New Legends - Cavaleiros do Zodíaco escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 112
A força dos Generais Marinas


Notas iniciais do capítulo

Gustavo chega ao pilar do Oceano Índico e encontra Krishna de Chrysaor.

Betinho recomeça o duelo contra Bian de Cavalo Marinho.

Rina descobre qual é a maneira certa de enfrentar Io de Scylla.

Os cavaleiros de Bronze precisam se superar para defrontar os impressionantes Generais de Poseidon, corrompidos por Hades.



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Gustavo finalmente chegou ao pilar do Oceano Índico. O lugar parecia-se com a Casa de Virgem: um templo budista em miniatura.

Um guerreiro o esperava sentado aos pés do pilar. Era negro, alto e esbelto, e utilizava uma escama alaranjada de General Marina como a de Sorento, porém esta era salpicada de negro em alguns pontos, devido à influência de Hades no corpo dele. O homem tinha olhos azuis, cabelo grisalho e aspecto de indiano. Ele carregava uma longa haste laminada na mão direita.

– Bem-vindo – o homem se ergueu ao perceber a chegada de Gustavo. – Sou o guardião do Oceano Índico, Krishna de Chrysaor. Pouco me importa o seu nome – ele acrescentou, quando Gustavo abriu a boca para se apresentar. – Você não irá durar muito tempo nesta batalha. Minha lança e meu cosmo irão faze-lo em pedacinhos antes que se dê conta.

– Humpf! Por mim está bom, tiozinho – debochou Gustavo. – Não gosto de enrolação. Meus amigos até curtem esse lance de intimidação, mas eu prefiro uma abordagem mais direta. Gosto de resolver as coisas assim, logo de cara, sem disse me disse! Pode vir, seu Krishna! Dragão Voador!!

Gustavo disparou na direção do oponente com seus punhos apontados para Krishna. O general limitou-se a estender a lança contra o impacto do golpe do menino, repelindo o punho dele com sua lâmina, e arremessou-o para trás em direção ao chão do templo.

– Puts! Quanto poder! Repeliu o golpe rápido demais! – exclamou Gustavo, aturdido, erguendo-se e massageando a cabeça após cair de encontro ao solo pela força da lança de Krishna.

– Eu avisei que não seria preciso se apresentar, garoto. – Krishna o olhava com uma obstinação assassina, enquanto Gustavo observava a inquietação daquele cosmo que o envolvia, contemplando a intensidade do poder do general. – Ninguém te contou antes? Você nunca enfrentou os legítimos guerreiros de elite de um deus olimpiano, cavaleiro de Bronze. Você verá o que é poder “de verdade” hoje. É inútil resistir: você será tragado pelo cosmo de Chrysaor antes mesmo que possa perceber como foi derrotado.

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Rina sentia que sua reputação de amazona tinha ido para o espaço. A perfeita ilustração disso era o fato de ela ter sido alçada para o alto, para a superfície do oceano, pelo último golpe de Io, para bem longe do templo submarino.

Eu sequer consegui reagir! Como vou poder olhar na cara do meu mestre, do meu irmão, e dos meus amigos depois disso? Isto é, se eu conseguir sair daqui...

O impacto do golpe havia sido tão forte que, quando ela atingiu a superfície, seu corpo subiu por mais alguns metros e ela caiu de volta na água, desta vez de costas, com o rosto voltado para o céu. Contemplando a vastidão do Oceano Atlântico, ela tentava maquinar um jeito de voltar para o combate.

Mesmo que eu consiga voltar, como vou deter as feras do Io? Mesmo tendo visto os golpes dele, não tenho como bloqueá-los com a corrente. Não faço ideia de como o Shun fez para...

Subitamente, ela interrompeu sua linha de raciocínio. Como ela não havia pensado nisso antes? Seu próprio mestre havia lhe ensinado algo sobre a Corrente de Andrômeda ter várias variações de defesa... O que tinha sido mesmo?

“Pois bem, Rina, quero que você preste atenção na próxima lição... A corrente de Andrômeda pode tomar várias formas, dependendo do oponente que você enfrentar – dizia Shun. – Vamos agora testar cada uma delas, até que você as tenha dominado. Nunca se sabe quando você enfrentará um adversário que forçará sua corrente a adotar diversas formas de defesa.”

Então, era isso! Foi assim que Shun havia vencido Io no passado. E aquela lição... Ou Shun só estava sendo precavido ao ensinar aquilo, ou ele realmente suspeitava de que Rina poderia enfrentar os guerreiros de Poseidon em algum momento e, consequentemente, enfrentar o próprio Io de Scylla. E pensar que a própria Rina já havia utilizado algumas daquelas combinações de defesa antes, em combates anteriores, e só agora lhe ocorria o porquê de Shun ter patenteado aquelas variações quando era um cavaleiro de Bronze.

Renovada pela expectativa de voltar à cena de combate, ela se concentrou em sair daquele torpor e poder voltar para o templo submarino. Essa era a parte menos difícil, visto que as correntezas marítimas atuavam de maneira parecida com as correntes do ar. E Rina entendia correntes de ar como poucas amazonas.

Corrente Nebulosa!!

Ela ergueu as mãos para o céu e se deixou envolver pela própria correnteza que havia acabado de evocar. O vento a ergueu das águas, e Rina visualizou um caminho em meio às correntezas do oceano para que fosse conduzida de volta ao Pilar do Pacífico Sul.

– Me aguarde, guerreiro de Scylla... – prometeu ela para si mesma, enquanto manipulava a corrente de ar em seu favor, criando uma espécie de campo de força em sua volta, para que não ficasse com a respiração prejudicada quando ficasse submersa.

Seguindo a corrente marítima mais próxima, Rina submergiu e literalmente voou, debaixo d’água, de volta ao templo submarino com uma velocidade sublime.

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Tanto Betinho quanto Bian estavam sem reação diante do estranho fenômeno que acometera a armadura de Pégaso. O cavaleiro de Bronze sentia que sua força havia aumentado exponencialmente; sentia-se com a força de um pequeno exército. Era assim que um cavaleiro de Ouro se sentia em combate...? Nem quando utilizou a armadura de Gêmeos emprestada por Kanon, quando enfrentou Saga, semanas atrás, ele havia se sentido dessa forma.

Aos poucos, a mutação da armadura de Bronze passou a fazer sentido para ele. O sangue dos Cavaleiros de Ouro estava impregnado em sua armadura há dias, mas, só agora, havia atingido seu efeito máximo. Será que tinha algo a ver com o que o Sorento dissera? Que eles nunca tinham enfrentado a força dos guerreiros de outro deus olimpiano? E que a necessidade de enfrentar um oponente mais poderoso, mais forte do que Cavaleiros de Prata, Cavaleiros de Ouro e Guerreiros Deuses, havia feito o poder dos Cavaleiros de Ouro se manifestar na armadura de Bronze? Era a única explicação plausível.

– Humpf! Então sua armadura recebeu a força dos Cavaleiros de Ouro – intuiu Bian, observando o rapaz. – Que seja. Não fique achando que isso vá mudar alguma coisa, você ainda é um cavaleiro de Bronze.

– Não se esqueça, Bian, de que eu já vi os seus golpes – alertou Betinho. – Eu já conheço a sua força.

– A força de um General Marina não conhece limites, garoto – retrucou o general. – Você não viu toda a minha força, posso te garantir. Posso expandi-la exponencialmente, se for necessário. Não achei que um cavaleiro do nível mais baixo fosse capaz de me forçar a fazer uso da minha total força, mas terei o maior prazer em fazê-lo. Assim os outros Cavaleiros de Atena não ousarão levantar a mão contra mim e os demais generais...! Venha, Pégaso!

– Haaa! – bradou Betinho.

Os dois partiram para o combate; Bian evocou novamente seus ventos, enquanto Betinho foi de encontro a ele sem nenhuma hesitação; o brilho dourado de sua armadura parecia conduzir-lhe e dar-lhe confiança para executar seus movimentos.

Ventos de Furacão!!

Cometa de Pégaso!!

Betinho utilizou sua técnica especial de contra-golpe: jogou-se por meio do Cometa do Pégaso no tufão produzido por Bian, viajando pelo centro da tempestade sem se deixar ser atingido ou puxado pelas correntes violentas do golpe do general. Seu golpe na velocidade da luz atingiu em cheio o peito do general, que perdeu a concentração e causou o sumiço de seu pequeno tufão.

Bian caiu de joelhos, levando as mãos ao peito e ofegando; Betinho ficou um pouco afastado, pois sabia que o general não iria se entregar tão fácil assim.

– Ora, Pégaso! – Bian ergueu a cabeça de repente, ainda com dificuldades para se manter de pé, mas com determinação no olhar. – Vai precisar de mais do que isso para me derrubar!

– Sim... Eu sei que vou! – respondeu Betinho, igualmente determinado.

Bian ignorou suas dores, enquanto o cosmo de Hades se espalhava lentamente pelo resto de sua escama, e evocou novamente seus ventos, englobando toda a área em volta deles, e preparando-se para atacar Betinho novamente.

O cavaleiro de Pégaso não se deixou intimidar e partiu para o ataque.

Meteoro de Pégaso!!

Seu golpe registrado, elevado pela força dos Cavaleiros de Ouro, partiu na velocidade da luz e superou os ventos que cercavam Bian, produzindo inúmeros furos em sua escama. O General Marina do Oceano Pacífico Norte tombou, sem forças, aos pés do pilar que protegia.

Betinho, ao ver o adversário caído, sentiu o brilho dourado de sua armadura começar a sumir. Ao mesmo tempo, ele ouviu as últimas palavras de Bian.

– Você é forte, Pégaso... Tolo é aquele que tentar te convencer do contrário. Vá em frente e salve Poseidon... Proteja Atena, salve o mundo...!

Ele ouviu novamente o grito longínquo que parecia irromper da vestimenta do guerreiro derrotado, ao ver as essências negras da influência do cosmo de Hades abandonando o corpo, agora sem vida, do general. Betinho, então, ergueu os olhos para seu próximo desafio: o pilar do Pacífico Norte, e começou a imaginar uma forma de derrubá-lo.

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Isabella e Fernanda haviam alcançado o pilar nos momentos finais da luta, e observaram seu desfecho de uma pequena elevação à distância.

– O que é isso? A armadura de Pégaso ficou dourada?? – disse Fernanda, incrédula.

– Deve ser algum efeito do sangue dos Cavaleiros de Ouro que ele recebeu – comentou Isabella, perspicaz. – Veja! O Betinho conseguiu derrubá-lo! Temos que ir lá! Vamos, Fernanda!

E as duas desceram ao encontro dele.

– Como você pretende ajuda-lo a destruir o pilar, Branca de Neve? – quis saber Fernanda.

– Temos que usar a Armadura de Libra – respondeu a outra. – Foi isso que o Grande Mestre me instruiu. Só espero que Atena nos guie, e mostre-nos como devemos fazer isso...

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Decorridos poucos segundos, Rina alcançou o templo submarino, conduzindo suas próprias correntes de ar, convertidas em correntes marítimas.

Ela localizou o Pilar do Pacífico Sul um pouco à frente, com Io de Scylla ainda montando guarda, talvez esperando pelos outros Cavaleiros de Bronze. Ela direcionou sua esfera de vento na direção dele.

Ela passou perto da cabeça dele, de propósito, para surpreendê-lo, antes de aterrissar. Rina dissipou os ventos que a cercavam e encarou o general.

– Agora, Io de Scylla – disse ela em tom ameaçador. – Vamos ter uma luta de verdade.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo! continuidade aos embates entre Krishna e Gustavo, e Io contra Rina. Betinho e Isabella tentam descobrir como destruir o primeiro pilar. Thiago e Matt continuam percorrendo as trilhas do templo, à procura de seus oponentes!



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