Strange Love. escrita por Milena


Capítulo 24
As long as you love me


Notas iniciais do capítulo

Semana de provas chegando, desculpa :(



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Justin’s P.O.V On

Fui interrompido pelo som de uma porta sendo fechada brutamente, demorei um pouco pra abrir meus olhos, mal tinha forças pra pensar, pois minha cabeça ardente não me deixava fazer nada mais do que respirar.

Tentei, de um jeito desajeitado, trazer minha mão até minha cabeça. Mas não consegui.

Não pela dor, não pelo incomodo em minha cabeça e sim porque algo prendia minhas mãos.

Abri meus olhos com a mesma lentidão e pude ver que o lugar onde eu estava não me parecia nada familiar. Pra quem vivia em mansões, o lugar que eu me encontrava era sujo, podre e cheirava a mofo. Olhei ao meu redor e tudo que via era sujeira e mais sujeira, olhei pra cima e pude ver um abertura, obviamente trancada pelo lado de cima, não era alta, eu poderia escapar... Se meu corpo todo não doesse e minhas mãos não estivessem amarradas a um pedaço de madeira forte e grosso atrás de mim.

O que diabos tinha me trazido até aqui?

Eu não estava em pânico e muito menos me debatendo, a dor era insuportável demais pra isso. Parecia que eu havia levado vários socos e chutes em todas as partes do meu corpo e a única que me restasse completamente inteira era meu cérebro.

Talvez um seqüestrador atrás de dinheiro... Talvez.

Tentei pensar em como e porque eu estava ali, naquele lugar horrível, até que a abertura da parte de cima se abriu e um cara se jogou dela.

Olhei pra ele. Não era um velho, como eu havia pensado, era um garoto, se olhar bem, mais ou menos da minha idade. Cabelos espetados pra cima, olhos verdes e uma roupa não muito normal, ele era forte, o bastante pra me trazer até aqui.

- Acomodado, senhor Justin Bieber? – sua voz foi acompanhada de um sorriso nada simpático.

- Se é d... – fui interrompido pela forte dor em minha cabeça, respirei fundo algumas vezes antes de continuar – se é dinheiro que v-você quer...

- Eu não quero a porra do seu dinheiro – ele me interrompeu, andando de um lado pra um outro.

- Então... – me ajeitei tentando achar uma maneira mais confortável de ficar, o que foi uma tentativa totalmente inútil  – o que você... quer?

Ele olhou pra mim, e sorriu, um sorriso vingativo.

- Eu quero matar você – a sinceridade em sua voz foi surpreendente que foi impossível eu não me remexer de dor – mas, vou poupar essa sua vida inútil.

- Ainda não entendi o que você quer – falei tentando acabar de uma vez com aquele jogo.

- Eu quero ela – sua voz saiu rápida e ríspida, sem delongas.

- Ela?

- Não seja tolo – ele se abaixou, segurando minha camisa e puxando a mesma, fazendo com que meu pescoço ficasse mais dolorido do que já se encontrava.  

Rangi os dentes, a dor era insuportável.

- E-eu não s-sei...

- A sua namorada – sua voz saiu baixa, mas autoritária – Vai dizer que ela nunca falou de mim pra você?

 Tentei pensar, mesmo com toda aquela dor horrível, me permiti a achar uma reposta. E ela veio quase como um golpe.

- Dylan – falei baixo, mas o suficiente pra que ele ouvisse.

Ele soltou minha camisa, fazendo com que minhas costas encostassem-se à madeira atrás de mim. Aquilo estava me matando de dor.

- Você não é tão otário quanto eu pensava – ele sorriu sem emoção e colocou a mão no bolso retirando um... Celular... Meu celular.

- Sabe o que eu quero que você faça? – ele perguntou e eu continuei calado, esperando que ele terminasse logo com aquilo tudo – você vai ligar pra Sky e depois...

- Eu não posso, minhas mãos estão amarradas – o interrompi com a voz dolorosa e ele me surpreendeu dando um soco em meu rosto, gemi de dor.

- Só fale quando eu mandar!

Permaneci calado, não por que era preciso e sim porque a dor era tão insuportável que mal conseguia respirar.

- você vai ligar pra ela – ele continuou – e vai pedir pra ela ir pra praia, aquela mesmo que vocês se beijaram – ele riu sem humor, seus olhos transmitiam um tipo de dor frenética – aquela que saiu no jornal... Você lembra?

Permaneci calado, eu não queria e mais ainda, não conseguia falar.

- Você vai a fazer esperar você até tarde e no outro dia, quando ela estiver bem irritada, você termina tudo e diz que a traiu – ele terminou, sorrindo com ignorância – e antes que você resolva bancar o romeu apaixonado e dizer que prefere morrer ao ficar sem ela, se você não fizer o que eu pedi, eu a mato.

Engoli a seco, aquelas palavras me causaram uma dor maior do que a fisiológica, me causou uma dor maior do que eu estava sentindo. Sky morta.

- E-eu posso falar? – pedi, me endireitando e ignorando a tensão que eu sentia.

- Ande. Logo. Não tenho tempo pra você.

- Eu sou famoso, minha mãe vai perceber... Ela vai falar com a policia, mídia e eles vão me encontrar... Você vai acabar sendo preso e... Cara, me deixe ir, me deixe com ela e você foge, ninguém vai saber sobre você.

- Eu não vou deixar você com ela! – ele gritou e levantou a mão, estava pronto pra ele me bater novamente, mas ele me surpreendeu socando a parede e logo depois, surtando – Ela é minha! Minha! – seus gritos se tornaram frenéticos – Você entende? Você não tinha que entrar na vida dela porra, a gente ia ficar junto! – suas mãos voaram pra sua cabeça e ele começou a se descabelar, como uma garota mimada.

Depois de um tempo sibilando inúmeras frases que eu não entendia, ele sorriu voltando ao normal. Ele era louco.

- Você liga pra sua mãe, fala que tá tudo bem e você precisa de um tempo sozinho, entendeu? - ao ver que eu permaneci de boca fechada, ele gritou: - entendeu?

- S-sim... – respondi e ele saiu pela janela, eu não sei quando ele pretendia voltar, mas sabia que seria em breve.

Em que situação eu estou? Como... Como eu cheguei até aqui?

E tudo por ela. Era isso ou vê-la morta, pra sempre.

E, eu, com certeza, não queria vê-la morta.


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Notas finais do capítulo

Vejo vocês no próximo, comentem!!!