A Viagem Dos Novos Argonautas escrita por O Coração Negro


Capítulo 6
Capítulo 6 Alecto – POV Hazel


Notas iniciais do capítulo

Próximo capítulo a noite.



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Capítulo 6 Alecto – POV Hazel

A chegada do Argo II, a volta de Jason e o acampamento grego, nada disso havia perturbado Hazel, mas o garoto, Leo Valdez era sem duvida um descendente de Sammy, normalmente isso não devia chocá-la, mas ela sentia que ele era familiar e não apenas pela aparência, como se ele fosse um amigo há muito desaparecido.

Ela não acreditava em coincidências, ela amava Frank, mas não podia deixar de negar que Leo havia mexido com ela, porém ele não parecia ter se alterado quando se encontraram, nem mesmo parecia ter achado ela bonita, realmente feriu seu orgulho em algum ponto.

Ela passou pelo reencontro angustiada, Frank sempre ao seu lado; pela reunião do senado, sempre segurando firmemente a mão do namorado. Quando tudo finalmente acabou ela beijou o Frank na boca e se despediu.

– A gente se vê amanhã – Frank olhou para ela preocupado, Hazel estava um pouco distante, o namorado certamente a conhecia melhor do que ninguém, sabia que algo a incomodava, ela apertou o pedaço de madeira queimada que representava a vida do garoto contra o peito, o compensaria depois, explicaria tudo, ele entenderia, sempre havia entendido.

Andou pelas ruas, sem se incomodar com os lares, não foi para seu alojamento, foi direto para o templo de plutão, foi até o pequeno altar de oferendas, recolheu uma das jóias que insistiam em aparecer por onde ela andava e jogou em uma vasilha cinza fazendo barulho.

– Pai... – disse ela com as mãos juntas – preciso falar com você! – ela achou que uma jóia que por direito era de seu pai não servia de oferenda, pegou seu relógio de pulso e atirou no altar.

– Pai? – chamou a garota, mas não ouve resposta, ela não tinha algo mais valioso para jogar, então ela percebeu que isso era ridículo, afinal ele era seu pai, ela não deveria precisar de oferendas para falar com ele. – pai preciso falar com você, o senhor pode...? – mas não ouve resposta.

– Certo, fazemos assim você me deve décadas de aniversários sem presentes, claro você não levou minha alma para o reino dos mortos, mas isso ainda não compensa tudo que passei, se me ama por favor apenas agora eu preciso falar com você – disse desesperada.

– Algo irrompeu em chamas no meio do templo, ela não se afastou, afinal devia ser seu pai, ele não a machucaria, mas nas chamas surgiu uma mulher com cabelos de serpente e asas de morcego sorrindo com dentes pontiagudos.

– Você é uma fúria, não devia poder entrar no acampamento – Hazel reconhecia, sabia que a moça não era boa coisa para semideuses, mas ela era filha de seu mestre logo deveria ficar bem.

– Sim... me chame de Alecto... – a fúria sorriu enquanto respondia com sua voz sibilante, se mexendonervosamente enquanto falava – o que você precisa de seu pai jovem mestra?

– Eu preciso falar com meu pai... é sobre alguém... é realmente importante. – ela não queria ficar discutindo com um mostro então ordenou – vá chamá-lo!

Não tinha certeza se a fúria devia obedecê-la, mas achou que a possibilidade de Hazel pedir para seu pai churrasco de fúria no almoço fosse aterrorizá-la o bastante para que ela obedecesse.

– Não posso jovem mestra – disse Alecto – ele ouviu seu chamado, mas está realmente ocupado com algo... me ordenou vir representá-lo e me enviou para dentro do acampamento.

Ótimo, pensou Hazel seu pai tinha coisas mais importantes a fazer do que falar com ela, mas não ficaria lamentando, desde que Alecto tivesse sido ordenada a servi-la, mesmo que por pouco tempo, seria o bastante.

– O que meu pai está fazendo? – perguntou Hazel, Alecto estremeceu e pareceu ponderar a pergunta.

– Procurando algo... – disse Alecto ficando mais agitada, visivelmente assustada.

– Você está escondendo algo, o que ele está procurando? – ela tentou colocar toda a autoridade possível na voz, talvez mostrar para a fúria um relance da autoridade que ela imaginava em seu pai, talvez um simples vestígio de sua imponência.

– Gaia roubou algo precioso dele, algo muito, mas muito importante e ele não quer que ninguém saiba – a fúria ficou tão agitada que parecia que estava tentando criar um novo tipo de dança macabra.

– O que pode ser mais importante que sua filha pedindo sua ajuda? – perguntou Hazel friamente e fingindo pouco interesse, ela sabia que seu pai como um deus não ficaria na sua cola o dia todo, mas achou que se agisse assim a fúria acabaria deixando escapar a verdade.

– Você não é sua única filha jovem mestra... – disse a fúria.

– Ele está procurando Nico? – disse Hazel, esperava descobrir algo do paradeiro do irmão.

– Ele e a... – mas nesse momento a fúria desapareceu em um monte de chamas, convocada novamente ao mundo inferior, por falar além do que lhe era permitido.

Hazel se desesperou, no animo de conseguir informações sobre algo importante que preocupava seu pai, algo que logo e eventualmente seria seu problema também, havia se esquecido do real motivo de ela querer falar com Plutão, ela gritou para as chamas.

– Responda rápido, aquele garoto Leo Valdez, ele é a reencarnação e o descendente de Sammy não é? – ela havia sentido, talvez por ser filha de Plutão, que aquela não era a primeira vida de Leo, aparência, personalidade, o jeito brincalhão de ser, era tudo coincidência demais para ele ser apenas um descendente.

– Sim... é... – disse Alecto sibilando e desaparecendo de vez no fogo.


Agora ela tinha algo em que pensar, Nico e alguma outra coisa haviam desaparecido, algo que fosse importante o bastante para que Plutão não quisesse que ninguém descobrisse. Hazel saiu do templo, dividiria isso com Frank e Percy pela manhã, talvez com Jason e os outros dois, juntos talvez conseguissem descobrir o que havia sumido, afinal se era algo que Gaia queria não significava boa coisa.


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Notas finais do capítulo

As coisas já estão andando, no próximo capítulo a chegada de um deus no acampamento.
Mereço comentários? A fanfic está completa e usarei os reviews para avaliar a aceitação e também gastei MUITO tempo escrevendo a fic, então um review não demora nem um minuto para ser escrito e não mata os dedinhos.
Agradeço a todos pelos comentários, adoro quando recebo um.
Até a noite quando postarei mais um capítulo pela perspectiva do Percy.