista já embaçava.

É quando uma flecha de prata voa e atinge o peito de Deimos. Aparentemente foi uma dor insuportável, pois o deus gritou e caiu no chão se contorcendo.

Noah nunca pensara que veria um deus morrendo, mas presenciou isso. Deimos gemeu e rolou no chão, praguejando em grego antigo até se tornar um monte de pó dourado, que foi levado pelo vento.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Por favor me mandem reviews.. Se quiserem dar alguma opinião, aceito bem okay? Até o próximo capítulo!