Without You! escrita por kaulitz girl


Capítulo 45
Capítulo 45




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/26371/chapter/45

Bill – Estás no meu carro e ainda me insultas. – Abanou a cabeça. – Não tens mesmo vergonha na cara.
Eu – Quem deve ter vergonha na cara aqui és tu não eu. Foste tu que me abandonaste para fugires com a minha melhor amiga. – Cuspi.
Bill – Não fui eu que menti à cerca da nossa relação. – Deu outro gole na coca-cola. – Eu estava seguro de mim ao contrário de ti.
Eu – Desculpa? – A minha voz esganiçou-se. – Tens cá uma lata.
Bill – Lata tens tu e o teu marido que pensam que a vida é bastante fácil. Mas não é. Não é. – Repetiu.
Levei as mãos às pernas e tentei controlar o ódio que estava a ter naquele momento.
Bill – Vocês achavam que a vida era um mar de rosas, não é? Enganam-se.
Eu – Mas… tu pensas que és alguém para me dizeres isso? – Ele olhou-me e deu-me o refrigerante para as mãos.
Bill – Apesar de tudo eu ainda me preocupo contigo. – Admitiu. – Não devia, eu sei. Mas acho que as coisas ainda não ficaram bem resolvidas. – Apertou o volante e cerrou o maxilar.
Eu – Tu é que fugiste. – Voltei a dizer.
Bill – Diz-me. – Olhou-me. – Agora diz-me o que disseste ao Tom há 20 anos atrás. Diz!
Eu – Eu disse tanta coisa ao Tom, Bill. – Revirei os olhos.
Bill – Eu ouvi.
Eu – O quê? – Ele ignorou-me. Aumentou o som do rádio e começou a cantarolar algo que eu não conseguia decifrar. – Bill! – Desliguei o rádio e olhei-o. – O que é que tu ouviste?
Bill – Preferia ouvi-lo da tua boca.
Eu – Mas eu não sei! – Gritei. – Como é que queres que eu diga algo que nem eu própria sei?
Bill – Não te faças de cínica. – Buzinou para o carro da frente.
Eu- Não me acuses de uma coisa que sabes que não sou! Agora quero eu ouvir da tua boca o que ouviste!
Bill- Isso tu não vais ter o prazer de ouvir, puxa pela memória vais ver que não é difícil!
Eu- Nesse dia muita coisa aconteceu, achas que me lembro de tudo! - Ele meteu a 3ª.
Bill- Oh, não te faças de sonsa, sabes perfeitamente o que lhe disseste, quando chegaste!
Eu- Disse-lhe para não desistir da Isa, para assumir aquele filho! Foi isso que ouviste e a tua reacção foi fugir com ela, não é lá muito normal vindo de um irmão!
Bill- Desculpa!? Foi tudo menos isso!
Eu- Bill, eu posso ser muita coisa, cabra como tu dizes mas mentirosa não!
Bill- Pronto, estamos no escritório de advogados do teu marido! - eu mantive-me no mesmo sitio. Por isso, podes sair!
Eu- Eu já te disse que hoje não desgrudo de ti, até me disseres onde está a minha filha!
Bill- Vou chama-lo lá acima para te vir buscar!- abriu a porta.
Eu- Estás à vontade, ele hoje não veio trabalhar!- ele revirou os olhos e fechou a porta.
Bill- Onde se enfiou o teu marido, fugiu de ti?
Eu- Não, foi procurar o filho, sim porque ele é filho dos dois!
Bill- O Ryan é meu filho!- gritou-me.
Eu- Se fosse TEU filho, a esta hora não era preciso esta perseguição! Onde estão eles?
Bill- Já te disse que não sei! Vou deixar-te em tua casa!
Eu- Não vale a pena, eu não saio da tua beira!
Bill- Teimosa pah! Eu não vou andar contigo atrás de mim!
Eu- Pensas tu!
Bill- Não penso, tenho a certeza!- ligou outra vez o carro.
Eu- Não vale a pena, me levares para casa, eu não vou sair daqui!
Bill- Não vou aparecer contigo em minha casa!
Eu-Quando me disseres onde está ela, até vou para casa a pé, até lá tens que gramar!
Bill- Nem penses, não tens vida!?
Eu- Mais complicada que a tua!
Bill- Então vai tratar dela!- parou em frente ao meu prédio.
Eu- Não vale a pena!
Bill- Então vamos cá ficar, até ao Tom aparecer!
Eu- À tua vontade!
Bill- Ahgrrr estás a enervar-me!
Eu- Vingança, tu fazes muito pior, acredita!
Bill – Importas-te de sair do meu carro? – Olhou-me aborrecido. – Que eu saiba isto ainda é meu, fui eu que o comprei.
Eu – Importo. – Cruzei os braços como que amuada.
Bill levou a mão à cabeça e suspirou enquanto fazia um ruído irritante no volante do carro. Parecia impaciente. Ficámos assim durante um tempo indeterminado. Olhei em frente e vi o audi do Tom. Aproximei-me de Bill e buzinei. Tom saiu do carro e veio ao nosso encontro.
Tom – Sara? – Abriu a porta e tirou-me do carro do irmão. – O que é que estavas a fazer com esse sujeito? – Indagou confuso.
Bill – Olá para ti também. – Fez ar cínico.
Eu – Encontraste alguma coisa sobre eles?
Tom – Não. – Olhou para Bill. – Não encontrei nada…
Bill – Claro que não, o Ryan é inteligente ao contrário de certas pessoas.
Eu – Cala-te!
Bill – Não. – Contrariou. – Não é assim que vão encontrá-los se é isso que pensam. Se eles querem estar juntos eles não vão para um sítio demasiado provável não acham?
Tom – Não temos de achar nada.
Eu – Onde é que eles estão Bill? – Ele riu-se.
Bill – Achas que eu sei?
Tom – Ouve lá. – Agarrou na bebida de Bill e atirou-a para o chão. – Eles são irmãos, não é suposto dois irmãos estarem apaixonados quanto mais terem relações sexuais um com o outro.
Bill – O que queres que eu faça? – Gritou – O meu filho não tem culpa dos teus erros!
Tom – Ele é meu filho! – Gritou.
Bill – Pergunta-lhe a ele, de certeza que ele te diz o contrário.
Tom – Mas ele não sabe! – Ripostou. – Ele não sabe nada! Porque vocês decidiram ocultar-lhe quem é o verdadeiro pai.
Bill – Tu não disseste que não querias o filho? Então, só te fiz a vontade, fui eu o pai dele, não tu.
Eu – Tom. – Puxei-o tentando acalmá-lo.
Tom – Fui eu que o fiz, não tu. – Notei os seus olhos vermelhos.
Bill – E fui eu que o criei, fui eu que o vi crescer e foi a mim que chamou de pai.
Eu – Calem-se! – Pedi. – Temos de os ir procurar, não é para ficarmos o dia todo a discutir.
Bill – Culpa desse. – Apontou para o gémeo.
Tom – Esse tem nome. – Afastou-se do carro tentando regularizar a respiração. – Tu não tinhas o direito de me tirar a felicidade! Não tinhas!
Bill – Poupa-me Tom. – Revirou os olhos.
Tom – Sempre tiveste inveja não foi?
Bill soltou uma gargalhada seca.
Eu – Tom, pára. – Agarrei-lhe o braço mas ele soltou-se. – Vai para casa… é o melhor. – Supliquei.
Bill- Tu roubas-me a namorada e eu é que tenho inveja!?
Eu- Importam-se de parar de falar como se eu não estivesse aqui!?- eles ignoraram-me.
Tom- Ah, essa teve graça, tu é que fugiste com a minha e a abandonas-te a tua!
Bill- Tu renegaste um filho teu!
Tom- Parabéns, graças às vossas mentiras, em vez de o protegerem ainda o fizeram mais infeliz, e levaram a minha filha atrás! - Não aguentei, puxei pelo braço de Tom, e deixei-me descair ficando deitada no chão.
Tom- Sara!- chamava por mim.
Bill- Nem da tua mulher consegues cuidar, imagino dos filhos! - ele aproxima-se- Sara!
Eu abro um olho e a seguir o outro - Até que enfim, lembraram-se que estava aqui!
Tom – Nós sabíamos que estavas aqui. – Ajudou-me a levantar.
Eu – Não parece. – Olhei Bill que nos fitava incognitamente.
Bill – Eu vou para casa. – Informou entrando novamente para dentro do carro.
Eu – Ah! – Exclamei – Nós vamos contigo tal como eu tinha avisado.
Tom – Não, nós vamos ficar aqui.
Eu – Não. – Contrariei. – Nós vamos para lá, conversamos e tiramos conclusões onde eles podem estar. Tirei as chaves da mão do Tom e puxei-o por um braço, empurrei-o para o lugar de pendura e entrei no lugar de condutor.
Tom- Passaste-te!?
Eu- Mas será que toda a gente me pergunta isso hoje!?- liguei o carro e segui o carro de Bill.
Tom – Volta para casa Sara. – Pediu olhando-me de lado.
Eu – Não. – Saí do carro e puxei-o. – Senão quisesses mesmo, resistias. – Ele fez ar indignado e entrámos dentro da casa deles.
Julia – Olá Bill. – Sorriu. Olhou para trás e esboçou algo incrédulo.
Bill – Vieram por causa do desaparecimento do Ryan e da Ally. – Informou colocando as chaves de casa em cima da mesa.
Julia – Er… olá. – Disse arrogante.
Eu – Olá. – Cumprimentei olhando em volta.
Bill – A Isa? – Fechou a porta.
Julia – Está no quarto do Ryan. Está lá com a Selena.
Bill – Eu vou chamá-la para –
Julia – Ah Bill! Não vais conseguir. Ela não sai de lá nem por sombras.
Bill – Vou na mesma. – Seguiu até ao corredor.
Tom – Eu disse que não era boa ideia. – Continuou a olhar a mãe da Isa que nos observava curiosa. – Ainda por cima ela odeia-me.
Eu – Quem? A mãe ou a filha?
Tom – Ambas.
Eu – Oh Tom. – Bufei.
Julia – Podem-se sentar. – Apontou para o sofá.
Assentimos e sentámo-nos no sofá.
Tom – Que merda pah. – Levou as mãos à cara e enterrou a cabeça nestas.
Bill – Já estamos cá todos. – Olhámos em frente. Eles sentaram-se no sofá em frente onde nós estávamos.
Tom – Têm alguma ideia onde eles podem estar? – Apoiou os cotovelos nas pernas e olhou-a.
Isa- Não. – Respondeu fungando.
Tom – O Ryan nunca falou de um sítio onde ele se sentia bem ou –
Bill – Ele pode estar em qualquer lado. – Interrompeu. – Nós não sabemos onde.
Julia – Podem ter ido para Frankfurt. – Disse dando um gole no copo de água. – Chegaram a vender a casa?
Isa – Não. Mas o Ryan não ia para lá. – Olhou-nos. – Ele não vai desistir do curso. Temos de saber se ele vai pedir transferência. – Levantou-se e foi procurar apressadamente nos papéis que tinha no móvel. – Ele não vai desistir da advocacia … só temos de –
Bill – O Ryan é capaz de tudo. – Agarrou-a.
Isa – Mas… - Calou-se.
Tom – Se calhar sempre podemos ver em Frankfurt. – Opinou.
Eu – Vamos para Frankfurt e… vemos se encontramos alguma coisa. – Disse a medo.
Isa – Isto só pode ser um pesadelo. – Soluçou deslizando.
Bill – Tu ficas aqui. – Pegou nela ao colo. – A Selena precisa de ti.
Isa – Não. – Fraquejou.
Bill – Eu já venho. – Foram para o quarto.
Eu – Então… - Olhei para Tom que mexia nas mãos com nervosismo. – Vamos para Frankfurt… - Ele olhou-me. – Tom…
Selena – Avó! – Saiu do quarto. – Tenho fome.
Julia – Anda para a cozinha. – Puxou-a.
Vi Tom a observar Selena. Sorriu palidamente. Voltou a olhar-me vagamente.
Tom – Sabe se lá onde eles podem estar neste momento Sara.
Eu – Não deve ser difícil encontrá-los. – Tentei tranquilizar. – Não devem ter ido para muito longe.
Tom – Não sei. – Bufou e encostou-se ao sofá. Fechou os olhos e levou as mãos aos bolsos do casaco.
Bill voltou a entrar na sala. Sentou-se novamente e fitou-nos em silêncio.
Eu- Como está ela?
Bill- Não te interessa!
Eu- Posso já não ser amiga dela, mas ainda tenho sentimentos, coisa que tu ultimamente tens esquecido, eu não sou de pedra Bill, eu sinto, e sei exactamente pelo que ela está a passar, e só não me desmancho em lágrimas, porque quero resolver isto depressa, e sei perfeitamente que a Isa não está com cabeça para passar por isto! - Respirei fundo e vi os olhos dos dois postos em mim - Sugestões para os encontrarmos!?
Tom – Frankfurt. – Balbuciou.
Bill – Então eu vou a Frankfurt e —
Tom – Vamos. – Corrigiu. – Eu também vou.
Eu – Eu também. – Relancei.
Tom – Se calhar não é boa ideia irmos todos.
Eu – Tu e o Bill sozinhos? – Arqueei o sobrolho.
Bill- Que remédio!
Eu- Desculpem, mas eu não quero nenhum de vocês morto!
Tom- Sara- pegou nas minhas mãos - O Jonh, está sozinho em casa!
Eu- Ele pode ir para casa da tua mãe ou da minha!
Tom- Tu queres manda-lo para Berlim em tempo de aulas!?
Bill- Já para não falar que a minha mãe morria se soubesse disto!
Tom- Minha mãe! Para ela tu abandonaste-a tal como fizeste à tua namorada, sem deixar um adeus sequer!
Eu- Desculpa Bill mas o Tom tem razão, a tua mãe não te perdoa!
Tom – Nem tens de pedir desculpa a esse animal.
Bill – Tudo isto começou por causa de ti. – Olhou Tom fulminante.
Tom – Por mim? – Soltou uma gargalhada. – Deixa-me rir.
Bill – Se não tivesses a mania que eras esperto e se tivesses assumido algo teu, nada disto, mas mesmo nada, tinha acontecido. – Tom ia falar mas Bill interrompeu. – Mas ainda bem que aconteceu, porque assim conseguimos ver como realmente as pessoas são.
Tom – Eu vou procurá-los. – Levantou-se.
Bill – Ah, espera então… - Abanou a cabeça e olhou o irmão gozão. – Avise que eu fui procurar o Ryan.
Julia – Claro.
Selena – Vão procurar o Ryan? oO
Bill – Ouve, tu não arrelies ninguém ouviste?
Selena – Até parece. – Olhou-nos assustada.
Bill – Não diga que fui para Frankfurt.
Julia – Mas não vais passar a noite cá.
Bill – Continuo a procurar o Ryan.
Isa – Vais para Frankfurt? – Encostou-se à ombreira da porta.
Bill – Vou procurar o –
Isa – Em Frankfurt. – Consentiu.
Selena – Mas porquê? – A sua voz esganiçou-se. – Ele de certeza que está bem.
Isa – Sabes de alguma coisa Selena?
Selena – Não.
Bill – De certeza?
Eu – É importante.
Selena – Sei tanto como vocês. – Saiu da entrada.
Tom – Ela deve saber de alguma coisa.
Bill – Fala com a Selena –
Isa – Eu falo com quem me apetecer. Boa viagem. – Seguiu Selena.
Bill- Adeus!- vai a dar um beijo a Isa, mas ela afasta os lábios acabando por Bill lhe dar um beijo na face.
Tom- Vamos!?- disse já impaciente.
Eu- Espera Tom!
Bill- Cuida de ti! - pegou no casaco nas chaves e na carteira e saiu.
Eu- Toma conta de ti!- olhei-a.- Minha menina!- disse num sussurro, fechando a porta.
Eu- Vão levar os dois carros?
Bill- Sim cada um vai no seu!
Eu- Menos mal!
Tom- Anda , ainda tenho a que deixar em casa!- entrámos no carro, e Bill seguia Tom.
Tom- Já sabes que tens o Jonh à tua espera!
Eu- Eu sei!- olhei a janela- Ela está mesmo mal!
Tom- Foi ela que quis esta vida!
Eu- Tudo por causa de maus entendidos passados! Eu não devia ter ficado contigo!
Tom- Não digas asneiras!
Eu- É verdade, eu prendi-te, tu foste praticamente obrigado a ficar comigo!- deixei cair uma lágrima, pela primeira vez naquele dia estava a chorar.
Tom- Nunca mais repitas isso Sara, eu quis ficar contigo, aliás eu quero ficar contigo! Tenho orgulho em ti, como estás a conseguir ser tão forte, como estás a lidar com a situação!
Eu- Eu só quero a minha filha bem e ao meu lado!
Tom- Eu vou trazer-ta! - Pegou na minha mão e beijou-a.
Eu- Parece que chegámos!
Tom- Quero despedir-me do meu filho!
Eu- Ele vem aí!- Jonh vinha a subir a rua de nossa casa, saímos do carro e Bill também.
Jonh- Mãe, a Ally?
Tom- Johnathan, diz a verdade, não sabes dela?
Jonh- Já te disse que não sei! Quem é o sujeito? - diz apontando para Bill.
Eu- Bill Kaulitz, pai do Ryan!



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Without You!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.