POV.: Angelina

Daniel parou o carro (http://www.google.com.br/imgres?start=156&num=10&hl=pt-BR&biw=1366&bih=667&addh=140&tbm=isch&tbnid=Ip8SI5WHcVPVaM:&imgrefurl=http://jsimoesengenharia.blogspot.com/2012/09/venda-de-carros-importados-crescem-em.html&docid=DmNsuVcbNYgBSM&itg=1&imgurl=http://2.bp.blogspot.com/-3EhAn-6WbQg/UFIadIa1hfI/AAAAAAAABH4/pRUrcHlBSMw/s1600/bmw-luxo.jpg&w=485&h=330&ei=plhSUPuuK5SM9AT_pICADA&zoom=1&iact=hc&vpx=629&vpy=189&dur=67&hovh=185&hovw=272&tx=180&ty=96&sig=101532205638866782549&page=8&tbnh=143&tbnw=230&ndsp=22&ved=1t:429,r:2,s:156,i:166) em frente á minha casa. Eu poderia dizer que saí no mesmo instante, mas não o fiz, ou talvez não quisesse. Em vez disso, olhei para o lado e tentei parecer calma e não nervosa.

-Obrigada pela carona.

-De nada – Respondeu ele, olhando fixamente para mim.

Fiquei um tempo perdida em seus olhos de um profundo verde. Perdi-me neles várias vezes, encontrava o caminho de volta e voltava a me perder novamente. Não sei quanto tempo passou, podem ter sido horas ou pode ter sido meros minutos. Ele não se incomodou, pareceu até gostar.

Em algum momento eu percebi que ficar o dia inteiro olhando para ele não me levaria a lugar nenhum.

-Até amanhã – Falei saindo do carro e me direcionando para a porta de entrada de minha casa. No caminho o escutei falando bem baixinho um “até amanhã”.

POV.: Daniel

Ela saiu do meu carro e eu continuei a fita-la de costas. Seu cabelo lindo que se derramava sobre seus ombros como cascatas de ouro. Seu corpo cheio de curvas e sua pele de porcelana me deixavam cada vez mais louco.

Quando ela desapareceu pela porta de entrada eu voltei a ligar o carro e estacionei na minha garagem.

Entrei em casa e resolvi entrar no banheiro e tomar uma ducha morna e demorada. Meus planos tiveram de ser adiados quando ouvi a campainha tocando.

Quando abri a porta uma mulher que não era tão velha assim (talvez alguns anos a mais que eu) me convidava para jantar em sua casa. A mulher queria ser gentil já que eu acabara de me mudar e não conhecia ninguém do bairro. Aceitei o seu convite assim que ela disse que morava na casa ao lado. Ela era parenta de Angelina.

POV.: Angelina

Subi as escadas e me direcionei para o meu quarto depois de gritar um “Tem alguém em casa?” e receber outro grito em resposta “ O jantar tá quase pronto, teremos um convidado, suba e se vista logo” da minha irmã.

Entrei no meu quarto e tirei as sandálias. Quando olhei para a minha janela eu quase que levei um susto. Daniel estava no seu quarto que, por obra do maravilhoso e perfeito destino, era em frente ao meu. Ele estava despindo sua camisa de modo como deixava claro que seu corpo é musculoso e definido. Depois de tirar a camisa ele entrou no banheiro segurando uma toalha.

Devo ter ficado alguns minutos parada, olhando para o cômodo vazio. Depois de ter caído na real entrei no banheiro e tomei banho, oque não foi nada fácil com a imagem do tronco despido de Daniel aparecendo todas as vezes que eu fechava os olhos.

Escolhi um vestido azul simples, porém muito bonito, e me vesti. Depois de pentear o cabelo e colocar novamente os meus acessórios que eu nunca deixo de usar (meu anel, meus brincos pequenos e delicados com somente uma pedra branca como decoração e meu colar de ouro com um pingente de azas que fora um presente de minha mãe) eu desci as escadas.

Quando adentrei a sala de jantar eu levei um sobressalto.  Minha irmã conversava alegremente com Daniel. Como não tinham notado a minha presença eu decidi fazer alguma coisa.

-Boa noite – Falei em um tom baixo, porém educado.

POV.: Daniel

Escutei um baixo “boa noite” e me virei para ver quem eu já sadia que era.

Angelina é simplesmente o ser mais lindo que eu já vi em toda minha vida, mesmo com um vestido simples e recatado ela era a descrição de perfeição. Murmurei um “boa noite” enquanto a analisava por completo. Ela é perfeita.

-Daniel, essa é minha irmã, Angelina – Disse a garota ao meu lado, que antes já havia se apresentado como Ever.

-Angelina – Disse apertando sua mão pequena e delicada.

-Daniel – Disse ela, apertando minha mão com mais força que eu pensei que faria. Sorri de lado. Ela estava nervosa.

O jantar foi calmo e agradável, Ever sempre tinha um assunto para que não ficássemos em silêncio por muito tempo. Depois de algum tempo Ever disse que estava atrasada para sua aula na faculdade que era á noite.

Quando ela saiu ficamos apenas eu e Angelina.