New Legends - Cavaleiros do Zodíaco escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 110
Força dos Ventos


Notas iniciais do capítulo

A batalha no templo de Poseidon está apenas começando! Os cavaleiros de Bronze chegam aos primeiros pilares!



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Gustavo avistou ao longe o pilar do Oceano Índico, e ficou impressionado com as pequenas edificações de aspecto hindu que o cercavam.

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A fadiga de tanto correr já começava a afetar Thiago. Ele havia perdido completamente a noção do tempo enquanto disparava estrada adentro, torcendo para que chegasse logo ao pilar indicado no fim da trilha. Certamente, quando entrasse em combate, estaria em desvantagem pelo cansaço adquirido no percurso. Ele se perguntou se havia tomado o caminho certo, se o templo submarino estaria pregando-lhe uma peça e aumentando a distância a ser percorrida justamente para enfraquece-lo, ou se tudo aquilo era apenas paranoia da sua mente.

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Rina chegou ao pilar do Pacífico Sul e olhou em volta. Não parecia haver nada nem ninguém por perto.

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Betinho mal teve tempo para contemplar seu objetivo, o pilar que se assomava diante dele, quando um guerreiro surgiu de trás da enorme coluna.

Era um homem alto, caucasiano, de aspecto jovem, cabelo castanho e olhos verdes. Usava uma armadura de aspecto escamoso com capa e de coloração alaranjada, mas com pedaços enegrecidos aqui e ali; por certo, eram traços da influência de Hades naquele sujeito. Quando falou, sua voz tinha um sotaque franco-canadense.

– O cavaleiro de Pégaso. Eu devia imaginar.

– Você me conhece? – indagou Betinho.

– Conheci seu mestre – retrucou o guerreiro. – Sou Bian de Cavalo Marinho, guardião do Pilar do oceano Pacífico Norte.

– Um general Marina – percebeu Betinho. – Sou Betinho, cavaleiro de Bronze de Pégaso. Como deve saber, tenho que destruir o pilar para que Poseidon, seu senhor, seja resgatado!

– Isso está além de sua capacidade, Betinho de Pégaso – afirmou Bian. – Poseidon se mostrou um senhor fraco. É melhor que o mundo conheça seu fim e tenha um novo começo, liderado pelo senhor Hades. Não se engane; desta vez, nem mesmo Atena terá chance contra o poderio do senhor dos mortos.

– Sei... – Betinho estava impaciente. – Olha, você está contando muita vantagem. Se meu mestre conseguiu vencê-lo, eu também posso.

– Não tenha tanta certeza. – Bian estava confiante. – Você não é seu mestre. Esse papo de seguir os passos de seu mentor pode ter funcionado contra seus Cavaleiros de Ouro e contra os Guerreiros Deuses de Asgard, mas você está enfrentando um guerreiro da mais alta patente do exército de Poseidon. Garanto que nunca viu um poder como o meu antes. Graças ao imperador Hades, eu e meus companheiros fomos capazes de voltar à vida mais poderosos do que quando éramos servos de Poseidon.

– Você não sabe de metade das lutas pelas quais passei até chegar aqui – retrucou Betinho. – Porque não resolvemos isso do modo clássico? Vamos tirar a prova. Eu o desafio!

– Venha, Pégaso! – provocou Bian.

Betinho avançou sobre o oponente.

Meteoro de Pégaso!!

Seus punhos em alta velocidade foram de encontro ao marina.

– Tolo!

Bian ergueu os braços. Em seguida, o ar se condensou à sua frente. Ele manteve os braços cruzados sobre o peito, em postura defensiva, enquanto os meteoros de Betinho iam de encontro à sua barreira de ar, sem atingi-lo nem produzindo algum dano visível à sua escama.

– Como é possível? – indagou Betinho, alarmado. – Você parou os meteoros sem sequer se mover! Bastou apenas o ar à sua volta para detê-los!

– Eu te avisei, garoto... Você não conhece a força de um marina. – Bian sorriu soturnamente. – Mas eu te mostrarei uma dose de meu poder!

Então, o general sugou o ar que havia se condensado à sua volta, para deter o golpe de Betinho, e o aspirou com a boca.

Assopro Divino!!

Bian soprou os ventos que havia aspirado antes para se defender, e os projetou na direção de Betinho. O cavaleiro de Bronze tentou se segurar, mas foi lançado para trás com a força do golpe, e caiu com um baque surdo no chão.

Aturdido, Betinho ergueu a cabeça, ainda dolorida, na direção do oponente. Bian ria de maneira satisfatória, contemplando o garoto caído.

– Hah! Eu avisei, moleque. Você não tem chance contra mim ou contra os marinas. Você faz parte da mais baixa classe de Cavaleiros de Atena, enquanto que eu fui da tropa de elite de Poseidon. Uma simples aritmética indicaria o resultado desta luta!

– Não tão rápido! – ainda dolorido, Betinho se ergueu, a muito custo, e encarou Bian. – Você não viu todas as minhas habilidades. Esta luta não acaba assim. Eu já enfrentei muitos oponentes poderosos. Você não é tão diferente de nenhum deles!

– Garoto... Estamos numa guerra santa! Acha que sabe o que é isso? Você nunca enfrentou os verdadeiros guerreiros de elite de um deus olimpiano num combate pra valer! Hades tem acompanhado o desempenho de vocês desde o começo. Acha que não sei sobre as batalhas que enfrentou? Hades nos deixou bem informados a respeito de vocês, impertinentes Cavaleiros de Bronze! Achando que podem brincar de heróis de quadrinhos e salvar o mundo num piscar de olhos! Renda-se a Hades, garoto, e talvez haja um lugar para você e seus aliados no novo mundo que será erguido pelo senhor dos mortos. Reconheça sua pequenez! O mundo será salvo, sim, mas não da maneira que Atena acha que deve ser!

– Chega! Nunca me renderei! – A paciência do garoto havia se esgotado. Ele precisava tentar uma última cartada. – Prepare-se! Cometa de Pégaso!

Ele se lançou contra o marina, com seu punho à frente, girando num pequeno turbilhão, com a força de mil meteoros condensada em um único golpe.

– Tsc... Você pediu, garoto! – Bian evocou novamente o ar à sua volta, e o lançou contra o cavaleiro. – Ventos de Furacão!!

O impacto do golpe foi muito maior que o do anterior. Betinho se viu tragado pela tempestade do Cavalo Marinho, e seu Cometa de Pégaso não conseguiu revertê-lo o fluxo da corrente a seu favor, como havia feito contra outros tantos oponentes.

A risada de Bian, ao ver que seu oponente havia sido lançado longe mais uma vez, foi diminuindo, à medida que Betinho era impulsionado para cima. Ele subia mais e mais, como se não houvesse limite para o impulso do golpe de Bian.

A corrente marítima se juntou à corrente de ar depois que ele foi alçado a centenas de metros para o alto. Ele sentia que estava novamente no mar propriamente dito, fora da zona de influência do templo de Poseidon. Se não conseguisse se livrar daquilo, acabaria sufocado ou afogado.

Finalmente, seu corpo atingiu a superfície. O impacto foi tão forte que ele continuou subindo por mais alguns metros, até que a gravidade agiu sobre seu corpo e o atirou de volta para água. Ele teve tempo de girar no ar e caiu de costas na água, esgotado.

Betinho contemplou, apático, o céu do Oceano Atlântico. Havia sido superado e, ainda por cima, lançado fora do campo de batalha, como se sua presença não fosse necessária. Não tivera chances num combate, como há tempos não acontecia com ele. Seria verdade o que diziam pelas suas costas no Santuário?

O mais fraco dos Cavaleiros de Bronze... Ele se recordava de ouvir muitos estudantes de Palaestra, fossem cavaleiros de Prata, de Bronze ou de Aço, repetirem as mesmas palavras diariamente, sem se preocupar se ele os ouvia ou não. Nem na Guerra Galáctica conseguiu sair inteiro... Só foi declarado vencedor por pena... Só consegue vencer lutas com ajuda ou quando alguém “empresta” uma armadura de Ouro para ele... Seria tudo aquilo verdade, então?

Era ele um encosto para seus amigos? Não seria melhor assim, sem ele para atrapalhar, para que eles pudessem salvar Poseidon e frustrar os planos de Hades? Não seria melhor e mais fácil para eles? E daí se ele fosse mesmo o mais fraco da nova geração? Que mal havia em admitir isso?

Mas... e se ele não fosse o mais fraco? E se ele realmente pudesse contribuir com a batalha? E se ele realmente pudesse ajudar seus amigos sem ficar muito atrás deles no nível de força?

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Rina havia começado a ponderar sobre usar sua corrente para perfurar o pilar do Oceano Pacífico Sul, quando sentiu a presença de uma cosmo-energia no local. Sua corrente ficou em alerta.

Instantaneamente, um guerreiro surgiu no alto do pilar, e saltou até o solo, defronte a ela; certamente aquele salto teria matado alguém sem cosmo, mas o sujeito chegou intacto e em pé ao chão.

Era um guerreiro de armadura escamosa, tal qual a de Sorento, e de aspecto alaranjado. Seus olhos eram castanho-avermelhados e seu cabelo era ruivo. Tinha o aspecto jovem, como se fosse pouco mais velho do que Rina. Sua armadura estava salpicada de negro em alguns pontos, como as armaduras dos Guerreiros Deuses estavam quando eles eram controlados por Hades.

– Bem-vinda, Andrômeda! – anunciou o guerreiro, falando com um sotaque latino. – Conheça o General Marina do oceano Pacífico Sul, Io de Scylla!


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Notas finais do capítulo

Pessoal! a fanfic está de volta! estou postando este capítulo pelo mês de setembro, que fiquei devendo. Logo logo coloco no ar o capítulo para o mês de outubro! Talvez eu coloque mais dessa vez nessa leva, se o tempo permitir!



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