Our Love Story escrita por Victória Bieber


Capítulo 3
Daylie


Notas iniciais do capítulo

Oi lindas! esse capítulo está enorme! espero que gostem, fofuchas! Obrigada pelas reviews, vocês são muito fofas e gentis! Beijinhos ;*



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– Obrigada Justin, mas eu me sinto excluída desse local.

– A gente precisa conversar sobre isso ainda.

– Tudo bem.

Nós tivemos 3 aulas, e bateu o sino pro intervalo e eu fui caminhar pelo pátio para conhecer o colégio. Esses dias continuavam a ser chuvosos e nublados. Não muito diferente da onde eu vivia.

Assim que me distraí olhando a paisagem, pude sentir um braço quente tocar meu ombro. Olho para trás assustada, e provavelmente seria Justin. Ele olhou os meus olhos e logo a minha mão. Ele colocou a minha mão sobre a sua e eu estremeci.

Ele tirou a mão rapidamente, e soltou um olhar envergonhado. Agarro sua mão e ele me olha no fundo dos olhos, me fazendo corar. Ele puxa a minha mão, me fazendo segui-lo. Ele me trouxe até o pátio de trás, que não há muitas pessoas.

Lá havia uma árvore com uns acentos feitos de madeira envolta da mesma. Ele se sentou e eu também. Nós não trocamos nenhuma palavra desde que nos vimos após a aula, apenas olhares. Ele falou em um tom calmo e baixo :

– Por que tanto medo daquelas pessoas? –Perguntou o garoto.

– Elas me olham como quisessem me comer. –Falei como se fosse óbvio.

– Mas elas não podem fazer nada a respeito. –Indagou Justin.

– Sim elas podem, assim como elas já estão. Estão me fazendo me sentir mal a respeito do jeito no qual me visto e da minha forma de ser.

– Não importa o que elas pensam sobre você, eu já te disse que estou aqui pra você! Sou seu irmão mais velho, e pode contar comigo!

– Obrigada Justin, você é bastante bipolar! –Comentei. –E eu talvez fuja de casa, eu não quero viver ao lado de Pattie, não quero ter essa vida! Vou voltar pra casa, meu pai nem aparece lá. Imagina agora que eu saí! Vou assumir a casa e voltar a ver Daylie.

– Vai fugir de casa nada! Você vai ficar lá, e não importa o que essas pessoas façam, nem mesmo a minha mãe, você vai ficar aqui, está me ouvindo? E quem é Daylie?

– Eu não quero ficar aqui! Essas pessoas não gostam de mim! E nem eu gosto delas. Mesmo não estando nem aí, me sinto intimidada! Não te interessa quem ele é!

– É seu namoradinho? É por isso que quer voltar pra lá? Pouco me importa! Mas você não vai embora! Não mesmo! Eu sinto que você quer ficar, está na hora de você mudar de vida! E eu posso te ajudar!

– Como assim? Meu namorado? Não! E eu não quero sua ajuda Justin, eu gosto de ser desse jeito, por favor, não mude quem eu sou! Eu sou apenas a Elle, que me visto assim e pronto! Day é um amigo que eu conheci enquanto colhia frutos. A mãe o abandonou na floresta e desde então ele vive lá. Mas eu ás vezes dou abrigo pra ele em casa.

– Eu posso te ajudar! Amanhã eu vou te arrumar pra aula! Ouviu-me? Ótimo! Ah, você colocava ele pra dentro da sua casa? E o papai sabia disso? Você dava abrigo pra ele? Você também dava outro tipo de coisa pra ele?

– Tudo bem! Só amanhã! Sim! Não, o papai não sabia! Eu dava abrigo sim, qual o problema? Ele precisa de um lugar pra morar, a floresta é perigosa! E é por isso que eu me preocupo! É a única coisa que me importa! JUSTIN! ESTÁ CONFUNDINDO UM POUCO AS COISAS!

– Ah é! E você quer voltar pro seu namoradinho? Você não vai, você precisa de um tempo aqui! Você vai se acostumar! Eu quero te proteger, eu quero e eu posso! Confia em mim! Espera, vocês já dormiram juntos?

O sinal bateu antes que eu pudesse responder a pergunta. Eu me levantei do banco e fui diretamente para a minha sala. Eu não iria responder aquilo pra ele! Eu e Day somos apenas amigos, e eu fazia um favor pra ele! Eu acho que ele está ficando meio histérico com essa situação.

Tive as duas ultimas aulas, de matemática, o que eu odeio, sou péssima. Nenhumas das pessoas falaram comigo, ou me intimidaram mais uma vez. Tentei ignorar o máximo possível. O que me deixa desconfortável é saber que sempre vivi sozinha, sou tão anti-social quanto uma formiga carregando sua folha, e essas pessoas nem me conhecem, e me julgam com um simples olhar.

Eu me levantei, recolhi todo o meu material e coloquei dentro da minha mochila. Desci calmamente as escadas do segundo andar do colégio, e caminhei pelo extenso corredor que me deixava mais incomoda do que nunca. Todos me olhavam de uma forma estranha, e me achavam estranha pela forma de vestir. Bom, pelo menos eram o que seus olhares diziam.

Vi um garoto lindo vindo em minha direção. Olhei em seus olhos azuis, com os cabelos escuros e a pele clara. Ele era lindo, que eu parei no corredor e continuei a olhá-lo.

Seu olhar foi de encontro ao meu. Ele continuou a andar, mas desta vez em minha direção. Meu coração acelerou, eu não entendo por que eu estava agindo daquela forma. Ele parou na minha frente e pude analisar o corpo bem esculpido e definido que deus te deu.

– Olá docinho. –Ele olhou os meus olhos passando sua mão entre o meu queixo.

– Olá. –Tentei parecer normal e sem sentimentos como sempre.

– Qual o seu nome? –Ele falou simpático.

– Anabelle, mas me chame de Elle, eu odeio o meu nome... Haha. –Ri, espera, estou rindo?!

– Que simpática você amor! Meu nome é Frandy. –Ele falou sorrindo para mim.

– Prazer em conhecê-lo! Er... vou indo... –Falei me afastando, quando seu braço segurou o meu.

– Prazer! –Ele olhou e me soltou.

Eu continuei a caminhar. Eu preciso ir embora daqui. Já comecei a me envolver com uma pessoa que me fez sorrir e conseguiu fazer o meu coração disparar. Estou enlouquecendo. Isso não é bom pra mim.

Saí do estacionamento e encontrei Justin na porta da escola me encarando. Ignorei, lembre-se, não tenho sentimentos. Eu continuei andar quando ele buzinou, uma buzina ensurdecedora.

– Que foi?? –Falei cobrindo meus ouvidos com a mão

– Sobe aí, você não vai a pé pra casa! –Ele falou.

– Não to nem aí, vou pra casa a pé, com licença! –Falei e ele voltou a buzinar no meu ouvido!

– Estava conversando com Frandy? –Perguntou.

– Sim! Ele é um cara bem legal, ao contrário de você.

– Ele não é um cara legal! Admira-me você, toda durona com o coração mole por causa de um jogador popular da escola, que é desejado.

– Quem disse que eu me importo? Já disse que não me importo com nada, a não ser Day! Ele é muito importante pra mim, apenas isso me faz sorrir.

– Não é o que parecia! Você conversando com ele parecia uma garotinha totalmente apaixonada. Estou te avisando. –Ele pegou com força em meu braço. –Ele não é um cara pra você.

– Não me importa o que você diz. Ele foi super simpático comigo, ao contrário de você que está me maltratando desde quando eu cheguei ontem! Será que não pode me deixar em paz?

– Ele é como os outros rapazes! Querida, se você não conhece os tipos de garotos que existem aqui, eu te digo uma coisa. –Ele pressionou com mais força o meu braço. –Eles querem que comer. Até por que, você não é de se jogar fora! Eu já ouvi vários comentários maliciosos sobre você rolando, e é apenas o seu primeiro dia de aula.

– Como assim? E eu não sou de se jogar fora? O que você está falando, você é meu irmão! E sim eu conheço alguns desses caras por filmes que passava na televisão, mas era raro! E ele não parecia um desses caras!

– Você é muito ingênua! Ele vai te comer, eu estou te dizendo. E depois, vai te jogar fora. Eu conheço esses caras, e você falou com o Fran na frente de todos, no corredor. Amanhã sua popularidade só vai aumentar.

– Mas eu gosto de ser excluída, eu não quero popularidade nenhuma. Quero ser eu mesma, estudar para ter um bom emprego. Só isso! Não importa o que me aconteça! Agora para de falar besteira e me deixa ir embora!

– Claro! Sobe na moto, ande! –Ordenou o garoto. Olhei profundamente em seus olhos e os revirei. Peguei o capacete de sua mão, e coloquei. Subi na moto e segurei em sua cintura. E ele começou a sua jornada em casa.

Nunca vi algo parecido, mas o que eu sentia por dentro era bom. Um frio na barriga encobria todos os meus pensamentos do meu primeiro dia de aula. Eu já adorava aquela sensação de andar em alta velocidade, considerando o fato de eu nunca ter subido em uma moto ou carro.

Ele estacionou o carro em frente a minha nova casa, e foi aí que eu comecei a reparar na decoração. A casa era enorme e linda. Eu nunca imaginei em morar em uma dessas. Talvez eu possa gostar. O que está acontecendo comigo? Isso não faz parte de mim. Eu sempre aceitei as coisas simples que a vida me deu, eu não posso cair assim simplesmente em tentação, por um garoto lindo, uma casa deslumbrante.

É tudo uma tentação, e é tudo tão novo para mim. Eu nunca imaginaria que isso pudesse acontecer comigo. Eu precisava de tempo, o que eu sentia que eu não havia. Eu precisava de alguém pra conversar, e essa pessoa era Day! Ele era o cara.

Entrei na casa, e segui para a cozinha. A Pattie me comprimentou, mas eu dei de ombros. Eu não ligo pra ela. Eu estou morta de fome, e felizmente não terei de caçar hoje o que comer. Eu me sentei na cadeira, e no mesmo momento uma empregada serviu-me a quantidade e tudo que eu queria.

– Que bom que está almoçando conosco, espero que nós possamos melhorar nossa relação... –Falou Pattie, tentando quebrar o clima entre nós duas. Hah, sem chance!

– Não adianta falar assim. Você não vai quebrar o clima entre nós, Pattie. Eu não te perdôo. Estou aqui porque ainda não sou maior de idade. Mas pode contar, que quanto eu completar 18 anos, eu sairei desta casa, e nunca mais precisarei ver a cara de você e nem do papai. –Retruquei.

– Não me importa o quanto você me magoe, você sempre será minha filha. Eu te amo muito, e tive motivos para te abandonar. Me desculpe! Eu te entendo, e não vou tentar atrapalhar sua vida. Faça o que quiser, apenas não saia de casa.

– Eu deveria era sair de casa, pra sua informação! Não suporto essa sua conversa fingida, e muito menos essa sua voz. Eu só não saio por que não tenho aonde ir. Aliás. Eu preciso visitar uma pessoa, e não estou pedindo a permissão, é apenas um aviso!

– Tudo bem. Desde que não volte tarde, e volte para casa, eu aceito.

– Eu não me importo. Mas eu voltarei.

Terminei o meu almoço, que estava delicioso, e subi para o meu quarto. Deixei a minha mochila em cima da minha cama, e peguei um velho óculos que tinha. Peguei o dinheiro que ganhava com as minhas caçadas e peguei um taxi.

Indiquei o local, e ele dirigiu até lá. Era bem distante, umas 3 horas. Eu iria pagar caro, mas tinha dinheiro suficiente no bolso. Era bastante cansativo, mas prometi pagar o dobro para o homem do taxi me esperar para voltar, pois não havia taxis por lá, e uma passagem ficaria muito cara.

Ele aceitou, e estacionou o carro e eu desci. Observei a casa, e me bateu uma saldade. Corri envolta até chegar na porta. Á esmurrei com o pé, e ela abriu. Fui ao meu quarto e achei a minha velha faca. Segurei-a na mão de forma ameaçadora e saí da casa fechando a porta.

Logo segui descendo á floresta. Gritei por Day. Ele estaria vagando pela floresta, com certeza. Continuei a caminhar calmamente com a faca na mão, quando percebi um vulto passar perto de mim. Era ele.

– Daylie! –O avistei.

– Elle! Como você está? Você saiu sem avisar, e a casa foi abandonada por seu pai. –Ele correu para me abraçar, sua respiração estava bastante alterada.

– Acalme-se! Você tem que se proteger! Meu pai me obrigou a ir morar com a minha mãe. Aonde eu moro fica á 3 horas daqui.

– meu deus do céu! O que eu vou fazer sem você? Eu não sei como vou conseguir sobreviver.

– por isso que eu vim aqui! Presta atenção. A minha mãe come na palma da minha mão agora, e vou pedir pra ela deixar você ficar no quarto de hospedes.

– Não posso aceitar, você estaria fazendo muito por mim!

– Você TEM que aceitar! Me ouviu? Eu não vou mais me separar de você. E você não pode continuar vivendo na floresta.

– Obrigado, por tudo isso, e por tudo tudo tudo. Eu nunca tive coragem de te agradecer, mas hoje eu já sei como.

Sua mão pousou na minha nuca, puxando o meu rosto contra o seu. Ele selou os nossos lábios, dando-me um beijo de língua, que formavam uma linda sintonia. Essa foi a primeira vez que a gente havia se beijado.



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Notas finais do capítulo

Opa! :O
Mereço reviews lindonas?
Boa segunda, xox ;*



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